sábado, 30 de março de 2019

AS BELEZAS IGNORADAS DA PAZ



           Estar em paz em qualquer lugar é a razão de existência. Quando dois seres humanos se altercam por qualquer motivo, propriamente essa motivação guarda em si um sinal de atritos que poderiam ser resolvidos amigavelmente, na intermediação do diálogo, do entendimento, e não na plataforma que muitos creem inequívoca da imposição quase normativa do comportamento, uso e costumes dentro de uma sociedade que sempre deve primar pela excelência da compreensão e da tolerância. Esse giro compreensivo tende a ser questionado por aqueles que possuem em suas mentes o dogmatismo maniqueísta de pretensamente crerem no bem e no mal de modo equivocado, pois criam essa escala de valores onde as atonalidades não são sequer compreendidas. A pintura da vida passa pela diferença, complementaridade, ou dissonância das mesmas tonalidades diversas da Criação, fato que gere alguma ordem que não interfira no andamento da paz que se quer de todos, a paz que se deseja no mundo. Essa forma algo dissonante de ver que a alguns pareça, mas que de qualquer modo pode ser a felicidade justa do enternecer uma pessoa simples, pois na visão de Deus não apenas somos iguais porque seremos sempre iguais, conforme seu Filho tanto pregou. Não há criteriosamente a necessidade de expormos a falsa humildade quando queremos saber de inflar o nosso Ego enquanto carapuças que nos tornem pessoas consideradas sábias pelo vulgo, mas sim a necessidade de expormos nossas opiniões ou ideias, ou a vivência de uma percepção da vida tão singela como a existência da grama, de uma planta qualquer, que seja. Tornarmos mais simples a nossa vida é tarefa do pensamento solidarizador do homem e da mulher, doutores ou não, no diálogo a respeito do clima, na conversa escolarizada ou não, pois é tarefa da educação sermos educadores e educandos, e não será fremindo ódios contra a paz interna de cada cidadão que passaremos a cumprir a missão que outros nos ditam, seja de livros centenários ou milenares, seja de doutrinamentos já anacrônicos. A vida pede passagem pelos caminhos íntegros de cada qual, e essa é uma Verdade que seja dita, antes que nos aproximemos do temor de ao menos respirarmos, quando se apresenta a venalidade e a loucura consentida pela maldade que nos cerca e coloca antes da paz trincheiras preparadas para infelizes combatentes!

sexta-feira, 29 de março de 2019

AS SEMÂNTICAS DE UM GESTO


          Não se espere muito de algo com certo movimento descontinuado, impróprio, ilógico, ou até mesmo de certo modo movido por curiosidades que sejam a volta de uma peça que não encontre em sua base o que não seja de movida e circunstância atenuadora de um sofrimento do eu, do self, daquilo que porventura merece atenção por cuidados e responsabilidades. O legado do conhecimento jamais deve passar por trilhas descontinuadas, a saber, que é bom estacar, não perder a posição e continuar em seu justo tempo. Folhas secas se acumulam, e é de importância pertencer ao domínio do respeito em relação à sua existência, pois a fertilização do saber está na história das árvores… O modo em que se pensa a respeito de toda uma existência onde as plantas florescem ou não, onde suas folhas repousam suavemente no solo, a dureza deste e, no entanto, com afago as recebe, vem a significar o gesto da Natureza tão simplificador quanto complexo, pois em seu princípio pode ser recusado o aprendizado por mentes obtusas, ou de vertentes mais toscas na busca, ao que o oposto pretende saber a razão e o sentido lato da circunstância que ocorre para bem, ou seja, resulta na compreensão e justeza de caráter, haja vista a humildade ser tão importante em nossos dias… Mesmo quando investigamos mais atentos a estrutura societária, ou menos, que seja, em menor importância, as micro relações que não dependem da atitude em si e para si, mas na própria origem tão crucial do diálogo como atenuador de ruídos que possam impedir a arguição dos fatos. O significado semântico está para a palavra assim como a formação mais erudita rege na nossa sociedade o ganho desigual, no que se equalize o mesmo conhecer.
         O pensamento tem origem em variados modais onde a equalização de vibrações motivacionais repetem por vezes padrões em que o repentismo pode ser uma variação quase infinita de conexões cerebrais, refletidas pela cultura naquilo em que a letargia em passivamente preencher o tempo com canais prontos remete em dormência e inatividade cerebral. Justo quando o filme passa a não ser lido a partir da sua nuance, a principiar pela fotografia, culminando com as mensagens e posições gestuais que jamais serão compreendidas em sua magnitude, tanto é o território das artes. Na literatura se dá algo parecido… Infelizmente, o Brasil nunca ganhou o Nobel nessa área artística, e nem por isso não possuímos grandes literatos, históricos e contemporâneos. A descrição geológica e botânica de Euclides da Cunha em seu Os Sertões remonta a algo tão maravilhoso que nos faz, no mínimo, extremamente felizes com a profundidade de sua verve. O gesto serve para enaltecer, o gesto do escritor, e que muitos escrevam, mas com o objetivo de serem best-sellers não há tanto de literatura nisso. O artista deve ser a expressão de uma época, mesmo no desatino de um rubor absurdo, no sentido do absurdo, no teatro de vanguarda, e na possibilidade em que se crie um verdadeiro teatro, com bons dramaturgos e a preparação necessária para esse feito. Posto ser a criação obra de gênio e de engenho, de estudos profundos, a que não necessariamente tenha que partir de uma elite, pois há muitos impostores e controladores da cultura em meio aos mais diversos rincões do planeta. Nessa pretensa dominação cultural alicerça-se a indústria de entretenimentos, onde toda uma cosmética, toda uma embalagem de marketing arrasa com tentativas menores de expressão artística, e reduz a poesia a um clube seleto e fechado. Resta, em um país ou continente como o nosso, e aí incluídos os EUA, buscar uma cultura que se faça realmente diferente do que se propõem a falsa vanguarda, em que os carrilhões da história se façam presentes em todos os lugares, e o gesto se torne espontâneo e invisível de tão belo e expressivo!


DO ESPÍRITO DA MATEMÁTICA


Resta na letra o encontro com o numeral, posto crescente ou não
Do progressivo que se diga lucro, ao que se diga distribuir conformes
A cada lugar que não se entenda, da parte que cabe a uma sequência
Numérica ao quadrado, no que não se poste mais o nulo enquanto ser.

Ah sim que a matemática é material sério, e versa sobre vantagens
De nações que por ela investem suor e esforços, além da escola
Que seja sempre de vanguarda a verter do conhecimento a agilidade
Que faz de uma boa lógica o assento de um aluno de mente consagrada!

Não se faz a conta certa quem apenas se forma distintamente no átimo
De uma individualidade não compartida, pois sabem os maiores cientistas
Que tudo depende das equações que perfaçam o essencial como essencial
Na virtude de se descobrir ao menos um gesto que no público se torne via.

No de ressentir-se que a oportunidade é constitucional, quiçá a letra viva
Também seja o lugar onde se apronte a formação continuada, pois o pobre
Não é mais despreparado do que o rico, e saber-se dono de conhecimento
Permite ao Estado salvaguardar a verdadeira economia das riquezas das nações!

Não que se minta, pois a matemática difere hoje como utilidade número um,
A saber que de um algoritmo de uma taba se acresce no mesmo e rico dual
Partir-se ao compartir da programação maravilhosa que pertence ao reino
Que Deus concede a todas as populações, e dizer o oposto é antilógico.

Pois que tudo o que se vê tem sua entidade matemática, esta que por vezes
Não é exatamente linear, que se acrescenta aleatória, que veste o loop por signo,
Que referencia um versículo Bíblico, que canta as cento e oito contas da japa,
Que constrói as pirâmides do Egito, ou tece gráficos gigantescos da realidade.

Aquém da pressuposição do tempo, temos o ritmo de uma música, seus tonais,
Os acordes da matéria, a versatilidade dos tempos literários de ficção, a métrica
E a rima quando há a intencionalidade da música na palavra, os sons inaudíveis
Da inércia do sem atrito em que a causalidade a interrompe na reação de Newton!

