sexta-feira, 7 de setembro de 2018

A VERSÃO E A ANÁLISE


Uma palavra dista de um significado, a que não seja um outro, distinto
Do que se discerne em outro contexto, esta, palavra vária que não pontua
Do mesmo modo em que se encontre o mesmo contingente das sílabas.

Flutua a letra, em próxima lição, de versões primeiras – frequentes –
Em um passo interpretativo, a dar os costados na ciência da língua
Por quais tantos e tantos pesquisam sem necessitar de encontrar um menos.

No menos tanto que de sua análise não se diga, que seria melhor não ter
O consonante verbo que passa a cru e a contenção de um parágrafo
Em que não compreenderia o ser sob a influência de seu próprio motivar.

Um parágrafo notívago, um proceder estranhamente correto na condição
Em que se vê que quando se sofre por vezes recrudesce à pena o retaliar
Nos leves detalhes que encaminham a existência para o nada soçobrado.

A análise do fato e da circunstância que fá-lo ocorrer, distaria em mitos
Que tecem outras versões do paradoxo onde o que a sociedade imagina
Passa a ser referência, onde a filmografia se faz no coadjuvante banalizado.

E as versões dos filmes – sérios ou não – tornam mais graves o que vem
Ao que era na memória de um sistematizar de diálogos prescritos
Algo que transcenda um detalhe ou outro da divagação especulativa.

Se no tanto que se queira verificar a anuência de alguma investigação maior
Houver a possibilidade de se encontrar com a realidade de um fato ímpar
À faculdade de se garimpar a notícia segue-se como prerrogativa veraz.

De um período curto a outro, na gramática em que nossa língua encontra
Não propriamente naquele português castiço, de entrecruzar a mensagem,
Se abraça com o caudal da informação os berços do conhecimento…

E é na compreensão mesma das linguagens na arte e na filosofia, atenta,
Onde o prescrito não sustém as mesmas formas do que sucede sempre
Quando, atônito, um escritor vê na outra garimpagem que encontrou algo.

Anda-se metros, roda-se quilômetros, e a paisagem da semântica estaciona
Em um tempo onde não haveria mais a possibilidade de se compreender
Que, no verbo atemporal, a ação mais cabal pretenderia um pretérito perfeito.


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