quinta-feira, 31 de agosto de 2017

TRANSCENDER-SE

As cores do mundo se sucedem como aquelas que não temos sempre
No que não ditemos o painel sufragado de um tempo sem nome
Onde jamais esperamos o que se reporte como único suporte igual.

Havemos de supor que um dia a matéria quase como se dissipa
Em um entendimento de se ignorar, mas que se transmuta em verdades
Nas veredas que aguardam o foco de luz do sol em vertentes cabais!

Havia sim, um pressuposto de ganharmos um dia a nossa vitória
Em sabermo-nos gentes ao ponto de cruzarmos tênues fronteiras
Quanto a vermos que nem sempre se compreende o terreno ilusório.

Uma fachada não nos diz de toda a arquitetura que por ventura
Nem sempre vemos no que, saibamos, uma janela transcende o ver
A partir do momento que se fechem portas e a existência não seja...

A quase um cristal sereno de um longo beijo de carinho, que o seja,
Que esteja presente nos seres, não apenas em nossos caminhos
Mas no florescer de um gato ou um pássaro que encontre seu igual!

Que o trabalho pode fazer-nos transcender a própria substância
Em que uma lavra, uma manufatura, a linha de produção, a obra,
Todas são a dedicação a algo de mais gigante, posto a Natureza fala.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

DÚVIDAS E RESPOSTAS

           Que nos tenham dito o que é um erro ou um acerto vem o fato esse de uma longa data. As letras assumiriam um papel importante como uma referência cabal do que possuímos a um alcance que deveria ter acesso mais abundante com relação àqueles que possuem essa empatia, pois esse é um acerto bem grande em nossas sociedades. Alguém que busque seus conhecimentos inclusive pode contestar e melhorar a relação com seus semelhantes, incluso na educação que primeiro recebe em casa. Obviamente os estudos são de natureza ímpar para qualquer vivente que esteja na trilha do autoconhecimento no mesmo pressuposto de que quando assumimos uma existência com maior simplicidade estaremos abrindo espaço para as coisas essenciais em nosso pensar, em nossa atitude perante o entorno. Esse quase todo de nossa percepção, logicamente de nossos sentidos imperfeitos, qual não seria, que o olho de um pássaro sabe mais da distância… A distância que não nos encerra, posto riqueza mental, posto um olhar atento sobre o sofrimento, as suas razões inequívocas e seus encaminhamentos necessários, porquanto sermos agentes do processo de mudanças no mundo, com a condição de sabermos os limites que formalizam as regras da solidariedade necessária entre os povos. Quem dera não nos tolhessem, que os mesmos limites sejam a razão de crescimento, e não um estancar-se a esperança, um nódulo nos sistemas que deveriam nos unir, e não apenas talham o processo existencial, como se permite um modal que superestima um aspecto produtivo apenas parcial enquanto depende visceralmente do teor afetivo remoto e, quando presencial, com o vocábulo este citado que em si já o expressa de modo mecânico. A mecanização do afeto através de estímulo e resposta aposta em altos níveis de superexposição e acúmulo de informações que darão, no futuro, sinistros resultados, de modo exato, quando a mente não suporta a organização mesma de tantos conteúdos informacionais que lhe vão dando os mesmos estímulos e respostas sem freios da tentadora veia da ilusão, que principia, que dá a corda no relógio existencial.
          Teremos dúvidas perenes, que possam nos impulsionar sempre em direção à verdade? Será a ciência a única força motriz que nos alimente de insights com tantas as frequências, enquanto males mentais se sucedem com quase sempre respostas previsíveis em termos de tratamento? Qual será o espectro da química, ou melhor dizendo, quais os seus mistérios a que um leigo ao menos possa compreender sem cursar a Medicina? Talvez não haja uma importância capital de se apreender estas questões, mas a compreensão da máquina humana não deve ser privilégio apenas das Academias, posto o verdadeiro Conhecimento deva ser universalizado. Apenas a ignorância institucionalizada e conforme com o baixo padrão de percepção é a causa de um andamento regresso para um país, pois seus seres pensantes acabam por não encontrar diapasões necessários. E pautam-se questões outras que não se ressentem de aplicar velhos discursos que não se apresentam mais com o mesmo sal antigo, quando capaz de oxidar âncoras, de fazer trepidar aos mais duros, de enriquecer veredas com cristais sinceros… O discurso por vezes muda, e mudá-lo faz parte de uma ciência que não necessariamente obedece a uma lógica para tudo, posto a morte encerra trabalhos que poderiam ter se agigantado, em um enquanto que nos reserva pendurarmo-nos no cabide de um pragmatismo tornado obsoleto em relação ao todo, ou àquelas partes que tiveram progressos na visão de pretender-se às humanidades o acréscimo da civilização mesma em que nos seguramos. Não há regras maiores que traduzam o que podemos fazer com relação a resgatarmos os Direitos Humanos Inalienáveis, pois as populações como um todo tendem a se alienar mais e mais, cravando as raízes em vidas que se tornam descartáveis enquanto reflexos fendidos de sua memória coletiva, história e cultural. Dentro de um contexto continental, todos os países que os constituem se ressentem dessa ausente e quase hiperbólica condição. Essa orientação societária tende a – distante da divisão em culturas vistas tradicionais enquanto conservadoras – fundir em uma massa aleatória a divisão classista em novos objetos e coisificação do pensamento e da arte, transmutando e dando margem a um retrocesso em que abre-se de modo oculto a questão da vulnerabilidade das mesmas massas continentais a sistemas parciais e conexos de um novo circuito – algo ao mesmo tempo efêmero e duradouro – do totalitarismo tecnocrático, aí sim, extremamente conservador no que estanca a mobilidade das mãos no fazer e construir a matéria. Tornando-a reticente, atalhando a arte por outros meios, modelando consciências e construindo inteligências multifocais mas de baixo teor humano e culturalmente dependentes da tecnologia externa como padrão que reincide no modal escravagista da casa grande e da senzala, na relação externa e na erradicação de qualquer sentimento pátrio de releitura de nossas raízes, numa modorra de curvas de baixa frequência, se for o caso de se interpretar conforme o padrão atual dos eventos neurológicos. Essa estranha morfologia cinética se pretende ser o outro padrão, aquilo que passa a ser distante de quem não possua as condições de empreender, como diz o ditado: “capital é pra quem pode”, travestindo o mesmo empreendedorismo como empoderamento territorial de médio alcance valendo-se tudo, inclusive o diálogo interno e egoísta de se sair satisfeito por conseguir burlar a crise e não precisar mais ver um negro ao seu lado em um avião de turistas ou de negócios.
            Essa é apenas uma questão de interpretação da história, que na verdade verte um manto sobre a memória coletiva e individual, em que as duas sejam intrínsecas, mas gerando a oportunidade de uma corrida ao resgate individual ou coletivo, ou em grupos os mais variados, do que possuímos como esfera intelectual e cultural latente naquelas sociedades que aprendam a contestar que não é apenas de um smartphone que vivemos!

domingo, 27 de agosto de 2017

DO RETORNO QUE NÃO VEIO ETERNO

Saberíamos mais do que todos se porventura nos calçasse a dúvida
De pensarmos ser cíclico algo que não supõe a progressão da vida
Ao que dos humanos falamos de coisas dos ciclos, enquanto da Natura
Vemos claramente coisas que não retornam com a nódoa de óleo no Oceano.

