Estar
em paz em qualquer lugar é a razão de existência. Quando dois
seres humanos se altercam por qualquer motivo, propriamente essa
motivação guarda em si um sinal de atritos que poderiam ser
resolvidos amigavelmente, na intermediação do diálogo, do
entendimento, e não na plataforma que muitos creem inequívoca da
imposição quase normativa do comportamento, uso e costumes dentro
de uma sociedade que sempre deve primar pela excelência da
compreensão e da tolerância. Esse giro compreensivo tende a ser
questionado por aqueles que possuem em suas mentes o dogmatismo
maniqueísta de pretensamente crerem no bem e no mal de modo
equivocado, pois criam essa escala de valores onde as atonalidades
não são sequer compreendidas. A pintura da vida passa pela
diferença, complementaridade, ou dissonância das mesmas tonalidades
diversas da Criação, fato que gere alguma ordem que não interfira
no andamento da paz que se quer de todos, a paz que se deseja no
mundo. Essa forma algo dissonante de ver que a alguns pareça, mas
que de qualquer modo pode ser a felicidade justa do enternecer uma
pessoa simples, pois na visão de Deus não apenas somos iguais
porque seremos sempre iguais, conforme seu Filho tanto pregou. Não
há criteriosamente a necessidade de expormos a falsa humildade
quando queremos saber de inflar o nosso Ego enquanto carapuças que
nos tornem pessoas consideradas sábias pelo vulgo, mas sim a
necessidade de expormos nossas opiniões ou ideias, ou a vivência de
uma percepção da vida tão singela como a existência da grama, de
uma planta qualquer, que seja. Tornarmos mais simples a nossa vida é
tarefa do pensamento solidarizador do homem e da mulher, doutores ou
não, no diálogo a respeito do clima, na conversa escolarizada ou
não, pois é tarefa da educação sermos educadores e educandos, e
não será fremindo ódios contra a paz interna de cada cidadão que
passaremos a cumprir a missão que outros nos ditam, seja de livros
centenários ou milenares, seja de doutrinamentos já anacrônicos. A
vida pede passagem pelos caminhos íntegros de cada qual, e essa é
uma Verdade que seja dita, antes que nos aproximemos do temor de ao
menos respirarmos, quando se apresenta a venalidade e a loucura
consentida pela maldade que nos cerca e coloca antes da paz
trincheiras preparadas para infelizes combatentes!
sábado, 30 de março de 2019
sexta-feira, 29 de março de 2019
AS SEMÂNTICAS DE UM GESTO
Não
se espere muito de algo com certo movimento descontinuado, impróprio,
ilógico, ou até mesmo de certo modo movido por curiosidades que
sejam a volta de uma peça que não encontre em sua base o que não
seja de movida e circunstância atenuadora de um sofrimento do eu, do
self, daquilo que porventura merece atenção por cuidados e
responsabilidades. O legado do conhecimento jamais deve passar por
trilhas descontinuadas, a saber, que é bom estacar, não perder a
posição e continuar em seu justo tempo. Folhas secas se acumulam, e
é de importância pertencer ao domínio do respeito em relação à
sua existência, pois a fertilização do saber está na história
das árvores… O modo em que se pensa a respeito de toda uma
existência onde as plantas florescem ou não, onde suas folhas
repousam suavemente no solo, a dureza deste e, no entanto, com afago
as recebe, vem a significar o gesto da Natureza tão simplificador
quanto complexo, pois em seu princípio pode ser recusado o
aprendizado por mentes obtusas, ou de vertentes mais toscas na busca,
ao que o oposto pretende saber a razão e o sentido lato da
circunstância que ocorre para bem, ou seja, resulta na compreensão
e justeza de caráter, haja vista a humildade ser tão importante em
nossos dias… Mesmo quando investigamos mais atentos a estrutura
societária, ou menos, que seja, em menor importância, as micro
relações que não dependem da atitude em si e para si, mas na
própria origem tão crucial do diálogo como atenuador de ruídos
que possam impedir a arguição dos fatos. O significado semântico
está para a palavra assim como a formação mais erudita rege na
nossa sociedade o ganho desigual, no que se equalize o mesmo
conhecer.
O
pensamento tem origem em variados modais onde a equalização de
vibrações motivacionais repetem por vezes padrões em que o
repentismo pode ser uma variação quase infinita de conexões
cerebrais, refletidas pela cultura naquilo em que a letargia em
passivamente preencher o tempo com canais prontos remete em dormência
e inatividade cerebral. Justo quando o filme passa a não ser lido a
partir da sua nuance, a principiar pela fotografia, culminando com as
mensagens e posições gestuais que jamais serão compreendidas em
sua magnitude, tanto é o território das artes. Na literatura se dá
algo parecido… Infelizmente, o Brasil nunca ganhou o Nobel nessa
área artística, e nem por isso não possuímos grandes literatos,
históricos e contemporâneos. A descrição geológica e botânica
de Euclides da Cunha em seu Os Sertões remonta a algo tão
maravilhoso que nos faz, no mínimo, extremamente felizes com a
profundidade de sua verve. O gesto serve para enaltecer, o gesto do
escritor, e que muitos escrevam, mas com o objetivo de serem
best-sellers não há tanto de literatura nisso. O artista deve ser a
expressão de uma época, mesmo no desatino de um rubor absurdo, no
sentido do absurdo, no teatro de vanguarda, e na possibilidade em que
se crie um verdadeiro teatro, com bons dramaturgos e a preparação
necessária para esse feito. Posto ser a criação obra de gênio e
de engenho, de estudos profundos, a que não necessariamente tenha
que partir de uma elite, pois há muitos impostores e controladores
da cultura em meio aos mais diversos rincões do planeta. Nessa
pretensa dominação cultural alicerça-se a indústria de
entretenimentos, onde toda uma cosmética, toda uma embalagem de
marketing arrasa com tentativas menores de expressão artística, e
reduz a poesia a um clube seleto e fechado. Resta, em um país ou
continente como o nosso, e aí incluídos os EUA, buscar uma cultura
que se faça realmente diferente do que se propõem a falsa
vanguarda, em que os carrilhões da história se façam presentes em
todos os lugares, e o gesto se torne espontâneo e invisível de tão
belo e expressivo!
DO ESPÍRITO DA MATEMÁTICA
Resta
na letra o encontro com o numeral, posto crescente ou não
Do
progressivo que se diga lucro, ao que se diga distribuir conformes
A
cada lugar que não se entenda, da parte que cabe a uma sequência
Numérica
ao quadrado, no que não se poste mais o nulo enquanto ser.
Ah
sim que a matemática é material sério, e versa sobre vantagens
De
nações que por ela investem suor e esforços, além da escola
Que
seja sempre de vanguarda a verter do conhecimento a agilidade
Que
faz de uma boa lógica o assento de um aluno de mente consagrada!
Não
se faz a conta certa quem apenas se forma distintamente no átimo
De
uma individualidade não compartida, pois sabem os maiores cientistas
Que
tudo depende das equações que perfaçam o essencial como essencial
Na
virtude de se descobrir ao menos um gesto que no público se torne
via.
No
de ressentir-se que a oportunidade é constitucional, quiçá a letra
viva
Também
seja o lugar onde se apronte a formação continuada, pois o pobre
Não
é mais despreparado do que o rico, e saber-se dono de conhecimento
Permite
ao Estado salvaguardar a verdadeira economia das riquezas das nações!
Não
que se minta, pois a matemática difere hoje como utilidade número
um,
A
saber que de um algoritmo de uma taba se acresce no mesmo e rico dual
Partir-se
ao compartir da programação maravilhosa que pertence ao reino
Que
Deus concede a todas as populações, e dizer o oposto é antilógico.
Pois
que tudo o que se vê tem sua entidade matemática, esta que por
vezes
Não
é exatamente linear, que se acrescenta aleatória, que veste o loop
por signo,
Que
referencia um versículo Bíblico, que canta as cento e oito contas
da japa,
Que
constrói as pirâmides do Egito, ou tece gráficos gigantescos da
realidade.
Aquém
da pressuposição do tempo, temos o ritmo de uma música, seus
tonais,
Os
acordes da matéria, a versatilidade dos tempos literários de
ficção, a métrica
E a
rima quando há a intencionalidade da música na palavra, os sons
inaudíveis
Da
inércia do sem atrito em que a causalidade a interrompe na reação
de Newton!
O
tempo-espaço de Einstein, a expansão dos átomos, o buraco negro de
Hawking,
O
jogo na Amarelinha de Cortázar, a existência do passado e suas
verdades inauditas,
A
presença do futuro em um bom planejador, a Democracia e seus
Poderes, a vida,
Enfim,
na folha de um ramo e seu desenvolvimento que gera uma áurea
seção!...
quinta-feira, 28 de março de 2019
A PROSPECÇÃO DE RIQUEZAS
Tal
seria não reconhecermos o que vem a ser riqueza, na realidade. Quem
sabe um sorriso em um oceano de angústia, quem sabe darmos uma
cédula para alguém saciar a fome, quem sabe até mesmo sabermos que
a mineração vira riqueza quando não oferece riscos a toda uma
gente… Haveria portanto uma palavra que não denote a separação,
mas tudo o que é a riqueza em seu sentido lato, geral, positivo.