O tempo-espaço de Einstein, a expansão dos átomos, o buraco negro de Hawking,
O jogo na Amarelinha de Cortázar, a existência do passado e suas verdades inauditas,
A presença do futuro em um bom planejador, a Democracia e seus Poderes, a vida,
Enfim, na folha de um ramo e seu desenvolvimento que gera uma áurea seção!...

quinta-feira, 28 de março de 2019

A PROSPECÇÃO DE RIQUEZAS


          Tal seria não reconhecermos o que vem a ser riqueza, na realidade. Quem sabe um sorriso em um oceano de angústia, quem sabe darmos uma cédula para alguém saciar a fome, quem sabe até mesmo sabermos que a mineração vira riqueza quando não oferece riscos a toda uma gente… Haveria portanto uma palavra que não denote a separação, mas tudo o que é a riqueza em seu sentido lato, geral, positivo. Essa procura por ambientarmos um cenário de beleza, rico, não quer dizer que não podemos ser feios, pois a beleza também assume o caráter da harmonia entre as diversas formas de pensar, os trajes, o comportamento e suas idiossincrasias, as diferenças como versatilidade do padrão humano, caráter essencial do aprendizado em coabitarmos humanamente nosso mundo. O pressuposto oposto, segregacionista, de favorecimento à desigualdade social estanque, a venalidade instituída da ofensa a autoridades, ou às pessoas de origem humilde no tocante á cidadania ampla e irrestrita, a destilação de um veneno já anacrônico, remetem a um atraso que só quem seja responsável direta ou indiretamente pode tomar – ou não, por questões de ignorância – ciência desse fato. Já houvera percepção de que a riqueza pode se tornar uma ordem de princípios fundamentais, baseada no direito constituído a qualquer cidadão. Afora isso, não se obtém uma democracia justificada pela sensatez, e nem o reconhecimento de faltas a que todos devem se acostumar, pois o aprendizado de qualquer lição demanda uma certa humildade, uma posição em se reconhecer que o Estado não caminha fora dos princípios de se tentar um bem estar a todos, sem exceção. Ausenta-se a palavra ideia e realoca-se simplesmente a lógica, apenas isto. A bem dizer, como em um jogo de xadrez, para se ter um bom contendor não se abandona jamais a posição de qualquer peça, pois todas possuem a sua função, e por vezes o acordo é fundamental para o desenvolvimento central seja de qual jogador for, quando o jogo ao menos for responsável e disciplinado, como qualquer esporte.
         Prospectar a relação entre partes por vezes antagônicas é encontrar mais possibilidades do que reiterar diferenças e altercações quase sempre desnecessárias. O mérito da paz vem com a compreensão do outro e de si mesmo, e na parte comercial é tão crucial para o andamento da riqueza econômica sendo o conhecimento mútuo citado de vital importância. Acaba pela riqueza ser dada ao titular de alguma empresa ou gestão no bom andamento e na possível aceitação dos parceiros, a partir do momento em que amplia-se o leque relacional, subentendendo que a inteligência emocional nessa medida possui uma grande e latente riqueza. No entanto, a aproximação com instituições galgadas na tradição histórica deve ser através de representações mais inteligentes, no sentido da diligência e presteza em tomar as atitudes certas no tempo correto e com algum aprofundamento e planejamento estratégico. Essa é a relação que deva ser multilateral, pois a articulação é feita de múltiplas esferas de atuação. A riqueza de toda a gente vem da questão da Democracia, e essa é a conquista tão presente que se fez na história recente de muitos países, outros obviamente no Velho Mundo com tradições mais antigas, como o parlamento e a realeza britânicos. No sentido amplo não se discute jamais uma democracia como a dos EUA, e jamais estes tiveram que buscar saídas totalitárias, haja vista que, se tivermos que tomar de seu exemplo, a Democracia Brasileira continua como condição sine qua non para o andamento do nosso processo de cooperação com a paz e a diplomacia internacionais. Apenas envidar esforços para solucionar problemas com prazos reduzidos não servirá a que se equacionem problemas estruturais de longo prazo.

quarta-feira, 27 de março de 2019

A VERSATILIDADE DO VERSO


Vai-se o tempo dentro de um tubo que desconhecemos em nossa diversão,
Um tubo que remonte a prospecção das letras, como na extração do óleo
Em que o óleo negro seja a razão em que a poesia adormeça eternamente
Quando todo o pensado seja em função de uma retórica de fracassos.

Nas frentes os games de guerra são a razão da violência cometida por sempre
No sempiterno modo em que essa motivação quase insana apenas justifica
Quando se vê confortavelmente as cenas de bondades esquecidas em sofás
Onde os familiares torcem para que alguém acene com possibilidade bárbara!

Na razão do verso que se desconhece, no dito algo popular de semântica outra
O mesmo verso abraça a versatilidade de transpor barreiras onde a crueza
De certos atos não compartilham com a expressão autêntica e quase surreal.

A um propósito fechado de braços invisíveis, sabe-se no entanto de mentes
Que não regridem para o aquém do céu, na vertente de chuvas de final
De mais um verão que recrudesce a intemporalidade tênue de águas
Que invadem as ruas com seus lençóis onde se vê a diferença climática.

Versa-se sobre um planejamento faltante, sobre uma flexibilidade imprópria
Quanto de afirmar-se que o que se dista de um mundo tornado país em crueza
Possa-se pensar que a vida não encerre seus dias em um jantar de fim de semana
Onde isola-se um problema ao não se perceber que muitos jantam a ausência!

terça-feira, 26 de março de 2019

O TEMPO DA DÚVIDA


         Praticamente parece, ou temos a ilusão de que sabemos muito a respeito de tudo… Como se diz, ainda não sabemos o suficiente, pois a escola de nossas vidas ainda é incipiente. Saberemos mais se lermos mais, com mais vagar, que sejam, os livros de escolas fundamentais ou superiores, tendendo assim a não termos que firmar pé em unilateralidade religiosa ou filosófica. No mínimo, arquemos com a condição de que a dúvida não é algo negativo, pois implementa a questão de procurarmos saber mais sempre que – ou mesmo que – pensemos que as respostas já estão facilmente localizáveis, pois não é assim que ocorre factualmente. Não podemos ignorar que, à medida que a tecnologia vai agregando complexidade em torno do mundo, sabemos lidar com ela de modo simplificador a ponto de acharmos que estamos gerindo algo de mais monta do que com assistências realmente competentes. A vida não espera que saibamos tudo, mas no mínimo na nossa área de abrangência, em que nessa linha virtuosa há que se ter fundamentos clássicos a respeito. Não se deve negar a literatura grandiosa de um Balzac, um Vitor Hugo ou, mais recentemente, de um Huxley ou Joyce. Não é uma questão de pequena grandeza, mas estamos falando da literatura, a arte maior, entre tantas outras em que os signos estão em uma pincelada, em um gesto teatral, ou na película de um filme realmente grande, bem produzido, como eram os grandes filmes e seus grandes diretores. Há muito de se aprender com tudo isso, e hierarquicamente esses conhecimentos todos, aliados à filosofia consagrada no mundo todo, são superiores, sem sombra de dúvida. Mas esta deve permanecer sempre, no tempo em que o processo de aprendizado não deva sofrer qualquer tipo de intervenção, pois não estamos no totalitarismo, e nem é o desejo de países que querem construir uma sociedade baseada na liberdade. Se a razão em que pautamos nossos procederes em questões de caminhar para um mundo livre, não será tolhendo o livre pensamento que estaremos construindo algo realmente importante para uma nação como o Brasil. Nessa que é uma estranha medida, onde a dúvida deve permanecer como uma sincera humildade em sabermos que caminhamos em direção a algo, e não estabelecer propósitos estanques a fim de dissuadir o que se autoproclama a imposição de qualquer modelo em que se crê piamente que seja o correto. Em um exemplo evidente, se um homem ou uma mulher veneram algum país como se fosse sua segunda pátria, ao menos que aprendam o seu idioma, para se saber melhor a cultura dessa nação. Trocando em miúdos, como existe um idioma universal no mundo, que sê-lo aprenda, portanto, a que sejamos compreendidos em quaisquer países, como o idioma inglês, tão universal. E que as dúvidas prossigam, pois o fato de se gerenciar a si mesmo pertencerá a uma escola somente: o aprendizado constante, dentro da humildade acadêmica indispensável. Essa é uma razão que compete à visão hierárquica ou de competência interna do indivíduo, e a rotina e disciplina desse proceder pode ser o viés existencial se assim se desejar, desde que se mantenha a garantia cidadã das escolhas de outros indivíduos, no plano da coletividade, ou em outras palavras, no aspecto de se construir uma sociedade mais justa.
        Não há o porque de se viver em alguns Brasis, onde a alguns não são infringidas as penas que a outros se lhes toca, em questão de evidenciar a divisão entre interesses díspares, pois vê-se o descalabro hoje na sociedade contemporânea a partir de uma simples TV: ao vivo e a cores. E a factualidade desse tipo de ocorrência que versa nos altos escalões também são a construção decepcionante do que se chama Estado de Direito, onde a venalidade não pode exibir suas próprias fraquezas fundamentadas na parcialidade que contraditoriamente o torna inexistente enquanto finalidade jurídica. Não importa se esse tipo de ação é confirmada pela aceitação de grupos aparentemente fortes em popularidades que na verdade são relativas, pois a própria segurança de cunho privado acaba por receber o exemplo e tentar igualmente compartir da mesma injustiça, quebrando de certa forma a institucionalidade interna e externa de uma nação. Pois a dúvida acaba por tomar vulto, e antes o que seria relativo se torna absoluto, tornando a existência de um rochedo o risco de um navegador!

