quinta-feira, 27 de setembro de 2018

O ROSTO DE TRÊS FACES


Verse-se um verso, a dizer de três sílabas iniciais, quais sejam, não, não se precisa,
Que tantos e tantos de nós prescrevem as faces de dois lados, a ver que o rosto
Necessitaria de mais uma face para recrudescer a ofensa alternativa de tanto
Que é a barbárie prometida em escrutinar-se a ignorância latente em nossos cernes…

Vai-te um, a um lugar que não se entenda, vai-te dois, a dois lugares díspares,
E vamos um outro rosto de dupla face qual fita de cinema em que não se encontra o mar.

Não, não queremos ir a lugar algum, não queremos quaisquer resultados, apenas
O preview de que estamos mais seguros na antessala da véspera dos mesmos resultados
Quando o que há por se decidir não é mais futuro, mas apenas a realocação do Poder!

Queremos o não ser da não ordem algo cáustica, romper amarras de antecipação
Onde a justa não é mais ajustada em lugar algum, onde um homem não encontra mais
Uma ressonância que seja plena de nosso século atual, onde a ignorância não seja norma.

A rotina de pedra não a queremos, não podemos ser soldados desarmados, e muito menos
Fantoches armados nas mãos daqueles que nos impingem o fator seguro de sermos algo
Que na verdade não significa muito mais do que instrumentalização crua de contingentes.

O que significar-se-á de sermos mais do que outros, de sabermos que estamos nas ruas
De um lado que trace esperanças, quando estas são uma questão de ordens impostas
Ou as vertentes de uma face dupla, onde não podemos escolher a terceira, pois não há!

Sejamos três em uma ferramenta do trabalho, sejamos unos na preferência da vida,
Pois quem ignora a lava fecunda das palavras certas e que dispõem ao menos ao debate
Vê debaterem larvas como mel transudado sem cristais, mas na significância do melaço.

Nisto de vida, saibamos, o poeta posa de primeira mão, ergue o periódico, tenta dizer
Ao menos o que se lhe vem de pronta resposta a uma opressão das vésperas, ao círio aceso
Da fé que não seja apenas um canto de promessas, a um diário sem messianismo, um ciclo.

Hajamos de ter paciência, pois o império de seus impérios hão de fenecer em sua contradição,
Hão de mostrar que números e força nada significam quando comparados aos bilhões
Que são os insetos a inspirar a força outra que plange as cordas de alguma ciência que preze.

Não nos venham os subterfúgios do envelhecimento senil de propostas militares arcaicas,
Pois o comando da verdade há de residir muito mais nos pensamentos da alvorada da inteligência
Quando sabemos que em toda a região de uma fraqueza cotidiana em província reside o amargor.

Sabermos do que é sólido na selva da compreensão humana, no mínimo é tangenciar
Que na vértebra do que se pronuncia como genocídio ocorrido em muitos lugares
Toda a atitude de um imperialista nativo bota o braço da águia em sua posição canicular.

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