Quiçá uma versão pessimista nos abrace, quiçá tenhamos fé em um display,
Quiçá o sexo nos turve ao otimismo febril do hedonismo, e em sua companhia
Trilhamos a adoração a um sistema que já mostra as ferruginosas engrenagens…

A se dizer, não somos mais tantos em equações que não nos esqueçam
Posto a ciência do sepultamento das culturas tece a antiga trama alicerçada
Nas vestes de um bom samaritano de uma religião do Norte em trajos mexicanos.

Sabemos que a fama é um endereço capitular que assombra aquele que a alcança,
Quanto de forma não se traduz no esforço, porquanto uma vida seja necessária
De estudos frementes a que não nos ditem depois da filosofia que é obra mediúnica!

Não, que tendemos a ver de um modo quase transparente, e o eterno gotejar
De nossos dedos sobre superfícies lógicas nos fazem pensar que os antigos
Talhavam tábuas para uma placa onde a praia ainda era um paraíso em vida!

As mãos nossas que não se transformem em garras, por credulidade aparente
Quando pontificamos sobre a questão transformadora da matéria, que tantas vezes
A transformamos e que agora só nos resta mostrarmos que somos também equivalentes…

Gera a resposta algo de um carro quase inteligente, ao que um poeta assaz satisfeito
O está apenas por saber que o que escreve talvez jamais será um retorno de ciclos
A que premissas algo de mudanças só revelam que o atraso também quer retornar.

Do que seríamos ciência, agora o atraso quiçá seja importante de seu próprio gesto
Quanto de miríades de outros gestos que o comércio impessoal rende ao sistema
De tantos outros que se podem fadar ao fracasso do controle por aí sim
De não se ter permitido um retorno que não deva ser eterno enquanto fonte…  

CARTA A QUALQUER UM

          Quem sabe um dia falaremos sobre a paz, em um banco de praça, em um assento coletivo, de um modo mais verdadeiro, quem sabe um dia, meu amigo que ao menos se pretenda mais humano… Diria alguém que não se contestasse nada, diria com os olhos investigativos o prazer de mórbidas curiosidades, mas que essas pessoas não precisam necessariamente estar presentes dentro de litigantes moradas de seu ser intrínseco, pois a paz tende a ser simples quando estamos mais afeitos a ela, com um modo nada odiento, já que essa questão iracunda atrapalha até mesmo os nossos mais íntimos entendimentos. Não há apostolados maiores quais não sejam os desejos de trilharmos uma vereda de luz nada candente, progressiva, de sol à lua, de estrelas, qual sabermos que dentro de cada sofrimento que alguém imputa talvez haja motivo sobre, e que as feras que nos assombram podem ser carapuças sinistras que nos calcaram até o pescoço. O odiento é o preconceito, justo que não é justo, não se dá entre os bichos, e que faz da humanidade, quando os mata, trilhar caminhos inversos, pois um boi é mais lindo do que uma flor em seus sentimentos, e o leite de uma vaca é maior do que o humano, pois distribui-se além da preferência do animal.
          A carta pode ser de quem a leia, e sobremodo não estaremos em braçadas ao bom senso se não escrutinarmos a ciência do que pode vir a ser uma realização mais espiritualizada. Pois que esse é o termo: o espírito dos seres que habitam o planeta, no que não versa ao conhecimento da mesma realização e consequente consciência do fato quando impomos fardos a quem quer que seja, a que espécie for, na lógica que não pertence à Natureza em sua essência de Vida. As fontes desta se destacarão sempre como a verdadeira questão que não nos separe – de preferência – de seus conteúdos, pois a Paz Mundial depende de aplicarmos essas assertivas, na atitude de tolerância e na não violência como manifesto urgente de nossos predicativos. Quando Pedro ergue a Igreja, o Ocidente cristaliza e se move a partir do princípio com a Palavra, e é desse modo que devemos seguir, e assim sendo, com um amor que se destaque pela compreensão do próximo teremos um mundo mais habitável e coerente à uma espiritualidade que inunde o mundo material em um encontro com o Ser maior, que demanda sabermos que seja sempre toda a Natureza: as suas águas, o céu, os oceanos, o clima, a casa comum e seus seres, destes que somos o Homem e a Mulher, que por vezes padecem ou fazem outros padecerem pela questão tão complexa do livre arbítrio, que deveria ser concedido apenas àqueles que lutam para melhorar a vida de todos, em uma casa, em uma rua, um bairro, um país e ao mundo!

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

POEMA DE AMOR

Verdes heras circundam uma casa com piso de cimento velho
E a tessitura da pele não reclama, posto vertente solar
Onde se deposita um beijo de séculos, a mais, de não poder...

Encontrar a semântica no significado é como espelhar letras
Na embarcação enfunada de velas turvas pelos ventos
Com o leme seguro por mãos de uma seda de carmim...

O ente amado, a mulher consagrada, seria tanto de tudo
Que a poesia feneceria muitas vezes a se pressupor em amar.

Poderiam as sementes do poeta deixar o ventre da terra
Ter para si as questões de uma existência de rainha
Quando aquele versa mais uma linha entre tantas e de todos?

Aí sim, qual não seja, uma poética de não decifrarmos
O senão de uma proposta mais ética, dentro desta que não é
Exatamente a que supúnhamos refletir o silêncio da madrugada...

Pois sim, nós velejamos na superfície do tempo, dada a guarda,
Por onde silenciosamente abraçamos os espinhos da rosa rubra
Com um punho regalado de forças e consonantes com as searas.

Que seja, o amor que sua as letras é um amor de ferro e malte,
Um amor de azinhavre, de óxido, paradoxal, de proa e popa
No que a palavra da arte enriqueça o olhar que se debruça sobre!

POIS MAIS QUE SE PENSE QUE ESTAMOS SOZINHOS TALVEZ ALGUÉM TENHA DITO ISSO, MAS NÃO, NUNCA ESTAREMOS SÓS, POIS HÁ UM PÁSSARO NO NOSSO CORAÇÃO QUE SEMPRE NOS ACOMPANHA O ESPÍRITO.

POR DEUS QUE SE VÊ QUE NA TARRAFA DE UM PESCADOR EXISTE UMA ARTE DE SÉCULOS.

A VIDA POR VEZES É TÃO INTENSA QUANTO UMA OBSERVAÇÃO EM DETALHE DO IMENSO OCEANO.

SE NÃO DORME A POESIA POR VEZES É PARA QUE OUTROS QUANDO ACORDEM SAIBAM QUE UM POETA ESTEVE CURTINDO DURAMENTE UMA NOITE DE LETRAS.

POIS QUE A ESPERANÇA NOS TRAGA O SETEMBRO DA PRIMAVERA, PARA DIZER QUE SEMPRE FALAREMOS DAS FLORES!

SE HOJE ESTAMOS EM AGOSTO, QUANTOS DESTES SE PASSARAM PARA ESTARMOS EM UM DOS PIORES DA HISTÓRIA?