sexta-feira, 22 de março de 2019

DESCOBERTAS FREQUENTES


          Quando estamos com as dúvidas que pertencem a qualquer interesse ou assunto, principalmente no correr do dia, buscamos conseguir algumas respostas que são frequentes assim que as conseguimos obter de um modo quase simbolicamente no que chamamos de pesquisa. No entanto, muitas dúvidas se assentam no modo de vermos as coisas que nos ocorrem e, mesmo em pensamento, por vezes nos equivocamos gradual ou abruptamente, o que vem a encerrar a possibilidade das respostas. No fundo de nosso Eu estarão soluções que podem consubstanciar ao menos uma prática: a de sermos autênticos e assumirmos que nosso Ego pode estar nos prejudicando, quando colocamos barreiras inexistentes ou vemos uma questão existencial sob uma atitude de preconceito ou pensamento excessivamente dogmáticos. Em verdades que supõem relativizações na opção vivencial de cada ser, obrigatoriamente devemos saber que essa relativização acaba por não permitir que sejamos iguais, cada ser na Terra. Supõe-se que a Evolução das Espécies afirma categoricamente que o homem é um ser superior, no auge da cadeia evolutiva, mas devemos saber que por vezes um animal substitui o afeto negligenciado por um ser humano. Essa harmonização entre um homem ou mulher ou criança com os cães e gatos dão por ciência que para muitos o animal faz parte da unidade familiar, como membro de importância, que necessita igualmente de cuidados e de afetos, na relação que fornece os requisitos para que se compreenda que jamais estaremos sozinhos no mundo. Este mundo que conhecemos, ao menos partes suas fragmentadas, no que encontraremos todos ou parte, ou um ser que seja, no prazer quando o buscamos, na luta insana a que se sobrevivam muitos, ou nos poderes que a tantos encantam seus paradoxais modos… Na premissa de descobrirmos algo de qualquer natureza, muitas vezes superlativamos esse conteúdo por vezes sem conter essencialmente alguma relação que nos verta um verdadeiro conhecimento, posto na sociedade de consumo desenfreado a embalagem pode ser a supervalorização do seu objeto, seja este o de comer, um smartphone ou uma simples questão de fama, ou de obtenção de favorecimentos, quando o interesse na cosmética sobrepõe-se ao conteúdo desse tipo de empacotamento ou objetificação.
           A sociedade moderna cria as condições para que os diversos níveis de afetividade transponham os simples limites das tradicionais relações humanas para aqueles onde os objetos façam parte de uma lógica – sem dúvida fascinante – que transcende os famosos engenhos mecânicos e faz a roda girar dentro de uma sequência de linguagem de programação. Os enigmas das linhas que fazem uma máquina funcionar se traduzem em comandos de rotinas de programas que são desenvolvidos ou pertencem a bibliotecas onde os profissionais dessa tecnologia se tornam a nascente variante dos novos meios de produção atuais. Talvez não seja ingênuo afirmar que, a reboque dessa nova variante tecnológica, o comportamento humano torne-se previsível quando cruzado com os estímulos a que é submetido o ser social porquanto mude – mas não integralmente – as estruturas de pensamento em suas conexões e linearidade de nossas modernas sociedades, sua interação e pontos focais atinentes a novas modalidades de percepção e expressão dos sentimentos. Essa quase compulsória tentativa de estruturar os opostos em tipos de exclusão daquilo que porventura verticalmente não seja considerado bom, no alicerce citado de cada pensamento individual, erra desde seu início. Quando um ideário torna-se sólido e posicionado como uma peça, liberal ou conservadora, em nossa massa cinzenta, prediz que não haja – aí sim – a justificada compulsoriedade da compreensão das diferenças, no sentido de que os sistemas implantados a partir de inteligências computacionais locais ou externas, podem a vir sofrer panes, não apenas no descontrole pela falta de flexibilidade, mas igualmente quando as redes do conhecimento estão profundamente vinculadas aos direitos de cada indivíduo e seus processos de compreensão inerentes ao Ser que somos. No que se há sempre de respeitarmos como Lei os Direitos Humanos de cada indivíduo e da sociedade como um todo.
           A não aceitação e o desgaste recorrente de transformarmos uma máquina que funciona em algo ferruginoso e que remonte ao século XIX faz com que, de quaisquer lados, uma estagnação funcional possa acontecer em lugares onde não se queira sequer garantir o segurado. Quanto mais, estabelecer novas conexões reais de progresso. A função primeira de algum poder, haja vista que existe um entrelaçamento hoje inevitável que dá mostras no mundo nas nações mais ricas, é sustentar seus propósitos com a previsibilidade funcional de fazer com que a integração necessária entre desenvolvimento e tecnologia venham de braços dados. Não em defasagem inerente à velha questão de depender-se de outras inteligências, posto garante-se a um sistema de computação, na velha acepção corporativa, quando se faz uma manutenção preventiva entre o que sai e o que entra, no chamado velho e honesto orçamento... Similar a uma família, empresa, ou uma grande instituição, culminando a diferença de escala com os detalhamentos e reservas de inteligência: incrementos inerentes à complexidade do que se quer obter para sanear economicamente tudo que faz parte de casos os mais variados. Essa aproximação com inteligências internacionais faz parte do desenvolvimento de um indivíduo, grupo ou mesmo nação, mas se não se tornarem independentes e geradores de suas próprias soluções, estar-se-á sempre abaixo de países mais ricos e consequentemente mais soberanos, se assim for o desejo dos poderes que compõem um Estado, em suas instâncias e em suas gestões. Essa inteligência não virá nunca se não contarmos com uma educação igualmente soberana e partícipe de todos os conhecimentos a que os alunos livremente possam ter acesso, como direito cidadão a esse serviço essencial e gratuito.

quinta-feira, 21 de março de 2019

A ARTE E SEU OPOSTO


Em um caminhar tácito e soberano de um poeta, veste o rumor que não pertence
A palavra a algo que seja societário, pois das veias da compreensão a urgência
Pode ser o dar-se a um pão, o solidarizar-se com o oposto do patíbulo da entrega,
E mais e mais veste a semântica que teima em não ocultar-se, um sorriso, um gesto!

Sim, que a questão fosse adequar-se a um continuado proceder, que algum outro
Escutasse no silêncio algo fremente da poesia, a vertente de se estabelecer contatos
Quando o que se quer é não conhecer mais ninguém, que não fora apenas o nada…

Nas latitudes da sobriedade em permanecer algum projeto que cause furor de emendas
Quais fossem as horas em que jamais se espera o toque de um midas que desponte
Nas gentes que pespontam as ruas e que o que se ignora é que sejam seres de vida.

Outrora o poeta fosse espelhar-se como Narciso, mas a água turva não lhe revela
A comunhão que o vento reflete na face do mesmo tempo, em que outras faces
Mantiveram acesa a endêmica sede de não sofrer-se mais, a que estivessem gentes
Do lado outro de seus muros construídos pela solidão digital de cada um que tenta.

Talvez fossem novos tempos, períodos que transudassem a luz que esquece dos dias
E permanece em um abajur de décadas passadas, na mesma linearidade em que
Enquanto a esposa esperava seu consorte, no que se vê agora se espera ser curtido!

Não que se ponteie o conservadorismo sem jaça que permanece igualmente jazente
Quando o que se espera de uma existência quase inteira em seus segundos ágeis
É que se permaneça de pé ao menos a velha manifestação de uma pintura e seu pincel.

quarta-feira, 20 de março de 2019

OUTRAS VARIANTES



            Nosso pensamento navega por lugares distantes, alguns ermos da incompreensão, mesmo que tenhamos por consequência jactar-nos de sabermos tudo, mas de qualquer modo a humildade em reconhecer que a vastidão do mundo é tamanha que a nossa ingerência nos assuntos da Natureza sempre será incompleta. As próprias letras já não traduzem tudo, nem que se reunissem as dezenas de idiomas que a civilização tem por uso e por significados. Assim como tudo que abraça o espectro das sociedades humanas, suas funções, seus usos, seus saberes... Tudo em uma questão de ordem é relativizado conforme as equações que se nos apresentam. A integração que vem a ser utilizada sistemicamente facilita o ordenamento e a funcionalidade dos diversos sistemas que compõem as nações e seu compartilhamento com a realidade mundial, no entanto não há como cruzar todos os dados e nem ainda uma velocidade de processamento compatível com níveis de detalhamento e organização societária. Essa equalização é talvez algo assaz complicado com o agravamento de organizações que não são previstas em lei, nas esferas que vão desde o crime comum àquele do colarinho branco e grandes organizações criminosas internacionais. Parece uma obviedade, quando se supõe que as desigualdades de ganhos estrangeiros possam estar atrelados a equívocos procedurais, no mínimo passíveis de suspeição, e que dão suporte a órgãos que fazem parte da cartelização não apenas na criminalidade concreta, quanto a ganhos escusos e abissais que põem em risco a segurança de imensas populações, como no casos de grandes indústrias de mineração e outros casos de impunidade. Só se dá importância do risco dessas empreitadas de negociantes quando são vitimadas dezenas de vidas humanas sob a égide do descaso e da negligência, impelidos pelo lucro desumano. Esse pensar em um país onde o deságue das instituições em permitir quaisquer modalidades exploratórias não leva a um consenso em que se possa dormir sossegada uma população que reside perto de iniciativas onde uma simples chuva possa acelerar e contingenciar desastres não apenas ambientais, mas sempre recorrentes na perda de vidas humanas.
            A variante lógica de um proceder qualquer, de um ato ou ação que sirva para a construção de um país passa não apenas pelo conservadorismo do que é bom, mas na iniciativa democrática em que, se for realmente respeitada a Carta Magna, talvez pensemos – posto a crise internacional já se avizinha – que se pense em termos de um Governo mais nacionalista ao menos, já que necessita o mesmo Governo de uma diplomacia que agregue, e não segregue: dentro ou fora, na circunstância simplesmente da lógica supracitada, pois tendem as guerras comerciais serem o fardo do novo milênio, e a busca das riquezas que temos ao menos que as aproveitemos internamente, pois a sangria jamais será infinita, e a miserabilidade e pauperização de nossas famílias já é fato. Se dizer que algo ou alguém pertence a um lado. Não há um jogo de xadrez com apenas a ala da Rainha ou a ala do Rei, pois um peão que seja, mal movimentado, abre chances para a defesa desenvolver em qualquer ala, pois a inteligência do jogo revela que, se tornarmos previsível apenas um grau que consideremos superlativo, não abrindo espaço de confiança em ambas as alas, os xeques se sucedem e o mate é inevitável, assim como na matemática não há erro, e se Deus é um também possui dois braços se for correta a semelhança com o ser humano. A variante da crença só existe se for aplicada em cada atitude humana o bem para com o próximo, e deve-se pensar crua e sinteticamente o que significaria uma sociedade em guerra, pois, como se diz em uma canção latina é um monstro grande e pisa forte toda a inocência das gentes. Só se pede um bom senso para que não sejamos indiferentes a isso, pois nem os filmes de ação ou de guerra, e nem os vídeo games são a realidade da matança.
            Há muito a se libertar de quaisquer garras diversas nações, mas a nossa, por exemplo, possui a batalha pertinente que fosse um: o saneamento e esgotamento sanitário. Há igualmente a necessidade de um contingenciamento contra a violência, há igualmente uma necessidade de maior inteligência investigativa a se investigar igualmente se há parcialidade na questão judicial e jurídica. Há premência em recusar uma educação que tolha a nossa juventude, pois estabelecer hierarquias desnecessárias pode coagir a pureza que emana de nossas crianças. Estabelecer laços de cooperação econômica é importante, mas sublimar boas intenções com a maldade no mínimo é covardia inepta. Por isso mesmo abramos os olhos para a questão de imiscuir-se em questões beligerantes. Talvez a aproximação com serviços de inteligência internacionais possa ser interessante em certo sentido, mas obviamente essa conexão não exista apenas para fornecer logística, mas igualmente enquadra os países para que se aja no sentido de permitir viabilizar interesses nos territórios em que se compartam esses favores.
            A variante de termos uma base de conhecimento da ciência vem ao encontro dos países desenvolvidos, e tornar-se factível uma intenção que venha para um progresso científico nacional, que verteria pelos interstícios de nossas instituições evita que joguemos a toalha abandonando o jogo, mas merecidamente nos faz amarrar nossas chuteiras e, de bicicleta, marcar o gol necessário já agora nos primeiro minutos infelizmente de um segundo tempo. Com força e com fé!

