quinta-feira, 15 de novembro de 2018

VERSÃO DO SALITRE



Um barco com as velas enfunadas e secas de um motim sereno
Quase refém das ondas, vai por espalmados mares no singrar
De uma madeira corajosa de quase nobreza de veios que não quebra
Nem ao menor rumor que fraquejasse alguma estrutura marinha...

Qual seria o timoneiro que perfizesse um caminho por entre vagas
Se nas teias vagas do pensamento se urge que um não converse mais...

Assim seria o se dizer apenas do princípio do navegar-se, se ondas
Não fossem quais previsíveis sonhos de que bastaria um gesto
A nos fazerem a peça irreversível de um teatro conforme e quase lunar?

O sal marinho entranhado por entre peças de estanho que secretamente
Vertem o sumo dos tempos, qual oxidação permanente nos ócios
Que outros deixam guardados como sementes sem o sal do mar...

Mas Krsna é permanente, pois flutua como um espaço gigantesco, onde
A mais doce criatura não é atingida por qualquer despojo de navios
Pois a sua navegação transcende o azedume de estarmos quase em guerra.

Esse acre sabor da contenda, esse preparativo algo de oscular o opróbio
Nada tem a ver com a versão de um salitre muito mais gigante, de Deus,
Syamasundara, que navega na imensidão dos universos criados
Como quem personifica a sapiência da bondade entre as criaturas vivas.

E como no alentar-se de uma razão que mescla a vitória espiritual
Sobre aquilo que apenas pressente que seja um tipo de troféu tardio
Por ações materiais que dizem respeito aos minérios e à carne,
Passa a ser profética ode material do que se torna o Universo crível.

Essa credulidade apenas no tangível, naquilo que sonha ao metal,
Verte por entrelinhas do descaso o que muito se faria na diferença
Quando elucidássemos ao crente a fundamental diferença das partes.

Quando espelhássemos os Testamentos, a ver, do que é do hebreu,
Do que é do Salvador, e no mínimo a base de Isaías, a saber, o Profeta
Em se nos dizer que aquele que surge como messias é realmente
O filho de Deus encarnado para salvar a humanidade da barbárie.

Crença é, que seja, mas por sinais não estaremos muitos distantes
Daquilo que o nosso espírito não nos ressinta de sentirmos,
Quando o conforto de encontrarmos a Verdade nos diga como
Seríamos com esse fator que sempre será a Paz que Jesus nos ensina!

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