quinta-feira, 29 de novembro de 2018

POÉTICA DE DIMENSÕES



            Quando o pensar da poesia, se tanto porventura alcançarmos, houver por caminhos que tangenciem as dimensões que reconhecemos, ou mesmo a novidade técnica de uma semântica que nos transporte para o espírito supremo, ou mesmo na tessitura da matéria, esta não separada daquele, estaremos com pensamento. Quem sabe que o seja o pensar mais ameno, mais simplificado, sem a busca inerente do exercício intelectivo, mas um modo que não conjumine um lado apenas, mas o incremento das visões várias, por vezes na circunspecção das variantes neutras. Por vezes que nos motivemos a pensar mais, ao registro de uma ideia, a uma poesia que nos aflore no mais das vezes quando caminhamos ou não, quando estamos em viagem, nos transportares mais ou menos bons, que seja, na selva do trânsito, uma poesia da matéria!
            Estar-se a concluir, como quando se chega a um nível distinto de entendimento, como quando se faz o tempo em que um filosofa, pensa no seu quase ócio, já com as ferramentas em descanso – nem muito eterno... Será apropriado dizer que esse purismo poético alça um voo de planos avançados e permite, com o devido cultuar a mente, uma profundidade da cultura mesma supracitada, que não seja a si sem forma – posto por vezes apenas aparente – mas o influxo do conceito do objeto no espelhamento do sujeito que porventura somos. Não se torna mais complexo o andar-se às voltas com a mente ativa, posto que nas conexões da vida nos tornamos mais inteligentes, talvez com uma razão mais desnuda de prejulgamentos, na faculdade de maiores consciências de um fato, ou na aproximação da verdade como consubstanciação da certeza em sua concretude.
            As dimensões de um pensamento vão desde as raízes às folhas, passando pelo cerne, seu tronco, sua essência. Do essencial ao particular demanda que o conjunto do essencial postulado o indivíduo tome como particular seu imo, espírito e ente material, em uníssono, grão do grão e terra na base, onde a gravidade nos toca. Esse perscrutar do desenvolvimento lógico da razão retoma significados do ser, sua origem ontológica, e a causa de uma revogação do bom senso, que acaba redirecionando para o erro, para a contradição e que, no entanto alimenta dialeticamente o pensamento em sua maior fecundidade. É nesse vagar pela dimensão inicial, transitada no universo a outras mais distantes, que a velocidade que englobamos pela concretude o objeto ideal incluso fora de uma galáxia é que nos torna passíveis de uma crítica transcendente ao status quo de um pensamento petrificado. O negar esse pensamento nos aproxima da Verdade Absoluta, ou o encontro com a matéria espiritual, evanescente e forte enquanto existência eterna e irretocável, a sorte de encontrar a Deus, Krsna, fonte de todas as emanações e dimensões dos Universos manifestos e imanifestos... Para isso a ortodoxia teológica dá a própria dimensão da infinitude, validamente consagrada ao mistério da fé.
            A dimensão primeira da verdade que pretendemos alcançar é ela mesma a concretude imediata do objeto: água-molhada, fogo-calor, etc, podendo-se encerrar, na mesma retórica, diversas ou quase infinitas categorias e seus valores. No entanto, as categorias são finitas porquanto valores auferidos, distando da subjetividade, esta sim, anímica e supostamente mais flexível. Uma categoria que emane da superioridade espiritual, quando igualmente se há uma vivência dessa ordem, não supõe que haja concomitantemente uma superioridade material, porquanto relacionarmos trabalho e mitigação de necessidades básicas é o introito de se pensar no feijão, no arroz, carne, luz, gás, sapatos, calças camisas e força motriz, onde o valor agregado no mesmo trabalho seja dialeticamente progressivo. Isso é fato, verdade... Para algumas visões de um tipo de cárcere concreto, não aceitemos a ordem que valida apenas a punição e indulta a canalha. Por mais que a justiça tenha seus trejeitos para encima da supressão hierárquica, na cúpula dos intocáveis, naquela fala arrastada do jargão do direito e reto, a verdade aponta mais uma vez para a fisiologia e a venalidade. Não se pede a justiça mais, pois a justiça não pratica essa palavra que traduz a maternidade da lei, a proteção, os valores mais equânimes, indulgentes de fato, mas inclusivos por norma. Haverá como esperar que estejamos em outras dimensões, ou a realidade nos arrasta para uma parcialidade quase absolutista, mas sem meias terras? Leia-se quem lê, pois a dimensão mesma da equanimidade e justiça paritária sem auxílio moradia para quem já é palaciano resulta no simples resfolegar de feras que se enjaulam nos gabinetes para inverter a ordem e punir os justos. Mesmo quando comparados com os aplicadores dos golpes que grassam hoje pela América Latina, retirando qualquer acordo consensual de pautas, mas que prometem que sê-lo faça para que não derivemos o grande navio do século XVI que se chama Brasil!

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

COMO UM PAINEL DE SOMBRAS


         Um homem calmo atravessa o umbral de uma abertura quase rompida em sua madeira… Um homem calvo, gordo, ou poderia ser magro, com cabelos negros, ser um homem negro, nascido no Brasil ou nos EUA, sedimentado por palavras ou quaisquer meios. Com a devida categoria, nele implantado o mote do bom senso, implantado por vida e cultura, pelo gênio da história, por consagrar-se não um reflexo de se tornar algo, mas de uma vida em que quando se fala de painel e de botões, o seria o painel de sombras: menos do que a vida em si. Se é que porventura se olhe para um lado que seja de mais nexos… Nada de nada, apenas acordos, pois a vida não se encontra vívida quanto de imaginarmos, as mesmas categorias, sejam de sorrir, do sol, lua, o quente, o frio, a contradição, os fatos! Essa aparente ausência da técnica, onde a pureza de um pensamento pode gestar e comungar com a luz, deve ser jamais auditada, jamais de se prescrever sua origem, posto por vezes seja um olhar sobre o natural, ou fruto do espírito humano, o que vem ambos a dar na concretude da consciência, ainda mais se o olhar sobre a Natureza couber dentro do pressuposto da estética, enquanto ciência anímica e criadora.
           Navegar por painéis que não sejam tão rudimentares enquanto fossem sombra, e de monta a veracidade que não podem realmente ser assim, pois de sombras nos engrandece o viés mesmo da existência, não fora por vezes a reptílica voz que não nos entra tão exatamente quanto a coisa em si, o objeto que objetifica, o motor com energia dos ventos. Ventos quentes, que não refrescam, não apetecem pelo conforto maior do que o fumegar de um vapor que fez história em outras máquinas de outras épocas. Não seria tão fácil, companheiros, o fumegar de uma tampa mal encaixada na chaleira, que dança e atrapalha o fazer o café, um chá, ou do preparo que deve ser um pouco mais exato do alimento: o arroz que se deixa cozer até ficar maior do que a nossa ou outras fomes. Por sim que há uma fome grande, por vezes de um desconjunte, do esquecimento humano, da inépcia, da contingência sistêmica, de um açodamento moral sobre os indivíduos, quando estes se largam nas ruas a pedir. O grande barco que não sofreu avarias teria que ser o teológico, do Espírito, do olhar caritativo, ou do simples significar do “outro” sobre nós mesmos. A questão é de uma semântica que não se resolveria nunca tão facilmente quanto querermos transformar a essência do ser: o ser, o nada, algo, o suprassumo de tudo o que se faz com a sapiência ao que não renda sempre frutos, mas que deve-se partir para que haja a lei onde lá bem para baixo o grão possa germinar e vingar, e dar frutos, e crescer e se multiplicar. Não o ostracismo de quaisquer boas intenções, mas de tudo o que nos cerca tirarmos o sumo do bem querer, daquilo que se pode construir, da força aplicada em seus fundamentos e girante em seu mesmo alicerce que tanto demora-se a arguir. Desta força teremos que ser argutos, pois o que gira mescla-se com o funcionamento de uma engrenagem que dá a partida ao motor, e o barco só possui um leme, que este tanto se dará melhor quanto dele se predizerem a navegabilidade alta, já que mesmo na sombra de um painel, que por vezes não possa funcionar muito bem, o leme dá a virada manualmente, depois obviamente da ajuda tão necessária de um rebocador, pois o mar alto não suporta uma tripulação que não saiba trabalhar onde não há luz o suficiente.

