domingo, 21 de janeiro de 2018

A FATORAÇÃO DO SISTEMAS

          Muitos viventes não possuem muito tempo para refletir mais profundamente sobre algo, pois a imediata atitude de sua arguição da sociedade relaciona o tempo com o usufruir algo, fechando-se ao ponto de, por vezes, trabalhar em um tempo de reflexão a filosofia autoexplicativa da religião, não se dando conta de que o pensamento sem fronteiras será válido sempre fora da cunha especulativa de per si. Mas a questão, àqueles que gostam de trilhar o conhecimento, que o mundo atual está submerso em seu funcionamento e trânsito, baseado nos bancos de dados e seus administradores, mesmo que alguns homens e mulheres já deleguem a função alternativa a aplicativos, em que o algoritmo não passa do projeto, que depois os programadores executam a ideia dos mentores que criaram o funcionamento, em um trabalho de adaptação às linguagens e fechamentos que se submetem a alterações e constantes manutenções desse assim chamado sistema. Esses padrões exercitariam muito mais o estudo que não deve se restringir aos efeitos externos, à interiorização verbal do que facilmente e vulgarmente alcunham de um tempo obscuro e de vigilância inevitável, posto compreendermos como funcionam certas engrenagens elucidaria muito mais o fato de que as aparentes infinitas conexões em redes sociais, por exemplo, tornaram a rede não apenas finita e mapeável, como existe a impossibilidade funcional de termos uma integração completa dos eventos relacionados com a ciência da computação. Há sim um controle, mas não haverá contenção comportamental àqueles que ainda ou sempre voltarão os olhos para as suas próprias bibliotecas físicas, que jamais passarão pelo crivo de quaisquer censuras, ou algo similar que já alegam no Ocidente que ocorrerá em virtude do poder que emana da linguagem livre.
         A exemplo da criação da imprensa séculos atrás, muitos homens – no caso a se grifar o sexo, visto ser a época extremamente machista – conservadores não aceitavam a democratização do conhecimento, os livros de ciências ocultas, os pensamentos mais libertários, ou mesmo certas bíblias que não estavam de acordo com cânones estabelecidos. Mas a tecnologia não parou, vieram outros modais mais rápidos de impressão, máquinas mais modernas, e a velocidade de produção cresceu e vem crescendo até hoje, na nova era que Gutemberg iniciou com seu invento. O mundo torna-se crescente em ofertas tecnológicas, e a demanda às vezes se perde quando “inventa” que se não estamos conectados (com as verdadeiras ressalvas do que vem a ser exatamente esse fato), não possuiremos mais o trânsito como era antes. Se um ser se conecta à Natureza, talvez descubra – de fato – que esta e plenipotenciária, e que as raízes que culturalmente são paulatinamente “deletadas” de nossa cultura, mostram um espelhamento correto em um país como o Brasil, que estarão sempre presentes, em uma busca necessária de nossos padrões cerebrais de dados individuais e coletivos e na não necessária existência de algoritmos, pois a Natureza abarca toda a ciência externa e internamente ao homem, se é que deste se possa obter avanços significativos quando exclui a si mesmo a possibilidade de poder pensar como gente grande: sem a necessidade dos brinquedos eletrônicos.
          Se a ciência relativizou os números, pensemos no conhecimento como uma fatoração de um número qualquer, nem muito pequeno e muito menos gigante, para podermos segmentar o espelhamento de uma metáfora com as entranhas do sistema… Se houver resultados com vários 2 e vários 3, ou pares e ímpares, ou inteiros primos, veremos que esse pequeno cálculo substabelece diversas relações com a mesma ciência, mesmo que esse exercício leve seja algo aleatório, em que a sequência de resultados possa valer um rebatimento com a lógica computacional do true e false, do 0 e do 1. De 2, dois zeros, ao lado o 1, true. Se relacionarmos o 1, positivo, true, à existência simples de um funcionamento de uma máquina, o gesto de um robô, por exemplo, teremos nesse true a questão interna de uma inteligência chamada artificial, mas que não é independente da inferência humana. Talvez aqueles dois zeros não sejam de vital importância para o status instantâneo do reflexo do robô, mas a princípio fatoramos um ímpar com significado. Do aleatório sabemos que quando dirigido para uma meta, um resultado, podemos ter um robô aparentemente próximo de um ser humano.
          Se pegamos uma sequência: 11111100100000110 teremos os números que nem sempre possuem algum significado, mas que igualmente podem fazer parte de um comando: 9 uns e 8 zeros, mas a sintaxe de sua alocação imprimirá, nos meandros nada democráticos em que se situa o mistério do que há por trás dos algoritmos, uma simples sequência onde o 1 é positivo e o 0, negativo. Sabemos que especular com números nada mais é do que tentarmos apreciar os grandes inventos, suas técnicas, seus processos. A se especular mais um pouco, podemos pensar como: 6 plenos, 2 vazios, 1 pleno, 5 vazios, 2 plenos e um vazio. Quantificando: nove contra oito. Se o false for mais forte no contexto, ganha do true… No caso 11001000000000000, temos o false como mais verdadeiro na sequência, uma utilização algo frequente nos veículos de programação de alcance mais efetivo frente àqueles que não possuem sequer a ideia de que existem dois fatores, e que semanticamente um será efetivamente verdadeiro e o outro efetivamente falso, este tornado incessante como uma premissa única repetida continuamente em veículos diversos, mais valendo aqueles que possuem redes mais pronunciadas, ou estruturas de apresentação de comunicação, devidamente estruturadas cientificamente com a programação em que a sua coluna de fabrico se utiliza de receitas dos serviços de inteligência internos e externos.
          A era da informação já dá de suas luzes o contraponto onde as lógicas estão perdendo para a semiologia de linguagens, a repetição faustosa de seus bonecos, a maquiagem grotesca que tende a cair como sistemas deteriorados enquanto soubermos trazer à baila onde funciona o processo da mítica em torno do obscurantismo proposto, porquanto o trem da história já revela as luzes que emergem da própria insustentabilidade de se trabalhar o false continuamente como se fosse o 1, o fato, a concretude. A favor do pensamento não excludente e sensível, sob o panorama de antigas e necessárias raízes, um povo sempre se aproxima mais da verdade quando estiver mais ciente da manipulação que sempre tenta derrotá-lo covardemente com os mecanismos escusos com os meios avançados das inteligências estrangeiras, com o já obsoleto jargão de uma ordem funesta, jurídica ou não.  

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