Essa procura por ambientarmos um cenário de beleza, rico, não quer
dizer que não podemos ser feios, pois a beleza também assume o
caráter da harmonia entre as diversas formas de pensar, os trajes, o
comportamento e suas idiossincrasias, as diferenças como
versatilidade do padrão humano, caráter essencial do aprendizado em
coabitarmos humanamente nosso mundo. O pressuposto oposto,
segregacionista, de favorecimento à desigualdade social estanque, a
venalidade instituída da ofensa a autoridades, ou às pessoas de
origem humilde no tocante á cidadania ampla e irrestrita, a
destilação de um veneno já anacrônico, remetem a um atraso que só
quem seja responsável direta ou indiretamente pode tomar – ou não,
por questões de ignorância – ciência desse fato. Já houvera
percepção de que a riqueza pode se tornar uma ordem de princípios
fundamentais, baseada no direito constituído a qualquer cidadão.
Afora isso, não se obtém uma democracia justificada pela sensatez,
e nem o reconhecimento de faltas a que todos devem se acostumar, pois
o aprendizado de qualquer lição demanda uma certa humildade, uma
posição em se reconhecer que o Estado não caminha fora dos
princípios de se tentar um bem estar a todos, sem exceção.
Ausenta-se a palavra ideia e realoca-se simplesmente a lógica,
apenas isto. A bem dizer, como em um jogo de xadrez, para se ter um
bom contendor não se abandona jamais a posição de qualquer peça,
pois todas possuem a sua função, e por vezes o acordo é
fundamental para o desenvolvimento central seja de qual jogador for,
quando o jogo ao menos for responsável e disciplinado, como qualquer
esporte.
Prospectar
a relação entre partes por vezes antagônicas é encontrar mais
possibilidades do que reiterar diferenças e altercações quase
sempre desnecessárias. O mérito da paz vem com a compreensão do
outro e de si mesmo, e na parte comercial é tão crucial para o
andamento da riqueza econômica sendo o conhecimento mútuo citado de
vital importância. Acaba pela riqueza ser dada ao titular de alguma
empresa ou gestão no bom andamento e na possível aceitação dos
parceiros, a partir do momento em que amplia-se o leque relacional,
subentendendo que a inteligência emocional nessa medida possui uma
grande e latente riqueza. No entanto, a aproximação com
instituições galgadas na tradição histórica deve ser através de
representações mais inteligentes, no sentido da diligência e
presteza em tomar as atitudes certas no tempo correto e com algum
aprofundamento e planejamento estratégico. Essa é a relação que
deva ser multilateral, pois a articulação é feita de múltiplas
esferas de atuação. A riqueza de toda a gente vem da questão da
Democracia, e essa é a conquista tão presente que se fez na
história recente de muitos países, outros obviamente no Velho Mundo
com tradições mais antigas, como o parlamento e a realeza
britânicos. No sentido amplo não se discute jamais uma democracia
como a dos EUA, e jamais estes tiveram que buscar saídas
totalitárias, haja vista que, se tivermos que tomar de seu exemplo, a
Democracia Brasileira continua como condição sine qua non
para o andamento do nosso processo de cooperação com a paz e a
diplomacia internacionais. Apenas envidar esforços para solucionar
problemas com prazos reduzidos não servirá a que se equacionem
problemas estruturais de longo prazo.
quarta-feira, 27 de março de 2019
A VERSATILIDADE DO VERSO
Vai-se
o tempo dentro de um tubo que desconhecemos em nossa diversão,
Um
tubo que remonte a prospecção das letras, como na extração do
óleo
Em
que o óleo negro seja a razão em que a poesia adormeça eternamente
Quando
todo o pensado seja em função de uma retórica de fracassos.
Nas
frentes os games de guerra são a razão da violência cometida por
sempre
No
sempiterno modo em que essa motivação quase insana apenas justifica
Quando
se vê confortavelmente as cenas de bondades esquecidas em sofás
Onde
os familiares torcem para que alguém acene com possibilidade
bárbara!
Na
razão do verso que se desconhece, no dito algo popular de semântica
outra
O
mesmo verso abraça a versatilidade de transpor barreiras onde a
crueza
De
certos atos não compartilham com a expressão autêntica e quase
surreal.
A um
propósito fechado de braços invisíveis, sabe-se no entanto de
mentes
Que
não regridem para o aquém do céu, na vertente de chuvas de final
De
mais um verão que recrudesce a intemporalidade tênue de águas
Que
invadem as ruas com seus lençóis onde se vê a diferença
climática.
Versa-se
sobre um planejamento faltante, sobre uma flexibilidade imprópria
Quanto
de afirmar-se que o que se dista de um mundo tornado país em crueza
Possa-se
pensar que a vida não encerre seus dias em um jantar de fim de
semana
Onde
isola-se um problema ao não se perceber que muitos jantam a
ausência!
terça-feira, 26 de março de 2019
O TEMPO DA DÚVIDA
Praticamente
parece, ou temos a ilusão de que sabemos muito a respeito de tudo…
Como se diz, ainda não sabemos o suficiente, pois a escola de nossas
vidas ainda é incipiente. Saberemos mais se lermos mais, com mais
vagar, que sejam, os livros de escolas fundamentais ou superiores,
tendendo assim a não termos que firmar pé em unilateralidade
religiosa ou filosófica. No mínimo, arquemos com a condição de
que a dúvida não é algo negativo, pois implementa a questão de
procurarmos saber mais sempre que – ou mesmo que – pensemos que
as respostas já estão facilmente localizáveis, pois não é assim
que ocorre factualmente. Não podemos ignorar que, à medida que a
tecnologia vai agregando complexidade em torno do mundo, sabemos
lidar com ela de modo simplificador a ponto de acharmos que estamos
gerindo algo de mais monta do que com assistências realmente
competentes. A vida não espera que saibamos tudo, mas no mínimo na
nossa área de abrangência, em que nessa linha virtuosa há que se
ter fundamentos clássicos a respeito. Não se deve negar a
literatura grandiosa de um Balzac, um Vitor Hugo ou, mais
recentemente, de um Huxley ou Joyce. Não é uma questão de pequena
grandeza, mas estamos falando da literatura, a arte maior, entre
tantas outras em que os signos estão em uma pincelada, em um gesto
teatral, ou na película de um filme realmente grande, bem produzido,
como eram os grandes filmes e seus grandes diretores. Há muito de se
aprender com tudo isso, e hierarquicamente esses conhecimentos todos,
aliados à filosofia consagrada no mundo todo, são superiores, sem
sombra de dúvida. Mas esta deve permanecer sempre, no tempo em que o
processo de aprendizado não deva sofrer qualquer tipo de
intervenção, pois não estamos no totalitarismo, e nem é o desejo
de países que querem construir uma sociedade baseada na liberdade.
Se a razão em que pautamos nossos procederes em questões de
caminhar para um mundo livre, não será tolhendo o livre pensamento
que estaremos construindo algo realmente importante para uma nação
como o Brasil. Nessa que é uma estranha medida, onde a dúvida deve
permanecer como uma sincera humildade em sabermos que caminhamos em
direção a algo, e não estabelecer propósitos estanques a fim de
dissuadir o que se autoproclama a imposição de qualquer modelo em
que se crê piamente que seja o correto. Em um exemplo evidente, se
um homem ou uma mulher veneram algum país como se fosse sua segunda
pátria, ao menos que aprendam o seu idioma, para se saber melhor a
cultura dessa nação. Trocando em miúdos, como existe um idioma
universal no mundo, que sê-lo aprenda, portanto, a que sejamos
compreendidos em quaisquer países, como o idioma inglês, tão
universal. E que as dúvidas prossigam, pois o fato de se gerenciar a
si mesmo pertencerá a uma escola somente: o aprendizado constante,
dentro da humildade acadêmica indispensável. Essa é uma razão que
compete à visão hierárquica ou de competência interna do
indivíduo, e a rotina e disciplina desse proceder pode ser o viés
existencial se assim se desejar, desde que se mantenha a garantia
cidadã das escolhas de outros indivíduos, no plano da coletividade,
ou em outras palavras, no aspecto de se construir uma sociedade mais
justa.
Não
há o porque de se viver em alguns Brasis, onde a alguns não são
infringidas as penas que a outros se lhes toca, em questão de
evidenciar a divisão entre interesses díspares, pois vê-se o
descalabro hoje na sociedade contemporânea a partir de uma simples
TV: ao vivo e a cores. E a factualidade desse tipo de ocorrência que
versa nos altos escalões também são a construção decepcionante
do que se chama Estado de Direito, onde a venalidade não pode exibir
suas próprias fraquezas fundamentadas na parcialidade que
contraditoriamente o torna inexistente enquanto finalidade jurídica.