terça-feira, 27 de novembro de 2018

SERVIÇO TRANSCENDENTAL


        Será sempre o serviço a Deus o nível maior e supremo do trabalho alcançado. Não há nome para descrevê-lo, mas a prática – seja na atitude e gesto, seja na concretude das ideias – de exercê-lo revela a consonância que rega a raiz, e espalha para todos: os frutos da bendição… A causa revela-se antes mesmo de gerada, pois a previsibilidade da bênção divina espelha a realidade transfigurada no mesmo serviço a que se propõe o homem e a mulher. Verte o serviço divino no verbo, em seu início e no seu presente, consubstanciando o futuro enquanto agora, porquanto imutável no seu mote, no seu oceano causal! Krsna se apresenta dentro do coração do ser vivo como Paramatma, a centelha de Deus, e observa enquanto desfruta as ações do ser vivo como seu eterno companheiro. Nos Vedas estão exemplificados inúmeros modos da relação de Krsna com seus devotos, e mais especificamente no Gita está o espelhamento do que devemos ter na consciência para prosseguirmos com segurança no mundo material, esse oceano de misérias, em que a Era de Kali está apenas em seu começo.
         Novamente teremos um ciclo de desavenças e hipocrisias, mas no entanto Sri Caitanya Mahaprabhu, em seu avatar dourado, promete alguns milhares de anos em que o peso de nossa Kali-yuga possa ser aliviado pela luz e mensagem divinas que Ele trouxe, em sua encarnação no início dessa mesma Era. Pregando o Serviço Devocional a Krsna de modo imaculado e no cantar dos Seus Santos Nomes, Caitanya redime a civilização de seus pesos aparentes, a caminho de derrotarmos Maya, a ilusão tão forte que nos afasta do Supremo Krsna, ou Deus. Bhakti Yoga é o nome do serviço ao Senhor, e pode ser executado facilmente, quando sabemos do benefício instantâneo que recebemos quando o adotamos. Não queiramos seguidores, falsa fama, apego excessivo a bens materiais, sexo fora do casamento, intoxicação. Queiramos uma vida simples e um pensamento elevado, pois isso torna-se uma verdadeira lição de como podemos voltar ao Supremo.
          São palavras sãs a quem deseja uma vida mais saudável, sem aquilo que nos nubla e complica a existência, pois pensar em Deus, Krsna, e prestar serviço a Ele nos torna seres perfeitos, e é dentro do modo da bondade e da tolerância que nos tornaremos socialmente mais paritários e iguais perante o Criador!

domingo, 25 de novembro de 2018

O TRABALHO EM SE ENCONTRAR



Veste-se o látego de misérias que encontramos em um caminhar
Em anonimatos das gentes, em que queiramos ao melhorar de todos
Quando pensamos que de líderes seremos mais da sorte do que tudo
Aquilo que porventura nos dê uma esperança de algo do saber...

O trabalho pode parecer inconstante, a luta diária pode parecer funesta
Àquelas honras de uma ocasião própria na ausência mesma da compreensão
Quando o que se faz do gesto se prometa talvez uma retirada atávica
Das gentes que podem murchar perante uma voz que se alterca com a razão!

Não há por que ser tanto assim, que o verso rudimentar passa a dar conta
De uma questão histórica naquilo que não se apaga nem com todo o vento
Pois é o que move a embarcação, enfuna suas velas e restringe o sermão
Que, em nosso lado cristão, apenas dita o grande Espírito que une e consagra.

Não que não fomentemos esforços vãos, que não nos esforcemos à toa
Posto que de merecimentos menores não haverá de ser um verso em branco
Quando de encontrar-nos em nós mesmos não supõe-se o trabalho em que
Uma luta gloriosa revela o lado incontinente de toda a conquista da pátria livre!

sábado, 24 de novembro de 2018

O BELO E O ESPÍRITO



            A observação do belo é algo que talvez o vulgo não alcance na dimensão mesma da percepção mais acurada dos sentidos. O belo espiritual seria uma transcendência ao pragmatismo material, quando muito, se aceitarmos apenas a Natureza Material como objeto de lógica fria sem levarmos em conta o animismo ou a visão mística de uma realidade. O Mistério é algo quase intangível, mas revela a atenção pertinente ao canto missioneiro. Até onde se pode arguir o fato, o belo e sua contemplação dão as margens para a criação – espelho da alma – e o próprio reflexo da Natureza como realidade anímica e movida igualmente por leis materiais. A matéria subjetiva dá espaço a que se realize a compreensão de um fato artístico, ou mesmo a acepção do entorno na via direta em que surge a mesma condição da apreensão do visível, enquanto matéria estática ou dinâmica. De modo tal que surge concomitantemente a versão de que encontramos na imagem reproduzida por meios eletrônicos o mesmo que se veria com a percepção humana, o que restringe muito a compreensão mesma da capacidade de nossos sentidos e sua dimensão tridimensional, a citar, na visão completa do olhar humano.
Na visão de um filme temos a repetição de uma realidade posta na tela, onde o bidimensional é percebido através desse display. A leitura assaz repetitiva desse modo de olhar tem por consequência uma adaptação forçada ao bidimensional, enquanto que aqueles que compreendem o espaço tridimensional participam da não adaptação forçada a um único tipo de visão, considerando aqueles que estão sempre ligados aos gadgets, e não os que criam ou entendem cientificamente o processo da produção cinematográfica atual, com os recursos que fazem os estúdios enriquecerem através da computação gráfica, sendo ou tendo a ilusão de serem controladores ou sabedores do sistema tecnológico atual, mais do que o usual.
            Tantas são as técnicas computacionais hoje em dia que o conhecimento que traduza os seus domínios caracteriza ou confere um tipo de poder emblemático, pois insere cabalmente na sociedade desenvolvida aqueles que dispõem de tipos de segredos – quando encaram dessa forma – do universo da informática: seus padrões, seu labor.
O modo de feitura de algo na informática já torna concreta a materialização de muitos aspectos produtivos, transformando informações em conhecimentos, e estes na confecção das indústrias ou da arte visual e tátil. Essa mudança de paradigmas nas sociedades da globalização por vezes torna não muito viável o surgimento de pequenas empresas com alto valor agregado, de caráter regional, pois as ideias mais empreendedoras nessa plataforma tecnológica geralmente vêm já com roupagens externas, internacionais, ou seja, as grandes empresas praticamente incorporam os pequenos negócios quando estes se revelam lucrativos.
No entanto, fomentar, dentro de um país com necessidades reais de desenvolvimento, uma capacitação tecnológica de ponta, com investimentos rigorosos na educação e suas universidades, é o caminho de se equalizar os meios com os seus coadjuvantes e principais atores. Nessa medida e circunstância cabal é que nos surpreenderíamos se dentro de um país como o nossos o belo passasse a ser apreciado por um número cada vez maior, em um público interno e com capacitação produtiva, não apenas das artes visuais como da compreensão dos aspectos de tecnologia que hoje parecem herméticos ao grande público. Seria uma versão continuadora de processos fabris importantes, ou seja, mais e melhores do que termos que saber apenas se vamos prosseguir com progressismo ou conservadorismo, colocando rótulos onde se perde um tempo rigorosamente valioso com questões de maquilagem. A rigor, o contato da tecnologia e sua mescla com a contemplação do belo artístico ou funcional, vem a consentir espiritualmente em uma sociedade que não tenha que compulsoriamente acreditar verticalmente no tipo de função a que premeditadamente se pensa ser verdadeira ou não. Das crenças se funde o próprio Mistério, que vem a dar na ciência transcendental da tríade, na existência do Espírito, na força mesma da vida que é gerada, na crença multifária de um Criador. Na duração da mesma vida, em qualquer modal religioso que deve ser respeitado, pois é essa a relação de respeito que deve haver entre as pessoas de bem, e não qualquer oposto que sirva a demandas não consensuais.

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

PARECER E NEXO II



II se parecem, afora multa consignada, o III será o limite do traço
Quanto de IV parece uma quase v de vitória, mas ao largo desta linha
Já estamos na terça em que uma quinta feira promete ser black!

Daremos graças ao dia das ações que em tantos anos se perpetuaram,
Ou reverberaremos uma festa de um grande peru que nos brindem
Com a black Friday, seja esta exatamente o desconto que nos prometem...

Não parece o II em romanos, qual não seja o III do sem nexo, mas o X
É de uma Roma já sacrificada, já adiante de seus abandonos, mas que um
Não se jacte de conformar a petrificada alma de uma aflição inexistente!

O nexo sem pre consultar, o médico que não existe mais, a morte que ronda
Em um leito vago de pira porá, que não colocam se não fosse de países
Que não são livres como a intervenção de que o mercado ponteia ordem.

A ordem, caros colegas do exílio retornado da empáfia de nunca estarem,
Resulta em um caos que não reflete o bom senso, nem o consensual gesto
De nos proferirmos a favor da saúde, que o bom não parece o nexo, II!

Resta um no jogo da amarelinha, ou no tabuleiro de quadrados escuros
Quanto de restarmos ao andamento ciclópico de uma dama, ou no pulo
De um mero peão que julgam ser mais do que propriamente o mesmo peão.

Se nos consideramos mais altos do que uma autoridade investida como star
Veremos outros stars como recrudescência de um ego que não rende fruto
Qual não seja que no tabuleiro popular três peões valem mais do que um rei.

Mesmo porque talvez alguns reis não saibam engraxar seus próprios sapatos
E não conseguem prosseguir se não for do coletivo que nos mais ignoram
Na parecença de que o peão pode ajudar no processo de relativizar ações.

Não se trataria jamais de alguma aula circunspecta de uma leitura ao revés,
Mas de uma ode do parecer favorável ao acrescentar ideia no que não há
Para ver se se aproveita um conteúdo de mais a mais nada derradeiro...