TRÊS CÂMERAS QUE FOCAM EM ÂNGULOS DIFERENTES A MESMA CENA COMPÕEM UM RECONHECIMENTO ESPACIAL NA PROFUNDIDADE DA PERCEPÇÃO E SIMULAÇÃO EM 3D.

A VIDA NÃO SE RESUME EM UM REALITY SHOW. ESTE NÃO CONTINUA, NEM DEVE CONTINUAR,

A VERDADE POR MUITAS VEZES TECE A CAMINHADA POR CAMINHOS INÓSPITOS, DESCONFORTÁVEIS AO EXTREMO, MAS CHEGA UM DIA E PERMANECE PARA SEMPRE, ENQUANTO A FARSA POR VEZES É INTENSA EM UM PERÍODO, MAS COM O TEMPO EVANESCE, PRINCIPALMENTE QUANDO VEMOS AS ERVAS DANINHAS QUE CEDO OU TARDE RETIRAMOS DE NOSSOS VASOS.

NÃO HÁ ESPAÇO PARA ALTERCARMO-NOS COM O NADA, POIS ESSE TUDO QUE SE APRESENTA É UM CICLO ONDE A ÁGUA FALTANTE AINDA CHEGA NO SERTÃO.

HÁ LUGARES ONDE O FRANQUISMO AINDA EXISTE E, NA ALDEIA GLOBAL, PODEMOS ESBARRAR COM UM COM UMA CERTA FACILIDADE.

NA REPÚBLICA DO CAFÉ COM LEITE CERTAMENTE HAVIA ALGO PARECIDO COM ALGUMA COISA, TALVEZ O CABRESTO.

A ESTATURA DE UM SER HUMANO NÃO TEM MUITO A VER COM O SEU TAMANHO FÍSICO, MAS COM O RIGOR E O ESFORÇO DE MANTER A LIMPIDEZ DE SEU CARÁTER.

O DIAGRAMA DA BRUTALIDADE

         As possibilidades de uma deflagração de violência em um país como o nosso está ficando cada vez mais acentuada. Nossa cidadania, fartamente desrespeitada no cerne individual, reflete na composição da ordem coletiva um espelho que multiplica suas faces, dentro de um estranho desenho quase preciso e, sem embargo, sem a integração pretendida – panorama estanque dentro da contradição neoliberal mundial – com a “vantagem” de um controle igualmente estanque pela parafernália tecnocrata que faz regredir maiores entendimentos sobre o funcionamento da engrenagem pretendida de toda uma ação conjunta no sentido de ocultar verdades a assentir a mentira e a injustiça como brutalidades “justificadas”. Há uma separação de cunho classista cada vez mais acentuada e, no entanto, as justificativas são mais aglutinadoras ao viés, com a cunha reversa da tecnologia, desse modo de vida em que o humanismo está se tornando mais distante, até pelo fato de muitos não estarem confiando no seu próximo, este ser tão distante de nós mesmos. Na verdade, parecemos com um perfil, se estiver de certa forma tão estanque esse processo, onde expomos ou não nossas preferências, e onde nossa voz parece trazer ecos na incontinente e breve inserção de nossas postagens nas pretensas redes sociais e de cunho investigativo a quem queira estar próximo de algo parecido com a idiossincrasia particular de natureza ideológica. A imprensa impressa tende a assumir características de conteúdo conforme com seu comércio, ou seja, de acordo com o que se quer ler o grande mercado forjado com as tradições da comunicação de seu território. Outras vertentes surgem, no papel de perfil digital, alternativo, onde a liberdade e a Verdade se tornam mais acessíveis a um outro perfil de mercado, que não é mercado, posto abraçado pela sede de encontrarem maiores luzes do que o lugar comum dos periodistas que obedecem suas colunas quase imberbes e parciais. O que permite que muitos ou poucos, mas silenciosos em sua busca, procurem elucidar certas dúvidas a respeito daquilo que se torna a fonte, uma fonte mesclada de água que se vai purificando pouco a pouco, até se formar cristalina e abrir espaço para novas visões, novas liberdades, proporcionalmente em relação a boas buscas e canais onde podemos perscrutar dentro de nossa acepção mais lúcida e transparente.
         Pensemos algo como uma sociedade alternativa, dentro de um padrão onde certas leis impetradas de modo perverso tenham o direito de serem contestadas, principalmente quando se originam de fontes pouco confiáveis. Reza a cidadania internacional que possamos justamente melhorar a questão que torne menos comum a aceitação das limitações cada vez maiores que impedem a participação popular na democracia. Jamais podemos jogar o jogo da brutalidade contra os oprimidos. A situação no mundo já está com alguns períodos latentes e cíclicos de crises que vão desde a identidade pátria, o belicismo e militarismo decorrentes, a perseguição às minorias e a corrida sem tréguas e aparentemente derradeira da apropriação das riquezas do mundo, onde quem sofre são os países do terceiro mundo, que muitas vezes estavam em vias de tornarem-se emergentes, de emergirem para serem potências, como o Brasil, que vinha a ser um celeiro de alimentos para as populações interna e externa. Se toca a um homem escrever por necessidade, para não se quedar louco, exatamente sobre situações críticas que o afligem, é fundamental que siga se expressando, pois de se cultivar é que se semeia algo que há de frutificar de um modo ou de outro, quando um segue lendo, ou quando a atitude é coerente para se cambiar veredas que existirão sempre na fronte daqueles que se mantém aptos para tal. Essas veredas hão de combater a brutalidade pontuada pelo diálogo sincero e, se tal não for, no protesto, no enfrentamento diplomático, no que sumamos nosso pensamento quanto ao mais leve pensar em força física, a não ser em nossa própria defesa.
         Ao malo solo el cariño lo vuelve puro e sincero... Esse verso traduz a verdadeira noção da dimensão de uma grande poetisa, posto o caráter quase hipnótico da brutalidade quiçá possa ser revertido com a ternura sincera, não como instrumentalização doutrinária. Agora, quando por força manietam toda uma nação, devemos estar vigilantes em todas as nossas forças para preservar a democracia e retirar dos mal feitores – todos – as suas carapuças, e fazer com que assumam o mea culpa, este que deve vir da cúpula quase intransponível das esferas do poder que agita de tal forma a paz dos inocentes. Que brutalmente os inocentes mesmos do país tenham que pagar a conta da ignomínia é o resultado desse estranho e quase complexo diagrama, mas que em verdade não é tanta a complexidade quando verificamos que já houve bons governos na nação brasileira.
         A contenda paz versus brutalidade se aproxima muito da divisão da sociedade entre ricos e pobres, e a concentração das riquezas cada vez mais nas mãos de poucos, enquanto a grande massa paga o pato. Essa concentração é o aspecto brutal, e tudo que se relaciona para manter esse status, pois todos os funcionários ou agentes desse cruento modo de mantermos essa linha tênue da barbárie que já ocorre de forma reptícia neste mundo vem a dar os costados nos países que, quando tentam melhorar a sua situação, sofrem a pressão dos poderosos bilionários e seus interesses. A paz já vem de bem planejarmos nossas atitudes perante a vida, e sabermos que, somente a partir de uma leitura dinâmica de cunho social, a partir de todos aqueles funcionários, que são agentes do mesmo processo, possam evitar que sejamos um quintal de Governos Estrangeiros, e partir para a defesa de uma democracia mais ampla, mais oxigenada, com a esperança que jamais voltem a travar processos autênticos da vontade popular. A voz do povo é a voz de Deus.