Não importa se esse tipo de ação é confirmada pela aceitação de
grupos aparentemente fortes em popularidades que na verdade são
relativas, pois a própria segurança de cunho privado acaba por
receber o exemplo e tentar igualmente compartir da mesma injustiça,
quebrando de certa forma a institucionalidade interna e externa de
uma nação. Pois a dúvida acaba por tomar vulto, e antes o que
seria relativo se torna absoluto, tornando a existência de um
rochedo o risco de um navegador!
sexta-feira, 22 de março de 2019
DESCOBERTAS FREQUENTES
Quando
estamos com as dúvidas que pertencem a qualquer interesse ou
assunto, principalmente no correr do dia, buscamos conseguir algumas
respostas que são frequentes assim que as conseguimos obter de um
modo quase simbolicamente no que chamamos de pesquisa. No entanto,
muitas dúvidas se assentam no modo de vermos as coisas que nos
ocorrem e, mesmo em pensamento, por vezes nos equivocamos gradual ou
abruptamente, o que vem a encerrar a possibilidade das respostas. No
fundo de nosso Eu estarão soluções que podem consubstanciar ao
menos uma prática: a de sermos autênticos e assumirmos que nosso
Ego pode estar nos prejudicando, quando colocamos barreiras
inexistentes ou vemos uma questão existencial sob uma atitude de
preconceito ou pensamento excessivamente dogmáticos. Em verdades que
supõem relativizações na opção vivencial de cada ser,
obrigatoriamente devemos saber que essa relativização acaba por não
permitir que sejamos iguais, cada ser na Terra. Supõe-se que a
Evolução das Espécies afirma categoricamente que o homem é um ser
superior, no auge da cadeia evolutiva, mas devemos saber que por
vezes um animal substitui o afeto negligenciado por um ser humano.
Essa harmonização entre um homem ou mulher ou criança com os cães
e gatos dão por ciência que para muitos o animal faz parte da
unidade familiar, como membro de importância, que necessita
igualmente de cuidados e de afetos, na relação que fornece os
requisitos para que se compreenda que jamais estaremos sozinhos no
mundo. Este mundo que conhecemos, ao menos partes suas fragmentadas,
no que encontraremos todos ou parte, ou um ser que seja, no prazer
quando o buscamos, na luta insana a que se sobrevivam muitos, ou nos
poderes que a tantos encantam seus paradoxais modos… Na premissa de
descobrirmos algo de qualquer natureza, muitas vezes superlativamos
esse conteúdo por vezes sem conter essencialmente alguma relação
que nos verta um verdadeiro conhecimento, posto na sociedade de
consumo desenfreado a embalagem pode ser a supervalorização do seu
objeto, seja este o de comer, um smartphone ou uma simples
questão de fama, ou de obtenção de favorecimentos, quando o
interesse na cosmética sobrepõe-se ao conteúdo desse tipo de
empacotamento ou objetificação.
A
sociedade moderna cria as condições para que os diversos níveis de
afetividade transponham os simples limites das tradicionais relações
humanas para aqueles onde os objetos façam parte de uma lógica –
sem dúvida fascinante – que transcende os famosos engenhos
mecânicos e faz a roda girar dentro de uma sequência de linguagem
de programação. Os enigmas das linhas que fazem uma máquina
funcionar se traduzem em comandos de rotinas de programas que são
desenvolvidos ou pertencem a bibliotecas onde os profissionais dessa
tecnologia se tornam a nascente variante dos novos meios de produção
atuais. Talvez não seja ingênuo afirmar que, a reboque dessa nova
variante tecnológica, o comportamento humano torne-se previsível
quando cruzado com os estímulos a que é submetido o ser social
porquanto mude – mas não integralmente – as estruturas de
pensamento em suas conexões e linearidade de nossas modernas
sociedades, sua interação e pontos focais atinentes a novas
modalidades de percepção e expressão dos sentimentos. Essa quase
compulsória tentativa de estruturar os opostos em tipos de exclusão
daquilo que porventura verticalmente não seja considerado bom, no
alicerce citado de cada pensamento individual, erra desde seu início. Quando um ideário
torna-se sólido e posicionado como uma peça, liberal ou
conservadora, em nossa massa cinzenta, prediz que não haja – aí
sim – a justificada compulsoriedade da compreensão das diferenças,
no sentido de que os sistemas implantados a partir de inteligências
computacionais locais ou externas, podem a vir sofrer panes, não
apenas no descontrole pela falta de flexibilidade, mas igualmente
quando as redes do conhecimento estão profundamente vinculadas aos
direitos de cada indivíduo e seus processos de compreensão inerentes ao Ser que somos. No que se há sempre de respeitarmos como Lei os Direitos Humanos de cada indivíduo e da sociedade como um todo.
A
não aceitação e o desgaste recorrente de transformarmos uma
máquina que funciona em algo ferruginoso e que remonte ao século
XIX faz com que, de quaisquer lados, uma estagnação funcional possa
acontecer em lugares onde não se queira sequer garantir o segurado. Quanto mais, estabelecer novas conexões reais de progresso. A função
primeira de algum poder, haja vista que existe um entrelaçamento
hoje inevitável que dá mostras no mundo nas nações mais ricas, é
sustentar seus propósitos com a previsibilidade funcional de fazer
com que a integração necessária entre desenvolvimento e tecnologia
venham de braços dados. Não em defasagem inerente à velha
questão de depender-se de outras inteligências, posto
garante-se a um sistema de computação, na velha acepção
corporativa, quando se faz uma manutenção preventiva entre o que
sai e o que entra, no chamado velho e honesto orçamento... Similar a uma família, empresa, ou uma grande instituição, culminando a
diferença de escala com os detalhamentos e reservas de inteligência: incrementos inerentes à complexidade do que se quer obter para sanear
economicamente tudo que faz parte de casos os mais variados. Essa
aproximação com inteligências internacionais faz parte do
desenvolvimento de um indivíduo, grupo ou mesmo nação, mas se não
se tornarem independentes e geradores de suas próprias soluções,
estar-se-á sempre abaixo de países mais ricos e consequentemente
mais soberanos, se assim for o desejo dos poderes que compõem um
Estado, em suas instâncias e em suas gestões. Essa inteligência
não virá nunca se não contarmos com uma educação igualmente
soberana e partícipe de todos os conhecimentos a que os alunos
livremente possam ter acesso, como direito cidadão a esse serviço essencial e gratuito.
quinta-feira, 21 de março de 2019
A ARTE E SEU OPOSTO
Em um caminhar tácito e soberano de um poeta, veste o rumor que não pertence
A palavra a algo que seja societário, pois das veias da compreensão a urgência
Pode ser o dar-se a um pão, o solidarizar-se com o oposto do patíbulo da entrega,
E mais e mais veste a semântica que teima em não ocultar-se, um sorriso, um gesto!
Sim, que a questão fosse adequar-se a um continuado proceder, que algum outro
Escutasse no silêncio algo fremente da poesia, a vertente de se estabelecer contatos
Quando o que se quer é não conhecer mais ninguém, que não fora apenas o nada…
Nas latitudes da sobriedade em permanecer algum projeto que cause furor de emendas
Quais fossem as horas em que jamais se espera o toque de um midas que desponte
Nas gentes que pespontam as ruas e que o que se ignora é que sejam seres de vida.
Outrora o poeta fosse espelhar-se como Narciso, mas a água turva não lhe revela
A comunhão que o vento reflete na face do mesmo tempo, em que outras faces
Mantiveram acesa a endêmica sede de não sofrer-se mais, a que estivessem gentes
Do lado outro de seus muros construídos pela solidão digital de cada um que tenta.
Talvez fossem novos tempos, períodos que transudassem a luz que esquece dos dias
E permanece em um abajur de décadas passadas, na mesma linearidade em que
Enquanto a esposa esperava seu consorte, no que se vê agora se espera ser curtido!
Não que se ponteie o conservadorismo sem jaça que permanece igualmente jazente
Quando o que se espera de uma existência quase inteira em seus segundos ágeis
É que se permaneça de pé ao menos a velha manifestação de uma pintura e seu pincel.
quarta-feira, 20 de março de 2019
OUTRAS VARIANTES
Nosso
pensamento navega por lugares distantes, alguns ermos da incompreensão, mesmo
que tenhamos por consequência jactar-nos de sabermos tudo, mas de qualquer modo
a humildade em reconhecer que a vastidão do mundo é tamanha que a nossa
ingerência nos assuntos da Natureza sempre será incompleta. As próprias letras
já não traduzem tudo, nem que se reunissem as dezenas de idiomas que a
civilização tem por uso e por significados. Assim como tudo que abraça o
espectro das sociedades humanas, suas funções, seus usos, seus saberes... Tudo
em uma questão de ordem é relativizado conforme as equações que se nos
apresentam. A integração que vem a ser utilizada sistemicamente facilita o
ordenamento e a funcionalidade dos diversos sistemas que compõem as nações e
seu compartilhamento com a realidade mundial, no entanto não há como cruzar
todos os dados e nem ainda uma velocidade de processamento compatível com
níveis de detalhamento e organização societária. Essa equalização é talvez algo
assaz complicado com o agravamento de organizações que não são previstas em
lei, nas esferas que vão desde o crime comum àquele do colarinho branco e
grandes organizações criminosas internacionais. Parece uma obviedade, quando se
supõe que as desigualdades de ganhos estrangeiros possam estar atrelados a equívocos
procedurais, no mínimo passíveis de suspeição, e que dão suporte a órgãos que
fazem parte da cartelização não apenas na criminalidade concreta, quanto a
ganhos escusos e abissais que põem em risco a segurança de imensas populações,
como no casos de grandes indústrias de mineração e outros casos de impunidade.