O arguto sujeito existente, seja de que classe ou ofício for, qualquer ativo,
Saberá dar valor ao que se suplante de inteligência, pois esta vem da dureza
De um comprometimento cabal em que algumas regras vertem uma troca.

Agora, se não houver parecer que crie o nexo em uma União mais simples,
Não seremos nós os participantes, de um sentido que se faça real a valer,
Na acepção crua que a matéria dos partícipes seja comprometida com o povo!

TRATOS E CONCORDÂNCIAS


No conforme há a dimensão exata do que é tangível pelas circunstâncias,
Um quê de contratos e acordos que mesmo em se pensar os maiores dias
Hão de surgir como repentes onde as frases sejam realmente de improviso…

Em tipo de esteiras produtivas das vaidades, alguns usam de um requinte
De tratos e concordâncias com os produtos em si, objetivam sua performance
Naquilo que seja a própria ciência ignorada pelo caudal rumoroso em si.

Objetificam o ser quase descartável nos moldes inumanos como normalidade
Tornadas as gentes oferta e demanda, o que se quer e o que se diz, o fato
De ser a consequência última o primor incerto da concordância com o mercado.

Se a entidade mercado exigir um trato mais conforme com a procura, tem-se
A oferta em outro patamar, este que verse sobre uma continuidade da balança
Que seja positiva na mesma proporção em que se seja superavitário.

Mas se a passagem da circunstância nublar o fator humano no quesito social
Quando de se aguardar uma vertente mais primitiva dos valores alcançados
A selva se dá entre tratos e concordâncias de gaveta que cai e não cresce…

Como um bolo encruado, as partes boas dependem de serem apreciadas
Pelo sistêmico produzir desse mesmo bolo, a saber que não serão o suficiente
Aqueles que desfrutarem do que ficou bom daquilo que seria melhor: exato!

A técnica depende da equação proposta, e que em uma equação de uma incógnita
Seja apenas uma fácil solução, no que se vê de óbvio dentro daquela mesma esteira
Onde até mesmo um carro é fabricado com a mão de obra na sua técnica laboral.

Essa estranha matemática quase rudimentar revela a produtividade com sinalização
Reflexa de tentativas de superar o imo que se deixa guardado em um peito pátrio
Daqueles que se erguem consonantes ao menor presságio que se tem em algum serviço.

terça-feira, 20 de novembro de 2018

O ESQUECIMENTO DE UMA IDENTIDADE


          Porventura esquecermos de algo é notório, quando de coisa importante. Temos por nós o costume de hierarquizar as coisas, como de esquecer-se de ir ao trabalho, coisa que não se esquece, ou esquecer-se de lavar a louça, coisa que de muito se esquece… Passamos a bola ao outro, não cumprimos tarefas sem ganharmos, e o mercado finca sua lei inesquecível, quando conta no dinheiro de alguém, que esse alguém se faça notar, ao menos. Acontece que por vezes um ser humano esquece sua identidade enquanto ser cultural, passa a viver de uma fantasia, algo que possa ser quase meritório pela criatividade, ou imitativo enquanto referências que se catam no entorno, ou mesmo na profunda mudança tecnológica, que vem esta acompanhada de mutações no processo de entendimento dessa mesma mudança, como fator externo, em que os países mais ricos acabam por anular nossa identidade nacional, brasileira, latino americana, como queira se chamar. Acabamos por crer apenas em um tipo de movimento religioso, e aceitar o mais rico como superior. Haverá sempre mais espaço para que nos solidarizemos com tudo o que nos importa, que nos referenciemos com questões realmente de cunho mais cultural, de aceitarmos as diferenças como um modo de aceitar a dinâmica das sociedades como um grande painel de arte onde encontraremos nossos caminhos. Essa prerrogativa dinâmica é que nos permitirá exercer muitas atividades que pertençam ao universo do saber, e sabendo dessa latitude da existência nos deixa mais ocupados em buscar a verdadeira identidade, ou mesmo perceber que tudo depende da relativização do selfie na Natureza Humana.
         Como se previu na psicologia moderna que temos nossos arquétipos, uma compreensão do inconsciente coletivo, símbolos que modelam as personalidades, mas falar sobre uma psicologização social apenas nos permitiria enquadrar casos de patologia, quando estes ocorrem, como as psicoses, a esquizofrenia e outros males. Na verdade, estas doenças já são controláveis e passam a ser garantidas as liberdades individuais e coletivas que vão desde um leve transtorno a males mais graves, e a coexistência social é de suma importância para que passemos a fazer do “outro” uma vitória contra o estigma que acomete toda essa população. Pois que esta vem crescendo em grau e número com o tempo, na medida em que a própria identidade cultural dos povos vem se dissociando da realidade, ou por causas as mais variadas, entre elas a inconforme relação do homem contemporâneo com seu entorno: a Natureza. Nada há muito a especular sobre esses temas, mas quanto à perda de identidade do ser com o seu meio haveremos de saber quando a própria tecnologia e suas transformações forem conhecidas pelo poder que nela é investido.
          As grandes inovações tecnológicas históricas como a arma de fogo, o vapor, a imprensa, foram matérias de importância capital nos tempos que nos precederam, e hoje temos a tecnologia que ultrapassa as fronteiras do saber e gira as informações e seus processamentos em níveis muito altos. A terra fica relegada a segundo plano, o camponês vira um ser à parte, e o trabalho do operariado se torna uma espécie produtiva à parte da tecnologia na sua manufatura, no seu quesito de resolver o aspecto do engenho humano. Essas divisões laborais é que tornam a sociedade uma modalidade inventiva no compartir do conhecimento, onde um operário pode publicar um conto e um policial pode desenhar ou pintar em um suporte artístico. Não há a menor importância em afirmarmos que um profissional da segurança tenha que ser um homem ou uma mulher sedimentados por um padrão de conduta duro, por quem sabemos que o simples compartilhamento de conhecimento pode tornar qualquer cidadão mais culto e apto a desenvolver diversas habilidades quais não sejam aquelas que os tornem mais engenhosos, criativos e cidadãos do atual século, e não revisitar um passado turvo em que os paradigmas dos anciães sejam apenas o que se aceite por então…
         O passado, a história, ambos são importantes, mas fazer de uma história antiga o suporte da modalidade de uma sociedade conservadora no sentido de não aceitar as mudanças do mundo, é fazer de uma projeção estática a vivência cotidiana em um mundo dinâmico e sem paralelos com qualquer outro, o que nos permite afirmar que se uma modalidade de Governo não se apoiar em uma sociedade contemporânea e eclética, não poderemos falar em Democracia e sociedade livres. A libertação de um povo não vem com a arma que lhe é concedida, mas com a atualização de um sistema autônomo, sem precedentes, e de estatura de boas lideranças. Sem esses pressupostos não há um governo fundamentado na paz, mas apenas um caos de boa aparência e uma farsa regulamentada.

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

SERÍAMOS MAIS CERTOS…


Do que se esperar da verdade que nos encobre, tanto que não passa por vezes
De uma água tão suja que não temos vontade de nadar nela, que não bebemos
Nas tantas e tantas vezes que se pronuncia essa mesma verdade imunda!

Do que sejamos tortos não sejamos mais certos do que a aparente convexão
De um espelho em que não nos refletimos sempre, pois a imagem que vemos
Pode vir a ser um truque onde o gordo passa a ser magro e o reverso também vale.

Seremos mais certos quando aprouvermos de uma identidade mais concreta
Naquilo que acreditamos por vezes, em que a balada dos vícios não nos conforte
Nas vezes em que acreditamos que estamos navegando por mares não descobertos.

De nos crermos crentes de algo parece que seremos mais aptos, não apenas de certezas
Mas daquilo que pensamos em outros tempos, onde um devoto passa a ser um mito
De sua própria contemplação, a vida, sem o termo final, que se vista para um único ato!

De outro modo seremos igualmente certos porquanto fizermos acreditar um povo
Que os seus potenciais de mudança gerem a riqueza da esperança de mudar o novo
Para aquilo do antigo renascer, quando de boa serventia, e estaremos a relembrar histórias.

Nunca seríamos tão errados se porventura não supomos que a atitude reflexa de sermos
Jamais aquilo que poderíamos ser na vida se esta não houvera de latitudes outras
A que de maneira irrisória veremos a vida mesma esta com uma triste roupagem de outros…

A se nascer de frente para o umbigo, saber-se nato por deferência das mesmas origens
Na lida de um frente a outro amigo ou inimigo, que se talha na convenção da diáspora
Onde o olhar duro de uma altercação promete verter uma violência institucionalizada.

Onde se tem a prerrogativa da certa atitude, onde rogamos que não seja apenas a vida
Que de qualquer modo escoa um pouco mais amiúde onde não deveríamos jamais deixar
De ver que a forma do pensamento não se refaz na mente daqueles que por vagar param por si.

Onde há vestígio de algum gesto consonante, onde há uma palavra positiva de esperança,
Onde vemos que o mar se torna premido pelo vagar de seus ventos, onde a maré da vida
Conclui que um derradeiro verso se torne mais fremente por uma atávica necessidade.

