Aprender
a ver é faculdade inata do que ocorre hoje, um sentido quase pleno.
No entanto, a faculdade de escutar, naquela conversa entre amigos, no
encontro, no ensejo, é um sentimento salutar. A história de uma
aldeia pode ser contada, relembrada, como algum bom tempo que se
lembre, de uma praia ainda possível, das gentes que mudaram algum
perfil, da atitude do liberal ou conservador, de uma situação
política qualquer, ou mesmo da recorrente – hoje –
verticalização imobiliária, e suas conotações do espaço urbano.
Nota-se que há um certo desconforto a toda uma população original
de um bairro, quando este se vê ausente dessa mesma população e
vê-se que já acontece alguma imigração interna de um país ou
mesmo com a interveniência de outros realoca as gentes para outros
sítios. Esse quase êxodo permanece com frequência na valorização
do espaço urbano. Cada povo conta a sua história e, no caso de
mudanças tecnológicas profundas, a própria história acompanha o
processo de adaptação dos novos processos do conhecimento e das
práticas adotadas pela conveniência de novos meios e noções
imediatas da percepção humana. Esses mesmos meios participam da
exclusão do desconhecido através do foco do surgimento das
ferramentas que possibilitam ao homo faber realizar a contento
suas práticas de comunicação. Esse homem que surge mais e mais
transformador de sua realidade contempla a si o conhecimento que a
plataforma digital nos traz como de conteúdo limpo enquanto meio e
mensagem. Essa é a verdadeira possibilidade concreta do novo milênio
que resgata ao homem um renascimento estético de vanguarda, em que o
progresso e sua aquisição pessoal ou coletiva permite-nos
açambarcar a propriedade dos mesmos meios opiniosos ou não, de
cunho jornalístico, de arte digital ou copiada, os acessos à
manufatura inerentes dos processos digitais. Essa retomada profunda
da aquisição dos meios às mãos do homem pode mudar as plataformas
que vertem o poder para muitos que estão conscientes dessas
transformações. Torna-se possível publicar, torna-se possível
falar e postar o que quer que seja, obviamente dentro do espectro
saudável e legal, pois do contrário se faria mau uso de um bom
sistema, ou de uma ótima ferramenta. Essa apreensão da realidade
torna os sistemas operacionais mais leves, muda um gadget
qualquer em um bom equipamento eletrônico e permite a visualização
coletivizada de conceitos filosóficos ou da arte instrumentalizada,
uma possibilidade aos artistas de ao menos verem suas obras
divulgadas.
Na
verdade, a história vem com muitas nuances, quando oralizada por
questões de ordem mais arcaicas, posto ser através da tecnologia a
possibilidade de se organizar as peças que retornem conhecimento
oral dos povos também através das conquistas contemporâneas, pois
apenas assim uma população indígena pode ser ouvida em qualquer lugar do mundo: basta
que se use o meio digital para tal. Nada desse aspecto do novo pode
agora ser suplantado ou suprimido, pois é e será através da
revolução dos novos meios que o projeto de vivenciar a realidade de
povos isolados e que vivem em lugares praticamente sem acessos é
que torna possível a inclusão e a tarefa de mostrar a instituições
na ponta da vanguarda humanística essa vivência cotidiana e de
possíveis dificuldades inclusivas.
Assim como nas políticas trabalhistas, na retomada de debates cotidianos de cunho social, e mesmo no poder de consenso coletivo com relação ao poder, ou a como alicerçar um poder legítimo àqueles que são a maioria, ou que sofrem com injustiças de cunho político ou segregacionista. A oralização, que antes acontecia com longas viagens, onde um agente social escutava e retransmitia, hoje é possível em direto, com postagens que chegam na ordem dos fatores sem alterar o cerne ou conteúdo: sem filtros e sem máscaras.
Assim como nas políticas trabalhistas, na retomada de debates cotidianos de cunho social, e mesmo no poder de consenso coletivo com relação ao poder, ou a como alicerçar um poder legítimo àqueles que são a maioria, ou que sofrem com injustiças de cunho político ou segregacionista. A oralização, que antes acontecia com longas viagens, onde um agente social escutava e retransmitia, hoje é possível em direto, com postagens que chegam na ordem dos fatores sem alterar o cerne ou conteúdo: sem filtros e sem máscaras.
Desse
modo se fará história em qualquer lugar desse imenso país que é o
Brasil, e que o que se escute seja amplo como é aquilo que
precisamos reformar legitimamente em favor das populações
vulneráveis de nosso território. Desse modo é possível criar
vínculos sociais presentes com as instituições, construir uma sociedade de vanguarda, e estabelecer as prioridades que demandam
tanto esforço naqueles que realmente lutam para que não recrudesça
a tirania, pois nada pode alterar a mesma revolução tecnológica
supracitada, haja vista termos uma obrigação existencial e moral de
melhorar a situação do povo como um todo, apontando possíveis
erros crassos e reiterando as possibilidades legítimas do progresso
inerente a tais iniciativas.