Só se dá importância do risco dessas empreitadas de negociantes quando são
vitimadas dezenas de vidas humanas sob a égide do descaso e da negligência,
impelidos pelo lucro desumano. Esse pensar em um país onde o deságue das instituições
em permitir quaisquer modalidades exploratórias não leva a um consenso em que se
possa dormir sossegada uma população que reside perto de iniciativas onde uma
simples chuva possa acelerar e contingenciar desastres não apenas ambientais,
mas sempre recorrentes na perda de vidas humanas.
A variante
lógica de um proceder qualquer, de um ato ou ação que sirva para a construção
de um país passa não apenas pelo conservadorismo do que é bom, mas na
iniciativa democrática em que, se for realmente respeitada a Carta Magna,
talvez pensemos – posto a crise internacional já se avizinha – que se pense em
termos de um Governo mais nacionalista ao menos, já que necessita o mesmo
Governo de uma diplomacia que agregue, e não segregue: dentro ou fora, na
circunstância simplesmente da lógica supracitada, pois tendem as guerras
comerciais serem o fardo do novo milênio, e a busca das riquezas que temos ao
menos que as aproveitemos internamente, pois a sangria jamais será infinita, e
a miserabilidade e pauperização de nossas famílias já é fato. Se dizer que algo
ou alguém pertence a um lado. Não há um jogo de xadrez com apenas a ala da
Rainha ou a ala do Rei, pois um peão que seja, mal movimentado, abre chances
para a defesa desenvolver em qualquer ala, pois a inteligência do jogo revela
que, se tornarmos previsível apenas um grau que consideremos superlativo, não
abrindo espaço de confiança em ambas as alas, os xeques se sucedem e o mate é
inevitável, assim como na matemática não há erro, e se Deus é um também possui
dois braços se for correta a semelhança com o ser humano. A variante da crença
só existe se for aplicada em cada atitude humana o bem para com o próximo, e
deve-se pensar crua e sinteticamente o que significaria uma sociedade em
guerra, pois, como se diz em uma canção latina é um monstro grande e pisa forte
toda a inocência das gentes. Só se pede um bom senso para que não sejamos
indiferentes a isso, pois nem os filmes de ação ou de guerra, e nem os vídeo games
são a realidade da matança.
Há muito a
se libertar de quaisquer garras diversas nações, mas a nossa, por exemplo,
possui a batalha pertinente que fosse um: o saneamento e esgotamento sanitário.
Há igualmente a necessidade de um contingenciamento contra a violência, há
igualmente uma necessidade de maior inteligência investigativa a se investigar
igualmente se há parcialidade na questão judicial e jurídica. Há premência em
recusar uma educação que tolha a nossa juventude, pois estabelecer hierarquias
desnecessárias pode coagir a pureza que emana de nossas crianças. Estabelecer
laços de cooperação econômica é importante, mas sublimar boas intenções com a
maldade no mínimo é covardia inepta. Por isso mesmo abramos os olhos para a
questão de imiscuir-se em questões beligerantes. Talvez a aproximação com
serviços de inteligência internacionais possa ser interessante em certo
sentido, mas obviamente essa conexão não exista apenas para fornecer logística,
mas igualmente enquadra os países para que se aja no sentido de permitir
viabilizar interesses nos territórios em que se compartam esses favores.
A variante
de termos uma base de conhecimento da ciência vem ao encontro dos países
desenvolvidos, e tornar-se factível uma intenção que venha para um progresso
científico nacional, que verteria pelos interstícios de nossas instituições
evita que joguemos a toalha abandonando o jogo, mas merecidamente nos faz
amarrar nossas chuteiras e, de bicicleta, marcar o gol necessário já agora nos
primeiro minutos infelizmente de um segundo tempo. Com força e com fé!
domingo, 17 de março de 2019
POESIA CLAUDICANTE
Verte
um braço o seu apanágio de promessas, de uma caneta ou outra
Que
se revele o traço de sua assinatura, pois de semblante algo raro
A
feição da mesma promessa apenas assinala a frase de um contrato.
A
mesma vida de contratos recebidos, de ordens outorgadas, do
inconcluso
Reflexo
da tibieza que nos encontra dentro do paradigma sobrescrito
Naquilo
que sequer imaginara o ignaro pensamento quanto de sua dúvida.
Que
sejam muitas as dúvidas, que o orfanato das decisões não abrace
logo
O
que se deixaria para depois, posto o arame de uma cerca cerceia
prontamente
O
espaço que se deixa para muitos quando apenas tomam seu
comportar-se!
Que
se redima a vida daqueles que por uma razão ou outra sequer conhecem
A
verdadeira dimensão da liberdade, posto no serem muitos que sabem de
si
Há
outros seres que sequer estiveram livres, mesmo dentro da redoma de
cristal.
O
conforto em saber a sociedade o que vem a ser o trabalho
circunstanciado
Dentro
do paradigma indissolúvel em que todos os sistemas trabalham, é ver
Que
o que distingue um serviço do outro é apenas saber que temos aquele
ou não.
Por
termos a saúde talvez não precisemos da ajuda psicossocial, mas
quando não
Porventura
seria melhor se essa aventura de curar-nos em meio à grande carestia
Pudesse
ser simplificada, assim como em outras enfermidades o cuidar-se bem!
Assim
dizer-se de um ensino que ensine, que não se jacte a sistemática de
um dia
Pensar
que se sabe melhor do que ensinar, pois é do ensino livre que se faz
em ano
A
verdadeira escola onde o aluno constrói em sua própria base o livre
conhecer.
Assim
de serviço, a se servir à pátria, não reza que tenhamos que ser
um oficial
Para
que possamos ser melhores ou piores em um panorama em que estaremos
Mais
cônscios ou não das demandas de uma cidadania que não necessita de
dias.
Não
dessa ordem que não sejamos todos do modo em que a vida nos embale
de modo
Tão
cáustico em que tudo se resolva em um ano, ou que uma atitude de
enfado nos ligue
A um
pressuposto em que tudo o que se quer de alguém, seja ser ou não, é
que tente ser.
Mas
o questionamento de uma existência enfrenta por vezes estigmas
dolorosos, o que
Não
se leva a saber de um todo em que a unidade de uma ideia, ou a fração
opiniosa
Embate
no critério que nos remonta a vida em que a titularidade é função
progressiva!
sábado, 16 de março de 2019
MANEJO E CONSCIÊNCIA DO ATO
Saem
tribos a alcançar significados – de mesmo modo – sem serem, os
do nada
Quando
pretendem se armar com seus brinquedos, na brincadeira do sem causa
A
que seja apenas o que se pretendeu na espécie inconsútil de não
saberem-se
Nem
remotamente serem os causadores de uma classe abastada querendo wars.
Que
não se precisasse usar o anglicismo, mas no fim das frases, o
período tem-se
Remontado
nas questões de saberem que o sal que une a hipócrita maneira de
ser
Perfaz
que nos dias que nos sucedem há trabalho da autoridade para manter
ordens.
Nas
ordens em que se faz o dia, nas noites do regresso das intoxicações,
nos clones
Nem
tão bem-vindos como projetos de antemão, no reflexo indizível de
um rótulo,
No
armar-se de orgulho e arrogância onde não há o porque dessa
justificativa,
Na
questão de se saber em segurança por não estarmos no limbo da
ilegalidade…
Não,
posto a pátria é fazer do melhor para melhorar, é se pensar em
igualdade,
É
saber que há diversidades múltiplas, e poder trabalhar em cena de
vanguarda
Quando
se possui certeza de que por detrás tragamos notícias melhores,
A
bem dizer, que efetivamente o progresso do resultado remonte fartos
frutos!
Na
vista cansada do poeta, no desenho algo sem muito nexo, mas que ao
menos
Acrescente
vírgulas agregadoras, dentro da suposição em que as esperanças
que temos
Não
se baseiem em estupores de pretensas justificações da peça de um
tabuleiro
Onde
não se dê importância à disposição estrutural dos peões, para
o L dos cavalos…
A
cada esquina, em uma imagem, uma fotografia, a cada átomo fremente
do tudo
Saibamos
que a estratégia de um jogo apertado como o xadrez, fomente que
negocie
O
acordo dos movimentos dos contendores, em uma saudável prática
desse esporte!
Por
que não estarem muitos esquecendo falsos mitos, não confundindo a
ficção banal
Com
a oferta generosa que nos dá a Natureza em seu aspecto mais presente
e cabal
Quando
remontemos que nesse jogo todos os elementos são infinitos, e não
causam
Nenhum
tipo de alternância corrupta, e nem a questão ausente da corruptela
que há.
Sim,
porque se colocar o pingo em um i ao menos, do já colocado a mais um
de cima,
Serão
dois pontos a classificar o ato em si com a prerrogativa tática de
saber que tudo
O
que é agregado a mais, como uma pasta para papéis, também precisa
de agregar
Todo
o necessário do trabalho honesto em se tentar planificar uma nação
inteira…
Se
existem cidadãos de bem, e isso é enormemente um grande fato, que
não seja fardo
A
mera compreensão de engrandecer estatísticas com o bom senso de que
não é a partir
Apenas
de um zero que não podemos isentar de nossos recursos para
participar do jogo
Em
que sejam lançados desafios, mas que não se tente apenas jogar para
cima do chip
A
incumbência de atitudes de cunho reflexo que por vezes não se
encaixam nos enigmas.
