segunda-feira, 10 de setembro de 2018

MONÓLOGO QUASE INTERNO


Dias, dias e anos ao preço de um mês na mensuração do valor
Que tantos urgem por estabelecer em seus ganhos algo impróprios
Quanto de prerrogativas escusas ao não sabermos mais a exatidão
Mesmo que sejam dos versos as figuras que deixamos esvair
Em uma solidão de níquel, em um contratempo que não suaviza
A própria dimensão de um caráter na escola que nunca tivemos
Àquela que seria a promessa de outro tempo, mas parte da premissa
Que ensinar não é bom nem no facultativo pensar da universidade
Quando supomos que o próprio vento é pronúncia de uma verdade
Que não residirá nem mesmo no átomo de mil Einsteins esquecidos!

O que narra o pensamento é mais de Kant e filosófica plena, quando
Por vezes se pensa que ao pensar-se o tanto do dia, se nos escapa
Ao menos a referência de um quando se fala ao nós, se subentenda
Que a intenção não é sobrescrever um futuro algo inóspito e nu,
Mas a visão mesma dos treinares do sem volta ao que o sinistro
Talha um corpo com a intuição mesma de qualquer indício de som
Que remeta ao progresso de um corpo sano, qual não seja o de um puppet
Que percebe que os músculos já estão afixados frouxamente no tórax!

Quando das idades que não se aceitam, quando da fortaleza que se faz
Um homem ou uma mulher em sua velhice, posto tempo de refletir
Naquele sofrimento que não tem muitas vezes o par consanguíneo
Mas que revigora forças que se entendem muitas vezes no pensamento
Ou mesmo na carícia de uma flor tecida no pólen de uma vespa fugidia.

Ao se escrever um pensar sereno sobre um tempo que se prolonga assaz
Vê-se o mundo com a ótica de um prisma atento em certa dianteira
Quando se procede ao tom de um carro de centenas de cavalos
No estranho jogo em que cada peça tem ao menos uma casa movida
Diante de algum instante em que se pare a contenda para respirar a vida!

Mediante um átimo que não fará jamais recrudescer qualquer laivo
Que tenhamos em querer prosseguir de modo infame na estrada do mundo
Pudera levássemos a esperança como um troféu de toda a união
No sentido de se fazer plena e nada procrastinada felicidade que nos cerque...

Tenhamos as vozes que se perdem no tempo, o gesto hábil de um sábio,
As cores que não esquecemos de vestir quando não signifiquem tanto
E os passos que serenamente prosseguem em não deixar cair o caminhar.

A pressa que não nos desuna jamais posto não seja do claudicar-se o ser
Que se fará um planeta mais agigantado de soluções e bons projetos
Que contemplem a humanidade como um todo, e não meros balcões...

Posto não poder reverenciar cabalmente algum tipo de desigualdade
Quando se pensa que tudo é explicado pela justa exploração do ser sobre ser,
Adiantando a questão que é no ser que reside a existência, e o nada compraz.

O nada quando compraz o tudo, se torna uma não existência que seria tal
Como um fundo de investimentos falsos, onde a moeda do cofre injusto
Seja a mesma que se reveste da cunha reversa do trabalho igual em qualidade!

Se a verdade seja resumida em folhas e folhas de tintas gastas com uma pauta
Que regride na justa a cada e cada dia, será muito não se aperceber com o olhar
Aquilo que realmente seja injusto, pois a grande moeda não tem duas faces,
Pois daquela apresentada, cunhada com falsa prata, carrega no emblemático
A insígnia do que aparentemente possui um valor maior entre os egotistas
Quando urgem por sacrificar milhões em nome de uma Pátria falsa...

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