domingo, 17 de março de 2019

POESIA CLAUDICANTE


Verte um braço o seu apanágio de promessas, de uma caneta ou outra
Que se revele o traço de sua assinatura, pois de semblante algo raro
A feição da mesma promessa apenas assinala a frase de um contrato.

A mesma vida de contratos recebidos, de ordens outorgadas, do inconcluso
Reflexo da tibieza que nos encontra dentro do paradigma sobrescrito
Naquilo que sequer imaginara o ignaro pensamento quanto de sua dúvida.

Que sejam muitas as dúvidas, que o orfanato das decisões não abrace logo
O que se deixaria para depois, posto o arame de uma cerca cerceia prontamente
O espaço que se deixa para muitos quando apenas tomam seu comportar-se!

Que se redima a vida daqueles que por uma razão ou outra sequer conhecem
A verdadeira dimensão da liberdade, posto no serem muitos que sabem de si
Há outros seres que sequer estiveram livres, mesmo dentro da redoma de cristal.

O conforto em saber a sociedade o que vem a ser o trabalho circunstanciado
Dentro do paradigma indissolúvel em que todos os sistemas trabalham, é ver
Que o que distingue um serviço do outro é apenas saber que temos aquele ou não.

Por termos a saúde talvez não precisemos da ajuda psicossocial, mas quando não
Porventura seria melhor se essa aventura de curar-nos em meio à grande carestia
Pudesse ser simplificada, assim como em outras enfermidades o cuidar-se bem!

Assim dizer-se de um ensino que ensine, que não se jacte a sistemática de um dia
Pensar que se sabe melhor do que ensinar, pois é do ensino livre que se faz em ano
A verdadeira escola onde o aluno constrói em sua própria base o livre conhecer.

Assim de serviço, a se servir à pátria, não reza que tenhamos que ser um oficial
Para que possamos ser melhores ou piores em um panorama em que estaremos
Mais cônscios ou não das demandas de uma cidadania que não necessita de dias.

Não dessa ordem que não sejamos todos do modo em que a vida nos embale de modo
Tão cáustico em que tudo se resolva em um ano, ou que uma atitude de enfado nos ligue
A um pressuposto em que tudo o que se quer de alguém, seja ser ou não, é que tente ser.

Mas o questionamento de uma existência enfrenta por vezes estigmas dolorosos, o que
Não se leva a saber de um todo em que a unidade de uma ideia, ou a fração opiniosa
Embate no critério que nos remonta a vida em que a titularidade é função progressiva!

EM UMA REALIDADE DIMINUTA ONDE SE EXCLUI UM CARACTER EM 3D, SABE-SE AO MENOS QUE EXISTIRA ENQUANTO CONFECÇÃO DE SUA GEOMETRIA E SUA MODELAGEM.

COMO O ALTERNO POR VEZES É QUASE INALCANÇÁVEL, PODE SER QUE A TERNURA SEJA UM CAMINHO MAIS FÁCIL DE OPOR-SE À QUESTÃO DOS PARADOXOS DA EXISTÊNCIA.

TODO AQUELE QUE MATA UM SER SERÁ JULGADO PELAS MÃOS DA LEI, A NÃO SER QUE A JUSTIÇA FALHE POR PROPÓSITOS DE INCOMPETÊNCIA OU INTERESSES ESCUSOS.

HÁ ROCHAS QUE SÃO SAGRADAS, INACESSÍVEIS AO TATO, E OUTRAS QUE SÃO MANIETADAS QUANDO HÁ RIQUEZA POR DENTRO, NÃO IMPORTANDO MUITO SE O ENTORNO VEM A SOFRER NO FUTURO, AO MENOS É O QUE SE VÊ E O QUE JÁ SE VIU NO CORRER DOS SÉCULOS.

HÁ QUE SE SABER PODAR CORRETAMENTE UMA PLANTA, PARA QUE SUA SEIVA RENOVE OUTRAS RAMIFICAÇÕES.

A VIDA ICONOGRÁFICA DE SENTIDOS IMPERFEITOS TORNA OS ÍCONES INCOMPLETOS E SEM REPRESENTATIVIDADE DO TOTAL, OU HÓLOS.

ENQUANTO OS RICOS SE REUNEM, OS MISERÁVEIS TRABALHAM SEM TRÉGUA PARA TENTAREM CONSEGUIR ALGO DE ALIMENTO.

KRSNA É UM ENCONTRO COM OS DEVOTOS, E OS SONS DO MANTRA SAGRADO FAZEM-NO ESTAR PRESENTE EM NOSSOS LÁBIOS.

PODE-SE AFIRMAR QUE A HARMONIA SEJA RETRATO DO LUGAR PREDITO PELA PAZ, QUE SEJA, EM UMA CASA OU EM UM ESTADO DE ESPÍRITO!

UM PONTO PODE SER O ENCONTRO DE VÁRIOS CAMINHOS, COMO EM UMA CIDADE DE ORIGEM RADIAL, MAS O PLANEJAMENTO EM SUAS MALHAS PERIFÉRICAS TORNA MAIS ORDEIRA A INDEPENDÊNCIA DE UM TRÂNSITO COLATERAL.

A BRAVURA DE UM CIDADÃO É JUSTAMENTE SER CAPAZ AO MENOS DE VIVER EM CONSÓRCIO COM A NATUREZA, MESMO QUE SE FECHEM TEMPORARIAMENTE AS VIAS HUMANITÁRIAS.

NÃO HÁ AMOSTRAGENS POSITIVAS NAQUELES QUE PASSAM OS SEUS DIAS DINAMITANDO BONS PROPÓSITOS E ACARICIANDO ATITUDES CRUÉIS.

NA RIQUEZA DE UMA QUESTÃO ESTRATÉGICA EM UM TABULEIRO INTELIGENTE, SAIBAMOS QUE UM JOGO COMO O XADREZ SERÁ SEMPRE ATUAL.

A POLARIZAÇÃO VESTE UMA VENDA NOS OLHOS DE AMBOS OS LADOS...

UM BOM JORNALISMO NUNCA PODE SER MANIQUEÍSTA, POIS DE SUA NATUREZA E ORIGEM, SABEMOS DA PREVISIBILIDADE DO OFENSOR, SEJA DE QUE LADO FOR.

A TÍTULO DE SE ESCREVER A LATITUDE DE ALGUNS VERSOS, QUE CONSTE MELHOR AS ALVÍSSARAS DE CRERMOS QUE EM CERTOS JORNAIS AS MANCHETES CONSTRÓEM.

TALVEZ O PENSAMENTO DA MALDADE SEJA O RETRATO FIEL DA IMPOTÊNCIA EM QUE SUA AUTORIA NÃO ATINGIRÁ NUNCA A BONDADE.

NO JARDIM DA BEM AVENTURANÇA OS ANJOS SÃO REVELADOS EM GESTOS QUANDO APRECIAMOS REGAR COM CARINHO AS PLANTAS.

DAS PALAVRAS QUE ESCUTAMOS VEM POR VEZES UMA CÁPSULA DE OFENSA, PRATICAMENTE ESTUDADA PELAS ENTRANHAS DA INVEJA E DA IGNORÂNCIA, QUANDO SOMOS MAIS SÁBIOS...

sábado, 16 de março de 2019

MANEJO E CONSCIÊNCIA DO ATO


Saem tribos a alcançar significados – de mesmo modo – sem serem, os do nada
Quando pretendem se armar com seus brinquedos, na brincadeira do sem causa
A que seja apenas o que se pretendeu na espécie inconsútil de não saberem-se
Nem remotamente serem os causadores de uma classe abastada querendo wars.

