quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

OS CONCEITOS DOS OPOSTOS


            Arregimentar forças em um lado de uma questão, por oposição a algo, do oposto, do contrário, das divergências, no mínimo é uma falácia... Não se toma partido de algo que não exista cabalmente no fator da Natureza, esta que está unida nos seus biomas, esta que é indissolúvel nos seus equilíbrios, e esta que os que se opõem lutam para desfrutar de suas riquezas. Vai-se de encontro pertencer-se a um quadro, a uma ideologia, a um formato, embalagem ou código de barras, é isso que a humanidade tem feito para caminhar rumo ao futuro! Um futuro que, ao invés de nos encontrar despidos de um ego falso, uma carapuça de hipocrisias, de tentativas de dominação, justamente encontra-nos praticando todos esses erros sem o menor pudor. A grande questão de luta que temos que praticar é a defesa de uma ecologia bem pensada, o combate contra a violência e as diversas formas do crime, posto que essa gente é má como se jamais houvera recuperação, e as causas dessas carestias da humanidade vão além de simplesmente crer em mudanças de ordem social. A real mudança não vai muito além de uma simples questão: a educação do povo. É onde se ensina as populações, sejam ricas ou pobres, sobre essa questão fundamental da preservação do planeta, envolvendo as profissões como modais de sustentabilidade, reinventando as rodas dos diversos sistemas aos quais estamos atrelados nesta era de invenções geniais e trabalhos cada vez mais necessários no escopo de um desenvolvimento igualmente sustentável.
            O pensamento primeiro é de União, e os opostos não deveriam existir, pois cada face de um icosaedro pertence ao número delas – 20 – e são iguais no formato – triângulo. Onde se cresce geometricamente temos que repensar de modo rápido, e não embarafustar em redes onde o que se quer apenas é obter o Poder, com seus custos, com seus dilemas. Se um Governo permanece aberto a verdadeiros e bons propósitos, se muda o seu comportar-se perante a área de sua atuação, isso é de uma positividade tremenda! Agora, usar-se de estratégias dos séculos estagnados já frente à nossa era tecnológica, onde novas leituras são extremamente importantes, é ajudar a mitigar a fome do conhecimento onde a maior parte da população porventura não está tendo a ela seus acessos, perdendo-se nas relações de diálogos odientos, nos embates sem sentido, e nos rótulos de séculos que já foram e que não voltam mais. Conceituar opostos é como criar instâncias de uma programação OOP, com suas classes e a velocidade que nulifica qualquer tentativa de encontrar em livros arcaicos um retorno histórico que não existe. Posto a sociedade de nosso tempo só respirará sossegada se a Inteligência Artificial for compreendida pelas bases de nossos pilares, no sentido de construirmos uma edificação sólida, tecida pela solidariedade e habilidade de nosso povo, assim como toda a coerência que se faz necessária no planeta.
            A solução, enquanto pensamos no mundo da matéria, é desenvolvermos uma consciência de que os opostos não se coadunam, não são amálgama, e a luta não deve existir sob nenhum pretexto, pois de luta o mundo já está e esteve cansado por todos os séculos, e neste milênio a Era deve ser de luz. Em se tratando da espiritualidade, aí sim, precisamos de um respeito e reciprocidade com todos os caminhos, e a liberdade de culto há de ser a tônica indubitável desse processo de União.
            Toda essa questão – tanto material quanto espiritual – deve reger a vida de nossas populações tão carentes de humanidades, através do respeito às idiossincrasias de cada um, e principalmente, um planejamento educacional que permita ampliarmos o conhecimento do mundo e seus recursos, procurando estabelecer as relações de sustentabilidade com os nossos entornos, e dentro de nosso próprio imo. Certamente, isso seria como sabermos que Laudato Si, de Francisco, é um dos maiores tratados que nossa consciência passa a conhecer deste novo milênio entrante, para citar o caminho cristão em uma sociedade que em sua maioria ao menos a Ele pretende seguir...

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