Um
homem calmo atravessa o umbral de uma abertura quase rompida em sua
madeira… Um homem calvo, gordo, ou poderia ser magro, com cabelos
negros, ser um homem negro, nascido no Brasil ou nos EUA, sedimentado
por palavras ou quaisquer meios. Com a devida categoria, nele
implantado o mote do bom senso, implantado por vida e cultura, pelo
gênio da história, por consagrar-se não um reflexo de se tornar
algo, mas de uma vida em que quando se fala de painel e de botões, o
seria o painel de sombras: menos do que a vida em si. Se é que
porventura se olhe para um lado que seja de mais nexos… Nada de
nada, apenas acordos, pois a vida não se encontra vívida quanto de
imaginarmos, as mesmas categorias, sejam de sorrir, do sol, lua, o
quente, o frio, a contradição, os fatos! Essa aparente ausência da
técnica, onde a pureza de um pensamento pode gestar e comungar com a
luz, deve ser jamais auditada, jamais de se prescrever sua origem,
posto por vezes seja um olhar sobre o natural, ou fruto do espírito
humano, o que vem ambos a dar na concretude da consciência, ainda
mais se o olhar sobre a Natureza couber dentro do pressuposto da
estética, enquanto ciência anímica e criadora.
Navegar
por painéis que não sejam tão rudimentares enquanto fossem sombra,
e de monta a veracidade que não podem realmente ser assim, pois de
sombras nos engrandece o viés mesmo da existência, não fora por
vezes a reptílica voz que não nos entra tão exatamente quanto a
coisa em si, o objeto que objetifica, o motor com energia dos ventos.
Ventos quentes, que não refrescam, não apetecem pelo conforto maior
do que o fumegar de um vapor que fez história em outras máquinas de
outras épocas. Não seria tão fácil, companheiros, o fumegar de
uma tampa mal encaixada na chaleira, que dança e atrapalha o fazer o
café, um chá, ou do preparo que deve ser um pouco mais exato do
alimento: o arroz que se deixa cozer até ficar maior do que a nossa
ou outras fomes. Por sim que há uma fome grande, por vezes de um
desconjunte, do esquecimento humano, da inépcia, da contingência
sistêmica, de um açodamento moral sobre os indivíduos, quando
estes se largam nas ruas a pedir. O grande barco que não sofreu
avarias teria que ser o teológico, do Espírito, do olhar
caritativo, ou do simples significar do “outro” sobre nós
mesmos. A questão é de uma semântica que não se resolveria nunca
tão facilmente quanto querermos transformar a essência do ser: o
ser, o nada, algo, o suprassumo de tudo o que se faz com a sapiência
ao que não renda sempre frutos, mas que deve-se partir para que haja
a lei onde lá bem para baixo o grão possa germinar e vingar, e dar
frutos, e crescer e se multiplicar. Não o ostracismo de quaisquer
boas intenções, mas de tudo o que nos cerca tirarmos o sumo do bem
querer, daquilo que se pode construir, da força aplicada em seus
fundamentos e girante em seu mesmo alicerce que tanto demora-se a
arguir. Desta força teremos que ser argutos, pois o que gira
mescla-se com o funcionamento de uma engrenagem que dá a partida ao
motor, e o barco só possui um leme, que este tanto se dará melhor
quanto dele se predizerem a navegabilidade alta, já que mesmo na
sombra de um painel, que por vezes não possa funcionar muito bem, o
leme dá a virada manualmente, depois obviamente da ajuda tão
necessária de um rebocador, pois o mar alto não suporta uma
tripulação que não saiba trabalhar onde não há luz o suficiente.
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