Se a
navegação fosse fácil não necessitaria da experiência da própria
embarcação
Que
nubla de chuvas seus tempos, que resguarda a tripulação, esta sábia
Em
manejar seus motores e objetos, seus instrumentos e o leme, tão
contumaz
Quanto
sabermos que de sair para a terra firme o capitão tem que voltar
ileso
E
capaz, sem temores, de ligar seus motores para a proa em si, de si e
para si
Do
que não se diste de diálogos muito internos, pois tal é a função
de um capitão.
Das
fragatas se saibam pouco, posto inumeráveis dentro de um manancial
Dos
recursos de cada um, e que cada casa navegue a seu bel prazer
Sem
ausentar a disciplina de se manter fechada quando quase das horas
Perenes
em si, dialogando com os flancos para uma segurança concreta!
Nada
a ver com a incompatibilidade de alguma ideia, posto uma bicicleta
Possa
ser um marinheiro nadando sobre a superfície do asfalto, em busca
De
seu feijão, no comerciar de seu arroz, que se tenha a carne para
alguns
E
que, culturalmente, possa utilizar do celular como um rádio de
antanho…
A
maravilha de Fernando Pessoa é a poesia que deixamos a navegar em
Portugal,
Os
tantos da arte, um nanquim de um mapa marítimo e sua penas, um
traço
Que
indique o rumo, o visitar a outra embarcação para vermos seu aço
no prumo!
Esquadrinhar
fronteiras marítimas, exercer o crédulo ofício de uma religião
Que
possa ser, pois, de um mantra sagrado, onde Vishnu está no meio do
oceano,
Mas
inacessível na Terra que, no entanto, abraça uma era de seis mil
anos
Que
Chaitanya promete ainda podermos torná-la a Era dourada de luzes!
Quando
soubermos que navegar é bom empunhados com nossos lemes pessoais,
A
vida vira desafiante, pois em cada jardim, em cada páteo molhado de
nossa água
Pode
ocultar um convés aberto a outros pequenos barcos no encontro sereno
Do
que diste agora daquilo que supomos sermos mais do que apenas
singradores.
Estaremos
por singrar igualmente nas palavras, estaremos por reler outras
cartas
De
navegações mui antigas, na evidência da não proposital vida
inquisitiva
Que
não versa enquanto limitante, pois o Oceano se traduz em nossas
longitudes
Do
leste a oeste, em nossa latitude do sul ao norte, e que nossos
estibordos
Tragam
as presenças que da proa se movem a bombordo, compensando faltas!
De
uma forma qualquer mesmo o rebojo do Cabo das Tormentas que possua
Vários
lados, um bom navegador espera a série de ondas sérias para
atravessar
Um
pacífico modo de encerrar em seus instrumentos a referência pronta
e segura.
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