Saibamos
que do mundo material somos seres perecíveis, assumimos diversos
corpos, desde a tenra infância até o desenvolvimento das fases
adultas, o envelhecimento, as doenças e o falecimento, etapas
inquestionáveis deste corpo que nos acompanha neste mundo de
passagens… Se não assumirmos que somos corpos perecíveis na
matéria que nos envolve, não estaremos de acordo com o fato de
sermos antes de tudo espírito, qual seja, no que procede vir da
religião: algo além da matéria. A inteligência não é a essência
da vida, posto o atma, a alma espiritual vem acima daquela, e
o uso da inteligência mesma pode advir de como nossa alma se
encaminha para uma vereda segura, pertinente, clara, sonante, algo de
crescimento, do espírito e do reconhecimento da matéria como
veículo conforme os ditames do planeta em que vivemos. Tudo se nos
roga para que a matéria seja confortável, que não haja
sofrimentos, mas a identificação perdida que o ser humano esquece
de ser espiritual acima de tudo é que torna as coisas mais difíceis.
A partir do momento em que o ser individual possa comungar com seu
espírito, dentro de orientações sérias e honestas no pressuposto
religioso, é que vem a participar do reino da libertação dentro de
si: a si e aos outros, na revelação dinâmica do mesmo espírito
transformador e nada reticente das mudanças que vem para existir em
suas realidades. Nisso a plêiade de estrelas pode ajudar, quando
revela ao ser humano que há vários mundos onde o ser espiritual
possa viver dentro de um corpo espiritual, posto não ser este o
único planeta dos universos manifestos e não manifestos, em que o
perspirar de Brahma cria milhões de outros universos no Oceano
Causal. A tríade vaishnava revela os principais semideuses na
consagração religiosa que advém da Índia, e destes três
semideuses temos Vishnu, o principal, a encarnação plenária de
Krishna, quem tudo mantém da criação de Brahma e quem revela na
dissolução cósmica de Shiva. Todos estes são seres imutáveis com
suas missões em vários planetas, e como manda o figurino, conforme
o Bhagavatam – leitura indispensável para um estudante sério –
as encarnações de Krishna são como as ondas do oceano,
praticamente ilimitadas, e nada pode demover dessa realidade esse
fato, posto uma destas ser capaz de administrar trilhões de moradas,
trilhões, ou infinitos planetas, das três ordens. E, certamente,
os sistemas planetários inferiores são lugares infernais para onde
vão as almas que caem de sua posição por efeito de suas ações
pérfidas nos mundos onde haveria uma chance de estarem cumprindo
missões sem a falta de que participem, com os pecados severos a que
se submetem, para obter vantagens no mundo material, onde o
envoltório as seduzem na questão de poderes inóspitos e na
arrogância e maldade perante outros seres. A partir desse princípio
de ordem quase gravitacional, precisa, lógica e matematicamente
correta, o Karma é a justiça infalível e, quando nos comportamos
como porcos, ou quando os comemos, podemos nascer numa pocilga imunda
ainda neste planeta, antes de realmente entrarmos para os modos de
mundos infernais.
O
envoltório material, sinteticamente falando, pressupõem que
tenhamos a consciência majorada, que demos razão principal à vida. Pois, quando queremos relações duvidosas de poder, quando empunhamos
uma arma para tirar a outrem sua existência, não estamos em uma
relação de paz, de amor, de tolerância... Caímos sem perceber em
uma sujidade de vida em que não nos apercebemos que tanto de graus
inenarráveis de prejuízos esses atos podem nos conceder, sem que
esperemos tanta a generosidade - ao revés - de Krishna, que nos
submeterá a castigos originais do Karma que adquirimos perante uma
vida irresponsável aos olhos do Criador Supremo!
Nenhum comentário:
Postar um comentário