Eis,
na crua acepção, que a história possa ser contada a partir da
literatura, esta que sustém o bom roteiro de cinema, quiçá um
segredo em que as ferramentas da criação da ficção ou narrativas
mais realistas em estilo possam ser de uma vanguarda mais
democratizada… Igualmente, há o lado mais conservador, que
paradoxalmente ostenta o que pensam ser a vanguarda, quando apenas se
dá seu encontro excludente das visões da tecnologia como único
modal, a busca em auferir lucro, mesmo com a "in"consciência de que
viver com arte não pertence mais ao nosso mundo, reiterando margens
de sustentação de romantismos em sua aparência tornados quase impraticáveis e derivando à alienação sem
precedentes, comparando-se os anos deste novo século com séculos
anteriores. Tudo passa a ser meio que aparentemente produtivo, em um
excesso onde talvez uma página literária ou mediana de um
pensamento arejado que alcance essas almas lhes permita situar-se,
assim, aos poucos, de preferência, com uma realidade dura enquanto
se lhes conceda compreender o funcionamento das engrenagens que
pensaram o sistema tal qual é. Passamos a ver frações de verdades,
na criação mítica dos avatares que mais nos serão futuros robôs
humanos, se nos permitirmos ao avanço desse modo de estruturarmos
nossas vidas.
Não
devemos tentar estabelecer o que seja a cultura, tentar elucidar
pontos da civilização similares a filmes ou games onde passamos a
treinar o nosso entreter ou em jogos de amor afora da delicadeza ao
menos do carinho, não ao ente amado – propriamente – mas a todos
os que porventura carecem das luzes do afeto e da compreensão, mesmo
vivendo coisas díspares, ou por situação de conveniência, ou
mesmo por determinação de se ignorar o que seja uma vida distinta.
Falarmos de mudanças substanciais, dista mais em seus importantes
alcances quando tratamos de refletir o mesmo carinho entre nossos
próximos, sem necessariamente herdarmos – frente às ondas
criminais que acometem o mundo – a ficção não necessária de que
somos certos agentes ou factótuns comportamentais em viver a
hierarquia de certa luta que não é certa, enquanto estamos
desprezando a arte e a filosofia como modo de realmente
compreendermos o nosso entorno. Mais do que isso, a contemplação
não como uso de um tempo cronometrado, o não igualmente a que
nossos filhos tenham tempo contado para brincar, afora das atividades
que impomos a eles como composição indelével de um futuro
competitivo ao extremo, onde se nega possíveis fraquezas… Não,
seria muito querermos uma sociedade assim, tão distinta, mas se
virmos o sentido de mudanças ao entorno mais próximo estaremos –
se for a questão – permitindo a outros ver que os órgão
gigantescos de comunicação, entre eles a TV, o computador e as
redes sociais podem ser bem utilizados nesse processo, haja vista que
só compreenderemos os seus devidos teores em essência se nos
aproximamos da literatura, em um exemplo claro e magnificamente
prático de sabermos “ler” a comunicação, de sabermos
“apreender” a arte.
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