A se
dizer, que idealmente possui o ser humano alguma curiosidade, e que
tornar um signo
De
alienação comportamental, na previsibilidade de que muitos não
pertencem à decisão,
Tornar-se-á
melhor que a dita decisão venha sem o fracasso exposto qual nervo
nas bancas.
Vigie-se
as instituições que dão garantia social no sentido mais pleno de
nossa aldeia global,
De
outras aldeias e vilas que não soçobrem por serem ou agirem com
modos diversos
E
que no entanto revelam uma criatividade sem igual e precisão na
atuação, o que nos torna
Como
cidadania escalar e gigante, um exemplo a todas as comunidades do
planeta, pois
Com
dizia o grande poeta Cervantes: conheça a tua aldeia e serás
universal!
E
das casas e lares que somos, seremos um retrato de nossas ruas, um
painel celeste
Por
onde anda a retórica sensata de sabermos que ninguém é rótulo de
alguma cor,
Que
ninguém é pior por ser de alguma postura existencial, pois o que
nos falta com urgência
É
repartirmos o grau de compreensão através do comportamento que flua
na cepa natural.
sexta-feira, 15 de março de 2019
PESSOAS SÃO SIMPLES
Não
há complexidades no modo previsível em que as pessoas se comportam
no mundo. Há um quê de competição e suas variantes, há o mito
que gera a inveja, há a quebra dos mitos quando outros são
realocados, e as carapuças diversas das personagens em que cada ser
humano busca, em uma sociedade praticamente escancarada em cenas,
imagens, informações, dados e perfis, todos buscados por
experientes pesquisadores que trabalham aquém de suas próprias
engrenagens. Algumas poucas letras dariam para listar verdadeiros
campos fornecidos por bancos de dados, e cada ser se talha, quando
abatido ou ser vivente, humano ou não, nessa mística descomplicada
dos códigos de barra, dos CPFs, das contas bancárias, em síntese,
em um enquadramento X, factível e explicável a quem está dentro da
urbana sociedade de consumo. Brutalidade à parte, o brutal é
previsível, é de contato ou não, vira coação, vira por vezes
lutas insanas onde o respeito torna-se costume de grupos ou engenho
da hipocrisia, tornando-se palavra vazia, propósito anacrônico,
amor platônico ou de Onã. À parte, a libido torna-se igualmente
motivo de violência, ciúmes incontroláveis, interesses abjetos, ou
compensação da aproximação da senilidade na busca por poder e
riquezas para compensar a abjeção do homem contemporâneo, em cópia
simples do que foi o alvor da riqueza baseada na exploração
histórica, tantas vezes tornada realidade em tipos simbólicos de
antropofagia escalar. A motivação torpe pode ser traduzida por meio
dos sentidos humanos e sua cegueira com relação ao entorno,
ampliada enormemente pela dependência afetiva dos meios eletrônicos,
e sua impotência sistemática em se tornar algo por hora realmente
válido. Uma retroação da invenção de Gutemberg, ou dos primeiros
jornais da grande imprensa, em que Balzac tão bem retratou nos
costumes tão válidos dos tempos das prensas de impressão, da
literatura e das editoras, em seu “As Ilusões Perdidas”.
Afora
a complexidade que se reúne em torno de um tronco secular, onde
economicamente as sociedades mudam conforme tendências que se
alternam, vive-se, infelizmente hoje em dia, um mundo regresso em
seus modais exploratórios do homem pelo homem e do homem em relação
à Natureza. Que se grife a Natureza como um conjunto onde o homem é
subconjunto daquele, pois não é a Natureza que deve estar a serviço
do ser humano, mas justamente o inverso. As questões econômicas
onde a espécie tíbia como a nossa navega em torno de si mesma são
motivos os mais diversos para se estabelecer um contraponto onde
estamos a querer que o planeta se nos obedeça, mas o látego dos
desastres naturais e de doenças mentais endêmicas aceites como
modus operativos normais no andamento de certos comportamentos sem
escapes culturais nos revela a fragilidade em que passamos a
acreditar em certas crenças medievais.
Houve
um tempo, mais precisamente no século XVIII e no início do século
XIX que as transformações dos meios em que se processava a produção
das riquezas e o surgimento da burguesia nascente, onde a corrida ao
renascimento da tecnologia permitiu enormes avanços econômicos, em
que a cultura e o engrandecimento dos encontros com diversas
civilizações permitiram uma mescla entre o novo e o antigo, entre o
Europeu e o Asiático, igualmente o espelhamento das Américas como
sedimentação – ainda que rudimentar – de novos processos de
civilização. O andamento das máquinas, das novas modalidades de
transportes, como os navios a vapor e as ferrovias baseados com a
queima do carvão mineral, anteciparam um recrudescer de problemas
que podem ter se cronificados, mas que de um lado positivo tenderam a
alicerçar novas formas de se ver o mundo, com a mudança de
paradigmas produtivos, e o acesso aos impressos e uma maior
popularização das artes, onde passou-se de românticos idealistas
ao realismo e naturalismo, grande movimentos artísticos nas artes
visuais e na literatura. Quando James Watt inventa a máquina a
vapor, quando Edson cria a lâmpada, e tantos outros frutos do
engenho maravilhoso do homem irrompem no processo de recriação de
recursos e inovação de meios, começa a irromper o desejo de
possuir mais e mais, recriam-se famílias de atitudes de etiqueta, e
a Inglaterra e a França despontam com carrilhões dessa nova
ordenação econômica e política no planeta.
Desde
o primórdio da civilização na Mesopotâmia com a invenção da
agricultura a questão humana abraça um desejo essencial que toma
corpo com as novas técnicas da ciência: as novas descobertas, os
novos recursos de produção que vai desde o utilitário na arte até
a busca desta com a fabulosa tradução cultural dos povos. Tornar
tudo muito complexo faz parte de engenho do pensamento mais
rebuscado, mas toda a tecnologia e sua busca faz parte da espécie em
crescer e dominar a matéria, com todos os meios que possam plasmá-la
em busca dos interesses de ganho, desde o próprio nascimento
helenístico até Roma e o pensamento Ocidental. Esse surgimento do
pensamento grego é que remonta as origens da moderna e sempre
atualizada busca pela perfeição e pela beleza. No entanto, quando o
ideal e a busca da beleza – tanto material quanto espiritual – se
revela na criação de prejulgamentos ou pensamentos preconcebidos, a
fim de se isolar o próximo, independente de suas crenças ou de suas
tendências existenciais, é que o ser humano começa a encontra uma
perplexidade em torno de si mesmo e dos seus que justifique qualquer
modo de violência, culminando nas guerras. Essa questão é o que
torna toda uma sociedade bestificada dentro de uma simples
contradição, onde o bem encontra-se com si mesmo na prática
altruísta da segregação, mas que na verdade é um ponto crucial
que enfeixa a simplicidade humana na eterna tentativa de se ser
complexo, através do ego que compense a maldade justificada.
quinta-feira, 14 de março de 2019
ESTEIRA DESATINADA
Vê-se
ao longe um panorama algo inconcluso de famigeradas ideias
No
que se possa ter da ideia permitida, a ser apenas signo de startup
Quando
o antigo oleiro não se lhe apetece produzir depois do concreto
Mas
que reverbera a fronte de um ser que queira ao menos algo de se ser.
Não
que não suponha a verve acompanhar alguns inauditos no desejo
De
aplicar violências por motivos quase abstratos, naqueles que vivem
Em
uma bondade em que a torpeza freme o gesto da insensatez…
Uma
grande fábrica de agressores vira o modo em que muitos se traduzem
Pelo
verbo coagir quando se jactam serem guerreiros de um vídeo game
Que
revela seu poder dos treinares a que se insufla assustador o mote
vil.
Gerações
de jovens não respeitam mais os mais velhos, a sabedoria enlatada
Não
respeita verdadeiras fontes de conhecimento mais pleno, e o agir
Mostra
apenas que a ação de alguns significa menos do que a própria
crueza!
Segue
uma sinistra e bizarra carruagem onde o cocheiro pode ser muito rico
De
tanto agraciar seu passageiro com a volta que se dá no mesmo
parafuso
Onde
o encaixe supõe que se seja melhor a consubstanciada e esperada paz.
A
paz incomoda a muitos, faz-nos esperarem rugidos circunflexos, redime
A
culpa daqueles que são realmente culpados, onde a plataforma da vida
Revela
sempre que o que se faz de digno apenas mostre que é dignidade
E
encaixe no motor de uma vertente justa, aquilo que se mostre real e
justo!