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

A FASCINAÇÃO PELA VIDA

            Um título que estava para se construir, e ainda continuamos sendo fascinados por nossas vidas, assim que se espere, ao menos. Pois que apesar de uma gama gigante de incertezas na maior parte de nossas populações, não devemos especular muito sobre coisas que são o nada... No entanto, podemos buscar em algum lugar o muito que nos reserva um conhecimento que pode se tornar o fascínio de estar vivendo como um cidadão atento aos humores de nossa já tornada bem complexa sociedade. Instrumentalizarmo-nos com o conhecimento a respeito da vida, tornarmo-nos mais cultos e sermos multiplicadores desse portar-se é um dos caminhos que ajudam a gerar mais e melhores pensamentos críticos a respeito do que é o nosso status, e pautarmos por caminhos sempre válidos, conquanto a ausência seja apenas a impressão incompleta.
            Se olharmos com lentes mais profundas os seres que habitam o mundo, uma cidade, um bairro, estaremos coparticipando com eles no processo da vida em si, pois mesmo as pedras podem tornar-se nossas companheiras, haja vista a ciência nos tenha revelado a física quântica e seus mistérios: da imensa energia e suas vibrações, se for levar para a ciência um lado onde podemos preencher vácuos existenciais em termos de nossas percepções. A liberdade não se torna ausente quando estamos cientes de um crescimento espiritual sem o ressentimento bíblico de tentarmos explicar a realidade como algo apocalíptico, posto quem deve renascer é justamente aquilo que muitos estão destruindo, agregados de países que saqueiam o mundo: a mesma Natureza que nos concede seu abrigo e sua cobertura em nossas vidas. Essa distinção entre o ser humano e a Terra como um organismo vivo fazem da necessária compreensão de que os povos sejam uma única vertente e que as fronteiras não significam mais do que convenções territoriais de aspecto muitas vezes estratégico apenas é uma condição que não podemos ignorar, visto que pertence a uma Verdade intrínseca e majorada pelo fato de que não é o nacionalismo que nos salva, mas uma mudança de paradigma na relação que temos com a própria Natureza. O assenhoreamo-nos de suas riquezas para acumulações desmedidas encerra em si mesmo o mesmo modal exploratório que vimos fazendo desde sempre, sistematicamente, independente de qualquer ordem econômica ou social. A pertinência dessa verdade essencial é uma condição para que nos aprofundemos mais na verdade quase absoluta que pertença a essa Natureza acima referida. Equalizar questões estratégicas para um país talvez seja uma saída inerente a qualquer governo, mas não passa absolutamente pela ingerência de coparticipar para a melhoria dos povos e garantir a sua plena cidadania. Se trouxermos em nossas bagagens essenciais a disseminação do ódio, a ofensa gratuita, a ironia hipócrita e tantos outros modais de violência psíquica desferida pela covardia inepta contra grupos vulneráveis, estaremos – os ofensores – caindo rumo ao inferno, em que dele nunca deveriam ter saído... As palavras são duras, mas são renitentes, são resistentes enquanto Verdade, e o modo vetorial inconsequente pode trazer ao fator humano societário transformações que nada acrescentam para o andamento de um processo de civilidade entre os povos e suas nações, pois o veredicto quem dá é a Justiça, e não exatamente a toga, pois pune a espada quando os pratos da balança – agora tão irregulares – penderem fora de seu próprio equilíbrio.
            O modal de se aprofundarem nas questões da violência psíquica contra os outros – a se repetir a propósito – deve ser ao menos questionado, pois um diálogo encerrado com outro pode ofender um terceiro, pois as rebarbas das palavras servem, na defesa da covardia dos ignaros, pressupostos outros quais não sejam para infundir mentiras ou atemorizar os mais vulneráveis e sensíveis, entre tantos outros modais cruentos. A culpabilidade da mentira como estratégia de dominação, o infundir ódios e preconceitos, a criação de metas baseadas no poder por si, a exposição de crianças a filmes impróprios, a propaganda da tirania e, por fim, a encenação de Ordens da barbárie, têm que ser imputados como crimes hediondos, pois geram sofrimentos calcados em dolos imperdoáveis, como a disseminação da tortura e a coação da expressão, a citar momentos críticos da história regressa do Brasil, como nação ainda democrática hoje, apesar de duramente golpeada, mas que encerra na história momentos turvos que jamais devem se repetir. Essa é uma questão absolutamente crítica, paleozoica, se não a tratarmos com a atenção que merece cada cidadão do país, e cada cidadão livre do planeta. A libertação se faz com atitudes, não com atos perversos, que hoje se veem tão frementes no dia a dia, em que um sopro de ternura pode ser mais raro do que encontrar um diamante de infinito quilate!

sábado, 19 de agosto de 2017

SABE MAIS QUEM SABE MENOS, QUANDO ESSE MENOS É MAIOR DO QUE UM MUITO FALSO E HIPÓCRITA.

O BRASIL TEM A SUA HISTÓRIA, E O SEU ENSINO CRÍTICO NOS LEVARIA A TERMOS UMA JUVENTUDE DE VANGUARDA.

A CITAR, QUATRO PERSONALIDADES HISTÓRICAS EXEMPLARES: ANTÔNIO CONSELHEIRO, MANDELA E ZUMBI. E, OBVIAMENTE , NOSSO ALFERES TIRADENTES E TODOS OS POETAS LIBERTÁRIOS DE SUA ÉPOCA.

ENQUANTO A ÁFRICA NÃO SE TORNAR UM CONTINENTE DESENVOLVIDO SOCIALMENTE, A HIPOCRISIA DOS RICOS REINARÁ NO MUNDO.

NÃO SIGAMOS AMOSTRAGENS NEM EXPERIÊNCIAS QUANDO DE UMA CIÊNCIA DUVIDOSA, SIGAMOS A EXPERIÊNCIA DA INTELIGÊNCIA DOS MAIS VELHOS.

A MÚSICA IMPULSIONA COM A SUA MELODIA E A HARMONIA PRATICAMENTE TUDO O QUE GOSTARIAMOS, PRINCIPALMENTE SE ELA NÃO NECESSARIAMENTE ESTIVER EM ALGUM FILME OU GAME, VISTO NOS TORNAMOS SINCEROS QUANDO ESCUTAMOS DA BOA...

LITERALMENTE: O PROBLEMA DO SANEAMENTO É VISCERAL, SEJA RICO OU POBRE, O PROBLEMA TODO É QUE OS RICOS TEM A PRATA PARA NADAR EM BOAS PRAIAS.

O PROBLEMA DOS EDIFÍCIOS INTELIGENTES SEMPRE É O MESMO: A SENSAÇÃO CLAUSTROFÓBICA, QUANDO EM CIDADES MENORES...

A VER QUE O MOVIMENTO DE UM POMBO PODE SER ALGO DENTRO DE UMA JANELA DE LARGO PEITORIL DA GRAÇA DE SE TER UMA CIDADE COM PATRIMÔNIO HISTÓRICO.

