sábado, 8 de fevereiro de 2020

O LAPSO DA MEMÓRIA


Relembrar etapas é como concluir processos de trama sonambúlica
Quando de se acompanhar o tecido social amarfanhado de tentar-se
Opor a algo que não significa, a uma questão de antanho, ao caminho
De través em uma embarcação, e que o marinheiro pense um pouco melhor!

Assim de se fazer uma conta, onde o centésimo é parte escolhida, de um cisto
Que imprime a ordem de certos fatores onde nem mesmo a razão alcança…

Urdir tramas com certo relevo remonta a urgência de vermos o mundo
Tal como é no presente, é bater na tábua, chover no molhado, é mola
Que traciona o presente, é direito incandescente, é um canhoto no gol.

Que saibamos de comportamento bom, que não queiramos ascender
Por encima da falência ignorante dos homens, que não sabem muito
E querem saber mais – quando é fato – ou resignar-se no seriado.

Por ler-se apenas a literatura não se vê muito o propósito de tudo
O mais que se encontra na Natureza Material ou no Espírito Supremo
Que a tudo vê sem encantamento, mas fazendo as contas da Justiça.

Não se possa utilizar receitas falimentares, posto a desesperança
Que alcança alguns sem rota ou rumo, aprumam no prumo
A construção de sólidos vigamentos presentes para o futuro!

É dessa engenharia que precisamos nos atinar, por sobre tal modo
Que a matemática não engana a quem sabe calcular, e a lógica
É ciência tal que a própria Natureza por vezes encanta o encantador.

Que o branco que se faz em nossa memória povoada de falcatruas
Não engane o preto no branco, o leito do papel do monitor,
As recomendações do passado, os erros do passado e o túrgido
Lençol de que as mentiras não medrem sob assentos de ouro!

A saber, que o propósito do bom senso prevaleça por lados
Onde a onisciência de um trabalho qualquer seja uma saída
Para que o gesto mesmo do trabalhador não identifique-se
Com um panorama em que o fracasso da inveja sobrepuje.

Sem um sentido maior do que aquilo que não condiga,
Seria um tanto de se dizer que o lapso não engane uma celeuma
Em que o suposto meio que encerra a rede de virtudes anunciadas
Não replique em outros meios que perfaçam um caminho torto.

Não que se negue a própria farsa acobertada pelo ignorar,
Mas deve-se propor aos documentos procedentes que ao reger
Um atendimento qualquer fora dos padrões de escala vetorial
Não se possa crer que tudo que se faça é factível de ser razão.

A razão em si propõe algo mais salutar para o pensamento
Quando versa que um quando quer dizer o seu paradigma
Acaba por expor que a questão tão simples dos rótulos
Seja aquela que por um lapso tenhamos por questão de lados!

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