Nesse
aspecto de estarmos parecendo que temos que ter algum tempo
A se
crer em um período mais constante, ou menos isento de erros
As
páginas ferruginosas de um tempo onde o que se escolhe como certo
Na
verdade emite ruídos que altercam uma possível harmonia do bom
senso…
Se
criamos a expectativa de não sermos sequer ofensores, verte-se do
ombro
De
um ser que busca a todo momento sua sanidade, o látego da covardia
Em
que o modus de qualquer um se torna aquilo de previsibilidade cruenta
De
sabermos que na face de uma maldade quiçá pudéssemos encontrar a
vida.
terça-feira, 12 de março de 2019
CONTEXTOS COMPLEXOS
Não que
não sejamos tão tolos ao admitir que qualquer ideia possa ser obsessiva ao
ponto de não vigorarem regras básicas de entendimento. O tema da complexidade
vai de encontro ao que não conhecemos e que felizmente pode ser conhecido por
estudos acadêmicos, ou através de alguma sorte em que um diletante encontre
boas fontes. Por vezes, no humor de quem lê um texto, este assume diversos significados,
onde a contextualização deles vai de encontro com a primeira percepção onde a
exatidão do fato muitas vezes recorre em não erradicar a dúvida, quando o texto
possa exibir solução de alguma questão importante ou similar e que vá ao
encontro do domínio do pensamento. Digamos que a fonte seja uma escritura
sagrada: parte-se do pressuposto de que alguns pontos devam ser aceitos de
qualquer modo, e para isso dependemos da fé. Esse pressuposto é religioso, e
tal é a sua importância que por vezes, naqueles que abraçam piamente suas
escrituras, essa fé indescritível pode mover montanhas. No entanto, para se
abrir a existência mesma da importância da religião no panorama do mundo,
haver-se-á de aceitar as diversas modalidades de crenças que permitam o
desenvolvimento de um cenário diverso, dentro do aspecto cultural das
humanidades. Se uma gente tem uma atividade qualquer que demande concentração,
esforço – como em uma tarefa complicada – e um ganho por tal, como é a
realidade de todos os que trabalham dura e honestamente no plano da sociedade,
essa gente muitas vezes têm que abstrair-se de questões anímicas ou espirituais
para exercer seus ofícios, seja em um parque fabril, no campo, em um escritório
e etc. E a conveniente troca de conhecimentos e experiências no trabalho só se
dará mui positivamente no conjunto se individualmente se aceitar as diferenças
existenciais de cada colega de trabalho. Há que se ter em conta de que –
estruturalmente – o conveniente enquadramento do colega em atitudes de bulling gerados por pretextos os mais
diversos casam por causa de extrema necessidade competitiva, quando o que está
em questão é a subida de carreira, onde não se deve compartir as conquistas
profissionais com quem está ao lado. No entanto, se uma nova modalidade mais
solidária de mercado combater o preconceito mais vário será mais fácil à
projeção mais coletiva ou de grupos que sejam, diluindo o entusiasmo febril do
orgulho e do egoísmo que ponteiam nas relações humanas como um todo hoje em
dia. Esse distanciamento das humanidades se dá não como fruto de gerações que
altercam-se por uma colocação social, mas pela extensão de verdadeiros
exércitos industriosos de reserva, ou as filas que colocam as grandes empresas
em vantagens nas pressões para que os salários fiquem cada vez menores. Cai o
consumo nacional, e as ofertas se alternam entre taxas e demandas.
Se passa
que a crítica não é ao capital que gera a desigualdade, mas o comportamento
febril e incontrolável que já assola mecanismos de mercado internacionais. A
modalidade do caráter se conserva a duras penas, e a inviabilização de muitos
que adoecem mentalmente se torna já um lugar comum, na incapacitação de muitos
que adoecem e sofrem duras penas por isso. Justamente uma observação constante
e anacrônica se faz necessária para enriquecer esse tolher do comportamento com
o crescimento da aceitabilidade dos sinceros, e o respeito aos justos. Essa
recolocação em prumo da sociabilização dos membros da sociedade diversa e
cosmopolita, apesar de limitações de envergadura cultural, reza a que pensemos
melhor e ajamos no sentido de ampliar possibilidades no diálogo constante, para
que no futuro as palavras que foram ditas, e as ações diligentes no sentido de
melhorar as classes fabris e da terra, sejam ou façam parte ao menos de uma
leve – porém densa – tendência em renovação do mercado na sua humanização. São
muitas as fortunas que quebram, são muitos os devaneios de grandes montantes e,
no entanto, sempre se contou com as mãos das gentes para a compatibilização
entre a fábrica e o resultado: o trabalho e seu fruto.
domingo, 10 de março de 2019
STARTS OU COMEÇOS
Em
uma retórica conservadora, temos um modo de saber qual a opinião
que vem a ser a próxima, qual a roda e onde ela gira, qual a
pertinência do movimento da próxima peça no grande tabuleiro da
vida. Sabermos de muito por vezes não significa uma ação que
inicie, pois a trava no pensamento quando busca incessantemente a
argumentação contra um muro de pedra, só vem a rebater contendas
para a testa de um incauto… É na retórica conservadora que reside
um progresso quase anacrônico, pois começa a ser sentido na
previsibilidade, ou em um tipo de pensar maniqueísta gratuito, como
em: drink beer! Beba, e nada mais, faça ou não faça, venha
a nós ou se vá, lute ou não lute, seja a favor ou contra. Supomos
que isso seja algum tipo de procedimento, mas o que se sente em uma
rua, ou mesmo em outras ruas com fatores de risco remonta algo de
Idade Média, onde a maldade psíquica começa a dar as suas costas
para esse favorecimento comportamental, dando início a sequências
de atos e um ressentimento de que apenas se possui amizades,
negócios, ou competições, onde os inimigos que criamos são
inúmeros, cristalizando desse modo um procedimento que não inclui
as autoridades, posto sejam nomeadas para isso, em que o respeito
pela atitude vazia seja a incógnita do fracasso em não ser alguém,
ou não se saber tentar viver obtendo um conhecimento qualquer, mesmo
dentro do esforço hercúleo. Parte-se do princípio da banalidade,
em que a polêmica em torno de uma imagem qualquer demande respostas
previsíveis que supõem a lógica cognata da apreensão do absurdo
como algo importante. Deita-se na cama com um celular e a fama
aparece, ou a inversão dessa ordem não esteja corretamente situada,
mas a cama pode ter um poder onde os que não estão nessa zona
confortável apenas sentem a barbatana do tubarão roçar seus
joelhos. Disso supõe-se que se escrutinam votos de confiança, a
ponto de se crer que Deus nos salve, mas que a noção da divindade
em verdade não nos diz, a se dizer de muitos, de Sua presença entre
nós…
Apenas
que se denote o que é Cristão, em uma nação crística, e aquilo
que é anti cristão, por resiliência de pensamento agnóstico, ou
na cópia dos antigos fariseus e mercadores da alma. Essa nova
acepção pode existir, e especialmente agora o conflito desses
modais de pensamentos podem vir em uma tonalidade de especulação
estigmatizada, por questão invasiva no se conceder direitos
relativizados pelo preconceito, ou na simples e outra questão
igualmente de se estigmatizar um grupo ou alguém por valor
estipulado de religiosidade, onde o não crente não vale, ou deva
ser incorporado. Passa-se a pensar na não validade do pensamento
filosófico mais severo ou mais simples, ou na representatividade de
comportamentos mais autênticos do que o permitido, ou mesmo na
coleta investigativa nas mãos de quem não deve, posto não ser
autoridade para tal, e por conseguinte não poder proceder a fazer
sua própria justiça, algo assustador quando passa pelo caudal da
vingança, ou outras questões similares de violência urbana ou
rural.
O
começo de uma sociedade mais democrática passa pelo viés da
permanente discussão sobre as validades das instituições com
finalidades úteis para a sociedade, e taxativamente a não
cooperação com lutas onde não se sabe o motivo para tal, qual não
seja o de concórdia entre os grupos, os vizinhos, de casa ou país,
das populações como um todo e da resiliência em se tentar
construir amplamente o espaço do diálogo, mesmo onde houver
silêncio e obscurantismo, pois não passamos por um processo de
enriquecimento de nossos direitos para acompanhar um crescimento
oposto à obtenção da paz em um retrocesso que fere um pensar coeso
e diligente no planeta.
Esse fator decisório nos leva à tona de um grande sonho onde nem
tudo o que reluz no mundo é um chip, pois a posição da areia é
fruto dos oceanos, dos ventos, e do desgaste de imensas rochas que já
existiam por aqui antes de nos estabelecermos nesse mundo. A questão
econômica de uma globalização vem acompanhada necessariamente de
um pensamento que abrace as nações em um amálgama que deva ser de
compreensão, haja vista haver muitos missionários que já estão
confeccionando seus ideários em lugares onde o acesso já não é
mais irrestrito… Afora o grande mote de se pronunciar a vida com
mais força, a vitalidade e a fortaleza humanas onde seja humano o
proceder, podemos perder para espécies que silenciosamente apenas
são espectadoras da superfície intensa e no entanto tíbia e frágil
de nossa Terra!
sábado, 9 de março de 2019
OLHAR EM DIÁLOGO
Talvez
possa se afirmar que um ser onisciente veja, sinta ou toque por vários modos,
na abertura de uma percepção aos homens jamais compreendida, e que por escalas
mais reduzidas se possa afirmar que a sensibilidade de qualquer criatura possui
a importância mais que fundamental de compreendermos o nosso mundo, e a
possibilidade da vida em outros planetas. Mas se nos ativermos no lócus de cada
qual, a interferência do espaço em nossas vidas, ou mesmo na questão de nele
vivermos, recriando-o em um diálogo constante da matéria com o espírito,
veremos que a Terra posta na rede de cada qual – mesmo aparentemente ausente – permite
uma vivência cotidiana dos seres e as injunções humanas para que sejamos todos
preservados da má conduta e da ignorância em não saber respeitar a vida.
