segunda-feira, 5 de novembro de 2018

AUSÊNCIA E ORDEM


          Seria muito pedir que se construísse um conhecimento pautado pela ordem interna do indivíduo, ordem que pode ser continuamente conquistada pelo adaptar-se a diversas circunstâncias, principalmente se a própria ausência pessoal ao processo tecnológico e suas mudanças verse sobre essa necessidade adaptativa. Quando por ventura queira se estabelecer padrões de ordem por mandos ou hierarquias, talvez a coisa não funcione muito a contento, pois nem sempre se aceita um comando sem a devida independência do indivíduo porquanto ser social, enquanto alguns interesses de ordem existencial estiverem presentes, como ser, como vida privada. Como todo ser individual, há prerrogativas e interesses de cunho particular, idiossincrasias próprias quando bem sitas dentro do sistema de leis. A ausência do conforto de uma sociedade livre e humana é fator de potenciais desordens e desrespeito a leis que consintam esse mesmo estado de coisas. Um caminho pontuado pela razão é justamente fazer desta um instrumento de uma governabilidade dentro do escopo legal, ou seja, respeitando a Constituição, obra jurídica respeitada em cada país que atende aos preceitos dos direitos e deveres do cidadão. Essa questão é o fundamento mais essencial de quem pretende governar e da consciência daqueles que são governados, pois dista muito do bom senso aquele que deseja impor verticalmente algo, mesmo porque com a tecnologia as vertentes da informação não trabalham desse modo. As informações trabalham no sentido de muitas vezes se transformar em conhecimento, em aprendizado, e não apenas a serviço de algum propósito outro que se imiscua da intenção mesma da mesma sensatez. A ausência desse modal pode vir a ser a proposta derradeira ou uma cópia de um quase mimeógrafo de outras administrações e suas faltas com o criar-se frentes mais nobres de zelo e cuidados com suas populações.
           Algo de chance a darmos asas a uma vida saudável diz respeito à intelectualidade, a um modo de pensar consonante, às buscas que se fazem para se ter conhecimento e ao evitar-se qualquer dilema extremamente conservador em uma sociedade pluralista e detentora de uma rica cultura, o diapasão forte que embala o cerne do espírito do corpo social, como um todo. Apenas se sugere algo que esteja em forte sintonia com as possibilidades, a atitude primeira e a vantagem de se adquirir know how humano para tal empresa. Será essa uma vertente pela qual se pode desejar a um tipo de ausência da ausência, sem necessariamente estarmos presentes em um tipo de caos onde o sentimento entra em ebulição com rancores, sob as demandas de forças por vezes não tão importantes para o que se espera dos direitos e da cidadania, ambos preservados se houver um bom projeto para tal. Essas demandas que nos encerram na ação ou atitude guiada por uma lógica de consenso habilita para que outros se espelhem na máxima questão que gire na mesma ordem em favor de qualquer sentido, em uma roda que, ao invés de permanecer em inércia estanque, mereça o giro que engrandeça seus motores e garanta bons dividendos em história, não apenas nos cenários nacionais, como internacionais, ou seja, rendendo frutos humanos, espirituais e materiais para todo o planeta. Nosso país entra nesse cenário da realidade como não aquilo que pensam de nós, que cederemos nossas riquezas, mas como uma terra generosa com seu povo e merecedora de bom futuro e igual presente.

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