Que não se precisasse usar o anglicismo, mas no fim das frases, o período tem-se
Remontado nas questões de saberem que o sal que une a hipócrita maneira de ser
Perfaz que nos dias que nos sucedem há trabalho da autoridade para manter ordens.

Nas ordens em que se faz o dia, nas noites do regresso das intoxicações, nos clones
Nem tão bem-vindos como projetos de antemão, no reflexo indizível de um rótulo,
No armar-se de orgulho e arrogância onde não há o porque dessa justificativa,
Na questão de se saber em segurança por não estarmos no limbo da ilegalidade…

Não, posto a pátria é fazer do melhor para melhorar, é se pensar em igualdade,
É saber que há diversidades múltiplas, e poder trabalhar em cena de vanguarda
Quando se possui certeza de que por detrás tragamos notícias melhores,
A bem dizer, que efetivamente o progresso do resultado remonte fartos frutos!

Na vista cansada do poeta, no desenho algo sem muito nexo, mas que ao menos
Acrescente vírgulas agregadoras, dentro da suposição em que as esperanças que temos
Não se baseiem em estupores de pretensas justificações da peça de um tabuleiro
Onde não se dê importância à disposição estrutural dos peões, para o L dos cavalos…

A cada esquina, em uma imagem, uma fotografia, a cada átomo fremente do tudo
Saibamos que a estratégia de um jogo apertado como o xadrez, fomente que negocie
O acordo dos movimentos dos contendores, em uma saudável prática desse esporte!

Por que não estarem muitos esquecendo falsos mitos, não confundindo a ficção banal
Com a oferta generosa que nos dá a Natureza em seu aspecto mais presente e cabal
Quando remontemos que nesse jogo todos os elementos são infinitos, e não causam
Nenhum tipo de alternância corrupta, e nem a questão ausente da corruptela que há.

Sim, porque se colocar o pingo em um i ao menos, do já colocado a mais um de cima,
Serão dois pontos a classificar o ato em si com a prerrogativa tática de saber que tudo
O que é agregado a mais, como uma pasta para papéis, também precisa de agregar
Todo o necessário do trabalho honesto em se tentar planificar uma nação inteira…

Se existem cidadãos de bem, e isso é enormemente um grande fato, que não seja fardo
A mera compreensão de engrandecer estatísticas com o bom senso de que não é a partir
Apenas de um zero que não podemos isentar de nossos recursos para participar do jogo
Em que sejam lançados desafios, mas que não se tente apenas jogar para cima do chip
A incumbência de atitudes de cunho reflexo que por vezes não se encaixam nos enigmas.

A se dizer, que idealmente possui o ser humano alguma curiosidade, e que tornar um signo
De alienação comportamental, na previsibilidade de que muitos não pertencem à decisão,
Tornar-se-á melhor que a dita decisão venha sem o fracasso exposto qual nervo nas bancas.

Vigie-se as instituições que dão garantia social no sentido mais pleno de nossa aldeia global,
De outras aldeias e vilas que não soçobrem por serem ou agirem com modos diversos
E que no entanto revelam uma criatividade sem igual e precisão na atuação, o que nos torna
Como cidadania escalar e gigante, um exemplo a todas as comunidades do planeta, pois
Com dizia o grande poeta Cervantes: conheça a tua aldeia e serás universal!

E das casas e lares que somos, seremos um retrato de nossas ruas, um painel celeste
Por onde anda a retórica sensata de sabermos que ninguém é rótulo de alguma cor,
Que ninguém é pior por ser de alguma postura existencial, pois o que nos falta com urgência
É repartirmos o grau de compreensão através do comportamento que flua na cepa natural.

sexta-feira, 15 de março de 2019

PESSOAS SÃO SIMPLES


          Não há complexidades no modo previsível em que as pessoas se comportam no mundo. Há um quê de competição e suas variantes, há o mito que gera a inveja, há a quebra dos mitos quando outros são realocados, e as carapuças diversas das personagens em que cada ser humano busca, em uma sociedade praticamente escancarada em cenas, imagens, informações, dados e perfis, todos buscados por experientes pesquisadores que trabalham aquém de suas próprias engrenagens. Algumas poucas letras dariam para listar verdadeiros campos fornecidos por bancos de dados, e cada ser se talha, quando abatido ou ser vivente, humano ou não, nessa mística descomplicada dos códigos de barra, dos CPFs, das contas bancárias, em síntese, em um enquadramento X, factível e explicável a quem está dentro da urbana sociedade de consumo. Brutalidade à parte, o brutal é previsível, é de contato ou não, vira coação, vira por vezes lutas insanas onde o respeito torna-se costume de grupos ou engenho da hipocrisia, tornando-se palavra vazia, propósito anacrônico, amor platônico ou de Onã. À parte, a libido torna-se igualmente motivo de violência, ciúmes incontroláveis, interesses abjetos, ou compensação da aproximação da senilidade na busca por poder e riquezas para compensar a abjeção do homem contemporâneo, em cópia simples do que foi o alvor da riqueza baseada na exploração histórica, tantas vezes tornada realidade em tipos simbólicos de antropofagia escalar. A motivação torpe pode ser traduzida por meio dos sentidos humanos e sua cegueira com relação ao entorno, ampliada enormemente pela dependência afetiva dos meios eletrônicos, e sua impotência sistemática em se tornar algo por hora realmente válido. Uma retroação da invenção de Gutemberg, ou dos primeiros jornais da grande imprensa, em que Balzac tão bem retratou nos costumes tão válidos dos tempos das prensas de impressão, da literatura e das editoras, em seu “As Ilusões Perdidas”.
         Afora a complexidade que se reúne em torno de um tronco secular, onde economicamente as sociedades mudam conforme tendências que se alternam, vive-se, infelizmente hoje em dia, um mundo regresso em seus modais exploratórios do homem pelo homem e do homem em relação à Natureza. Que se grife a Natureza como um conjunto onde o homem é subconjunto daquele, pois não é a Natureza que deve estar a serviço do ser humano, mas justamente o inverso. As questões econômicas onde a espécie tíbia como a nossa navega em torno de si mesma são motivos os mais diversos para se estabelecer um contraponto onde estamos a querer que o planeta se nos obedeça, mas o látego dos desastres naturais e de doenças mentais endêmicas aceites como modus operativos normais no andamento de certos comportamentos sem escapes culturais nos revela a fragilidade em que passamos a acreditar em certas crenças medievais.
         Houve um tempo, mais precisamente no século XVIII e no início do século XIX que as transformações dos meios em que se processava a produção das riquezas e o surgimento da burguesia nascente, onde a corrida ao renascimento da tecnologia permitiu enormes avanços econômicos, em que a cultura e o engrandecimento dos encontros com diversas civilizações permitiram uma mescla entre o novo e o antigo, entre o Europeu e o Asiático, igualmente o espelhamento das Américas como sedimentação – ainda que rudimentar – de novos processos de civilização. O andamento das máquinas, das novas modalidades de transportes, como os navios a vapor e as ferrovias baseados com a queima do carvão mineral, anteciparam um recrudescer de problemas que podem ter se cronificados, mas que de um lado positivo tenderam a alicerçar novas formas de se ver o mundo, com a mudança de paradigmas produtivos, e o acesso aos impressos e uma maior popularização das artes, onde passou-se de românticos idealistas ao realismo e naturalismo, grande movimentos artísticos nas artes visuais e na literatura. Quando James Watt inventa a máquina a vapor, quando Edson cria a lâmpada, e tantos outros frutos do engenho maravilhoso do homem irrompem no processo de recriação de recursos e inovação de meios, começa a irromper o desejo de possuir mais e mais, recriam-se famílias de atitudes de etiqueta, e a Inglaterra e a França despontam com carrilhões dessa nova ordenação econômica e política no planeta.
          Desde o primórdio da civilização na Mesopotâmia com a invenção da agricultura a questão humana abraça um desejo essencial que toma corpo com as novas técnicas da ciência: as novas descobertas, os novos recursos de produção que vai desde o utilitário na arte até a busca desta com a fabulosa tradução cultural dos povos. Tornar tudo muito complexo faz parte de engenho do pensamento mais rebuscado, mas toda a tecnologia e sua busca faz parte da espécie em crescer e dominar a matéria, com todos os meios que possam plasmá-la em busca dos interesses de ganho, desde o próprio nascimento helenístico até Roma e o pensamento Ocidental. Esse surgimento do pensamento grego é que remonta as origens da moderna e sempre atualizada busca pela perfeição e pela beleza. No entanto, quando o ideal e a busca da beleza – tanto material quanto espiritual – se revela na criação de prejulgamentos ou pensamentos preconcebidos, a fim de se isolar o próximo, independente de suas crenças ou de suas tendências existenciais, é que o ser humano começa a encontra uma perplexidade em torno de si mesmo e dos seus que justifique qualquer modo de violência, culminando nas guerras. Essa questão é o que torna toda uma sociedade bestificada dentro de uma simples contradição, onde o bem encontra-se com si mesmo na prática altruísta da segregação, mas que na verdade é um ponto crucial que enfeixa a simplicidade humana na eterna tentativa de se ser complexo, através do ego que compense a maldade justificada.

quinta-feira, 14 de março de 2019

ESTEIRA DESATINADA


Vê-se ao longe um panorama algo inconcluso de famigeradas ideias
No que se possa ter da ideia permitida, a ser apenas signo de startup
Quando o antigo oleiro não se lhe apetece produzir depois do concreto
Mas que reverbera a fronte de um ser que queira ao menos algo de se ser.