QUANDO A EDUCAÇÃO DE UMA POPULAÇÃO CARENTE SOUBER UTILIZAR OS MEIOS ANTIGOS E A ARTE E O ARTESANATO EM ANTIGOS MATERIAIS, TALVEZ SE ABRA A FASCINAÇÃO DA REDESCOBERTA.

EM UM PAPEL RISCADO PODE HAVER TANTAS NUANCES DE PRESSÕES DA TINTA, E DE EXPRESSÃO HUMANA QUE POR SI SÓ SÃO MAIORES DO QUE QUALQUER REGISTRO DIGITAL.

EM QUALQUER RETAGUARDA LEMBREMOS QUE CERTAS ORDENS DADAS NÃO COMPATIBILIZAM O QUE UMA DIVISÃO ENCAMINHA PARA O CENTRO DO TABULEIRO.

O VENTO QUE RECOLHE AS FOLHAS DO CHÃO APENAS MOVEM UM POUCO AS PERNAS VALENTES DE UM VARREDOR.

NA RETÓRICA DO ABSURDO ESTÃO LETRAS QUE NUNCA SE OPÕEM AO QUE SE CHAMARIA O ENTENDIMENTO, POSTO QUE O ABSURDO E O CAOS PODEM VIR A SER MAIS PRÓPRIOS DO QUE DETERMINADAS ORDENS FUNDAMENTADAS NO PRECONCEITO E NA SUPREMACIA DO QUE QUER QUE SEJA.

VEREDA DA NATUREZA

           Da primeira passada não sabemos. Quiçá de tantas outras, quando acordamos, sem estarmos bem acordados… Pois que hoje se veja um formigueiro reinventado, nos furos que as formigas abrem – orifícios discretos na superfície – e montanhas são movidas no silêncio em que nós passamos e que os pequenos animais se apercebem, e nós não, de maneira alguma, pois estamos plugados em outras percepções. Em um outro silêncio, a bendizer, vemos os pássaros, mas não nos apercebemos em nosso plugar. Pensamos em combater algo e estamos mal parados enquanto propriamente parados em um algo a se dizer, um comentar-se, a um fuxico, a uma questão de mentiras e verdades, a não sabermos a superioridade felina em seus movimentos porquanto não fomos educados a bem observar ou contemplar a criação de algo que pode ser uma mão que se encontra com a matéria, e se o nome fosse ciência não seria certamente esse o domínio do homem. A ciência nada tem a ver com a consciência, pois não podemos estar sob a casca de uma árvore para sentir, e sua “fala” transcende a percepção humana, por isso não podemos assenhorear-nos de bilhões de domínios no planeta este em que o homem partilha a “sua realidade”, mesma esta enquanto matéria complexa no panorama individual e mais ainda no contexto coletivizado, com outros domínios em que tomara haja uma ciência maior, e aí entra o Espírito Supremo, extensa razão que não pertence às nossas leis. Esse desencontro não pertence ao domínio da dialética, pois esta é a contradição de querermos compreender somente a matéria, onde a mesma árvore é apenas razão de construirmos algo, ou seja, de nos apropriarmos de sua madeira, ou a simbolizarmos como um pequeno ente dentro do contexto da ecologia, que se aproxima mais de um maior respeito, e torna-se a única ferramenta própria e, mesmo assim, ainda extremamente recente em seus poderes e conquistas do homem na terra, em seus mesmos sentidos imperfeitos…
         A ciência da autorrealização reside em tentarmos elevar nossa compreensão desses fatos que se tornam incontestáveis, e o domínio da espiritualidade como conhecimento gerador da existência nos revela que algo está além de nossos toscos corpos, quando falamos em termos de matéria e espírito. Essa constatação diz respeito à existência da religiosidade, como uma atitude de nos religarmos à vida. Seguirmos algum cânone ou não é questão de escolha, da liberdade de culto, da filosofia de um modal qualquer de tentarmos tratar o anímico ou a fé como necessários ou não. No entanto, segue-se sempre a premissa inviolável de que não estamos sozinhos enquanto espécie no planeta, e não sermos superiores a nenhuma delas, pois para muitos a insignificância de um inseto está para um cão como este está para uma baleia, parecendo que podemos deliberar sobre vidas conforme seus tamanhos, e a insignificância passa a ser motriz da violência. Assim ocorre entre nós, onde pensamos que um tipo de gente é superior a outra, em que um índio não pode existir sem a tecnologia, onde pensamos na posse de algo ou alguém, por vezes com a conotação algo paradoxal de premiação, onde queremos ser regalados por um materialismo febril que isenta da espiritualidade a mesma e necessária circunstância espiritual. Assim pensemos melhor os espaços, pois partir para uma consciência mais alta nos fará nos apropriarmos, aí sim, de uma vida mais inteligente porquanto em respeito às nossas águas, terras e florestas. Concomitantemente, com a qualidade de vida das gentes que habitam o nosso mundo, onde a propriedade é convenção igualmente.