Assim se conclui que a vida não passa a ser totalmente controlada por uma vertente
Que se torna a forma mesma situada na expectativa de um modal quase conforme
Com as estrias que tomam conta de cortinas surdas pela aparência falsa de um metal…


sábado, 17 de novembro de 2018

SOBERBAS NOTÍCIAS


          Do que seja algo novo já se sabe. No entanto, o “novo” em si é como verter na vaidade encoberta um tipo de prêmio por se estar inserido em um bom contexto. No lugar que muitos acham certo, exato, com o tipo de iniciativa que se crê criativa, mas que nem sempre é alguma novidade, e pode ser que já existam modalidades similares. O mesmo contexto é cambiável, torna-se quase sempre um lugar-comum onde o pretexto de se inventar acaba escorando-se na alienante cópia ou ideia já com outros criadores, como se na origem ou especulação do criar já se cogite em outros cantos como no ensaio de uma orquestra, ou no estereótipo de se encontrar gentes para o tipo de trabalho que se diz inclusivo por colocar essas pessoas no mercado digital. O vértice da descoberta é esse, enquanto outros trabalham sem muito poder com os objetos computacionais. As questões relativas a condições as mais variadas sobre as novas modalidades do construir ou trabalhar na nova contextualização, põem em xeque o próprio termo contextualizar, posto o domínio dos estereótipos ser quase absoluto, dentro do universo mesmo que se supõe dinâmico, mas que se situa como fábrica estática de novidades. O resultado da indústria mesma do consumo supõe que haja um modal daquilo que gera alguma diferença qualitativa de um objeto a outro, mas não revela que algumas “compensações” de cunho regresso na qualidade justifique o salto, por um lado, e a banalização de outros componentes, por outro, em virtude de acrescer lucro no detalhe novo suprimindo a qualidade de algo essencial e estruturante, por vezes. Valendo-se de uma globalização com mão de obra massificante e supondo robôs nas linhas de montagem, o preço varia na cópia do produto original, e as marcas ou grifes não revelam saltos de qualidade. Talvez a resposta a isso vindo da humanidade em seus caudais absurdos de normatização de ostentação venha do leilão do desodorante que Michael Jackson usou, ou algo similar, em que se ostente valores gigantes, como na pop arte de Warhol feita com a emblemática Marilyn Monroe, ou nos modelos de carros que fizeram história nos seus lançamentos.
           O novo, ou o velho, dois estigmas sempre pertencentes ao rigor da sociedade, mas certamente em um modal de consumo o novo jamais cede espaço ao velho, pois este vira descarte, e não se compreende a veracidade da história cultural dos povos naqueles que viveram muito mais a história de suas origens, e o próprio escopo da sua sociedade. Na verdade, naquilo que supõe a identidade de um povo, ou mesmo aquilo que se traduz em um alicerce em que aquele creia, falando-se em valores espirituais dentro da realidade material, poderia se supor que o indivíduo enquanto ser isolado sem referências maiores do que uma retroalimentação de qualquer objeto, perde a mesma identidade enquanto fé em algo de anímico, passando a crer instintivamente no mesmo objeto que lhe tece estranha companhia. Esse indivíduo de cunho isolacionista no plano das informações não repercute bem como aquele que compreende qual a razão primeira do uso da informática em certas metas, bem como seus usos exponenciais. A relativização da razão enquanto uso a favor ou contra uma dita dinâmica em cujo processo se obtenha ou se estanque uma meta, significa a questão mais dileta a alguns sobre a égide da razão quase obscurantista, em certos casos. A permissividade de se propor razões que permeiam o mau senso revela a mesma permissão de defender uma culpa revelando o silogismo na sua última consequência, fazendo por confundir um juízo de fato e escolhendo entre um ramalhete apenas as flores de dita cor, e criando uma sociedade onde a razão turva passa a ser a instrumentalização truculenta da mentira enquanto justiça social.

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

TEMOS MUITOS MENINOS NO BRASIL, DE VÁRIOS TAMANHOS, MAS NENHUM MUITO CRENTE NO PENSAMENTO DE UMA PALAVRA BEM, MAS BEM NOVA, COMO QUALQUER NOVIDADE REAL.

COMO SE DIZ, ALGUÉM DEVE TER DITO, LOUCURA POUCA É BOBAGEM!!

O MUNDO TALVEZ FOSSE MELHOR SE TIVESSE UMA PONTE - SEM PEDÁGIO - PARA OUTRO MAIOR E COM CAMADA DE OZÔNIO: AH, E COM OCEANOS TAMBÉM...

NÃO SE TIRA UM PROGRAMA DO AR, APENAS SE TROCA UM CANAL, A VER, VOLTAMOS PARA VER SE MELHORA A DITA PROGRAMAÇÃO... RS

EDUCAR UM EDUCADOR É COMO BUSCAR E ENCONTRAR PEPITAS NAS VERTENTES DE UM RIO PRESERVADO.

AMAMOS UM ANIMALZINHO TALVEZ PORQUE A SIMBIOSE ENTRE O HOMEM E AS ESPÉCIES VÁRIAS DA NATUREZA É DE UMA HARMONIA SEM LIMITES, QUANDO A TEMOS TÃO POR PERTO.

UMA FOLHA DE VEGETAL NUNCA REPETE SEU MESMO DESENHO, E A SUA SEIVA ELABORADA SEMPRE SE APRESENTA ALTERNA OU DISTINTA DAS DEMAIS...

VÁRIOS SÃO OS MODOS FUNCIONAIS DA MATÉRIA HUMANA, E TRILHÕES SÃO OS MODAIS EXISTENCIAIS DA NATUREZA!

VERTE-SE UMA PEÇA DA ENGRENAGEM, E QUANDO A MODELAMOS EM TRÊS DIMENSÕES DESCOBRIREMOS UMA QUARTA NA SUA FUNÇÃO.

O VERTICILO ONDE PODEMOS BROTAR NOSSOS SONHOS É PARA A CIÊNCIA TÃO IMPORTANTE QUANTO UMA CONEXÃO SEGURA, SENDO AQUELE UMA REALIDADE DE FATO.

NADA A VER CRIAR UM MUNDO CONVEXO COMO UM ESPELHO ONDE NÃO SE SABE QUAL SEU PONTO FOCAL, POIS QUE MUITOS TENTEM NAS SUAS ÓRBITAS PARA VER QUE SUBJUGAM SEU PRÓPRIO ESPÍRITO.

SINÔNIMOS FALANTES


Ah, o signo das palavras que falam com iguais na semântica de seus papos
Algo argutos das falas menores, a que algum tipo de significado outro
Desdiz o que se rogaria falar menos do que se por acaso realmente houvesse…

Algo de opostos não se cruzem, pois do treinar soberano de uma ignorância
A soberba tem certeza de que não se poderá treinar no mesmo terreno
Em que o produto das intenções falantes não encontre os lugares da ofensa!

Em que desde cedo a educação se engendra neste trabalho, em um misto
De atacarem com ofensas a vida de quem já sabe que as cócegas dos ouvidos
Jamais separam a questão de uma Verdade que seja de capitular maiúscula.

No entanto, enquanto se gasta com salivas não muito salutares de se ouvir,
As palavras tecidas com mais experiência infelizmente retratam os óxidos
Que enferrujaram no conceder de uma única letra sua repetição avançada…

E verse um sinônimo com outro, se diga um colóquio de slogan ao revés,
Se repita uma quase ordem ou um portar-se esquisito na aparência de um dia
Ou em outro em que a tarde consonante fazem os insetos procurarem a luz!

Mas da poesia venham palavras maiores, que as musas se pronunciem do teto
Ou daquilo que a arquitetura mande ao olhar mais denso das profundezas
Quando um pensamento sólido se alterne com a facilidade filosófica da atitude.

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

OS GATOS COM DONO COMEM SUAS COMIDAS À NOITE, NAS RUAS, E OS CÃES COM DONOS EM SEUS QUADRADOS...

RESTA A UM CIDADÃO SABER SE QUANDO ATRAVESSOU A RUA NÃO HAVERIA BLOQUEIO DE PITBULLS.

TODO O PROCESSO CONTRA ALGUÉM DEVE SER EMBASADO NAS FRENTES QUE PROMOVAM A IMPARCIALIDADE, ONDE NÃO SE CONFUNDA FAMA COM CONVENIÊNCIA POLÍTICA.

É ENCANTADOR O PROCESSO DA INJÚRIA E DIFAMAÇÃO ATRAVÉS DA ORQUESTRAÇÃO INQUIETA QUE SE FAZ CONTRA UM CIDADÃO DE BEM, MAS SE HÁ UM JULGAMENTO A VERDADE SISTÊMICA PODE VIR À TONA.

TODO NEGRO VEM DE UM QUILOMBO, MESMO NÃO FAZENDO PARTE DELE, MAS A INVENÇÃO DO QUILOMBOLA É FRUTO DE CONQUISTA BRASILEIRA.