Não que não suponha a verve acompanhar alguns inauditos no desejo
De aplicar violências por motivos quase abstratos, naqueles que vivem
Em uma bondade em que a torpeza freme o gesto da insensatez…

Uma grande fábrica de agressores vira o modo em que muitos se traduzem
Pelo verbo coagir quando se jactam serem guerreiros de um vídeo game
Que revela seu poder dos treinares a que se insufla assustador o mote vil.

Gerações de jovens não respeitam mais os mais velhos, a sabedoria enlatada
Não respeita verdadeiras fontes de conhecimento mais pleno, e o agir
Mostra apenas que a ação de alguns significa menos do que a própria crueza!

Segue uma sinistra e bizarra carruagem onde o cocheiro pode ser muito rico
De tanto agraciar seu passageiro com a volta que se dá no mesmo parafuso
Onde o encaixe supõe que se seja melhor a consubstanciada e esperada paz.

A paz incomoda a muitos, faz-nos esperarem rugidos circunflexos, redime
A culpa daqueles que são realmente culpados, onde a plataforma da vida
Revela sempre que o que se faz de digno apenas mostre que é dignidade
E encaixe no motor de uma vertente justa, aquilo que se mostre real e justo!

Nesse aspecto de estarmos parecendo que temos que ter algum tempo
A se crer em um período mais constante, ou menos isento de erros
As páginas ferruginosas de um tempo onde o que se escolhe como certo
Na verdade emite ruídos que altercam uma possível harmonia do bom senso…

Se criamos a expectativa de não sermos sequer ofensores, verte-se do ombro
De um ser que busca a todo momento sua sanidade, o látego da covardia
Em que o modus de qualquer um se torna aquilo de previsibilidade cruenta
De sabermos que na face de uma maldade quiçá pudéssemos encontrar a vida.

terça-feira, 12 de março de 2019

CONTEXTOS COMPLEXOS



            Não que não sejamos tão tolos ao admitir que qualquer ideia possa ser obsessiva ao ponto de não vigorarem regras básicas de entendimento. O tema da complexidade vai de encontro ao que não conhecemos e que felizmente pode ser conhecido por estudos acadêmicos, ou através de alguma sorte em que um diletante encontre boas fontes. Por vezes, no humor de quem lê um texto, este assume diversos significados, onde a contextualização deles vai de encontro com a primeira percepção onde a exatidão do fato muitas vezes recorre em não erradicar a dúvida, quando o texto possa exibir solução de alguma questão importante ou similar e que vá ao encontro do domínio do pensamento. Digamos que a fonte seja uma escritura sagrada: parte-se do pressuposto de que alguns pontos devam ser aceitos de qualquer modo, e para isso dependemos da fé. Esse pressuposto é religioso, e tal é a sua importância que por vezes, naqueles que abraçam piamente suas escrituras, essa fé indescritível pode mover montanhas. No entanto, para se abrir a existência mesma da importância da religião no panorama do mundo, haver-se-á de aceitar as diversas modalidades de crenças que permitam o desenvolvimento de um cenário diverso, dentro do aspecto cultural das humanidades. Se uma gente tem uma atividade qualquer que demande concentração, esforço – como em uma tarefa complicada – e um ganho por tal, como é a realidade de todos os que trabalham dura e honestamente no plano da sociedade, essa gente muitas vezes têm que abstrair-se de questões anímicas ou espirituais para exercer seus ofícios, seja em um parque fabril, no campo, em um escritório e etc. E a conveniente troca de conhecimentos e experiências no trabalho só se dará mui positivamente no conjunto se individualmente se aceitar as diferenças existenciais de cada colega de trabalho. Há que se ter em conta de que – estruturalmente – o conveniente enquadramento do colega em atitudes de bulling gerados por pretextos os mais diversos casam por causa de extrema necessidade competitiva, quando o que está em questão é a subida de carreira, onde não se deve compartir as conquistas profissionais com quem está ao lado. No entanto, se uma nova modalidade mais solidária de mercado combater o preconceito mais vário será mais fácil à projeção mais coletiva ou de grupos que sejam, diluindo o entusiasmo febril do orgulho e do egoísmo que ponteiam nas relações humanas como um todo hoje em dia. Esse distanciamento das humanidades se dá não como fruto de gerações que altercam-se por uma colocação social, mas pela extensão de verdadeiros exércitos industriosos de reserva, ou as filas que colocam as grandes empresas em vantagens nas pressões para que os salários fiquem cada vez menores. Cai o consumo nacional, e as ofertas se alternam entre taxas e demandas.
            Se passa que a crítica não é ao capital que gera a desigualdade, mas o comportamento febril e incontrolável que já assola mecanismos de mercado internacionais. A modalidade do caráter se conserva a duras penas, e a inviabilização de muitos que adoecem mentalmente se torna já um lugar comum, na incapacitação de muitos que adoecem e sofrem duras penas por isso. Justamente uma observação constante e anacrônica se faz necessária para enriquecer esse tolher do comportamento com o crescimento da aceitabilidade dos sinceros, e o respeito aos justos. Essa recolocação em prumo da sociabilização dos membros da sociedade diversa e cosmopolita, apesar de limitações de envergadura cultural, reza a que pensemos melhor e ajamos no sentido de ampliar possibilidades no diálogo constante, para que no futuro as palavras que foram ditas, e as ações diligentes no sentido de melhorar as classes fabris e da terra, sejam ou façam parte ao menos de uma leve – porém densa – tendência em renovação do mercado na sua humanização. São muitas as fortunas que quebram, são muitos os devaneios de grandes montantes e, no entanto, sempre se contou com as mãos das gentes para a compatibilização entre a fábrica e o resultado: o trabalho e seu fruto.

domingo, 10 de março de 2019

STARTS OU COMEÇOS


          Em uma retórica conservadora, temos um modo de saber qual a opinião que vem a ser a próxima, qual a roda e onde ela gira, qual a pertinência do movimento da próxima peça no grande tabuleiro da vida. Sabermos de muito por vezes não significa uma ação que inicie, pois a trava no pensamento quando busca incessantemente a argumentação contra um muro de pedra, só vem a rebater contendas para a testa de um incauto… É na retórica conservadora que reside um progresso quase anacrônico, pois começa a ser sentido na previsibilidade, ou em um tipo de pensar maniqueísta gratuito, como em: drink beer! Beba, e nada mais, faça ou não faça, venha a nós ou se vá, lute ou não lute, seja a favor ou contra. Supomos que isso seja algum tipo de procedimento, mas o que se sente em uma rua, ou mesmo em outras ruas com fatores de risco remonta algo de Idade Média, onde a maldade psíquica começa a dar as suas costas para esse favorecimento comportamental, dando início a sequências de atos e um ressentimento de que apenas se possui amizades, negócios, ou competições, onde os inimigos que criamos são inúmeros, cristalizando desse modo um procedimento que não inclui as autoridades, posto sejam nomeadas para isso, em que o respeito pela atitude vazia seja a incógnita do fracasso em não ser alguém, ou não se saber tentar viver obtendo um conhecimento qualquer, mesmo dentro do esforço hercúleo. Parte-se do princípio da banalidade, em que a polêmica em torno de uma imagem qualquer demande respostas previsíveis que supõem a lógica cognata da apreensão do absurdo como algo importante. Deita-se na cama com um celular e a fama aparece, ou a inversão dessa ordem não esteja corretamente situada, mas a cama pode ter um poder onde os que não estão nessa zona confortável apenas sentem a barbatana do tubarão roçar seus joelhos. Disso supõe-se que se escrutinam votos de confiança, a ponto de se crer que Deus nos salve, mas que a noção da divindade em verdade não nos diz, a se dizer de muitos, de Sua presença entre nós…
           Apenas que se denote o que é Cristão, em uma nação crística, e aquilo que é anti cristão, por resiliência de pensamento agnóstico, ou na cópia dos antigos fariseus e mercadores da alma. Essa nova acepção pode existir, e especialmente agora o conflito desses modais de pensamentos podem vir em uma tonalidade de especulação estigmatizada, por questão invasiva no se conceder direitos relativizados pelo preconceito, ou na simples e outra questão igualmente de se estigmatizar um grupo ou alguém por valor estipulado de religiosidade, onde o não crente não vale, ou deva ser incorporado. Passa-se a pensar na não validade do pensamento filosófico mais severo ou mais simples, ou na representatividade de comportamentos mais autênticos do que o permitido, ou mesmo na coleta investigativa nas mãos de quem não deve, posto não ser autoridade para tal, e por conseguinte não poder proceder a fazer sua própria justiça, algo assustador quando passa pelo caudal da vingança, ou outras questões similares de violência urbana ou rural.
          O começo de uma sociedade mais democrática passa pelo viés da permanente discussão sobre as validades das instituições com finalidades úteis para a sociedade, e taxativamente a não cooperação com lutas onde não se sabe o motivo para tal, qual não seja o de concórdia entre os grupos, os vizinhos, de casa ou país, das populações como um todo e da resiliência em se tentar construir amplamente o espaço do diálogo, mesmo onde houver silêncio e obscurantismo, pois não passamos por um processo de enriquecimento de nossos direitos para acompanhar um crescimento oposto à obtenção da paz em um retrocesso que fere um pensar coeso e diligente no planeta. Esse fator decisório nos leva à tona de um grande sonho onde nem tudo o que reluz no mundo é um chip, pois a posição da areia é fruto dos oceanos, dos ventos, e do desgaste de imensas rochas que já existiam por aqui antes de nos estabelecermos nesse mundo. A questão econômica de uma globalização vem acompanhada necessariamente de um pensamento que abrace as nações em um amálgama que deva ser de compreensão, haja vista haver muitos missionários que já estão confeccionando seus ideários em lugares onde o acesso já não é mais irrestrito… Afora o grande mote de se pronunciar a vida com mais força, a vitalidade e a fortaleza humanas onde seja humano o proceder, podemos perder para espécies que silenciosamente apenas são espectadoras da superfície intensa e no entanto tíbia e frágil de nossa Terra!

