sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

O ENVOLTÓRIO MATERIAL


          Saibamos que do mundo material somos seres perecíveis, assumimos diversos corpos, desde a tenra infância até o desenvolvimento das fases adultas, o envelhecimento, as doenças e o falecimento, etapas inquestionáveis deste corpo que nos acompanha neste mundo de passagens… Se não assumirmos que somos corpos perecíveis na matéria que nos envolve, não estaremos de acordo com o fato de sermos antes de tudo espírito, qual seja, no que procede vir da religião: algo além da matéria. A inteligência não é a essência da vida, posto o atma, a alma espiritual vem acima daquela, e o uso da inteligência mesma pode advir de como nossa alma se encaminha para uma vereda segura, pertinente, clara, sonante, algo de crescimento, do espírito e do reconhecimento da matéria como veículo conforme os ditames do planeta em que vivemos. Tudo se nos roga para que a matéria seja confortável, que não haja sofrimentos, mas a identificação perdida que o ser humano esquece de ser espiritual acima de tudo é que torna as coisas mais difíceis. A partir do momento em que o ser individual possa comungar com seu espírito, dentro de orientações sérias e honestas no pressuposto religioso, é que vem a participar do reino da libertação dentro de si: a si e aos outros, na revelação dinâmica do mesmo espírito transformador e nada reticente das mudanças que vem para existir em suas realidades. Nisso a plêiade de estrelas pode ajudar, quando revela ao ser humano que há vários mundos onde o ser espiritual possa viver dentro de um corpo espiritual, posto não ser este o único planeta dos universos manifestos e não manifestos, em que o perspirar de Brahma cria milhões de outros universos no Oceano Causal. A tríade vaishnava revela os principais semideuses na consagração religiosa que advém da Índia, e destes três semideuses temos Vishnu, o principal, a encarnação plenária de Krishna, quem tudo mantém da criação de Brahma e quem revela na dissolução cósmica de Shiva. Todos estes são seres imutáveis com suas missões em vários planetas, e como manda o figurino, conforme o Bhagavatam – leitura indispensável para um estudante sério – as encarnações de Krishna são como as ondas do oceano, praticamente ilimitadas, e nada pode demover dessa realidade esse fato, posto uma destas ser capaz de administrar trilhões de moradas, trilhões, ou infinitos planetas, das três ordens. E, certamente, os sistemas planetários inferiores são lugares infernais para onde vão as almas que caem de sua posição por efeito de suas ações pérfidas nos mundos onde haveria uma chance de estarem cumprindo missões sem a falta de que participem, com os pecados severos a que se submetem, para obter vantagens no mundo material, onde o envoltório as seduzem na questão de poderes inóspitos e na arrogância e maldade perante outros seres. A partir desse princípio de ordem quase gravitacional, precisa, lógica e matematicamente correta, o Karma é a justiça infalível e, quando nos comportamos como porcos, ou quando os comemos, podemos nascer numa pocilga imunda ainda neste planeta, antes de realmente entrarmos para os modos de mundos infernais.
         O envoltório material, sinteticamente falando, pressupõem que tenhamos a consciência majorada, que demos razão principal à vida. Pois, quando queremos relações duvidosas de poder, quando empunhamos uma arma para tirar a outrem sua existência, não estamos em uma relação de paz, de amor, de tolerância... Caímos sem perceber em uma sujidade de vida em que não nos apercebemos que tanto de graus inenarráveis de prejuízos esses atos podem nos conceder, sem que esperemos tanta a generosidade - ao revés - de Krishna, que nos submeterá a castigos originais do Karma que adquirimos perante uma vida irresponsável aos olhos do Criador Supremo!

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