Muitos
viventes não possuem muito tempo para refletir mais profundamente
sobre algo, pois a imediata atitude de sua arguição da sociedade
relaciona o tempo com o usufruir algo, fechando-se ao ponto de, por
vezes, trabalhar em um tempo de reflexão a filosofia autoexplicativa
da religião, não se dando conta de que o pensamento sem fronteiras
será válido sempre fora da cunha especulativa de per si. Mas
a questão, àqueles que gostam de trilhar o conhecimento, que o
mundo atual está submerso em seu funcionamento e trânsito, baseado
nos bancos de dados e seus administradores, mesmo que alguns homens e
mulheres já deleguem a função alternativa a aplicativos, em que o
algoritmo não passa do projeto, que depois os programadores executam
a ideia dos mentores que criaram o funcionamento, em um trabalho de
adaptação às linguagens e fechamentos que se submetem a alterações
e constantes manutenções desse assim chamado sistema. Esses padrões
exercitariam muito mais o estudo que não deve se restringir aos
efeitos externos, à interiorização verbal do que facilmente e
vulgarmente alcunham de um tempo obscuro e de vigilância inevitável,
posto compreendermos como funcionam certas engrenagens elucidaria
muito mais o fato de que as aparentes infinitas conexões em redes
sociais, por exemplo, tornaram a rede não apenas finita e mapeável,
como existe a impossibilidade funcional de termos uma integração
completa dos eventos relacionados com a ciência da computação. Há
sim um controle, mas não haverá contenção comportamental àqueles
que ainda ou sempre voltarão os olhos para as suas próprias
bibliotecas físicas, que jamais passarão pelo crivo de quaisquer
censuras, ou algo similar que já alegam no Ocidente que ocorrerá em
virtude do poder que emana da linguagem livre.
A
exemplo da criação da imprensa séculos atrás, muitos homens –
no caso a se grifar o sexo, visto ser a época extremamente machista
– conservadores não aceitavam a democratização do conhecimento,
os livros de ciências ocultas, os pensamentos mais libertários, ou
mesmo certas bíblias que não estavam de acordo com cânones
estabelecidos. Mas a tecnologia não parou, vieram outros modais mais
rápidos de impressão, máquinas mais modernas, e a velocidade de
produção cresceu e vem crescendo até hoje, na nova era que
Gutemberg iniciou com seu invento. O mundo torna-se crescente em
ofertas tecnológicas, e a demanda às vezes se perde quando
“inventa” que se não estamos conectados (com as verdadeiras
ressalvas do que vem a ser exatamente esse fato), não possuiremos
mais o trânsito como era antes. Se um ser se conecta à Natureza,
talvez descubra – de fato – que esta e plenipotenciária, e que
as raízes que culturalmente são paulatinamente “deletadas” de
nossa cultura, mostram um espelhamento correto em um país como o
Brasil, que estarão sempre presentes, em uma busca necessária de
nossos padrões cerebrais de dados individuais e coletivos e na não
necessária existência de algoritmos, pois a Natureza abarca toda a
ciência externa e internamente ao homem, se é que deste se possa
obter avanços significativos quando exclui a si mesmo a
possibilidade de poder pensar como gente grande: sem a necessidade
dos brinquedos eletrônicos.
Se
a ciência relativizou os números, pensemos no conhecimento como uma
fatoração de um número qualquer, nem muito pequeno e muito menos
gigante, para podermos segmentar o espelhamento de uma metáfora com
as entranhas do sistema… Se houver resultados com vários 2 e
vários 3, ou pares e ímpares, ou inteiros primos, veremos que esse
pequeno cálculo substabelece diversas relações com a mesma
ciência, mesmo que esse exercício leve seja algo aleatório, em que
a sequência de resultados possa valer um rebatimento com a lógica
computacional do true e false, do 0 e do 1. De 2, dois zeros, ao lado
o 1, true. Se relacionarmos o 1, positivo, true, à existência
simples de um funcionamento de uma máquina, o gesto de um robô, por
exemplo, teremos nesse true a questão interna de uma inteligência
chamada artificial, mas que não é independente da inferência
humana. Talvez aqueles dois zeros não sejam de vital importância
para o status instantâneo do reflexo do robô, mas a princípio
fatoramos um ímpar com significado. Do aleatório sabemos que quando
dirigido para uma meta, um resultado, podemos ter um robô
aparentemente próximo de um ser humano.
Se
pegamos uma sequência: 11111100100000110 teremos os números que nem
sempre possuem algum significado, mas que igualmente podem fazer
parte de um comando: 9 uns e 8 zeros, mas a sintaxe de sua alocação
imprimirá, nos meandros nada democráticos em que se situa o
mistério do que há por trás dos algoritmos, uma simples sequência
onde o 1 é positivo e o 0, negativo. Sabemos que especular com
números nada mais é do que tentarmos apreciar os grandes inventos,
suas técnicas, seus processos. A se especular mais um pouco, podemos
pensar como: 6 plenos, 2 vazios, 1 pleno, 5 vazios, 2 plenos e um
vazio. Quantificando: nove contra oito. Se o false for mais forte no
contexto, ganha do true… No caso 11001000000000000, temos o false
como mais verdadeiro na sequência, uma utilização algo frequente
nos veículos de programação de alcance mais efetivo frente àqueles
que não possuem sequer a ideia de que existem dois fatores, e que
semanticamente um será efetivamente verdadeiro e o outro
efetivamente falso, este tornado incessante como uma premissa única
repetida continuamente em veículos diversos, mais valendo aqueles
que possuem redes mais pronunciadas, ou estruturas de apresentação
de comunicação, devidamente estruturadas cientificamente com a
programação em que a sua coluna de fabrico se utiliza de receitas
dos serviços de inteligência internos e externos.
A
era da informação já dá de suas luzes o contraponto onde as
lógicas estão perdendo para a semiologia de linguagens, a repetição
faustosa de seus bonecos, a maquiagem grotesca que tende a cair como
sistemas deteriorados enquanto soubermos trazer à baila onde
funciona o processo da mítica em torno do obscurantismo proposto,
porquanto o trem da história já revela as luzes que emergem da
própria insustentabilidade de se trabalhar o false continuamente
como se fosse o 1, o fato, a concretude. A favor do pensamento não
excludente e sensível, sob o panorama de antigas e necessárias
raízes, um povo sempre se aproxima mais da verdade quando estiver
mais ciente da manipulação que sempre tenta derrotá-lo
covardemente com os mecanismos escusos com os meios avançados das
inteligências estrangeiras, com o já obsoleto jargão de uma ordem
funesta, jurídica ou não.
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