sábado, 15 de fevereiro de 2020

A COMPREENSÃO DO MUNDO ATUAL

  Os atuais moinhos eólicos são tão distintos daqueles medievos, com seus antigos engenhos, que nos perpassa a ideia de como fazem os sistemas contemporâneos para equalizar a produção de energia de mais de cem desses rotores fabulosos que geram para dentro de si mesmos, reunidos e integrados pelas novas tecnologias. A lógica da Inteligência Artificial nesses casos ultrapassa requisitos históricos perfazendo em si mesmo a existência de sistemas abertos ou fechados, com programas de altíssimo padrão, o que vem a dar no mesmo em todos os regimentos tecnológicos da contemporaneidade dos países mais avançados. Cientificamente, há que se alcançar, posto todo o conhecimento teórico da Economia ou da Sociologia não bastará em emancipar progressos se não houver forças intelectuais de ordem técnica na engenharia desses mesmos sistemas. Por vezes em um jogo civilizatório de computador para crianças e adolescentes há mais saber do que na teoria marxista do século dezenove, a se analisar que o funcionamento de uma engrenagem sistêmica se aprende hoje em diversos modais, no que vemos na China atual não apenas a contradição que levou Deng Xiaoping a alavancar sua economia, mas igualmente a queda do Muro que leva de roldão toda a pátria Soviética. Torna-se o Socialismo, porquanto padrões de escala teórica e prática, apenas um fluxo histórico normativo que acaba perdendo vez para a economia globalizante e competitiva de mercado. Mais uma vez o revisionismo de antigos sistemas de espoliação do trabalho quando revisitado por antigos tratados passa a não ter muito sentido quando não compreendemos o que se passa nos sistemas informatizados, como se processam os bancos de dados e como a semiótica de Sanders Peirce possa se tornar mais importante do que a lógica hegeliana, e seus posteriores efeitos no pensamento unilateral...
  Quando um software é desenvolvido como um tipo de game - jogo -, as relações entre seus atores tem em si muitas vezes o poder como meta e, na realidade, o jogo da política é sempre esse, conforme com a tentativa de se conseguir poderes. Devemos, nós, os sábios de antanho, pedir permissão aos jogadores mirins: muito mais treinados do que nós, a estabelecer a ponte que nunca houve do encontro de gerações, onde antes os adultos sabiam muito mais, e os velhos, visto ser necessidade ainda hoje, deviam ser escutados, como testemunhos vivos de nossa história e cultura. Como em uma colcha de retalhos, devemos estabelecer fronteiras mais abertas, não apenas nacionalmente, mas com os próximos que nos cercam: inteligências de outras gerações, encontro das mesmas, e sairmos da empáfia que geralmente nos acoberta quando temos a impressão - algo nefasta - de que somos superiores por exercermos alguma liderança, a não ser que um conhecimento seja tão gigantesco, o que não é possível nos tempos de hoje, visto a muitos o deleite é citar progressos copiando ideias, apenas. Esse fenômeno de copiar e colar é tarefa da preguiça pois, antes de tudo havemos de estudar arduamente tendo em vista a mutabilidade da tecnologia dos tempos atuais e a ingerência assaz importante da ciência como um todo. Justificar um Estado Laico é se permitir o conhecimento a si e aos outros, é coletivizar verdadeiros progressos, é avançar na escala do que seja um trabalho, uma administração, é ver que quaisquer países podem ter soluções que viabilizem uma boa relação de trocas de conhecimento, um aprendizado, uma nova fronteira que viabilize a noção da universalização desse campo. O mundo atual é a mesma fronteira que esperamos, desde que saibamos das necessidades de novas frentes de atuação. É justo lutarmos para tornar o planeta mais preservado, e suas diversas e inumeráveis atividades um cenário de sustentabilidade para as populações tão diversas em gênero e etnias, tão diversas culturalmente, e que, no entanto, fazem parte do todo, do hólos, como um apropriado meio de se trabalhar de maneira a favorecer o engrandecimento social com a igualdade necessária e a Democracia como bandeira.

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