Poderemos
gostar de um objeto mesmo, uma peça eletrônica, em relação quase
afetiva, enquanto não se tem acesso a robôs para que o afeto possa
ser real. A mesma relação que temos com um celular pode denotar um
exagero, enquanto aquisição de um meio em que a interação com ele
é mais importante do que o conhecimento pessoal de alguém. No
entanto, a funcionalidade desse gadget permite o encontro
preciso, conferindo poder de trânsito que de alternativo que seria
antes, passa a ser padrão nos que suportam esse objeto como modo de
ter um poder, ou dominar – aparentemente – a tecnologia. Esse
estranho e aparente controle vem a seguir por padrões em que a
proficiência dos insights e as respostas com ícones
agradáveis ao ego sustentam o uso e deixam relegados a segundo plano
equipamentos mais efetivos enquanto conhecimento e pesquisa, como os
computadores de mesa ou laptops. Todo esse universo que a
alguns parece detentor de poder e negócios, em que muitos creem ser
por si infinito, versa sobre uma relação do homem com a eletrônica,
em que mesmo os analfabetos funcionais conseguem poderes de
comunicação sem paralelos, pois instintivamente seguem os impulsos
digitais.
Rogam-se
muitos para assumirem uma função, um tipo de serviço, sendo o
setor que mais cresce no mundo. Esse servir a algo ou a um mecanismo
controlador, a uma empresa de tecnologia de ponta ou algo similar
acaba por ser um sinal de status que a própria sociedade confere ao
cidadão que esteja assim colocado no mercado. O alcance e a
performance do cidadão vale na presteza em colocar-se em função de
algo, como uma relação de tutoria com uma sociedade que – em
muitos aspectos – possui trabalhos cleans como a internet e
suas variantes. Um trabalho que segue em inúmeras frentes que
encontram soluções para tantas e tantas variantes do conhecimento,
desde a coleta de informações, a capacidade de comunicação
extensa e profunda e a disponibilização do know how para
diversos campos de atuação da sociedade contemporânea. Sejam esses
campos da engenharia e outros serviços técnicos, como aparelhos
médicos, além de – observando-se o valor funcional – arte
utilitária, visual, de mídia como os diversos aplicativos de
entretenimento, e a grande fábrica que torna mais real o imaginário
e a criação, construindo verdadeiros mundos de entretenimento com a
tecnologia da computação gráfica, um dos maiores avanços dessa
ciência. Contudo, por vezes o público perde a noção mais imediata
com a realidade, tornando o mundo virtual parte da sua, inibindo que
floresça a referência que se tem com a vida concreta. Essa frente
ilusória no mais das vezes serve para inserir um trabalhador deste
novo mundo, com um perfil praticamente encaixado na plataforma da
produção febril deste escopo onde o saber tem que ser cada vez
maior, e o ganho relativiza menos do que o justo, se se considera a
envergadura do tipo de resultado, quanto se aufere, o que é o novo
executivo e quanto significa um cargo de chefia em uma grande
empresa.
A
função qualquer que se dê a um agente de negócios, qual seja,
alguém que possua um pequeno capital para iniciar uma startup,
ou seja, uma nova empreitada de negócios começa por um estudo –
quando de uma iniciativa séria – de viabilidade, maneira de
empreender, iniciativa ou criação primária ou secundária –
quando de serviços essenciais ou derivados – e modais de produção
em séries pequenas porquanto com teor de artesanato ou de fabrico
essencialmente manual. A tese em se propor negócios por vezes não
leva em conta a criatividade, mas a boa cópia, o pioneirismo, ou
mesmo, muito mais facilmente, quando se dá o processo de aquisição
de grandes capitais para ganhar mais a partir de investimentos
seguros… Nada há para se afirmar que pessoas de origem vulnerável
ou com problemas de ordem mental possam competir na selva do mercado,
pois o zero não consta, nem mesmo no papel de origem, como estrutura
de soma ou mesmo de subtração, e começar não reza àqueles
“produtos fabris de mercado” com defeitos irreversíveis,
porquanto crônicos. Resta à função do Estado zelar pela segurança
dos cidadãos que possuam vulnerabilidades, pois o convívio dentro
da pluralidade da sociedade é a única tese plausível dentro do
espectro das idiossincrasias próprias de cada qual, a partir do
instante em que a vida sempre pedirá passagem, mesmo em meio de
mares tormentosos, e o quinhão que reparte o amor tem sempre uma
sobra generosa a se compartir sem meios termos com aquele que está
clamando em seu gesto que muitos veem apenas como uma sombra.
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