quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

A LIBERTAÇÃO

Voa que te deram asas, meu grande, que serás mais que todas as altitudes.
Vai para a luz do Sol, posto não seres Ícaro, mas mais um poeta
Que sempre reconheceremos por um olhar, por uma chama indivisível,
Óh mundo que não retraia nem mesmo nossa ausência do sorriso
Em que por séculos não sorrimos no sorriso vão, pois o que temos
A prosseguir na vida é que esta vem de outra, ou da mesma.

A vida vem de um pontilhão de carvalho por sobre uma corredeira
Em que jamais esqueceremos que os séculos não são tão suficientes
Para acalmar a corredeira das pedras em seu silêncio de resistências.

Grande á a água que corre por sob as pontes, sejam do caminhar
Ou mesmo dos notívagos caminhões bi trens que sedimentam
Do norte ao sul o alimento que pertence na sua frente aos povos
Às gentes, às aldeias, mesmo atravessando as fronteiras,
Pois é de classe a internacionalização do alimento.

A um credencial noturno, que sejamos por nossas vidas
Enquanto seres de carne e espírito, mas que de matéria nos ensinem
Os doutores de outras disciplinas que não sejam apenas aquelas
Que nos aquietam a razão, mas fazem borbulhar de felicidade as pedras
Mesmas das cachoeiras que prosseguem na lida da existência,
Onde carpas de ouro roçam o seu fremir de borboletas da noite.

Vertam-se as palavras, que não é de brinquedo uma letra encaixada
No grande paradoxo de um quebra-cabeças manual de madeira
Onde talvez se encontre uma letra, ou apenas
A geometria própria dos encaixes...

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