segunda-feira, 19 de novembro de 2018

SERÍAMOS MAIS CERTOS…


Do que se esperar da verdade que nos encobre, tanto que não passa por vezes
De uma água tão suja que não temos vontade de nadar nela, que não bebemos
Nas tantas e tantas vezes que se pronuncia essa mesma verdade imunda!

Do que sejamos tortos não sejamos mais certos do que a aparente convexão
De um espelho em que não nos refletimos sempre, pois a imagem que vemos
Pode vir a ser um truque onde o gordo passa a ser magro e o reverso também vale.

Seremos mais certos quando aprouvermos de uma identidade mais concreta
Naquilo que acreditamos por vezes, em que a balada dos vícios não nos conforte
Nas vezes em que acreditamos que estamos navegando por mares não descobertos.

De nos crermos crentes de algo parece que seremos mais aptos, não apenas de certezas
Mas daquilo que pensamos em outros tempos, onde um devoto passa a ser um mito
De sua própria contemplação, a vida, sem o termo final, que se vista para um único ato!

De outro modo seremos igualmente certos porquanto fizermos acreditar um povo
Que os seus potenciais de mudança gerem a riqueza da esperança de mudar o novo
Para aquilo do antigo renascer, quando de boa serventia, e estaremos a relembrar histórias.

Nunca seríamos tão errados se porventura não supomos que a atitude reflexa de sermos
Jamais aquilo que poderíamos ser na vida se esta não houvera de latitudes outras
A que de maneira irrisória veremos a vida mesma esta com uma triste roupagem de outros…

A se nascer de frente para o umbigo, saber-se nato por deferência das mesmas origens
Na lida de um frente a outro amigo ou inimigo, que se talha na convenção da diáspora
Onde o olhar duro de uma altercação promete verter uma violência institucionalizada.

Onde se tem a prerrogativa da certa atitude, onde rogamos que não seja apenas a vida
Que de qualquer modo escoa um pouco mais amiúde onde não deveríamos jamais deixar
De ver que a forma do pensamento não se refaz na mente daqueles que por vagar param por si.

Onde há vestígio de algum gesto consonante, onde há uma palavra positiva de esperança,
Onde vemos que o mar se torna premido pelo vagar de seus ventos, onde a maré da vida
Conclui que um derradeiro verso se torne mais fremente por uma atávica necessidade.

Assim se conclui que a vida não passa a ser totalmente controlada por uma vertente
Que se torna a forma mesma situada na expectativa de um modal quase conforme
Com as estrias que tomam conta de cortinas surdas pela aparência falsa de um metal…


Nenhum comentário:

Postar um comentário