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

UMA CULTURA TRANSPARENTE

          Seria bom termos cadernos culturais, na medida em prosseguirmos com a arte, a escultura, o desenho, a tecnologia, o modo de praticar mais do que um alfabeto, mas se necessário for, que saibamos dele o que é melhor para fugirmos desesperadamente – como imagem retórica apenas – de uma manta escura da ilusão que nos impede ver com olhos o que deve ser a transparência como de um cristal que nos abrace o fazer artístico, em sua construção e em sua expressão. Não deve haver qualquer nível de coerção à manifestação cultural e, no contraponto civilizatório, as nações indígenas devem ter todos os direitos a que lhe destina a humanidade no máximo teor libertário e territorial, como um exemplo que já devia estar na pauta prontamente realizada desses direitos em todas as faces étnicas, gerais e irrestritas, extensivas principalmente na justa planificação de nossos entornos, no que vamos dar à defesa da Natureza. Essa é a colocação de fundamento veraz em que nem todos que estão com toda a tecnologia nas mãos podem afirmar que são melhores do que outros que surgiram de outros processos civilizatórios e que, paradoxalmente, começam a se afirmar melhor como exemplo de interação com a terra como um todo, onde a agricultura tribal ou familiar, não necessariamente indígena versus não indígena, são o único modo de superarmos os problemas da toxidade alimentar, ou ao menos que se atenue o problema, com o acréscimo da agricultura nos nichos de espaço de nossas cidades, remontando que imitemos, que sejamos mais “tribais” e gregários nessa apreensão da realidade…
           A terra é a finalidade em si mesma. Se vivemos em uma região com um clima propício, se as flores brotam das árvores podemos, sim, estar convivendo com a realidade do plantio, de um retorno ao pressuposto de que dele nunca nos ausentáramos. A perma cultura é uma saída viável, a troca, uma economia solidária, a participação tecnológica, visto. Mas nunca resolveremos problemas sistêmicos de ordem econômica e principalmente cultural se não nos aproximarmos da própria cultura manufaturada, ou seja, a peça, o vaso, o barro, a terra, a semente, o caule, a folha, o fruto, todos os elementos que surgem da terra, e, simultaneamente, a compreensão de que a sílica vem da areia, e desta que o melão e a melancia são igualmente alimentos… A grande revolução é um retorno a um mundo sem o neón dispensável dos “coletores” de nossa percepção sensorial, que nos refugam a um ponto em que o prazer vem dosado de tal forma que o chauvinista se torna mais chauvinista, e os gêneros se tornam cada vez mais distantes, pois que dispomos de um fogo que é ateado sempre e, mesmo que não queiramos, a tecnologia dos selfies nos empurra para mais um estímulo e resposta do ódio, de uma luta sem propostas, do embate, da tomada crua do poder, de um não ser necessário onde a fuga torna-se o Nirvana!
           Só há uma plataforma: a paz, o diálogo, a não contenda, o bom combate na argumentação e na sensibilidade que as pessoas que não deixaram a sincera ternura de lado conhecem como premissa básica do entendimento. Se não há entendimento, parte-se para a lei, se não, haverá sempre o protesto. Mas precisamos elucidar a nós mesmos onde erramos, e é nessa busca saudável de nossos próprios erros e acertos, uma busca de sempre, que encontraremos mais luzes onde estão, e a face oculta da lua que, no entanto, igualmente existe, senão não haveria o contraponto de Bach, a textura, as literaturas diversas, a pintura surrealista: o por vezes absurdo e desconexo, o encontro, as diferenças… Essa é a seara do outro plantio, por vezes mais árido, onde não há por vezes a terra, mas o concreto. Onde não existe sempre um ideal, por vezes apenas uma hierarquia, uma relação de Poder. Nesse contexto não há paradigma, se é será isso nesse contexto específico, mas o plantio é um modo de mostrarmos que a cidadania é igual para todos os habitantes do planeta, e se há insalubridade que seja em um país, que seja dada a bandeira de outro para ser hasteada em nome da hospitalidade, e que a cultura dos mesmos países necessitados vejam que conseguirão semear algo igualmente no concreto, que podemos – aí sim, no bom e incansável combate – preservar nossas águas, democratizar nossos propósitos, crescer conjuntamente com todos os povos, aprender idiomas, respeitar as etnias e culturas que descem às cidades, ou que subam para regiões mais frias, em síntese, tornar um país algo de florescimento da bondade e da determinação de ser melhor para todos. Só a partir dessa plataforma mais equilibrada e coerente é que podemos pensar melhor para a frente, na intenção de caminhar para uma democracia cada vez mais participativa.
           A utopia estará sempre nos esperando, não apenas no que se apresentou nos canais como economês algo rancoroso e gasto, mas em um platô existencial que se sente no olhar, que um gesto reitera, que há predomínio da preservação do patrimônio de nossas culturas, de nos sabermos índios, algo hispânicos, meio italianos, um pouco germânicos, muito africanos, belamente sulistas ou nortistas, fortes e corajosos nordestinos, um país, um planeta, sem diferenças entre o que seja, com a distribuição de riquezas mais equânime e, principalmente, que não nos metamos em querer brigar com nenhum país. Que saibamos nunca ser violentos e ser mais tolerantes quando pudermos tecer o mesmo diálogo necessário. Algo de cultura que insistimos em nos fazer crer é acreditarmos que a tecnologia é um deus… Longe disso. Não precisamos de nada para sabermos que a Natureza é abençoada, no sentido de nos fazermos entender: as formigas, por exemplo, estão em seus papéis de trabalho. Não devemos desviá-las do caminho, pois seus fardos são maiores do que os nossos. Os pássaros encantam o nosso céu e quando não os encontramos devemos saber que temos que plantar árvores e que nossas crianças aprendam isso.
           Devemos sim pontuar pelo progresso civilizatório como bem explica melhor qualquer estudioso bem aprofundado de antropologia, como o grande Darci Ribeiro. Todos os seres humanos tiveram seu nascimento e desenvolvimento através da linearidade do tempo. Esse mesmo tempo possui a mesma linearidade, somos iguais perante a Terra. Nunca houve reais proprietários Dela. Essa mesma Terra-Natureza-Mãe, feminina… Rendamos graças se podemos ainda tomar conhecimento de nossos erros perante Ela e requisitar nosso perdão, pois devemos pensar algumas vezes com o fato de querermos nela pousar nossas garras pois, como Durga, não é coisa que se brinque e o chauvinismo exploratório sempre perderá, é apenas uma questão do tempo eterno, este ente que espera nossos atos e os julga, como um pássaro que desfruta, que somos nós, a espécie, e outro que apenas observa, que é Krsna...

terça-feira, 15 de agosto de 2017

A RETAGUARDA DA ILUSÃO

            Hoje quem sabe seria um dia de alguma realização. Ato reflexo, talvez seja mais e mais sobre algo, ou mesmo não encontremos muito sentido dentro de carapuças reinventadas. O que nos aproxima de algo mais realista acaba sendo a arte vista por um lado proficiente, exato, algo como não ter faces: uma ilusão da retaguarda dos significados... Hoje será e já é. Contamos no relógio as concessões que nos dá o tempo, esse mesmo que é invenção do homem, na linearidade onde vão se acumulando as ilusões, como um contêiner onde o que está embaixo verte-se na sombra do passado. E o que vai se estocar significará o futuro do desembarque, em que a retaguarda passa a ser o futuro, posto espelhar a ilusão para adiante torna-se frente do que esperamos, e vem alcançando as chamadas metas daqueles que são estritamente técnicos, ou de outros – já sem metas – que tentam sobreviver no panorama cáustico de nossos dias. Essa pretensa retaguarda não só é compatível com certos sentimentos que outrora possuíamos, como com um passado virado futuro no retorno que para nós é compreendido assim como quando voltamos a um lar. Esse mesmo lar, esse abrigo que pode ser o colo de uma mulher, mas para alguns isso parece impossível, quando estes enfrentam os estigmas a que são submetidos nos dias e nas noites, no tempo que não deciframos, no fator tempo que devora a nossa vida na Terra – quiçá – preparando ensaios futuros. O ensaiar-se padrões não seria o ideal, mas que o padrão igualmente dialogue, no mínimo é de bom senso. Assim, quando se fala em carapuça nos vêm à cachola super-heróis, algo parecido, do mito infantil, de nossas crenças no passado, e quem nada possui de concreto a realizar no mais possa acreditar nisso, e aqueles que são bem sucedidos em alguma empresa tornam-se um pequeno amálgama do poder, que pode crescer a proporções agigantadas... Não que seja fator negativo, mas o crescimento sem estrutura sustentável é que assume proporções inusitadas, no contraforte gigantesco que por vezes pode assustar, ou alarmar, melhor dizendo, a sociedade em geral com seus vieses de ordem ecológica ou humana.
            A salva guarda no processo de uma civilização bem constituída se dá na continuidade de um processo estruturante de conjunturas que resultem dele, em um intercâmbio dado com base no planejamento e em um plano de metas que sustentem – aí no ditame literal – as conquistas mais humanitárias e justas socialmente, dentro do painel imenso que uma verdadeira democracia mais participativa nos oferece em seu painel dinâmico. Não é uma questão de raciocínio, mas do estabelecimento de um pensamento de vanguarda para garantirmos não apenas o que vem de uma perspectiva mais sóbria e realista, com igualmente darmos asas à imaginação e seus processos criativos para alavancarmos todo um país e seus potenciais. Não precisamos sustentar nossas assertivas dentro de padrões já superados pela história, pois uma releitura permanente de nossos próprios caminhos e aqueles trilhados por países com melhores índices de desenvolvimento humano é que devem pautar, como referências necessárias e respostas resultantes, como devemos proceder para encontrar saídas efetivas e concordes com a nossa realidade: passado, presente e futuro, este dentro de um planejamento cabal e necessário.
            Não devem haver dissenções históricas que não nos resguardem a coerência importante para alcançarmos nossos objetivos, e não será separando uma sociedade em classes que deveremos reverenciar projetos fracassados na passagem de muitas nações, que muitas vezes se tornaram totalitárias em nome da manutenção de ditaduras, seja de direita ou de esquerda. Qualquer tentativa de justificar uma luta gera rancores e ódios, e na atual circunstância mundial não há mais espaço para esse tipo de contenda, aliás, para nenhum outro, especialmente no espaço físico entre indivíduos, pois que devemos tentar ações que nos aproximem, e não aquelas que nos façam digladiar, altercar, qualquer ação que gere atritos, pois isso só permitiria um clima de hostilidade onde o crime organizado consegue cada vez mais espaço em suas violências desmedidas. Quando obedecemos a uma Ordem social estaremos mais aptos a sairmos do silêncio de nossas retaguardas ilusórias, planificarmos melhor nossos sonhos e torná-los mais reais. Finalmente, credite-se um tempo de reflexão para que pensemos que, se um Governo não fez algo que deveria ter feito em alguns pares de mandato, não é agora, enquanto oposição, que queira mudar certas plataformas de conhecimento: devemos aceitar transições históricas, e o povo que possuímos, pois será através da democracia que poderemos – enquanto massa, lideranças, ou mesmo intelectualidade – restaurar os erros cometidos pelas implicações de falsos representantes.

