Tal
será dizermos que bater um prego com um martelo pode não parecer tão fácil. A
extensão da mão faz com que possamos aprender, no básico e não pragmático
território, mas na prática algo pungente que apenas quem o consegue com vários
formatos e aplicações poderá ser ciente dessa técnica. Intelectualmente,
sabemos talvez que no futuro haverá um tipo de máquina que fará esse trabalho,
mas a aquisição do robô-equipamento está longe de ter o conhecimento do entorno
que cerca a obra, e um robô feito para essa função acaba por falhar na
sensibilidade humana e necessária que envolve o trabalho qualquer, como um
todo. Haverá robôs para o suporte humano? Alea
jacta est, como se diz: há que se esperar da ciência quais as probabilidades,
qual o contexto de substituições de mão de obra, e por que que o botão que
aciona os mísseis atômicos não possam vir de um robô... Por mais que Blade Runner seja um filme, haverá chips
ou inteligências de quase carne autômatos a serem descartados, em caçadas do
que não deu certo? Voltemos ao prego e o martelo, quem dera, encontrar sob os
restolhos de alguma obra alguns pregos não enferrujados e não tortos, mas que o
torto por vezes possa ser pregado, e dependeria do conceito do que é um prego a
ser pregado ou não, em uma tarefa a mais básica da construção de algo, e no
entanto equidistante de um paradoxal e profético futuro em que o criador da
criatura não funcionou, bem entendida a criatura metálica, distante enormemente
do Criador da vida!
Jamais
se criou um ser que seja: o ser que é ser na Natureza, um mosquito ao menos, e
pois, que se tente criar, animar a carne. Não, o metal é mais nobre, assim como
a riqueza proveniente da inteligência artificial, sem aventar que a inteligência
da Natureza é o próprio animus da matéria. Nada que se cria em termos de gadgets, motores ou não, há de não se
ter a mão humana como dada em um start, em um início. O cientista inicia,
porventura, e o que se diz da diferenciação cerebral parece ser um ponto de
partida, mesmo que suas sinapses sigam aquém da plataforma espiritual, pois
devemos saber que não somos este corpo: seus braços, suas pernas, a mente,
inteligência e ego estão atrelados ao espírito que comanda, que é o piloto da
máquina material, nosso corpo algo maravilhoso em que o próprio robô que tira
tanta gente dos seus empregos – como oferta do que se pretende a ciência – é espelho
quase fiel! À medida que se cresce com um futuro soberbo de máquinas
pretendido, a fome grassa e inunda cada vez mais países pobres e cada vez mais
espoliados. A violência se torna algo frequente e basicamente objeto de outros
estudos, e a segurança não apenas de integridade do cidadão, como alimentar, se
torna um problema onde comemos o que grandes robôs já existentes, como as
colheitadeiras, nos oferecem, com graus de transgenia insuportáveis não apenas
aos bois mas aos humanos que comem dessas carnes.
Se
a automação é a palavra de ordem do Japão, por exemplo, vemos, no outro lado da
escala, que possuem real interesse em indiscriminadamente caçar baleias pelos
oceanos para nutrir seus cientistas em sinistros paladares... A inteligência
fará do homem bater seus pregos como sempre, e sempre haverá empregos em
potencial quando tivermos um bom governo, o que passa necessariamente por um
avanço não peremptório da tecnologia, e em grande medida quando os homens e as
mulheres passarem a estar aptas a se desenvolverem existencialmente, com a
respectiva e inclusiva em direitos cidadania, posto não haver nenhum xeque
contra reis que se reúnam em favor de seus povos. Nada a ver com o absolutismo,
porquanto a sinfônica música de pregos sendo martelados significa que os
viventes estão presentes no mundo do trabalho, em que quem não quiser aceitar o
fato, que coloque tampões nos ouvidos para não tomarem ciência de que o
trabalho independe tão somente da técnica em si, mas intrinsicamente da
presença cabal do trabalhador.
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