O cotidiano
de nosso olhar pode não ter que existir em função de um direcionamento reto, em
foco, ou estabilizado em regras outras que não sejam o de se bem portar... Na
verdade, queiramos a nós mesmos e em nosso comportamento o que desejamos que
aqueles que nos representam realmente possam ter, na acepção da igualdade como
exemplo e na negação de sermos hipócritas em luta contra a hipocrisia. Se na
dureza de olhar de alguém que esteja em uma situação de impor uma persona que calhe
bem na motivação de seu caráter, que este olhar mude por vezes, seja por esse sinal
que se encaixe o humanismo tão necessário, posto todos os membros da nossa
espécie incorrem em erros, já que é impossível gabaritar a vida durante toda
ela: sem pausas para algum recreio, a trégua desejada, a contenda que não seja
importante, o valor de termos entrado em trevas para poder ver a luz novamente,
mais forte e mais lúcida. É nesse olhar dialogado em que não incutamos o famoso
maniqueísmo como deus renascido, que podemos construir alicerces enquanto
deixamos passar as sinistras caravanas de seu próprio descaso, em que procuram
algo, em que não necessariamente nos encontrem na esteira da visibilidade, pois
se alguém é uma formiga, subtendendo-se que a formiga é alguém, se entoca na
invisibilidade da dimensão planetária... Dos insetos, que por enquanto vão
refazendo seus canais subterrâneos e consagrando a Natureza nas raízes das plantas
menores, na beleza de poder-se observar algo além de nosso próprio estilo de
tempo e sua linha, algo além do registro visual e seus pixels, mas abraçando a
tecnologia como modalidade de valor porquanto no plano inferior e humano do
mundo contemporâneo.
Há uma
inversão da atitude destrutiva de nossa espécie, na corrida ao hedonismo, na
ausente libertação de uma legítima intelectualidade algo anônima, enquanto as Famas não encontram Cronópios à altura, parafraseando Cortázar! Busca-se a pequena
fama, algo sinalizador, mas o caminho à altura das estrelas necessita de
compreensões maiores, algo de um repentista realmente criativo, não fora que as
palavras não possuam ainda tamanha força concedida pelas letras digitais, em
era que remonta Gutemberg, mas extensiva a todos que possuam algum rádio de
bolso mais evoluído, como o celular – smartphone.
Um fone esperto, meio que tornando confusos certos limites, e possibilitando
limiares de uma enfermidade contextualizada pela psique coletiva, no algo quase
compulsório em processos quase químicos de estímulos e respostas. No entanto, em
sua contradição, na riqueza da descoberta pelos jovens de mídias antigas, como
as fotos com cristais de prata, reveladas em laboratório, ou o estudo das artes
mais rudimentares e antigas, tais como o carvão vegetal, o entalhe, a
terracota, o gesso, a pintura à óleo, e a importância da ligação e coerência em
relacionar as eras da incipiente agricultura e indústria com as descobertas
científicas mais recentes. Essa busca da arte, da ciência e da história deve prosseguir
com entusiasmo de nossos acadêmicos e, como o gestual se torna importante e
atual como sempre, retornar à possibilidade de teatros de vanguarda e novas
modalidades da arte como expressão que não se viola, é de assaz importância
para compreendermos o mundo à nossa volta, nem que giremos pelas ruas nossas
rodas, feito pernas, ou em um caminhar sereno com boas havaianas...
Se, na
verdade, buscarmos o diálogo aberto com o olhar, se compreendermos o olhar e a
humanidade que quebra a tirania com a ternura, seremos melhores do que aquilo
que se espere de um cidadão. É o próprio diálogo da altercação versus bondade
que podemos assumir como um ato que reflita não uma cartilha existencial, ou um
livro de autoajuda, mas o compartir do conhecimento inegável que espera por nós
dentro de prognósticos mais positivos em Era que ainda temos de refresco para
melhorarmos o que é possível, negando guerras e desnivelando conflitos
insolúveis. Nesse requisito do olhar e seu diálogo postamos uma carta de amor
na revelação de um conto, um ensaio, uma poesia, ao que verse que, em uma
sociedade em que o entretenimento possui cada vez mais importância com roteiros
cinematográficos ou jogos com linearidade temporal, a busca e redescoberta da
literatura como forma de entreter-nos tende a preservar melhor a cultura dos
povos, e enriquecer a recriação de histórias, ou o encontro com o nosso
passado, tão importante para que possamos compreender nossos dias
contemporâneos e a imprevisibilidade quando não planejamos o nosso futuro,
quando tentamos evitar erros anteriores. Esse assumir que o novo prevaleça
quando embasado em questões que não afetem estruturas aproveitáveis para um bom
uso nas sociedades, é justamente manter o reflexo da dimensão humana quando de
suas liberdades e direitos fundamentais. No entanto, sem negar a possibilidade
de evolução econômica àqueles que estão em uma posição mais vulnerável, quando
a realidade apresenta uma disparidade de ganhos abissal, inviabilizando
qualquer tipo de ascensão social dentro da capacitação e igualdade regidas por
uma boa Constituição. A justiça social deve ser garantida por lei, e é
unicamente essa mantença que deve ser a razão da manutenção da ordem pelas
autoridades constituídas, dentro de instituições sólidas e de uma Nação de
progresso.
sexta-feira, 8 de março de 2019
NATUREZA E OBSERVAÇÃO
Estar-se
atento aos fenômenos da Natureza pode tornar um vivente mais sério
A
ponto de crer em si mesmo como algo em que a percepção humana tente
Quase
como compreender o infinito, haja vista fazer parte daquela uma estrela!
Se
ainda é um Mistério a compreensão da matéria e do espírito
Convenha-se
que o Sol seja da magnitude de suas manchas e mutações…
Ao
compreendermos um mero cadeado que se vincula a uma segurança
incipiente
Veremos
também que houve um tempo em que um rolo compressor destruía as armas.
Do
ser da paz, há que se ter uma cautela quase exponencial quando se
apercebe
Que
– mesmo dentro da percepção finita humana – não recrudesçamos
a violência
Como
o surgimento de que os civis possam dar conta de um recado
simplificado.
O
modal da vizinhança solidária é exponencialmente efetivo dentro de
um bairro
Onde
as soluções da segurança se encontrem na vigilância antes da
efetiva barbárie.
Que
não compreendamos menos do que uma observação continuada da
Natureza,
Pois
esta subentende que as notícias vindas do céu podem evitar
desastres
Por
antecipação, e que não se permita a saída dos barcos em tempos
tempestivos.
Obviamente
não há como definir o processo da observação e, no entanto, somos
Agentes
da Natureza, posto estarmos dialogando com suas propriedades,
Seus
laços de ventura dos ventos, as ondas transparentes ou lodosas, e
tudo aquilo
A
que pertencemos e que pode fazer com que um homem possa perscrutar
melhor.
Como
diz um budista, podemos meditar em uma rocha oceânica, ou mesmo
Em
um seixo que se encontra em um pequeno jardim, pois a matéria o sabe
Da
importância da existência dos átomos e do Paramatma neles
localizado.
Assim
de se ver os pássaros, que a máquina de voar leonardesca seria fato
concreto
De
invenção e engenho além do tempo, mas da assunção de que o
humanismo
Fosse
já na época do renascimento algo a se dizer a mais que o pássaro
voa por si!
Afora
hoje que os Mistérios Gozosos do Terço sejam um escrutinar por
caminho
Em
que na cabeça tíbia e modesta do poeta, haverão tantos mistérios
que Shakespeare
Revelasse
em sua grandeza o que ainda se encontra na maravilha de se encontrar
o livro.
Assim
passamos a observar o infinito com o nosso pensar, com os nossos
sentidos,
Posto
o belo artístico do cinema pode quiça espelhar finitamente o
infinito belo natural.
terça-feira, 5 de março de 2019
A IDEIA COMO FUTURA CRIATIVIDADE
Não
adianta ignorar-se algo por ignorar, simplesmente... Uma nova notícia sempre é
informação, e o fato de relacionar-se com ela remonta uma opinião de cada qual:
isso é a mais pura verdade. No mundo das ideias, no entanto, o pensamento
expresso pode revelar a olhos mais atentos algumas relações cerebrais até então
adormecidas pelo consonante olhar, a perícia de se ver alguma ideia estrita, no
sentido lato, ou ao menos na tentativa de se fazer perceber, mesmo que se
sustenha em uma limitação rudimentar, mesmo que na plataforma da lucidez. Em uma
verdade talvez encoberta, temos muito a aprender com a Natureza, mas essa
assertiva parece chuva no molhado. O que ocultamos em nossos comportamentos ou
posições perante o nosso entorno é que por vezes acreditamos piamente que
estamos certos sobre quase tudo. Isso obviamente vem a dar nos costados da
religião que pode abraçar ou explicar a Criação dentro de suas escrituras –
aqui por citar as grandes religiões do mundo e seus cânones –, mas apesar disso
não podemos jamais descartar o conhecimento que a humanidade consagrou às suas
próprias descobertas científicas, mesmo porque se torna enfadonho tentar
relacionar cada aspecto do engenho humano encaixando-o em contexto ou
explicações escriturais; mesmo que estas realmente possuam a sua relevância e a
imantação decorrente da fé, que sempre será uma força ilimitada e indizível.