sábado, 12 de agosto de 2017

TODO CIDADÃO DE BEM NÃO PRECISA SE SEGURAR NAS MÃOS DE CERTOS PODERES, QUE MAL SE CONSTITUEM EM ESPECULAÇÕES OU FETICHES DE CUNHO FALSAMENTE LIBERTÁRIO, SOB ALCUNHAS DE ALGUMA AGREMIAÇÃO OU PARTIDO POLÍTICO.

COMO DISSE CAZUZA: SAIBAM QUE AINDA ESTÃO ROLANDO OS DADOS!

CERTAMENTE, DEPOIS DE UM FRANGO COM FAROFA DESTE, UM INCAUTO VIRÁ VISITAR BY PHONE UM POETA...

QUANDO O REGRESSO BATER À SUA PORTA, CREIA-ME, ELE NÃO VENCEU, MAS APENAS SE MOSTRA RELUTANTE PARA SABER SE VOCÊ RESIDE AONDE ELE PENSA QUE É...

UM HOMEM PODE ESTAR SOLITÁRIO: PERO EN LAS MANOS DE DIÓS.

POR VEZES NÃO PARECE HAVER FIM NAS PALAVRAS, MAS QUE NOS DITE A PALAVRA QUE NOS SAIA, POIS SE É DE LUZ, QUE ALUMIE AS GENTES DE BEM, QUE NÃO SÃO HIPÓCRITAS E NEM OPORTUNISTAS.

A VERTIGEM QUE PODE ACOMETER UM HOMEM PODE SER TRADUZIDA - QUANDO AQUELE POSSUI FORÇA - A UMA LEVE BRISA LIVRE SOBRE UMA ERVA...

A ARTE CONTINUA SEMPRE SENDO O FATOR CULTURAL DE MAIOR IMPORTÂNCIA NA HISTÓRIA DAS CIVILIZAÇÕES, TRIBAIS OU DITAS "CIVILIZADAS". PENA QUE OS ARTISTAS NOS ÚLTIMOS ANOS TENHAM SIDO TÃO PERSEGUIDOS PELA BUROCRACIA CULTURAL DAS HUMANIDADES, E O DESPOTISMO DA ERA CONTEMPORÂNEA TÃO TECHNO.

QUANDO ACHAMOS QUE ESTAMOS POPULARES - A SE DIZER DE QUEM QUEIRA A CIRCUNSTÂNCIA - VÊM A RODA VIVA E CARREGA TUDO PRA LÁ...

SE HÁ TRIPARTIÇÃO DE PODER, QUE ESFORÇO HERCÚLEO DEVE SER ALCANÇAR SEU UM TERÇO, O QUE VEM A DAR EM NADA, QUANDO TODOS DEFENDEM SEUS INTERESSES ESCUSOS?

DESTITUIR UM PODER CONSTITUÍDO EM BASES QUEBRADIÇAS É FÁCIL EM UM PAÍS DE TERCEIRO MUNDO. REORGANIZÁ-LAS É QUASE IMPOSSÍVEL ATÉ NOS PAÍSES COM MAIOR ÍNDICES CIVILIZATÓRIOS.

DIGAMOS QUE QUEIRAMOS VER AS VARIANTES DO PODER: TAMBÉM ESTÁ NA MÃO QUE SE LEVANTA E MASSACRA UM INSETO... VISTO, QUE O PODER FASCINA MAIS DO QUE APARENTA, QUANDO O QUEREM E TODOS O FAZEM ASSIM.

CRISTO NÃO DEVE SER USADO PARA PROSELITISMOS, DEVE-SE ACEITÁ-LO E FIM DE CONVERSA!

PRABHUPADA TROUXE PARA O OCIDENTE A LITERATURA ESPIRITUAL, O ARCHOTE DO CONHECIMENTO. FAÇA BOM USO AQUELE QUE FOR INTELIGENTE O SUFICIENTE PARA ASSUMIR UMA POSTURA MAIS ESPIRITUALIZADA NESTA ERA DO FERRO.

QUANDO COMEMOS OS PORCOS, ELES PODEM RENASCER E NOS MATAR...

O CANTAR DE HARE KRSNA É O ÚNICO CAMINHO, POIS GOVINDA RESIDE EM PLANETAS QUE SÃO MUITISSIMOS MELHORES, E NESTE O ESTRAGO ESTA SENDO MUITO ACENTUADO...

GANHA O CÃO, PERDE O HOMEM, GANHA O PÁSSARO, PERDE O HOMEM QUE O COME, E ASSALTA A SI MESMO NA ESPERANÇA DE QUE TENHA COMO COMPRAR A CARNE... BEM VINDO À KALI YUGA!!

O HOMEM NÃO É O ÚNICO HABITANTE DO PLANETA, E DISPOR DE SEUS RECURSOS COMO VEM FAZENDO DESDE PRISCAS ERAS NÃO VOGA MAIS A QUEM DÊ OU DAVA, PARA QUEM.

NÃO ADIANTA PROIBIRMOS AS CRIANÇAS DE NADAREM EM UM MAR POLUÍDO... BASTA UMA HIDROMASSAGEM PARA SEUS BONECOS BRINCAREM, POIS ESTAREMOS CONIVENTES SEMPRE COM OS PLANOS DIRETORES DE CIDADES QUE IMERGEM SOB A LÁPIDE DE UM DESENVOLVIMENTISMO INSÍPIDO QUE JÁ É FOMENTADO HÁ DÉCADAS.

