quarta-feira, 19 de setembro de 2018

PALAVRAS INOCENTES


          Sofrem muitos dos cidadãos de nossos sistemas – se tratando de tudo que demanda organização e metodologia na operação de dados – quando partem a tentar conhecer as coisas na iminência de se assoberbarem com informações em larga escala, sem terem o preparo suficiente para saberem o que descartar como impróprio, e como lidar com uma vida dentro da autenticidade legal, e sob o princípio cabal da simplicidade. Por mais que alguém possua encargos de complexidade alta, por mais que o giro de um ser humano seja maior do o que se avente suas próprias limitações, há que se dar um break uma hora ou outra, e deixar-se desligar do que se possa chamar integração de seus propósitos, posto isso demanda por vezes certas capilaridades, e o sono passa a ser substância por vezes rara, e no entanto sempre necessária.
          As palavras ditas com seus significados primeiros, sem a intenção de segundas intenções na mensagem, assim desse modo pode se afirmar que fazem parte de uma inocência cabal e importante, pois as palavras em si possuem alguns contextos, como afirmam linguistas, mas ditas na consciência pura do significado primeiro, cedem espaço a que outros possam afirmar a semântica clara, se não fora por uma posição latinizante, haja vista que aquele que compreende o latim, realmente compreende a comunicação entre os idiomas diversos do Ocidente. A princípio, a inocência das mensagens partem do pressuposto da ausência de malícia, e por exemplo, se em uma missa o Padre reza o Pai Nosso, o significado remete ao Deus Filho, nosso Senhor, Jesus Cristo. Sem qualquer significado em que não se espelhe a devoção, o rito religioso, a comunhão simples com a palavra. Se por outros significados, um fiel sai da Igreja e desanda a omitir a verdade, e outorgar a si mesmo o mesmo critério da dubiedade de palavras com muitos significados, intentando a ofensa mesma, como resposta algo rápida, em treinares outrora escusos, o fato narrado significa que assumirá o mesmo significado da perfídia. Passando a não ser da inocência, mas da malícia que tanto ensombra a latitude do perdão, máxima obtida graças à vinda do Messias à Terra, há mais de dois mil anos atrás.
         A versão da laicizante norma que se pretenda um Estado, pode partir do pressuposto que não é necessária, posto no caso do Brasil a maioria ainda é católica, e não será através de gratuidades religiosas que estaremos mudando o perfil de nossa Pátria. Saberemos dizer, sobretudo, que as qualidades do perdão estarão acompanhando as crenças básicas de nosso povo, e a inocência das palavras alicerçadas pela comunhão do conhecimento humano e vital para o pronunciamento de nossas civilizações, é um enunciado importante para o caminho ecumênico da Paz Mundial. Resta à comunidade dos diversos povos em seus processos civilizatórios que aceitem a autoridade Papal como uma palavra sólida e que seus representantes anunciem a boa nova de que a crença em algo é universal e remete à origem mesma dos povos que habitaram o planeta em priscas eras. O reconhecimento da validade das manifestações religiosas faz do mundo um cenário de paz mais duradoura, pois é através da tolerância e da compreensão do “outro” que se faz um mundo melhor, no respeito a todos os seres, sem exceção, e à Natureza como um todo.

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