SE O TÍTULO DE UMA POSTAGEM FOSSE UMA COMENDA, OU UM DUCADO, TALVEZ A PÁGINA PUDESSE SE TORNAR QUASE UM REINADO...

AOS POUCOS, E VELOZMENTE, ESTAMOS PRESENCIANDO A AUSÊNCIA DA CULTURA MAIS DE RAIZ DE NOSSO POVO, EMBARALHANDO FACE BOOK COM FOR ALL.

SE UM DIA PEDIREM AOS ARTISTAS BRASILEIROS PARA VOLTAREM AO SEU PAÍS, ELES RETORNAM COM CACOETES DE ESTRANGEIROS!

QUANDO SE PENSA QUE UMA REPÚBLICA SE FAZ DE UM DIA PARA OUTRO, SAIBAMOS QUE O BRASIL JÁ ENTROU NA NOVA E AINDA NÃO SAIU DO CAFÉ COM LEITE.

NADA SE ENCAIXA PELA IDEOLOGIA OU A PRETENSÃO DE CONHECÊ-LA, POIS A PALAVRA JÁ ENCERRA A LIMITAÇÃO DE UMA ATITUDE.

DEVASTAR ALGUNS BAMBUS É DESTRUIR MILHARES DE POSSIBILIDADES ARQUITETÔNICAS NATURAIS.

NO CANTO QUALQUER DE UM CÔMODO QUE SE FAÇA NAVEGAR DE ALGUM LADO, ENCONTRA-SE UMA PEÇA ESTÁTICA EM MOVIMENTO...

VERSÃO DO SALITRE



Um barco com as velas enfunadas e secas de um motim sereno
Quase refém das ondas, vai por espalmados mares no singrar
De uma madeira corajosa de quase nobreza de veios que não quebra
Nem ao menor rumor que fraquejasse alguma estrutura marinha...

Qual seria o timoneiro que perfizesse um caminho por entre vagas
Se nas teias vagas do pensamento se urge que um não converse mais...

Assim seria o se dizer apenas do princípio do navegar-se, se ondas
Não fossem quais previsíveis sonhos de que bastaria um gesto
A nos fazerem a peça irreversível de um teatro conforme e quase lunar?

O sal marinho entranhado por entre peças de estanho que secretamente
Vertem o sumo dos tempos, qual oxidação permanente nos ócios
Que outros deixam guardados como sementes sem o sal do mar...

Mas Krsna é permanente, pois flutua como um espaço gigantesco, onde
A mais doce criatura não é atingida por qualquer despojo de navios
Pois a sua navegação transcende o azedume de estarmos quase em guerra.

Esse acre sabor da contenda, esse preparativo algo de oscular o opróbio
Nada tem a ver com a versão de um salitre muito mais gigante, de Deus,
Syamasundara, que navega na imensidão dos universos criados
Como quem personifica a sapiência da bondade entre as criaturas vivas.

E como no alentar-se de uma razão que mescla a vitória espiritual
Sobre aquilo que apenas pressente que seja um tipo de troféu tardio
Por ações materiais que dizem respeito aos minérios e à carne,
Passa a ser profética ode material do que se torna o Universo crível.

Essa credulidade apenas no tangível, naquilo que sonha ao metal,
Verte por entrelinhas do descaso o que muito se faria na diferença
Quando elucidássemos ao crente a fundamental diferença das partes.

Quando espelhássemos os Testamentos, a ver, do que é do hebreu,
Do que é do Salvador, e no mínimo a base de Isaías, a saber, o Profeta
Em se nos dizer que aquele que surge como messias é realmente
O filho de Deus encarnado para salvar a humanidade da barbárie.

Crença é, que seja, mas por sinais não estaremos muitos distantes
Daquilo que o nosso espírito não nos ressinta de sentirmos,
Quando o conforto de encontrarmos a Verdade nos diga como
Seríamos com esse fator que sempre será a Paz que Jesus nos ensina!

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

UMA FUNÇÃO QUALQUER


          Poderemos gostar de um objeto mesmo, uma peça eletrônica, em relação quase afetiva, enquanto não se tem acesso a robôs para que o afeto possa ser real. A mesma relação que temos com um celular pode denotar um exagero, enquanto aquisição de um meio em que a interação com ele é mais importante do que o conhecimento pessoal de alguém. No entanto, a funcionalidade desse gadget permite o encontro preciso, conferindo poder de trânsito que de alternativo que seria antes, passa a ser padrão nos que suportam esse objeto como modo de ter um poder, ou dominar – aparentemente – a tecnologia. Esse estranho e aparente controle vem a seguir por padrões em que a proficiência dos insights e as respostas com ícones agradáveis ao ego sustentam o uso e deixam relegados a segundo plano equipamentos mais efetivos enquanto conhecimento e pesquisa, como os computadores de mesa ou laptops. Todo esse universo que a alguns parece detentor de poder e negócios, em que muitos creem ser por si infinito, versa sobre uma relação do homem com a eletrônica, em que mesmo os analfabetos funcionais conseguem poderes de comunicação sem paralelos, pois instintivamente seguem os impulsos digitais.
          Rogam-se muitos para assumirem uma função, um tipo de serviço, sendo o setor que mais cresce no mundo. Esse servir a algo ou a um mecanismo controlador, a uma empresa de tecnologia de ponta ou algo similar acaba por ser um sinal de status que a própria sociedade confere ao cidadão que esteja assim colocado no mercado. O alcance e a performance do cidadão vale na presteza em colocar-se em função de algo, como uma relação de tutoria com uma sociedade que – em muitos aspectos – possui trabalhos cleans como a internet e suas variantes. Um trabalho que segue em inúmeras frentes que encontram soluções para tantas e tantas variantes do conhecimento, desde a coleta de informações, a capacidade de comunicação extensa e profunda e a disponibilização do know how para diversos campos de atuação da sociedade contemporânea. Sejam esses campos da engenharia e outros serviços técnicos, como aparelhos médicos, além de – observando-se o valor funcional – arte utilitária, visual, de mídia como os diversos aplicativos de entretenimento, e a grande fábrica que torna mais real o imaginário e a criação, construindo verdadeiros mundos de entretenimento com a tecnologia da computação gráfica, um dos maiores avanços dessa ciência. Contudo, por vezes o público perde a noção mais imediata com a realidade, tornando o mundo virtual parte da sua, inibindo que floresça a referência que se tem com a vida concreta. Essa frente ilusória no mais das vezes serve para inserir um trabalhador deste novo mundo, com um perfil praticamente encaixado na plataforma da produção febril deste escopo onde o saber tem que ser cada vez maior, e o ganho relativiza menos do que o justo, se se considera a envergadura do tipo de resultado, quanto se aufere, o que é o novo executivo e quanto significa um cargo de chefia em uma grande empresa.
          A função qualquer que se dê a um agente de negócios, qual seja, alguém que possua um pequeno capital para iniciar uma startup, ou seja, uma nova empreitada de negócios começa por um estudo – quando de uma iniciativa séria – de viabilidade, maneira de empreender, iniciativa ou criação primária ou secundária – quando de serviços essenciais ou derivados – e modais de produção em séries pequenas porquanto com teor de artesanato ou de fabrico essencialmente manual. A tese em se propor negócios por vezes não leva em conta a criatividade, mas a boa cópia, o pioneirismo, ou mesmo, muito mais facilmente, quando se dá o processo de aquisição de grandes capitais para ganhar mais a partir de investimentos seguros… Nada há para se afirmar que pessoas de origem vulnerável ou com problemas de ordem mental possam competir na selva do mercado, pois o zero não consta, nem mesmo no papel de origem, como estrutura de soma ou mesmo de subtração, e começar não reza àqueles “produtos fabris de mercado” com defeitos irreversíveis, porquanto crônicos. Resta à função do Estado zelar pela segurança dos cidadãos que possuam vulnerabilidades, pois o convívio dentro da pluralidade da sociedade é a única tese plausível dentro do espectro das idiossincrasias próprias de cada qual, a partir do instante em que a vida sempre pedirá passagem, mesmo em meio de mares tormentosos, e o quinhão que reparte o amor tem sempre uma sobra generosa a se compartir sem meios termos com aquele que está clamando em seu gesto que muitos veem apenas como uma sombra.