sábado, 9 de março de 2019

OLHAR EM DIÁLOGO



            Talvez possa se afirmar que um ser onisciente veja, sinta ou toque por vários modos, na abertura de uma percepção aos homens jamais compreendida, e que por escalas mais reduzidas se possa afirmar que a sensibilidade de qualquer criatura possui a importância mais que fundamental de compreendermos o nosso mundo, e a possibilidade da vida em outros planetas. Mas se nos ativermos no lócus de cada qual, a interferência do espaço em nossas vidas, ou mesmo na questão de nele vivermos, recriando-o em um diálogo constante da matéria com o espírito, veremos que a Terra posta na rede de cada qual – mesmo aparentemente ausente – permite uma vivência cotidiana dos seres e as injunções humanas para que sejamos todos preservados da má conduta e da ignorância em não saber respeitar a vida.
            O cotidiano de nosso olhar pode não ter que existir em função de um direcionamento reto, em foco, ou estabilizado em regras outras que não sejam o de se bem portar... Na verdade, queiramos a nós mesmos e em nosso comportamento o que desejamos que aqueles que nos representam realmente possam ter, na acepção da igualdade como exemplo e na negação de sermos hipócritas em luta contra a hipocrisia. Se na dureza de olhar de alguém que esteja em uma situação de impor uma persona que calhe bem na motivação de seu caráter, que este olhar mude por vezes, seja por esse sinal que se encaixe o humanismo tão necessário, posto todos os membros da nossa espécie incorrem em erros, já que é impossível gabaritar a vida durante toda ela: sem pausas para algum recreio, a trégua desejada, a contenda que não seja importante, o valor de termos entrado em trevas para poder ver a luz novamente, mais forte e mais lúcida. É nesse olhar dialogado em que não incutamos o famoso maniqueísmo como deus renascido, que podemos construir alicerces enquanto deixamos passar as sinistras caravanas de seu próprio descaso, em que procuram algo, em que não necessariamente nos encontrem na esteira da visibilidade, pois se alguém é uma formiga, subtendendo-se que a formiga é alguém, se entoca na invisibilidade da dimensão planetária... Dos insetos, que por enquanto vão refazendo seus canais subterrâneos e consagrando a Natureza nas raízes das plantas menores, na beleza de poder-se observar algo além de nosso próprio estilo de tempo e sua linha, algo além do registro visual e seus pixels, mas abraçando a tecnologia como modalidade de valor porquanto no plano inferior e humano do mundo contemporâneo.
            Há uma inversão da atitude destrutiva de nossa espécie, na corrida ao hedonismo, na ausente libertação de uma legítima intelectualidade algo anônima, enquanto as Famas não encontram Cronópios à altura, parafraseando Cortázar! Busca-se a pequena fama, algo sinalizador, mas o caminho à altura das estrelas necessita de compreensões maiores, algo de um repentista realmente criativo, não fora que as palavras não possuam ainda tamanha força concedida pelas letras digitais, em era que remonta Gutemberg, mas extensiva a todos que possuam algum rádio de bolso mais evoluído, como o celular – smartphone. Um fone esperto, meio que tornando confusos certos limites, e possibilitando limiares de uma enfermidade contextualizada pela psique coletiva, no algo quase compulsório em processos quase químicos de estímulos e respostas. No entanto, em sua contradição, na riqueza da descoberta pelos jovens de mídias antigas, como as fotos com cristais de prata, reveladas em laboratório, ou o estudo das artes mais rudimentares e antigas, tais como o carvão vegetal, o entalhe, a terracota, o gesso, a pintura à óleo, e a importância da ligação e coerência em relacionar as eras da incipiente agricultura e indústria com as descobertas científicas mais recentes. Essa busca da arte, da ciência e da história deve prosseguir com entusiasmo de nossos acadêmicos e, como o gestual se torna importante e atual como sempre, retornar à possibilidade de teatros de vanguarda e novas modalidades da arte como expressão que não se viola, é de assaz importância para compreendermos o mundo à nossa volta, nem que giremos pelas ruas nossas rodas, feito pernas, ou em um caminhar sereno com boas havaianas...
            Se, na verdade, buscarmos o diálogo aberto com o olhar, se compreendermos o olhar e a humanidade que quebra a tirania com a ternura, seremos melhores do que aquilo que se espere de um cidadão. É o próprio diálogo da altercação versus bondade que podemos assumir como um ato que reflita não uma cartilha existencial, ou um livro de autoajuda, mas o compartir do conhecimento inegável que espera por nós dentro de prognósticos mais positivos em Era que ainda temos de refresco para melhorarmos o que é possível, negando guerras e desnivelando conflitos insolúveis. Nesse requisito do olhar e seu diálogo postamos uma carta de amor na revelação de um conto, um ensaio, uma poesia, ao que verse que, em uma sociedade em que o entretenimento possui cada vez mais importância com roteiros cinematográficos ou jogos com linearidade temporal, a busca e redescoberta da literatura como forma de entreter-nos tende a preservar melhor a cultura dos povos, e enriquecer a recriação de histórias, ou o encontro com o nosso passado, tão importante para que possamos compreender nossos dias contemporâneos e a imprevisibilidade quando não planejamos o nosso futuro, quando tentamos evitar erros anteriores. Esse assumir que o novo prevaleça quando embasado em questões que não afetem estruturas aproveitáveis para um bom uso nas sociedades, é justamente manter o reflexo da dimensão humana quando de suas liberdades e direitos fundamentais. No entanto, sem negar a possibilidade de evolução econômica àqueles que estão em uma posição mais vulnerável, quando a realidade apresenta uma disparidade de ganhos abissal, inviabilizando qualquer tipo de ascensão social dentro da capacitação e igualdade regidas por uma boa Constituição. A justiça social deve ser garantida por lei, e é unicamente essa mantença que deve ser a razão da manutenção da ordem pelas autoridades constituídas, dentro de instituições sólidas e de uma Nação de progresso.

sexta-feira, 8 de março de 2019

NATUREZA E OBSERVAÇÃO


Estar-se atento aos fenômenos da Natureza pode tornar um vivente mais sério
A ponto de crer em si mesmo como algo em que a percepção humana tente
Quase como compreender o infinito, haja vista fazer parte daquela uma estrela!

Se ainda é um Mistério a compreensão da matéria e do espírito
Convenha-se que o Sol seja da magnitude de suas manchas e mutações…

Ao compreendermos um mero cadeado que se vincula a uma segurança incipiente
Veremos também que houve um tempo em que um rolo compressor destruía as armas.

Do ser da paz, há que se ter uma cautela quase exponencial quando se apercebe
Que – mesmo dentro da percepção finita humana – não recrudesçamos a violência
Como o surgimento de que os civis possam dar conta de um recado simplificado.

O modal da vizinhança solidária é exponencialmente efetivo dentro de um bairro
Onde as soluções da segurança se encontrem na vigilância antes da efetiva barbárie.

Que não compreendamos menos do que uma observação continuada da Natureza,
Pois esta subentende que as notícias vindas do céu podem evitar desastres
Por antecipação, e que não se permita a saída dos barcos em tempos tempestivos.

Obviamente não há como definir o processo da observação e, no entanto, somos
Agentes da Natureza, posto estarmos dialogando com suas propriedades,
Seus laços de ventura dos ventos, as ondas transparentes ou lodosas, e tudo aquilo
A que pertencemos e que pode fazer com que um homem possa perscrutar melhor.

Como diz um budista, podemos meditar em uma rocha oceânica, ou mesmo
Em um seixo que se encontra em um pequeno jardim, pois a matéria o sabe
Da importância da existência dos átomos e do Paramatma neles localizado.

Assim de se ver os pássaros, que a máquina de voar leonardesca seria fato concreto
De invenção e engenho além do tempo, mas da assunção de que o humanismo
Fosse já na época do renascimento algo a se dizer a mais que o pássaro voa por si!

Afora hoje que os Mistérios Gozosos do Terço sejam um escrutinar por caminho
Em que na cabeça tíbia e modesta do poeta, haverão tantos mistérios que Shakespeare
Revelasse em sua grandeza o que ainda se encontra na maravilha de se encontrar o livro.

