sexta-feira, 21 de setembro de 2018

RETICÊNCIAS E PARADAS



            Correr é como fraquejar as pernas, ou endurecê-las provisoriamente até que possamos exercer a atividade. Parar por vezes em uma caminhada de contemplação é muitas vezes algo de suficiência quando se sabe que o descanso na verdade é mais precioso do que alcançar alguma meta, em planejamentos que podem tornar-se hostis a quem procura por certos resultados. Em uma realidade que esteja nublada por esferas parcas de entendimento, documentada por ortodoxias cruentas, ou mesmo realizada a contento sem autorizações de ordem superior, tende-se ao desatino, principalmente quando sabemos que o divino e o profano devam conviver, mas na base do diálogo. Esse debate saudável onde não se deve temer ao manifestar de uma ideia, posto o reducionismo da opinião reside no pequeno universo da intolerância e do não perdoar. Quando a corrida ocorre por obra de imposições e idiossincrasias da limitação existencial, de modos verticais, como em pretensas colunas de se construir, fecham-se os vigamentos, e antes da casa oferecer morada transforma-se em prisão. Há que se pretender a grande recuperação humana, algo que vemos na face de Francisco, o grande santo, pois na apreensão daquela mesma realidade citada, temos sempre tempo para comungar da mesma beatitude e do mesmo perdão... Cristo nos chama, Chaitanya nos chama, aos votos do Ocidente e do Oriente, mesmo para que possamos dar a vez ao incremento material que tanto nos fortalece quando este vem não em forma da violência, mas como pilar inicial e derradeiro na consolidação da paz mundial. Não será em qualquer país que se roga combater a violência com mais violência, mas sim da justa necessária, no quesito da segurança social como em sua plataforma de justiça social, igualmente. A não repreender-se tão somente para que o caudal irrefreável da paz nos toque, e em seus alimentos que estes passem a servir à mesa do povo!
            A reticência reside em três pilares que aprofundam o sonho, o de se urgir a esperança, quando a poesia fala e deixa em aberto um componente humano tão exato como a ciência... Deve-se arguir e investigar o propósito de um bem comum a todos, ao menos que se recoloque a experiência democrática aos olhos da brandura e do caráter. Onde se coloca a transigência em uma entrega de nossas riquezas estaremos assinando mais óbitos causados por essa barbárie em nome de uma administração pífia, ou coisa que o valha, para o reparte algo sinistro: ou de sinistra extrema. Se temos fronteiras, reza à Pátria que delas cuidemos com bons alicerces, recebendo em solidariedade tal ou qual população, no ingresso de país de continente de bons modos, o mesmo a dizer-se ao menos que o petróleo seja nosso, além de sermos o celeiro do mundo. Esse resguardar-se é fruto do consenso de todas as nações que se dignam a respeitar-se porquanto de uma mera questão geopolítica, pois nossas forças só aumentariam com o incremento da vontade nacional em preservar as nossas riquezas em benefício de nossos seres, tais como a Natureza, nossas águas e a prospecção sustentável de melhores modais de energia, posto a curva dos combustíveis fósseis estar em descenso bem acentuado em nossos dias atuais.
            Seria altamente plausível que nossos administradores possuíssem a mentalidade mais simples com relação a tudo que existe, e que – ao invés de se criar um messianismo falso a respeito de algum salvacionista – o voto do grande santo Francisco mantenha a chama acesa no amor aos seres vivos, e que evite-se a todo o custo a contenda, movimentos de ódio e intolerância daí decorrentes, como o preconceito de qualquer natureza e as armas como motivação governamental, no se insuflar que pretendamos uma melhor sociedade através da força e da repressão, ao invés de postularmos para as Américas, incluindo a do Norte, uma releitura de como o Poder desumaniza por vezes os nossos líderes, tornando-os próceres de alguma espécie ilusória de revanchismo inóspito. Por essas razões seria prudente uma leitura mais atenta à nossa história e a consecução da Paz que o Evangelho carrega como a grande palavra do verdadeiro Salvador! É hora de um conceito de apostolado em todas as nossas frentes, e que o Antigo Testamento dê sinais que ao Novo se comparta melhor a palavra do Messias...

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