Não
saberíamos talvez enumerar certas possibilidades, mas ignorarmos
algumas questões sobre o funcionamento do mercado e suas estruturas
por ventura pode caracterizar a ausência por ausência, a negação
do conhecimento. Posto quaisquer críticas mais incisivas incluso
sobre as incertezas e as contradições do chamado neoliberalismo
necessitam de antecipados e sólidos estudos. É como termos que
estudar a pós modernidade na arte e suas variantes um pouco
inconsúteis, que fizeram por diluir as manifestações artísticas
de acordo com as raízes existentes nos povos de culturas
diferenciadas, quando reverencia o novo e estabelece padrões para
serem seguidos como uma instância inevitável do descarte e da
produção serial ou com a parafernália toda que segue essa ótica
da modernidade às avessas: que não edifica, apenas decora.
Parece
que temos a impressão de que a ciência do marketing acaba por
mesclar as linguagens, onde a tecnologia amplia as suas
possibilidades gigantescamente, e os meios diluem cada vez mais a
nossa cultura, negando processos anímicos, como se fosse tornar o
social fruto do emblemático e inconsistente fator dos descartes que
sucedem consumos quase compulsórios. Edificar uma nação baseada no
consumo como geração de renda e emprego parte do pressuposto de que
a educação passa a ser coisificada no processo, sendo alvo do
emprego totalitário de medidas de contenção da crítica, tratando
professores em um ganho muito menor do que o justo, e pensando em um
país como uma casamata de onde emergem os sucessores do descaso, o
nada, um jogo mercadológico. Esse processo de ver sociedades como
algo que globaliza apenas acentua as diferenças a favor dos grandes
investidores, ou países com interesse de ganhar as corridas na
performance econômica e suas variantes de competição inglória
para nações que não investem internamente sequer na sua educação
pública. A tendência é se acentuarem as diferenças cada vez mais,
supondo que a razão do self made money emprega a imaginação
e o sonho de que sem capital e com ideias apenas pode-se obter ganhos
superlativos de crescimento…
No
entanto, a seara com que nos confrontamos na realidade econômica de
um mundo globalizado subentende sabermos crescer com a lógica do
mercado. Agregar valores essenciais no conhecimento e lutar para
sabermos ser mais independentes com relação a novas tecnologias ou
processos produtivos, e a ingerência que nos traz o contraponto
entre a não aceitação ortodoxa ou a valoração de coisas a que
antes não encontrávamos significados. Como em uma nova gramática,
a saber, suas formas, relações entre palavras, estas com as letras,
e o significado tendo em vista a possibilidade de comunicação que
se obtém através de um atento estudo. Pois todo o sistema possui
uma sintaxe, uma linguagem, e a aproximação com essas vertentes nos
faz criar expectativas de melhora necessárias, dentro do contexto
específico, em que teremos que possuir as habilidades com novas
ferramentas nesse pressuposto, em que a arte e suas metáforas como
figuras profundas serão sempre válidas nessa grande e complexa
questão. Aparentemente todas as potências mundiais querem se valer
da chamada globalização no planeta, e a corrida aos recursos
praticamente é fruto de um mapeamento geopolítico que toma
proporções alarmante na medida em que a ciência dá verdadeiros
saltos e a velocidade de informações surpreende com progressões em
que a luz é o limite. No entanto, há uma divisão do trabalho em
que aqueles que são empregados em modais manuais de fabrico e
serviços passam a ser uma única classe, enfrentando sérios
problemas na chamada ratificação do mercado, onde seus direitos
cedem ao poder constituído, que são o patronato de países como o
nosso, instrumentalizados pelo pressuposto de se manter o interesse
estrangeiro em territórios onde a manipulação da opinião chega a
ser cordata, mas intimamente é fria e cruel. Eclode, como fruto
esperado, um tipo de marketing onde a ação, os filmes, o alcance da
mídia como um todo trabalha em estranhas sincronias com uma
programação onde a classe trabalhadora não encontra mais espaço
para um entretenimento, qual não seja ver o exemplo das máfias do
governo, e coadunar, e tomar como sinistra referência, onde muitos
caem no crime, onde a polícia enfrenta as crises de soldos injustos,
o sistema prisional colapsa e a repetição da podridão
administrativa em todos os escalões continua, apesar do alcance de
investigações cabais e a luta de muitos membros do judiciário
ainda se manter no sentido de tentar melhorar esse status.
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