domingo, 11 de novembro de 2018

DEVEMOS ALGO OU NÃO…


         Pois sim, que não vivamos de débitos. Isso de cartões, por ser incrível, não sabemos mais administrar ou organizar muito bem se não dispomos de eletrônica para isso. A se cavar um pouco encontramos a jazida por vezes que nos aguardaria, mas que no sentido inverso as coisas apenas pesam como o ouro. Um quê de processo se dará por saber-se o cidadão quando pertence a algo que não seja apenas o lugar de uma normalidade padronizada, como se recebesse instruções de como se portar ou como ser diante de certos fatos, por vezes não respeitando rebuscamentos de uma outra pessoa, ou seu modo de pensar e etc. Não se fala aqui que o comportamento padrão não seja bom, mas o comportar-se autenticamente também leva a um engrandecimento do caráter, posto todos os homens e mulheres devam ter sua voz garantida em qualquer circunstância, dentro da liberdade de expressão, de credo, crenças culturais e identidade própria. Não devemos nada sob a ótica de termos que responder a algo ou alguém em virtude de atitudes nossas perante a vida, desde que estas venham ao sabor da lei. No entanto, algo que coaja manifestações de caráter pessoal ou coletivo, a arte como expressão, as músicas e sua crítica, não deve ser aceito como ação propositiva, no andamento mesmo da nossa existência tão difícil já neste nosso mundo de Deus. O andamento de uma sociedade livre diz respeito não apenas à tolerância de cada cidadão perante as diferentes manifestações do espírito humano, mas igualmente a capacidade de uma sociedade de valorar a cultura e suas várias manifestações, independente de o aspecto ou redundância de algum valor cultural não esteja conforme com a dita indústria do entretenimento, que para si já rende muito mais do que a suposta alternativa de se fazer a arte.
          Não estamos nós de qualquer país conjecturando que a modalidade do entretenimento não possa vir de um computador, de uma TV aberta ou fechada, de uma rede de comunicação, mas apenas colocando mais tijolos no sentido de preservar o que aí está e continuar buscando algo mais, esmerilhando as peças que nos chegam… Devemos sim, a nós mesmos, continuar entusiasticamente a propor a busca, seja através da leitura e foco nas letras, seja na acepção mesma da filosofia, na compreensão e deleite estético da poesia, ou a arte visual – digital ou não – e a compreensão, aí sim, que devemos à Natureza basicamente todo o nosso esteio existencial, como espécie que, à medida que queira predá-la cada vez mais em direção ao lucro, assina seu óbito enquanto pequenas formigas destruidoras a que não precisamos nos tornar. O que são dez anos frente a imensidão do planeta? A cada árvore arrancada bastaria que morressem dez homens que estes que as arrancam não fariam falta nenhuma, pois a árvore é mais importante do que quem a arranca, com a motivação do lucro desmedido. Podemos até ter a intenção de nos desenvolver, mas quem destrói a Natureza jamais leu a Bíblia como deveria ler, principalmente a poesia do Novo Testamento! Jesus Cristo nunca derrubou uma árvore, pois o mais que fazia era ensinar as maravilhas espirituais do mundo.
          Não importa de que lado estamos, ou de que partido sejamos, o respeito às coisas naturais deve ser mais imenso do que a intenção de propor-se um tipo de administração, e já não há mais espaço nem para a devastação no planeta, muito menos para algum tipo de conflito, mesmo porque o ódio no lugar do amor é de uma sensaboria sem tamanho, e aquele que fundamenta – de um lado ou de outro – o amor há de florecer como o lírio do campo em que jamais a passagem maravilhosa dessa escritura teve contato com os olhos daqueles seres que queiram predar a Criação.

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

A SAÚDE MENTAL E O PENSAR


          Quem dera se muitos cidadãos vulneráveis mentalmente soubessem pensar com a devida categoria de seguir conhecendo filosofia, a poesia, a arte mesma como meio transformador, encontrando na realidade substâncias objetivas para prosseguir encantados com as coisas da Natureza, humana ou não... Essa vulnerabilidade mental pode ser referenciada como pessoas em geral, pois na verdade muitos de nós estão vivendo com rotinas algo desastrosas, ou em dependências do que outros pensam ser certas. A leitura com solidez, com algo que necessite um mergulho nas letras, um foco mais intelectualizado, a ampliação vocabular e gramatical, é um processo que leva o ser a uma saúde mental, mas a variação de leituras, o engrandecimento cultural e artístico, a noção da história e suas diversas maneiras de ver o mundo, faz realmente a diferença em uma contemporaneidade global e plural como a nossa. Nessa atitude de cotidiano não vale a lei do menor esforço, como ver apenas um programa televisivo e achar que domina a sintaxe existencial, mas reza por um esforço intelectual que seja progressivo, e que no mínimo leva a referências mais consistentes sobre a vida e o mundo onde vivemos, quando soubermos finalmente que não vai ser apenas a religião que nos conceda a visão da cultura de todos os povos, ou aquilo que paulatinamente porventura alcancemos pouco a pouco. Pode ser que um enfermo mental enfrente duras dificuldades – ipsum facto – e que sua realidade seja bem mais penosa do que a do “outro”. No entanto, para que aquele tenha mais conforto e se sinta mais incluído pensarmos na saída religiosa nem sempre é a solução, pois oficinas de trabalho de arte, artesanato, noções básicas de produção, afeto e ternura sempre foram boas terapias para os que sofrem da doença psíquica, e toda a ação que busque essas práticas devem ser bem-vindas, sob o escopo de iluminação e esforço. Pensar-se que a ajuda ao mais necessitado tem que vir somente das frentes da religião, não se poderá consentir que é na abertura da percepção material e espiritual que se gera um conhecimento, uma prática de manufatura, ou a necessidade atávica do homem pela expressão artística.
          Quando se inicia um programa ou iniciativa para se montar algo que beneficie um grupo de enfermos, ou se vincula a atividade com uma instituição, o pensamento desse começo deve ser consistente o suficiente, há que se medir a operacionalização, as limitações de cada ser atuante no processo e manter distância dos óbices que surgirem contra a criação desse tipo de iniciativa, que pode ser dinâmica em seus diálogos internos para a sua consecução, ou vir de respostas que demandem mais tempo para tal. É como lançar um grande navio à água: antes é preciso projetar e fabricar a embarcação, pois qualquer rachadura no casco o põe a pique. O pensamento gera, rende frutos no processo das iniciativas, quais sejam privadas ou não. O tipo de atitude que se pensa para melhorar a saúde mental do próximo, ou de quem está do nosso lado, é situar o ser na consciência ou, melhor dizendo, trazer o ser para a vida concreta, ou mesmo proporcionar a arte como função de expressão, brotando de sua psique este tipo de lavor.
         Por fim, a faculdade de pensar é inata, e muito faremos a nós mesmos se pensarmos com intensidade, se especularmos filosoficamente sobre qualquer tema, se descobrirmos na Grécia ou na sua subsequência os gênios que deram esteio para o pensamento ocidental, se nos aproximarmos do Oriente, ou se questionarmos as próprias contradições que se revelam em seus próprios diálogos. O bom de se pensar no pensar, é ter em mente que todos os seres humanos, para alcançarem a totalidade ou os fragmentos que a tecnologia tem a lhes oferecer, hão de compreender que esta parte da premissa de que há um conhecimento sobre a aplicação em tudo o que se traduz por técnica, e que esse conhecimento de ordem tecnológica é apenas um dos lados do imenso icosaedro de nossa espécie nos dias atuais…  

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

DAS IDEIAS E DA CONSTRUÇÃO


          Não se associa geralmente a ideia de algo, e a construção ou materialização desse tema do pensamento, como alumiar algum ato ou gesto, que seja, a ideia, a construção não compulsória, ou a relativização do criar-se algo. O que venha a ser projeto, meio que de engenharia, ou similares, vai para a tarefa de execução da obra, qual seja, um painel gráfico, modalidades de arte ou arquitetura, uma cenografia, ou mesmo um perfil digital sincero, não baseado em alguma mentira ou coisa parecida. Esse é um tipo de grafia que se gestualiza onde podemos ver a impressão, seja iconográfica, seja na funcionalidade visível dando garantias de uso, ou nas tentativas absolutamente equivocadas em confundir seres vivos com objetos. Nada funcionaria melhor se a via não supusesse que tenhamos melhores ares conforme a atitude de abertura de cada qual, independente se no plano externo de grupos e tecnologias sombrias – que não sejam transparentes no manejo – arquem com um tipo de ocupação, como se estivéssemos efetivamente ocupando territórios algo estratégicos como em uma guerra silenciosa, mesmo sendo absoluta e inevitavelmente apenas civis, no que nos pautemos pela defesa mesma desse conceito primário da cidadania. Essa versão sempre atual que concorda com premissas invioláveis de respeito dentro da necessária mutualidade. Jamais se pretenda elaborar leis quando se é ausente da autoridade ou quando não se tem o justo encaixe de peças que nos faltem, mas que algum poder que legisle torne mais fácil a encomenda dessa função, mas muitas das vezes só nos pregam peças dentro de um Poder Constituído e Legislativo.
         A ideia que pertence a um domínio de cunho lógico, exato e concludente, tende a percorrer a geometria em seus espaços, respondendo a uma previsibilidade conforme a uma premissa ou fatos que elucidam numericamente a análise suposta de evidenciar uma questão. A vestimenta de um fator lógico bem dimensionado sobre um acontecimento ou mesmo a especulação filosófica para se poder sinteticamente devolver a ética a um princípio absolutamente não excludente, torna a própria busca o fator elementar da operação mesma da aritmética consagradora, com premissas valiosas porquanto frutos de boa engenhosidade. Esse pilar pode vir a ser o sustentáculo, enquanto base de pensamento construtivo, de bons exemplos de conduta intelectual: meramente o aprofundamento em questões de ordem mais evolvente e não necessariamente psicologizante ou subjetivo ao extremo, como vimos a saída de certos rumos que se pressentem existenciais e que, no entanto, não se aplicam tanto nas tecnologias e o que se faz ou se pensa fazer com a informação. Essas novas veredas do pensamento humano como mente ativa sobre, ou reflexo anuente sob, revela uma era em que muitos pensam que tem o controle por subjugarem a si mesmos dentro da mitificação da funcionalidade, em que a arte e o artesanato, o livre pensar, a filosofia e a poesia passam a não ser mais tão importantes quanto o poder que se concede à volatilidade dos comandos obtidos com a computação e suas variantes. Cessa a lógica em profundidade enquanto releitura de grandes pensadores, e o que se obtém por vezes são querelas ou detalhes que levam – nas comunidades mais ignorantes – a um processo de objetificação dos grupos ou indivíduos que vivem em sociedade, revelando um fluir de que, em virtude de um treinamento de explosão muscular, esta tenda a estagnar e irromper, a fim de romper estruturas valiosas, não apenas culturais, mas de presença humana, em raios de cátodos, ou placas de série da eletrônica, no gesto da construção de peças mínimas para habilitar, não sem pouca incidência, energias destruidoras e explosivas dentro do cunho científico – mesmo em nome da religião – do ódio como máxima ideia e finalidade.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