A ideia
pode ser resultado dos insights religiosos, pode ser mais do que apenas uma
criatividade artística ou similar, mas a completude do homem e da mulher vem a
ser talvez a própria complexidade em que variados contextos relativizam a
explicação final da existência. Nada como a psiquiatria para compreender a
Natureza humana, seus diversos aspectos e a faculdade inerente de, através das
medicações, tornar o sofrimento psíquico mais suportável, ou a grande questão
da mutabilidade existencial humana. Esse é um lado da medicina, que por sinal
hoje já atravessa por milhares de insumos tecnológicos onde a pesquisa moderna
avança progressivamente para que tenhamos melhores qualidades de vida aos
idosos, por exemplo, com fatos de cura que, há um século atrás, pareceriam verdadeiros
milagres, mas graças à ciência se tornam corriqueiros e mais acessíveis. Esse
fator tecnológico infelizmente pega desprevenido aquele que pertença a gerações
díspares, ou seja, como classes comportamentais que relegam o diálogo consoante
com o fator total e integrado naquilo que já o é, para lacunas onde o mesmo
diálogo trava a possibilidade flexível do conhecimento, em sua dinâmica e
interpretação que não seja necessária apenas de acordo com conceitos e rótulos
já há muito dispensados dos novos pensamentos e das releituras positivas do que
se aproveita dos antigos. Há uma dialética permanente e nada contraditória naquele
possível ermo de quem pensa com os dois hemisférios cerebrais. Essa passível
abertura conectiva seria o mesmo que comparar uma caixa de fósforos para as
conexões eletrônicas com um isqueiro que acende mais de três mil vezes, que
seria a conectividade dos neurônios, ou passivamente comparar uma lâmpada com o
sol. Para se ter uma exata dimensão do processo de sinapses cerebrais, são combinatórias impossíveis de mensurar ou
registrar, qual não seja talvez de pontuais regiões do comportamento humano
quase observável! Heureca, temos muito a aprender...
Do mesmo
modo em que deve-se respeitar as injunções de quaisquer lados, a ortodoxia em
ciências como a economia não será sempre a melhor coisa a fazer, nas questões
da lógica do próprio mercado. Obviamente, o pão caseiro não possui embalagem
agregada, assim como todos os produtos vendidos por peso, a não ser pelo uso
continuado do isopor e do plástico: altamente dispensáveis, mesmo porque esses
usos passam a estimular a contenda entre ricos e pobres pelo uso do óleo negro na
estratégia da geopolítica mundial. Cada bandejinha encerra uma reciclagem ainda
incipiente, e o mundo e sua destinação do lixo inorgânico enfrenta reciclagens
que devem acompanhar de forma cabal a velocidade do processo do descarte industrial,
e novas embalagens de cunho eletrônico que muitas vezes possuem potencial
poluente cada vez maior. No entanto, refere-se à embalagem dos produtos que são
pesados, frutos da agroindústria. Se um produto agrega em si uma demanda em
potencial, se o anúncio coloca a questão do investimento em se criar um desejo
do verbo em inglês restrito de se possuir, de se ter: o have, fica fácil de se saber por que às vezes as questões de
linguística estão profundamente relacionadas com o dito mercado: market, em inglês. O marketing passa a
ser a ciência da publicidade, e a recriação do desejo de se ter algo a mais do
que apenas a função a que se destina o produto ou objeto de consumo. Nesse
contexto é que novas embalagens são criadas, até o ponto da virtualidade do
objeto como algo que não se pega, não é material, mas presta um serviço
qualquer, dá um apoio, transforma uma viagem em um diálogo no display... No que seja a tela, onde se dá a conectividade entre os novos modais de comunicação estes que já possuem um poder muito forte em mobilizar opiniões ou atos em
favor de algo onde há contradição, que pode ser chamada de fake. Esse fenômeno apresenta-se como modalidade indispensável para a manipulação
de alguns tipos de comportamento social, de atos, de revolta, ou mesmo de
acesso ao poder. O mercado continua a ser o domínio do acesso livre aos bens,
mas essa liberdade é relativizada pelos próprios bens esses, que possuem níveis
de hierarquias possíveis dentro do seu espectro do valor.
Em
síntese, a grande embalagem vira um modo existencial, onde fatalmente a ilusão
com relação com relação à privacidade, a uma vida pessoal mais íntima flerta
com a possibilidade de expor essa mesma e intensa ansiedade íntima para muitos
que sequer participam ainda desse status, onde a fama se recria em uma linha de
tempo, onde a linearidade se revela no mesmo modal produtivo de antanho, onde a
participação do ser criativo é subentendida, e onde a solidão é preenchida com
alguns toques nas teclas de uma esperança algo efêmera. Parece que cabe aos criadores das
redes sociais negociarem informações como quem vende chicletes, em um mercado de
retrocesso para aqueles que necessitam concretamente de melhores oportunidades,
afora a questão da religiosidade que ajuda quando compõem grupos solidários,
mas se torna excludente para os que são rotulados de ímpios ou descrentes.
A
principiar um novo milênio, tragédias como a de Brumadinho entre tantas outras
ainda em potencial de ocorrerem no futuro, tragédias como explosões de
violência que vitimam inocentes e agentes de segurança, uma educação solapada sobre
incertezas de ambos os lados e vitimada pela negligência ao se pagar mal os
professores, não deveriam estar ocorrendo, pois que se atenda mais fortemente
os anseios populares, e que tente se eximir de culpa aquele que acredite que
pensar no povo é questão ideológica – se achar que seja possível não ser
culpado por isso.
sábado, 2 de março de 2019
O LUMINOSO LIMIAR
Das
luzes, que nos guarde a semântica dos signos de esperança
Que
a bem dizer, melhorar seja substância do mesmo tempo
Em
que alçamos o voo de nosso espírito sobre a alfombra da vida…
Das
árvores que se sustém em troncos, das raízes torcidas e antigas,
Que
nos digam os alvitres da harmonia em tons graves e solenes
Na
orquestra indizível de nós mesmos, ao som de um cipreste turvo.
Há
quem pronuncie o signo da discórdia, há quem siga um parvo
Que
silencia um gesto na eficácia de seus turnos e ignota vida,
Mas
que deste mundo faz parte como um fundamento humano…
E
todos os que respiramos na cota de um gigante que durma,
As
palavras se sentem a ufanar o mesmo outro gesto que desgasta
Nosso
comemorar pífio de um conhecimento algo quiçá milenar
Na
tessitura áspera do ventre de um continente igual na soberba!
Não
que convenhamos tudo, o que se nos diz é circunspecção
No
qualquer ideário pátrio sem um nome exato que o defina,
Mas
que o nome de um país se escreva maior do que tudo
Aquilo
que os poetas grandes fizeram por nos acordar sempre!
No
átrio de uma casa não se vê as coisas como deveriam ser
Quando
queremos algo que não é exatamente o mesmo que deveria
Podendo
calçar as botas que não nos disseram os argumentos
Quando
uma perfídia nos incute o erro de termos apenas comentado.
Ah,
sim, quem dera a queda não se fora por uma questão de verso
Na
altaneira vertente de não querermos suprimir o seu significado
Posto
na algibeira do poeta residir ele por inteiro, quando aponta
No
seu caderno de companhia o simples e rudimentar ato da existência.
Mas
que a consorte, a musa que assombra em outros mundos, viva
A
acompanhar a superfície do manto estelar, onde as galáxias
finalmente
Revelem
a importância de um mero signo de Aquário nas estrelas
Em
que o firmamento por vezes só conheça ainda o Cruzeiro do Sul.
E
assim que nos termina mais um dia, e a construção de tijolos ocres
Revela
o sedimento de um amálgama duro que talvez possíveis escavações
Em
um futuro distante e lindo encontre outros lares erguidos sobre nosso
mundo,
Na
mesma terra que sirva de leme para a boa vontade e a comunhão dos
povos!
E
que a mesma noite de luzeiros amarelos façam lembrar que a luz é
Krsna,
Apenas
tecida em séculos passados pelos inventores, na busca do Sol
particular
E
que tornaram outros mundos como Vrndávana e sua refulgência
sublime.
Pelo
caminho da Criação veremos muito das descobertas, mas de quem seria
A
terra como propriedade, se sempre houvera, e desnuda fora mais linda,
Senão
que quem a criou seja sempre o seu dono, posto a humanidade pega
emprestada
Em
um gesto usual que faz verter a mesma correnteza de um rio imaculado,
limpo,
Na
evidência em que pelas atualidades nossa raça começa a urdir atos
de sujeira…
Posto
a limpeza por aproximação com a nossa espécie continua por
bifurcar
Entre
a integridade de uma beleza, e a destruição ambiental, que
obviamente urge
Para
que possamos atravessar o limiar da desumanidade em direção à luz
Na
tênue linha que divide a atitude incerta daquela que se pareça ao
menos com a consensual.
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