O
ocultar-se é premissa da escrita, quando de uma noção em que a literatura com
personagens prevaleça. Na acepção crua do caráter filosófico, ou mesmo da
expressão do pensamento, que o reitera, há de se ver que o rompante dos
preciosismos de linguagem pode valorizar o que possui valor e orçar moedas
inexistentes. Do quinhão de admiradores que se ganha, ou em um mero parágrafo
dito em uma rede qualquer: no círculo literário, ou mesmo no frenesi das
mensagens instantâneas, a grosso modo, sem pensar muito ou fazê-lo de modo
irrefletido, quase como espalmando entre as mãos uma nota que se ganhe, de
dois, de cinco ou de dez reais, quando simbolicamente há o fruto de se ganhar
algo, mas não por lado mercenário, graças a Deus, pois isso de lutar por
encomenda não condiz com caráter nenhum do ilibado que mereça.
Mas
que abrevie-se o pensamento que se volatiliza em uma linha, que alcance melhor
o processo de entendimento, em períodos aqueles que se possa dizer abertamente
o que ocorre com o modal de aprendizagem, dentro supostamente deste universo
das letras... Sé é de acrescentar, sem neologismos temáticos, sem a lenda da
autoria, mas que se considere uma garrafa largada em alto mar, sem assinatura,
apenas a carta, anuncia-se a sobrevivência dos grupos que aparentemente
soçobraram com algum navio! A mesma embarcação de todos os paradoxos do mundo,
desde Schopenhauer até Flaubert. Passando por Homero, sempre a poesia grande, o
mar que enobrece o mesmo caráter de percebermos letras nas ondas, em que letras
também levem os seres pelo que se lê na Natureza Material: princípio e
fundamento de um pensamento material. Mas que o Espírito anime a missão quase
inconclusa na diáspora das divisões que não deve existir jamais.
Há
que se ter uma União fabulosa, e talvez uma premissa algo válida é perceber
aquele inocente observador quando acordado de um longo sono de ignorar o
entorno, os botões, ou os ventos, que se preze a perceber, seja um douto ou
não, que as categorias a si percebem uma distinta união “quase” ideologizada,
dentro de prerrogativas que subentendem algum tipo de alucinação considerada
absolutamente normal, no espectro e equivalência de frequências alimentadas por
canais. Por si, por essa divisão formal e informal, as contendas parecem vir a
galope. O que antes era alimento da alma, como a arte, se torna o figural da
preparação marcial do gesto e da atitude perante o que se vê, seja uma tele ou
um fato real, um homem, uma mulher, uma criança, um animal, as águas, enfim,
quaisquer elementos da vida que não passem através de um meio eletrônico para a
percepção nossa, humana, pois nesta página alcançamos de cabeça sapiens a
cabeça sapiens o que se tornou o estigma de uma comunicação sem demandas do
sucesso. Nesse vai e vem de evitar competições desmedidas seremos mais fraternos
porquanto não aventarmos sequer a hipótese de paternidade em relação a algum
tipo de insight, ou neologismos neoseculares
do tipo. Fazer valer a linguagem dentro da nobreza de caráter é fundamental, e
conhecer as rotinas da comunicação e da semântica é igualmente importante, pois
não se pode partir a aceitar o empobrecimento da língua, pois o processo
civilizatório por que se atravessa o mundo com a tecnologia está reduzindo a
literatura e lapidando as técnicas de programação, onde o software está valendo
mais do que um livro de poesias, mal sabendo-se que as sinapses espirituais e
materiais para gerar este – a poesia ou a literatura – são mais agigantadas do
que os sistemas gerados por rotinas de programação. No entanto, a aproximação
da literatura convencional com sistemas descritivos através da inteligência
artificial aproximará cada vez mais das convenções humanas em padrões limitados
com o crescimento da “expressão” de novas respostas tecnológicas. Por mais que
se pretenda educar um cidadão sem a preparação filosófica e artística e a
análise crítica, teremos cada vez mais um conceito civilizatório previsível e
cooperativo com o desastre, não apenas da Natureza na sua aceitação em
conformidade com o absurdo, como na destituição de instituições como os poderes
representados pela elaboração das leis, sua aplicação e o desastre na
representatividade do povo, consolidado pela falência da Democracia enquanto
participação popular e, na contra parte, sistemas endógenos de usurários
internacionais, em cúpulas separadas e independentes dos conceitos da ética de
caráter formal e justo enquanto cidadã. Nessa paradoxal lógica, parte-se a uma
supressão de direitos, cada vez mais frequente, e a ramificação quase
aleatória, mas convencional e previsível ainda com base no capital financeiro e
especulativo, avesso à produção fabril e motivado continuamente a derrotar os
movimentos de classe.
Cabe
a esse conceito quase geopolítico às avessas, pois se trata de grandes
organizações onde poucos executivos sabem exatamente de onde vem o mando, quem
realmente administra, ou como chegar aos patamares superiores de dois ou três
níveis, que seja. Os módulos da Tecnologia da Informação permitem que questões
de ordem burocrática sejam funcionais sem que o toque humano seja estritamente
necessário, preenchendo anodinamente, com sistemas computacionais, o que se
torna um vazio existente entre relações humanas mais aprofundadas, de caráter e
franqueza sinceros.
Resta
às grandes estruturas financeiras, que agora correm para informatizar seus
sistemas e privatizar seus quadros, no atendimento frio da informática a partir
de empresas na ilusão de funcionamento que na verdade já expõe a fragilidade de
seus esqueletos estruturais, que os trabalhadores dos mesmos sistemas quebrem a
lógica endógena e revelem ao mundo o que há por trás, ipsis litteris, dos sistemas capitaneados pelos poucos usurários de
poder quase ilimitado. O diálogo e o debate dos trabalhadores desse setor, em
suas diversas categorias, devem expor como serviço à sociedade a real natureza
do processo de espoliação crescente que tem vitimado cada vez mais os países
mais pobres, e fracassando o capitalismo como um todo. Essa grande estrutura de
poder está contida em um conjunto numérico restrito à velha combinação dos
juros e no uso que os grandes financistas fazem do dinheiro que o cidadão deixa
aplicado na instituição bancária. Há que se partir do pressuposto de que,
quanto mais cidadãos do mundo souberem o verdadeiro funcionamento dessas
entradas sem retornos das riquezas nacionais em cartéis gigantescos
internacionais, é que saberão como participar ao menos da compreensão de que há
uma razão injusta que alimenta toda uma cadeia de injustiças nas sociedades
ocidentais contemporâneas, fruto de uma blindagem dos que muito recebem e muito
poucos são no mundo, e aqueles que vivem expondo do seu trabalho o pouco ganho
que, ainda que paradoxal possa parecer, não deixam de estar à mercê desses
imensos conglomerados financeiros que mandam política, econômica e militarmente
nos países ocidentais, que enfrentam imensas dificuldades.
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