sábado, 13 de janeiro de 2018

FINS DE SEMANA

Quem dera da programação antediluviana que reitera, consolida
Um fato que seja, a televisão anunciando mais um fim de semana...

Tarefa que seja, árduo fardo, não que seja mais, pois está que
A reprogramação não tarde em tornar o árido, consorte do húmus!

Tantos dizem e meio que algo parece dar certo, ao menos o óleo
Na máquina que azeita certeza ao dizer, mas não vê no seu olho ótico...

Certamente a balela da afirmação de uma segunda sobreposta
Ao domingo, não verte a assertiva máxima de que o tempo é relativo.

Nesse teor da relatividade convém pulsarmos mais não em esperança
Mas da certeza que a nossa razão é superior quando defendemos verdades.

Não que fosse consentir falsos chistes, mas afirmar que vem tempestade
Em todo o final de semana, saibamos que esta não tem começo e fim:

Apenas o espectral de quem luta por melhores dias em trabalhos e afins
Sabe que por vezes algo começa no domingo e que outro termina na quinta.

Se a manipulação é utilizada para afirmar esses trocadilhos verbais de senão
Verte-se um manto de hipocrisia para reiterar nas desavenças a nossa Era!

E Krsna mais uma vez vence para elucidar de dentro de sua onisciência
A instrumentalização da vida em devoção que deveriam considerar a vida.

Senão, estaremos defendendo o negacear das palavras ante fatos concretos
No que se é dito da religião como religare no latim correto, consolidado.

Que saibam da importância de nos religarmos a algo, e que o café seja mais
A mais de ser bebida maravilhosa que ponteia a lucidez com a obra e trabalho.

Fica a homenagem à Gorki, que em suas quinze primaveras escreveu por si
A literatura gigantesca por qual esperou a humanidade independente da história.

A citar que na sequência dos anos, Liszt se apresentava no circo com o piano
Em suas cinco primaveras, pelas quais somaremos vinte delas para elucidar.

Que, em uma semana de sete dias, principiando no sem começo e no sem fim,
Temos, nos vinte, duas delas e mais seis dias, como aviso do cigarro que nos falte!

E assim seguimos, e nossas vidas se completem, na simples assertiva que o math
É mais completo na lógica onde se supõe que não erramos em contas mais óbvias.

Mas que a arte prossiga, posto sem referenciarmos com ela a mesma história
Estaremos nos não permitindo o sequer sermos algo com pretensões vitais.

E se essa for uma palavra claudicante no mesmo verbo em que nos anunciamos
Não nos anunciemos jamais na jornada das vertentes dos dias que se tornam vis.

E Ezra, que nos ditasse algo a ver que a própria pronúncia de uma forte poesia
Nos faria maiores do que toda a arte quando nos percebêssemos que toda é vaga.

E que o total da arte seja o gesto sereno de um indígena que nos some muito
Quanto de nos apercebermos que não somos raça, e o sábio é nosso irmão animal.

Portanto, que a humanidade continue a criar seus famélicos do lucro, do passeur
E do fair inconsútil, pois o destino de um homem com transtornos não será o vosso!

E se pronunciarmos a palavra saúde como retemperamos certos azinhavres,
Nas teias do que chamam de um simples cavalo está a ciência do conhecimento vivo.

Por fim, creiamos que não ganhem os fantoches todo o tempo, pois se no princípio
Ganharam os fantoches, depois alguns saíram de cena, e no fim ganha a verdade.

Nos perdoem o cansativo Brecht, já que a repetição algo torpe de algumas palavras
Torna duvidosa ao menos a realidade que não se consolida pela visão de um pensar.

A se criarem linhas, tenham em mente que todas estão conexas com si mesmas
E enquanto não esquadrinharmos nossos erros estas nos faltarão na acepção filosófica.

Os ismos igualmente corrompem o sistema viário de nossas cansadas sinapses,
Quando começarmos a perceber que o fim de semana pode ser apenas motivo da arte.

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