AUSÊNCIA E ORDEM


          Seria muito pedir que se construísse um conhecimento pautado pela ordem interna do indivíduo, ordem que pode ser continuamente conquistada pelo adaptar-se a diversas circunstâncias, principalmente se a própria ausência pessoal ao processo tecnológico e suas mudanças verse sobre essa necessidade adaptativa. Quando por ventura queira se estabelecer padrões de ordem por mandos ou hierarquias, talvez a coisa não funcione muito a contento, pois nem sempre se aceita um comando sem a devida independência do indivíduo porquanto ser social, enquanto alguns interesses de ordem existencial estiverem presentes, como ser, como vida privada. Como todo ser individual, há prerrogativas e interesses de cunho particular, idiossincrasias próprias quando bem sitas dentro do sistema de leis. A ausência do conforto de uma sociedade livre e humana é fator de potenciais desordens e desrespeito a leis que consintam esse mesmo estado de coisas. Um caminho pontuado pela razão é justamente fazer desta um instrumento de uma governabilidade dentro do escopo legal, ou seja, respeitando a Constituição, obra jurídica respeitada em cada país que atende aos preceitos dos direitos e deveres do cidadão. Essa questão é o fundamento mais essencial de quem pretende governar e da consciência daqueles que são governados, pois dista muito do bom senso aquele que deseja impor verticalmente algo, mesmo porque com a tecnologia as vertentes da informação não trabalham desse modo. As informações trabalham no sentido de muitas vezes se transformar em conhecimento, em aprendizado, e não apenas a serviço de algum propósito outro que se imiscua da intenção mesma da mesma sensatez. A ausência desse modal pode vir a ser a proposta derradeira ou uma cópia de um quase mimeógrafo de outras administrações e suas faltas com o criar-se frentes mais nobres de zelo e cuidados com suas populações.
           Algo de chance a darmos asas a uma vida saudável diz respeito à intelectualidade, a um modo de pensar consonante, às buscas que se fazem para se ter conhecimento e ao evitar-se qualquer dilema extremamente conservador em uma sociedade pluralista e detentora de uma rica cultura, o diapasão forte que embala o cerne do espírito do corpo social, como um todo. Apenas se sugere algo que esteja em forte sintonia com as possibilidades, a atitude primeira e a vantagem de se adquirir know how humano para tal empresa. Será essa uma vertente pela qual se pode desejar a um tipo de ausência da ausência, sem necessariamente estarmos presentes em um tipo de caos onde o sentimento entra em ebulição com rancores, sob as demandas de forças por vezes não tão importantes para o que se espera dos direitos e da cidadania, ambos preservados se houver um bom projeto para tal. Essas demandas que nos encerram na ação ou atitude guiada por uma lógica de consenso habilita para que outros se espelhem na máxima questão que gire na mesma ordem em favor de qualquer sentido, em uma roda que, ao invés de permanecer em inércia estanque, mereça o giro que engrandeça seus motores e garanta bons dividendos em história, não apenas nos cenários nacionais, como internacionais, ou seja, rendendo frutos humanos, espirituais e materiais para todo o planeta. Nosso país entra nesse cenário da realidade como não aquilo que pensam de nós, que cederemos nossas riquezas, mas como uma terra generosa com seu povo e merecedora de bom futuro e igual presente.

sábado, 3 de novembro de 2018

TONALIDADES


Vamos a ver uma superfície escarlate, mesclada com um amarelo cromo
Em que o pincel duvida e freme, a mais um tom, uma pincelada maestra
Como um nó que se desatasse antes de reaprender qualquer realismo
Mas na atitude quase impressionista das manchas e complementaridades…

Vejo um céu de ultramar, mais claro nos limites das nuvens, um tom rosa
Sobre os cortes dos pés de Cristo, um alvejar no rumor de uma foto de noiva
Em noites que acompanham aquele tom do azul da Prússia quase negro
Que promete alguma estrela, meio que em tatuagem de fogo no ato seguro.

Os corpos que se amam, quem sabe, se o amor não fosse a tonalidade atonal
Que uma prédica não ensaia o verbo, mas que na barba de Pissarro possui
Um toque de Gogh no predizer de outras frentes tão gigantes quando a posse
Que se dá ao menos na historicidade motriz que a arte embala em mundo primeiro.

O canto de tonalidades rubras, o azul que esmaece na poesia dos ventos,
Haveria quem apostasse na loucura azafamada do poeta, mas que este sobrevém
Como em um drone que retira do romantismo qualquer sinal de nostalgia,
Ao menos em que quando um encontro nos fazia quase perder noites de sono!

A noite cai no jardim de um poeta, vai sucumbindo o chá chinês em uma casa,
Verte a feliz bebida de conhaque barato na dimensão mesma das alturas,
Onde pode-se ver o encontro da montanha com o mar, sem saber-se tanto
Se o que há no encontro são cercas, ou se os cães do mato podem se banhar…

Em vida da palheta do artista assiste um cenário quase estimulado pelo som
Que emana do coração de pedra desabrochado pelo rancor coletivo e que,
Nem sempre, sobra a limalha sagrada do material que o ferreiro fabrica
Nas noites em que o mesmo rancor está separado por quilômetros afora.

Verbo de artista, verbo louco de uma luz profunda em que o sofrimento há muito
Ancorou as desditas do mesmo encarceramento de um corpo frente ao limite
Onde a mente encontra-se apaziguada por uma tonalidade abstrata do non sense
Que poderia ser traduzida pelo gesto da linha e a pretensa tonalidade dos pontos.

O que se dirá se dissessem que um dia, a arte florescesse nas mãos dos artistas
E que homens, mulheres, velhos, adultos, crianças pudessem ao menos praticar
Algum ensinamento que construísse, quem sabe ao menos as bíblias dissessem
Uma nova maneira do crente possuir uma ferramenta para ao menos expressar-se!

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

EVIDÊNCIA DE UMA LÓGICA


          Tratando-se do pensamento lógico – pudera – não se pode afirmar coisas que não sejam evidenciadas por uma questão de matemática, ou quase… No entanto, pode-se afirmar que a evidência mostra, e que a lógica infere. Uma razão, um raciocínio, uma dedução em se poder afirmar o próprio resultado revela a envergadura ou não do exercício proposto, dentro do evidenciado, obviamente. Quando a lógica passa a ser evidência, há que se propor o espelhamento de um sentir, quando a matéria vem da Natureza. No entanto, a lógica simples da matéria vem ela mesma do elemento natural, se considerarmos a Natureza o domínio do saber, e porventura – na visão leiga – a lógica como caminho do saber, ou destino ao conhecimento. Tornamos a lógica uma evidência quando conseguimos dispor da linha de um pensamento que nos coloque na posição de verdade, em um resultado: true. Usando o termo anglo para designar como que uma rotina, um termo de programação. Em uma verdade mais encoberta encontramos os termos true e false como resultados, ou tipos de chaves, mas na concepção metafísica haverá sempre a transcendência do conceito do ser quanto às possibilidades materiais ou espirituais, e a verdade torna-se mais absoluta e sólida, quando comparada à relatividade dos insights de softwares. Quanto à questão da relação entre algoritmos que realizam muitas conquistas no campo da tecnologia, e aquilo que se escreva para evidenciar algo, fruto de um pensamento elaborado, há uma fusão talvez entre os processos de inteligência, quando a máquina logos se evidencia na assistência ao intelecto humano, na ação e relação de diálogo com uma ferramenta poderosa como a ciência da computação. Esse rebatimento vai fazendo com que a própria ferramenta seja o pensamento e seu diálogo com a matéria em questão, valendo-se da máquina e seus algoritmos que perfazem a estrutura máxima de um conhecimento mais pleno que torne viável o encontro com a evidência e a não necessária especulação em torno da temática em questão, quando se torna mais luzente o resultado investigativo. A imaginação cessa por não aferir concretamente a lógica de um pensar mais sólido.
           Sendo o domínio do pensamento humano a razão e tudo o que desta se infira, deve-se ter em mente a lucidez do mesmo pensamento, e o foco contínuo e progressivo a partir das lógicas evidentes e sequenciais, dando ao somatório um relato que venha a ser plausível e concordante com os fatos, as pistas e os sinais. Simbolicamente, passamos por uma crueza da plataforma intuitiva – porém verdadeira – na questão imaginativa ou criadora, para sequências ou resultados lógicos que supram ou deem consistência ao raciocínio investigativo. Pensar grandemente é tarefa que o esteio desse tipo de prática remonta ao exercício intelectual com base na filosofia e no diálogo constante entre a argumentação e suas contradições, esse mesmo pensar que verte na alfombra do tempo o crescimento da argúcia e atenção pertinentes a questões de ordem que pontuam a Verdade, sendo esta indissolúvel, una e inquebrantável. O pensamento espiritual define várias indagações de Natureza recíproca ao que seja material, pois a diferenciação entre os dois domínios não se dá, pois são mutáveis em credos e culturas, e a aplicação das leis nesse amplo espectro seja ao menos em se considerar cada território da federação na União, e que se dê a prerrogativa ampla para que elucidemos os mistérios que navegam por nossas vidas, na retidão, coragem e respeito humanos. Nessa questão se dá o divino, a divindade, o espírito que é Uno e indissociável, posto também fazer parte da ingerência humana nas sociedades.