Assim passamos a observar o infinito com o nosso pensar, com os nossos sentidos,
Posto o belo artístico do cinema pode quiça espelhar finitamente o infinito belo natural.  

terça-feira, 5 de março de 2019

A IDEIA COMO FUTURA CRIATIVIDADE



            Não adianta ignorar-se algo por ignorar, simplesmente... Uma nova notícia sempre é informação, e o fato de relacionar-se com ela remonta uma opinião de cada qual: isso é a mais pura verdade. No mundo das ideias, no entanto, o pensamento expresso pode revelar a olhos mais atentos algumas relações cerebrais até então adormecidas pelo consonante olhar, a perícia de se ver alguma ideia estrita, no sentido lato, ou ao menos na tentativa de se fazer perceber, mesmo que se sustenha em uma limitação rudimentar, mesmo que na plataforma da lucidez. Em uma verdade talvez encoberta, temos muito a aprender com a Natureza, mas essa assertiva parece chuva no molhado. O que ocultamos em nossos comportamentos ou posições perante o nosso entorno é que por vezes acreditamos piamente que estamos certos sobre quase tudo. Isso obviamente vem a dar nos costados da religião que pode abraçar ou explicar a Criação dentro de suas escrituras – aqui por citar as grandes religiões do mundo e seus cânones –, mas apesar disso não podemos jamais descartar o conhecimento que a humanidade consagrou às suas próprias descobertas científicas, mesmo porque se torna enfadonho tentar relacionar cada aspecto do engenho humano encaixando-o em contexto ou explicações escriturais; mesmo que estas realmente possuam a sua relevância e a imantação decorrente da fé, que sempre será uma força ilimitada e indizível.
            A ideia pode ser resultado dos insights religiosos, pode ser mais do que apenas uma criatividade artística ou similar, mas a completude do homem e da mulher vem a ser talvez a própria complexidade em que variados contextos relativizam a explicação final da existência. Nada como a psiquiatria para compreender a Natureza humana, seus diversos aspectos e a faculdade inerente de, através das medicações, tornar o sofrimento psíquico mais suportável, ou a grande questão da mutabilidade existencial humana. Esse é um lado da medicina, que por sinal hoje já atravessa por milhares de insumos tecnológicos onde a pesquisa moderna avança progressivamente para que tenhamos melhores qualidades de vida aos idosos, por exemplo, com fatos de cura que, há um século atrás, pareceriam verdadeiros milagres, mas graças à ciência se tornam corriqueiros e mais acessíveis. Esse fator tecnológico infelizmente pega desprevenido aquele que pertença a gerações díspares, ou seja, como classes comportamentais que relegam o diálogo consoante com o fator total e integrado naquilo que já o é, para lacunas onde o mesmo diálogo trava a possibilidade flexível do conhecimento, em sua dinâmica e interpretação que não seja necessária apenas de acordo com conceitos e rótulos já há muito dispensados dos novos pensamentos e das releituras positivas do que se aproveita dos antigos. Há uma dialética permanente e nada contraditória naquele possível ermo de quem pensa com os dois hemisférios cerebrais. Essa passível abertura conectiva seria o mesmo que comparar uma caixa de fósforos para as conexões eletrônicas com um isqueiro que acende mais de três mil vezes, que seria a conectividade dos neurônios, ou passivamente comparar uma lâmpada com o sol. Para se ter uma exata dimensão do processo de sinapses cerebrais, são combinatórias impossíveis de mensurar ou registrar, qual não seja talvez de pontuais regiões do comportamento humano quase observável! Heureca, temos muito a aprender...
            Do mesmo modo em que deve-se respeitar as injunções de quaisquer lados, a ortodoxia em ciências como a economia não será sempre a melhor coisa a fazer, nas questões da lógica do próprio mercado. Obviamente, o pão caseiro não possui embalagem agregada, assim como todos os produtos vendidos por peso, a não ser pelo uso continuado do isopor e do plástico: altamente dispensáveis, mesmo porque esses usos passam a estimular a contenda entre ricos e pobres pelo uso do óleo negro na estratégia da geopolítica mundial. Cada bandejinha encerra uma reciclagem ainda incipiente, e o mundo e sua destinação do lixo inorgânico enfrenta reciclagens que devem acompanhar de forma cabal a velocidade do processo do descarte industrial, e novas embalagens de cunho eletrônico que muitas vezes possuem potencial poluente cada vez maior. No entanto, refere-se à embalagem dos produtos que são pesados, frutos da agroindústria. Se um produto agrega em si uma demanda em potencial, se o anúncio coloca a questão do investimento em se criar um desejo do verbo em inglês restrito de se possuir, de se ter: o have, fica fácil de se saber por que às vezes as questões de linguística estão profundamente relacionadas com o dito mercado: market, em inglês. O marketing passa a ser a ciência da publicidade, e a recriação do desejo de se ter algo a mais do que apenas a função a que se destina o produto ou objeto de consumo. Nesse contexto é que novas embalagens são criadas, até o ponto da virtualidade do objeto como algo que não se pega, não é material, mas presta um serviço qualquer, dá um apoio, transforma uma viagem em um diálogo no display... No que seja a tela, onde se dá a conectividade entre os novos modais de comunicação estes que já possuem um poder muito forte em mobilizar opiniões ou atos em favor de algo onde há contradição, que pode ser chamada de fake. Esse fenômeno apresenta-se como modalidade indispensável para a manipulação de alguns tipos de comportamento social, de atos, de revolta, ou mesmo de acesso ao poder. O mercado continua a ser o domínio do acesso livre aos bens, mas essa liberdade é relativizada pelos próprios bens esses, que possuem níveis de hierarquias possíveis dentro do seu espectro do valor. 
            Em síntese, a grande embalagem vira um modo existencial, onde fatalmente a ilusão com relação com relação à privacidade, a uma vida pessoal mais íntima flerta com a possibilidade de expor essa mesma e intensa ansiedade íntima para muitos que sequer participam ainda desse status, onde a fama se recria em uma linha de tempo, onde a linearidade se revela no mesmo modal produtivo de antanho, onde a participação do ser criativo é subentendida, e onde a solidão é preenchida com alguns toques nas teclas de uma esperança algo efêmera. Parece que cabe aos criadores das redes sociais negociarem informações como quem vende chicletes, em um mercado de retrocesso para aqueles que necessitam concretamente de melhores oportunidades, afora a questão da religiosidade que ajuda quando compõem grupos solidários, mas se torna excludente para os que são  rotulados de ímpios ou descrentes.
            A principiar um novo milênio, tragédias como a de Brumadinho entre tantas outras ainda em potencial de ocorrerem no futuro, tragédias como explosões de violência que vitimam inocentes e agentes de segurança, uma educação solapada sobre incertezas de ambos os lados e vitimada pela negligência ao se pagar mal os professores, não deveriam estar ocorrendo, pois que se atenda mais fortemente os anseios populares, e que tente se eximir de culpa aquele que acredite que pensar no povo é questão ideológica – se achar que seja possível não ser culpado por isso.

sábado, 2 de março de 2019

O LUMINOSO LIMIAR


Das luzes, que nos guarde a semântica dos signos de esperança
Que a bem dizer, melhorar seja substância do mesmo tempo
Em que alçamos o voo de nosso espírito sobre a alfombra da vida…

Das árvores que se sustém em troncos, das raízes torcidas e antigas,
Que nos digam os alvitres da harmonia em tons graves e solenes
Na orquestra indizível de nós mesmos, ao som de um cipreste turvo.

Há quem pronuncie o signo da discórdia, há quem siga um parvo
Que silencia um gesto na eficácia de seus turnos e ignota vida,
Mas que deste mundo faz parte como um fundamento humano…

E todos os que respiramos na cota de um gigante que durma,
As palavras se sentem a ufanar o mesmo outro gesto que desgasta
Nosso comemorar pífio de um conhecimento algo quiçá milenar
Na tessitura áspera do ventre de um continente igual na soberba!

Não que convenhamos tudo, o que se nos diz é circunspecção
No qualquer ideário pátrio sem um nome exato que o defina,
Mas que o nome de um país se escreva maior do que tudo
Aquilo que os poetas grandes fizeram por nos acordar sempre!

No átrio de uma casa não se vê as coisas como deveriam ser
Quando queremos algo que não é exatamente o mesmo que deveria
Podendo calçar as botas que não nos disseram os argumentos
Quando uma perfídia nos incute o erro de termos apenas comentado.

Ah, sim, quem dera a queda não se fora por uma questão de verso
Na altaneira vertente de não querermos suprimir o seu significado
Posto na algibeira do poeta residir ele por inteiro, quando aponta
No seu caderno de companhia o simples e rudimentar ato da existência.

Mas que a consorte, a musa que assombra em outros mundos, viva
A acompanhar a superfície do manto estelar, onde as galáxias finalmente
Revelem a importância de um mero signo de Aquário nas estrelas
Em que o firmamento por vezes só conheça ainda o Cruzeiro do Sul.

E assim que nos termina mais um dia, e a construção de tijolos ocres
Revela o sedimento de um amálgama duro que talvez possíveis escavações
Em um futuro distante e lindo encontre outros lares erguidos sobre nosso mundo,
Na mesma terra que sirva de leme para a boa vontade e a comunhão dos povos!

E que a mesma noite de luzeiros amarelos façam lembrar que a luz é Krsna,
Apenas tecida em séculos passados pelos inventores, na busca do Sol particular
E que tornaram outros mundos como Vrndávana e sua refulgência sublime.

Pelo caminho da Criação veremos muito das descobertas, mas de quem seria
A terra como propriedade, se sempre houvera, e desnuda fora mais linda,
Senão que quem a criou seja sempre o seu dono, posto a humanidade pega emprestada
Em um gesto usual que faz verter a mesma correnteza de um rio imaculado, limpo,
Na evidência em que pelas atualidades nossa raça começa a urdir atos de sujeira…

Posto a limpeza por aproximação com a nossa espécie continua por bifurcar
Entre a integridade de uma beleza, e a destruição ambiental, que obviamente urge
Para que possamos atravessar o limiar da desumanidade em direção à luz
Na tênue linha que divide a atitude incerta daquela que se pareça ao menos com a consensual.