Qualquer gesto que utilizamos nas fronteiras do que a
realidade
Aponta para que sejamos quem não sabemos, na corrida de um
ego
Que nos descarte através da fruição mesma de uma vivência
cotidiana
Parte àqueles que denotam hierarquias sendo de civilidades
móveis
Quando ausentam da mobilidade a prerrogativa de ao menos
ser do carinho.
Melhores anos serão se nos pautarmos por guias que nos
sejam mais
Do visível em sabermos que nem tudo é um segredo a sete
chaves
Quando cremos em uma vida em um serviço que seja mais
autêntico
Nas palavras de Krsna que nos abracem nos caudais do
contentamento!
E que a expressão fique longe de contextos quase
necessários, posto
Um algoritmo os use como modo de estabelecer limites de
sintaxes
No verbo que passa a ser algo maior do que estabelecer
padrões...
Rege a arte a única saída, o acesso de alguma inocência, a
raiz, o cerne
De tudo o que já vimos por história, e que a ignorância
radicular
Ao inverso substabelece ser aquela a via mais vulnerável de
possível ganho.
Quem dera a poesia fosse nerudiana ao excesso de ser, ou mesmo o ignoto
Daqueles que ignoram Shakespeare, ou a sombra de João
Cabral de Melo Neto,
Ou mesmo nos vértices que nos unam nas conexões de
Alighieri...
Sabermos que existe uma letra qualquer, um prelúdio de uma
cultura
Na semântica algo simples que abre e fecha a porta de um
caminho que brilha
No dizer-se das possibilidades ao que o nanquim também se
encontre veia.
Sabermos que Rembrandt foi um grande da história, que
Brancusi era rápido
Em demonstrar na forma algo que a escultura ainda
consentiria em vermos mais
Do que apenas o brilho irrequieto do play de uma tela
escura enquanto luz real.
Abre-se e fecha-se o caminho da pesquisa, pois que a
palavra caminha ao vento
E a Itália que renasce mostra ao mundo que o homem foi uma
peça chave
Porquanto no Brasil estamos à volta com o giro inquieto e
contemplativo
Do Naturocentrismo como a veia em que o indígena já cita ao
que veio!
A juta e o cipó, da Amazônia ao São Francisco dos rincões,
o pampa e o sertão
Que nos digam com que matéria se faz um documento náufrago,
em que copo
Beberemos quando nosso açaí for importado de lugares tão
distantes
Que o solitário caminhante possa um dia andar sem tremer as
pernas de culpas.
Não, quiçá disséssemos mais da Arte, essa eterna musa que
capitaneia o barco
No seu serviço a si mesmo, pontuada com a filosofia que a
abraça no palpitar
De um sonho que a mais linda nereida ainda viesse a falar
de outros do Egeu!
Assim que viessem todos os personagens, por que será que só
aceitamos o fel
Quando de açúcar cande trilharemos os caminhos da chegada
ao paraíso
Todos aqueles que leem a seu bel prazer, e caminham pela
musa citada
Na ópera de um vintém ganho quando percebemos que quem
ganha é o mel...
Sabíamos do processo, quiçá, de uma mecânica algo insalubre
quando vimos
Por entre as gentes anunciar as maravilhosas conquistas
algo científicas
E suamos quentes de uma febre a multidão de vertentes
infinitas e inauditas.
É certo que o Canto estará sempre a anunciar o ramo da
árvore de Noé
Quando antes de dizermos terra, esta se nos apresente um
dia personificada
E nos puxe as orelhas citando apenas a pergunta: quem eram
os filhos de Caim?
Algo de insalubre passa por vezes em nossos queixos, algo
de fera, de veloz
Que fosse um carro ou uma moto, contínuos e derradeiros,
mas é informação
No que transformam em petróleo e desfazem dúvidas distantes
das artes
Na literatura crua de uma geopolítica em que dormem os
travessos e acordam
Aqueles sons que mais uma vez poderiam particularizar os
milagres das poesias.
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