NADA EXPLICA TRANSFORMAR O ESTADO EM UMA TRUPE ALGO CIRCENCE, POIS DETRÁS DA INTENÇÃO DE ACHAR QUE TODAS AS FRENTES ESTARÃO TOMADAS, É NA FORÇA INTERNA DE TODO UM COLETIVO QUE SE FARÁ UMA REALIDADE CRÍTICA.

NA VERDADE HÁ GAMES TÃO ESTRITAMENTE MARAVILHOSOS QUE O ENGENHO HUMANO ATRAVESSA O CONHECIMENTO E RECRIA A HABILIDADE MOTORA...

DURO É O GOLPE NA FACE DA DEMOCRACIA QUANDO NOS APERCEBEMOS QUE RECURSOS DE BRINQUEDOS OU PLATAFORMAS DE GAMES POSSAM COM A RETÓRICA DE ALGUM PODER.

AO MENOS OS MILITARES DE 64 ERAM NACIONALISTAS...

SE DEUS ESTÁ DO LADO DO MERCADO, QUEM ESTARÁ DO LADO DE UM DESENVOLVIMENTO NACIONAL?

PARA REFERENCIAR BEM O COMPORTAMENTO SOCIETÁRIO, HAVEREMOS DE SABER QUAIS FORAM OS CASES QUE COMPLEMENTARAM EM OUTROS PAÍSES SEU PRÓPRIO PROTECIONISMO, POIS ABRIRMOS AS NOSSAS PORTAS AO CAPITAL INTERNACIONAL É O MESMO QUE DIZER QUE A VOLKSWAGEN SERÁ BRASILEIRA.

COMO TANTAS EMPRESAS TÊM EM SEUS QUADROS BONS FUNCIONÁRIOS, TENDERIA, POR UMA LÓGICA MERCADOLÓGICA, QUE SE PAGAR BEM AO TRABALHADOR PARA QUE O CONSUMO DE UM PAÍS SE AGIGANTE, E ASSIM SE CRIAR UM PANORAMA NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO PARA OS BRASILEIROS.

QUANDO O MERCADO PERMITE QUE HAJA UMA FUSÃO OU AQUISIÇÃO DE EMPRESA COLAPSADA, HÁ QUE SE PRESTAR ATENÇÃO EM QUAL FOI A CAUSA OU MOTIVAÇÃO DA FALÊNCIA.

SE O MERCADO É O TERMÔMETRO DA ECONOMIA DE ESTADO, QUÃO LONGA É A INGERÊNCIA DA ECONOMIA SE NÃO HOUVER A INTERVENÇÃO ESTATAL?

ALGUM MODELO QUE TRANSCENDA A O USUFRUIR DA COMPRA PELO NECESSÁRIO GESTO REVELA A CONSCIÊNCIA DE UM MERCADO UTILITÁRIO E NÃO NECESSARIAMENTE TÃO LIVRE.

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

MOEDAS HONESTAS


A que se diz, o que é de Roma volte a Roma, mesmo que saibamos
Que nem todas as moedas são os sestércios de um império sobressalente
Que tentamos fazer pertencer aos votos de outras moedas, a que todas
Sejam costumeiramente, triste missão, verdadeiramente honestas!

Nada é muito honesto na plataforma do consumo, pois um produto como sal
Pode ter o cloreto mais acentuado do que suporta um coração mal avisado,
Ou que se pagasse em tempos muito idos mais não tanto o quilo pelo trabalho…

Não sejamos torpes, a caminhada é longa e por vezes solapada por acidentes
Na mesma escala em que por vezes mais ao norte se pretenda um degrau a mais
Naquilo que é desconhecido por muitos, mas que refere-se ao bruto delongado.

Mas no Sul as coisas são talvez mais distintas, qual não se fira o propósito bom
Daqueles sensatos dias em que nenhuma violência maior ocorra dentro de um núcleo
Em que todos pertençam ao comércio trabalhado com a pujança de uma moeda…

Se em tais pareceres algo vem a esclarecer dúvidas ponteando ministérios, causemos
Boa impressão a um Papa que nos dê a chance de vermos quantas são as alianças
Que insuspeitavelmente constroem uma urdidura igualmente sensata dentro da Lei.

Se os aliados de algo remontam outras áreas de atuação, meramente façamos de soslaio
Não o riso de esgar soturno, mas as vestes que interpretaremos dentro de outras leis
Porquanto possamos ainda recriá-las na confiança de termos um Poder Legislativo forte.

Se a rede se faz com mecânicas suposições da robótica informatizada, primemos por saber
Quais são as fontes dos grafos reflexos, e de onde surgem os recursos que muitos ignoram
Quando tem-se a certeza de que algo não tenha que estar em um conforme efetivo na central.

Remontemos o justo com mais justiça, façamos das instituições de edifícios consagrados
A arquitetura moral de nosso Estado, este que por uma escorregadela pôde vir a não ser laico,
Mas que se pretende, ao menos em um discurso introdutório, o respeito por todos os credos.

Grandes frentes nos conferem a justa, quem dera fosse tão fácil, mas do poder da justa estaremos
Em um cabedal de novas instituições que forneçam o papel em que a mídia tradicional da TV
Perpasse em suas funcionalidades não a querência de estarem consonantes com o poder,
Mas a justeza de finalmente se alinharem com a nobreza de caráter da imparcialidade neutra.

A moeda infelizmente forma opiniões, e o mercado possui esse estranho poder de insuflar
O caos quando convém a patamares mais verticais do que o próprio Poder interno e Supremo
Na qualidade de autoridades máximas do Estado, mas com subordinação aos países fortes.

Nesse viés contrariamente qualitativo, há que se sobrepujar, pois interesses não haverão
Em amizades igualmente qualitativas em termos de autoridades internacionais de peso,
Pois a miríade de problemas que afetam as nações ricas as eximem de nos prestar atenções.

Por essas questões talvez não digamos não ao mercado, mas o justo que ele apresenta
Se exemplifica em uma embalagem linda de ketchup que revelaria o mais belo produto,
E que na verdade por vezes é massa de chuchu ou gordura com tinta que não faz justiça ao preço.

É em algo de performance midiática que recebemos as instruções de consumo, que se estendem
Também aos gadgets eletrônicos, aos materiais informativos, e aos processos de TI
Que não mais sejam apenas uma dissociação do que se vê na mídia televisiva ou em uma farsa digital.

Se nada estiver tanto de acordo com o que nos perpasse na mídia de um game, por exemplo,
Sobre espaça-se que se super entenda que as plataformas digitais não devem abraçar apenas
O viés de propagandas e divulgações que já de início apenas fazem fracassar a melhor intenção.

É nesse caudal introdutório que se deva pensar mais seriamente como pesquisar inteligentemente
Com o auxílios das dialéticas reversas, que nada mais são do que interpretar um fato de projeção
Como algo de memória histórica reversa e repetida com variantes onde o modelo reza à Malthus.

No estranho viés de se encontrar sociedades que primem pelo instinto do arquetípico portar
Vê-se uma proposta sinistra avizinhada com o semblante turvo da criação e sedimentação diária
Dos temas de preconceitos que a humanidade teima em recriar em torno da objetificação.

Por essa estranha questão há que se pontuar uma dialética direta, transformando um pensamento
Em algo de vivência cotidiana e dinâmica, onde a vírgula seja o modal da pausa inteligente,
Pois em relação ao humano funcional, não há a menor possibilidade de vingar apenas hierarquias.