De
um sono imenso, ao sem muita palavra, no que nos dissessem outra, a
mais, despertamos. De um sono atávico, secular, sem a planilha que
infere futuro, sem o botão de voltar, sem o escapade do esc,
feito tecla numérica, distante tanto do ábaco que não se sabe
muito do insert, tanto quando do delete… Que não se
pegue moda o se portar como em uma máquina computacional, que não
importem tanto aos serviços e agências os imensos dados, as
informações, a miríade de letras e códigos que porventura a raça
humana tem recriado em cima de seus costados de matéria digital. A
questão não é um mundo de máquinas, mas sim a restrição ao
humano. A máquina facilita o processo, vem em benefício da alavanca
que ergue, em tese auxilia e protege, tangencia a inteligência e
condiz em fazer o bruto do trabalho burocrático, na organização e
no funcionamento mesmo de quaisquer sistemas implantados. A busca de
um buscador, no entanto, deve partir do sentimento sincero de ao
menos buscar a oportunidade a todos de vivenciarem o comportamento da
Natureza, e não retirá-la do seus acessos àqueles que muitos
consideram já – como a barbárie contemporânea mostra e revela –
descartados da sociedade. Se algo se mostra tão evidente como a
guerra que se quer criar, ou fomentar a mais da violência que por um
acaso ainda não se pratica, esse mesmo reflexo belicista se
apresenta mais e mais frequente no imaginário algo teleguiado dos
meros mortais que acabam entrando em sinistras linhas de fogo em um
sono que só termina na cessão do ódio, mesmo imaginário.
Alimenta-se um monstro, como uma tentativa derradeira de cessar as
contendas de um país, e esse monstro perfaz o substrato do
inconsciente mais reptílico, comandado por efeitos de estímulos e
respostas, com pausas e atividades, com ou sem trabalho, e acaba-se
por estarem vestindo a carapuça de antigos mitos e pregando a
desavença, mesmo em lugares onde esta não seja pregada
oficialmente. É o erro da brutalidade forçada, em países onde
drogas como o álcool e outras substâncias ou vêm para sedar a
existência, ou para alimentar a engrenagem do horror, que não passa
da banalidade dos homicídios, latrocínios, tráficos, sequestros e,
na pior das hipóteses, daqueles que passam apenas a serem
espectadores do enfrentamento, colando-se ao pretenso e “saudável”
combate, a motivação do enfrentamento através da força por cima das
questões de ideia, opinião, arte livre, e similares, sem citar a
imprensa alternativa que se esforça para mostrar a realidade tal
qual é, na sua prerrogativa em revelar a Verdade. Resta se fazer um diagnóstico, onde sempre se aceitará a
normalidade democrática como fundamento essencial aos cidadãos, o
respeito como base da acuidade comportamental, seja ele de modo
horizontal ou eventualmente mais vertical, a livre possibilidade de
manifestações de ordem cultural e, obviamente, uma repressão mais
efetiva contra as facções da criminalidade, seja de origens na
corrupção, ou no mal funcionamento dos próprios sistemas jurídicos
que obviamente hão de dar o exemplo mais cabal de proceder sem
parcialidades, para que não se prossiga a tão sacrificada
degenerescência que pode vir a acometer algum poder, ou capilaridades subalternas dessa ordem.
Essas
questões são fundamentadas na reforma importante que venha
internamente, em uma tomada de consciência pessoal, não
propriamente da substituição correlata dos seus partícipes, ou
seja, daqueles que já estão empoderados. Retroagir em um caudal de
intolerância em todos os níveis é passarmos, de um futuro que
ainda podemos ter como democracia plena e vigência dos direitos e da
cidadania, para um caos onde a força seja a única esperança dos
que são mais jovens e inexperientes, ou daqueles que são
erradamente e anacronicamente messiânicos com relação a
mitificação da vida, vivendo no modo da ignorância, ou dos grupos restritos que temem perder algum
privilégio, como a imensa concentração de renda, terras e
similares.
Há
de se prestar muita atenção ao que ocorre em países como o Brasil,
onde imensos mananciais naturais são destruídos em frações de
tempo, onde a recuperação demora por vezes mais de um século…
A aceitação e proteção aos povos que tem em sua vivência
cotidiana o mote de preservação de florestas, mananciais hídricos
e respeito integral à Natureza, como os indígenas, há de servir de
exemplo a qualquer nação do planeta, pois todos aqueles que
transformaram as suas culturas em desertificação existencial,
acabaram por fazer definhar suas reservas Naturais, como as matas
nativas, acabando por utilizar a madeira de florestas “recriadas”
a motivação farta para lucrar com a celulose, interferindo em biomas e bacias hidrográficas. Em síntese, quando
se pensa em uma sociedade fraterna, toda uma população não há de
desejar a violência como consequência compulsória e remédio para
curar uma ferida social que remonta há muito tempo, e que toda uma
história revela que em qualquer regime que se estabeleceu neste país
não a curou, pois só através da paz social e da consciência de
que nosso corpo é mutável, e que a vida espiritual é mais poderosa
do que o materialismo, é que as reformas estruturais tão
importantes à Nação como um todo tem que vir de todo o corpo
social, no modo da justeza de caráter e menos ganância. Que o
espírito de fraternidade pouse os seus braços de misericórdia e
nos façam ver melhor aqueles que vêm para estabelecer mais nobreza
nas suas intenções, e neguemos a intenção dos que pregam a violência como atitude
administrativa, já que não há mais espaço para guerras no
planeta, e sim de uma grande tomada de consciência de que – para
que se possa viver bem e preservar nossas riquezas naturais – os
homens precisam ter melhores condições de vida na Terra, garantindo
aos outros seres igualmente seus Direitos Fundamentais...
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