No encontro com algumas sílabas de
material espiritual e eterno
A natureza humana se funde com as
fontes que jorram de Krsna,
Sabe aquela que é apenas uma
Verdade inaudível a alguns tolos
Mas representa a consagração de um
canto a todos dirigido...
Levantar-se a um dia como todos,
ver a luz da janela, o sol
Como o olhar de Deus, será como
compartir serenamente
Na dimensão mesma daquilo que
jamais pensamos existir
Qual não seja, mesmo em uma
aparente solidão, o compartir...
Nada mais resta ao respirar dessas
sílabas de material sagrado
A que todos os universos manifestos
e não manifestos traçam
O não ignorarmos aquilo que
porventura cresça qual sagrada planta
No florescimento de um serviço em
devoção, de nome bhakti...
Na bhakti yoga, na perfeição máxima
do conhecimento, onde tantos
E tantos fazem por surgir na mesma
perfeição espelhada
Qual figueira de bengala surgida na
realidade de suas raízes
Em que o mundo material apenas é o
seu reflexo descensional.
Não, que certo realmente, na aurora
do pensamento de uma atma
A outras que nos reunimos, e que os
seres todos teçam companhia
Na impessoalidade do gesto que
possa iniciar a contento um ser
Mas que se reforma na Pessoa Suprema
em que Deus torna fácil.
Que o encontro antigo das
especiarias, que Marco Polo alcance
Em uma história do simples contato
com as Índias perenes
Revelam que no século passado
haveria um indiano santo
A trazer no Jaladuta a prescrição
da literatura e do canto sagrado!
Que ao poeta não remeta a especulação
ingrata do que não é
Posto em sua ciência esquece por
vezes que a ciência devocional
É comprovação suprema de que nosso
Svarupa é o encontro
Com a identidade espiritual de além
fronteiras, de além filosofias.
E que tudo o que existe como
intolerância, preguiça, egolatria,
Maldade, arrogância, ganância, nada
serão mais do que apenas
Estados turvos de um espírito que
navega na ignorância, posto
O modo da bondade ser o princípio
de tudo o que pode o homem.
Kuruksetra vive em cada consciência,
a saber, que em nossa Era,
A era do ferro, demanda que nos
entreguemos a Deus, na profusão
Dos mesmos significados em que outrora
se permitiu a refulgência
Como em Satya Yuga, e que
porventura ninguém fenece na luz.
A alma não pode ser dobrada, não
serva como facho, não é grande,
Mas apenas infinitesimal, e no
entanto anima um paquiderme,
Faz brotar e crescer a sequóia, faz
voar o mais lindo pássaro,
E dos insetos os mesmos direitos de
viverem no nosso planeta.
Por arguição derradeira, não nos
ressintamos pela cadeia do Karma,
Pelas algemas da vida sexual
irrestrita, pela intoxicação da humanidade,
Posto importar que os cantos de
Deus se espalhem, e que não fiquemos
Com a tristeza em que a justiça
divina tece para um mundo difícil.
Na realidade o processo é mais
simples, estamos por ver mudanças
Em boas atmosferas espirituais, e
as sementes plantadas por mestres
E sábios da antiga cultura brahmínica
deixam-nos silenciosamente a par
Daquilo que muitos ignoram seja o
aprofundamento espiritual auto-realizado!
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