quinta-feira, 6 de setembro de 2018

SINGRANDO POR EXPERIÊNCIA


A partir de um carro, nas vistas da caminhada, no reconhecimento dos ventos,
Veste um homem nada do calvário, posto talvez sacrifício, mas que ande
Nas mesmas superfícies do tempo que tudo devora, e que navegue antes do tudo!

Não que se pretenda alçar voo inquieto, não que a nau não trafeguem em meios
Mas que veste-se um pouco do carmim, da teia irrefutável, quando não se percebe
O quanto já se havia navegado Vasco em territórios onde o sol talvez não morresse.

Oriente que seja a terra, um tipo de lugar onde os dias são afáveis porquanto vida,
Um bom motivo de se ver o verde das águas por similaridade dos tempos idos
Em que bastaria um navio para se ter obviamente a companhia da sólida tripulação…

Que as musas enobreçam a palavra, que Tétis nos acompanhe na empreitada do sol
Este, que refulge e, no entanto, deixa o espaço noturno para as estrelas: sólidas
Porquanto urge que se pretenda estar em dia com as tarefas algo de monta diuturna.

Há no cabrestante a ideia de que saiamos de alguma âncora perdida em remanso,
Alguma intenção que valide mais a poesia, e que esta navegue como diria Pessoa
Naquilo que pensamos que um vate possa no minimum minimorum expressar a letra!

Que não seja vista a arcaica visão no modal poético, mas o simples do simples no ato
De escritas com valor balanceado em questões de ordem como algo nascituro da terra
Em que o mar não evanesça, posto mais próximo da própria terra com raiz nativa.

Estranho que por vezes pode ser o modal de vida, a sentir-se com o mais cativo homem
Em que se propõem na mente as várias formas de existir-se sem que o sejamos mais
Do que aquela paráfrase que encurta o entendimento na ampliação do contexto da metáfora.

Das imensas e trágicas vidas consonantes com um declínio de uma civilização encoberta
Temos a saber que a ingerência externa só nos extenua portanto de não sabermos
Nossa verdadeira identidade enquanto uma pátria que cresce no volume do não valor.

Esse quase lucro existencial onde pernoitamos dentro de um hotel ao avesso de um quarto
Quando sabemos que por sobre a cama está um terço que jamais deveríamos esquecer
Na companhia irrequieta do que se pode chamar a religião na consubstanciação do fato!

Singrar-se o mar da temperança, ver-se o derradeiro dia da mesma jornada cotidiana
É como saber antes de algo que nos venha subscrever o tempo em que não havemos
De dissuadir uma promessa de que a embarcação de muitas vidas não soçobre na terra…

Nenhum comentário:

Postar um comentário