QUANDO O HOMEM E A MULHER SOUBEREM O QUE ACONTECEU NO MUNDO ATUAL, NÃO FALARÃO AOS SEUS NETOS NA PRAIA, MAS EM UMA REALIDADE VIRTUAL QUE TRARÁ UM ENSAIO DO CARIBE ATÉ SEU APARTAMENTO DE LUXO, POR NÃO PODEREM MAIS TOCAR OS PÉS NA AREIA, OU TOMAREM CINCO MINUTOS DE UM SOL, A NÃO SER QUE ESTEJAM COM O FILTRO GENÉTICO.

NÃO HÁ UMA OPOSIÇÃO AO SISTEMA, MAS UMA CONIVÊNCIA DE PODERES TROCADOS DENTRO DAQUELE QUADRANTE POR AÇÕES CÍCLICAS QUE COLOCAM EM XEQUE A NATUREZA OPOSITORA COMO UM TODO.

QUEM FALA MUITO NÃO PROCEDE, E QUEM ADMIRA O CÉU COM SUAS ABERTURAS EM SEU IMENSO TABULEIRO PODE POUSAR NA PEDRA DE REMANSO INCORPORADO NA IMAGEM DE UM PÁSSARO, POIS ESTÁ LIVRE AQUELE QUE NÃO POSSUI SUJEIRA NA CONSCIÊNCIA.

UMA HASTE DE BAMBU OU UMA DE GRAMA SÃO ASSAZ RESILIENTES E ESPERAR QUE SEQUE PARA QUEBRAR DEMANDA TANTO TEMPO QUE O BAMBUZAL SE IMPÕE EM SUAS SEMENTES QUE VÃO POR AÍ HABITANDO, VIVENDO E TROÇANDO DOS MAIS DESPREPARADOS EM SUA COVARDIA.

NENHUMA TOMADA DE PODER ATRAVÉS DAS VIAS CONCESSIONÁRIAS TORNA-SE VIÁVEL. SABE-SE QUE NA BASE AS FORMIGAS NÃO IMPERAM, POIS DELAS HÁ VARIADOS FORMATOS, A CADA QUAL O SEU MODO, A CADA QUAL A SUA FUNÇÃO NA NATUREZA, QUE SER NENHUM PODE PERSCRUTAR E DIZER O FUTURO COM CERTEZA.

A NULIFICAÇÃO DE UMA LIDERANÇA HISTÓRICA É UTILIZADA PELOS FRACOS QUE ADOTAM O SISTEMA DE MANIPULAÇÃO DE PESSOAS PARA CRIAR A FAMA QUE DESCONSTRÓI O QUE REALMENTE FOI O FATO, O QUE FOI CONCRETO, O QUE NÃO SE JUSTIFICA QUANDO SE APÓIA NA FALSA ARGUMENTAÇÃO ANACRÔNICA REPETINDO PROCEDIMENTOS DO PASSADO.

EM UMA VERDADE ENCOBERTA RESIDE O CERNE DE UMA MENTIRA ESTRUTURADA SOBRE O LODO.

NÃO DEVEMOS PROCRASTINAR O BOM SENSO, MAS APRESENTÁ-LO COMO A MELHOR DE NOSSAS TESES.

SE HÁ UMA COISA QUE PODE EVITAR A DOENÇA DE UMA SOCIEDADE E SUA VIOLÊNCIA DECORRENTE É A EDUCAÇÃO CONTINUADA E DE CUNHO CRÍTICO, OU SEJA, QUE PERMITA A EXPRESSÃO LIVRE E O DESENVOLVIMENTO DO PENSAR.

SE TODOS OS USUÁRIOS DE ILÍCITAS SUBSTÂNCIAS FOSSEM APENADOS OU REPREENDIDOS COM BASTANTE RIGOR, O COMÉRCIO ILEGAL SOFRERIA UM REVÉS ACENTUADO.

JAMAIS SERÁ FÁCIL OU SIMPLES PASSAR POR UMA CONTENDA BELIGERANTE, POIS NA DIMENSÃO DE UM DISPARO A VIOLÊNCIA É TÃO GRANDE QUE PASSA PELA CARNE DESTRUINDO-A, E ISSO É INJUSTIFICÁVEL, A MENOS QUE SEJA PARA GARANTIR A SEGURANÇA DE ALGUM VITIMADO POR ESSA VIOLÊNCIA, OU SUA TENTATIVA.

NÃO PODEMOS SUPORTAR A IDEIA DE QUE ESTEJAMOS A PONTO DE CESSAR NO MUNDO A VOZ LIBERTÁRIA EM VIRTUDE DE SOCIEDADES CADA VEZ MAIS SECTÁRIAS E IMPRUDENTES.

STÁLIN FOI JUNTAMENTE COM HITLER, FRANCO, PINOCHET E TANTOS OUTROS, EXEMPLOS DA EXTREMADA CEGUEIRA E VIOLÊNCIA BÁRBARAS E INJUSTIFICÁVEIS.

A SE FALAR DA LIBERDADE INDIVIDUAL, O PARÂMETRO SERÁ SEMPRE E RIGOROSAMENTE ESSE, ANTES QUE UM ESTADO TOTALITÁRIO PASSE A TOMAR FORMA E TORNAR-SE UM MONSTRO ONDE AS PRIMEIRAS ALAVANCAS O LIBERTARAM.

ASSIM COMO NA PSICOLOGIA NUNCA TEREMOS UM QUADRO VERTICAL DE ABORDAGEM, POIS NINGUÉM É OBRIGADO A SEGUIR ALGUMA LINHA QUALQUER.

NO TRATAMENTO DE UMA ENFERMIDADE PSÍQUICA, É INTRÍNSECO SEGUIR RIGOROSAMENTE A ORIENTAÇÃO DA MEDICINA DENTRO DA ESCOLHA PARTICULAR DE SEU MÉDICO NO PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIDADE.

A VÍTIMA DE UM QUALQUER NUNCA É A MESMA QUE SERIA OUTRO, MAS O DELITO É DE AMBOS OS MESMOS OUTROS.

A DIVINA MISÉRIA HUMANA

Pende-se de uma face um esgar soturno, algo de breu em noite de luz
Que é amarela pontuada pelo quase laranja, iodada pelo não ventar
No que ventam todos os que passam pela rua adornada de grades...

O pão está a sete chaves, os carros silvam na orgia, e de dentro bramam
Tramas incoercíveis de tanto o descalabro do conforto de estar seguro.

A noite mesma é densa, e os faróis iluminam para rumar sob a orgia
Daquelas em que os acessórios são os mais variados, que se atropela,
Que se vomita na janela do auto, que se prega um sermão quiçá de frente!

A quem fica na TV vê-se o ruminar da violência rápida ou torturante
Na receita insidiosa de muitas teorias da informação e sentimento,
Ou seguramente no teor imaginativo da percepção de clausura.

E tanta é a imaginação que o código humano se ressente pela única falta
De darmos falta – quando se reserva um canal noticioso ao menos –
De um pouco de importante compostura em não criarmos certos faunos.

A autofagia se desfaz na temática da noite, em que alguns partem ao sono,
Outros saem depois de puxarem seus pesos, treinados em seus vínculos
A sabermos como a eletrônica mexe com todo um sistema hormonal!

Um rabo de chicote gigantesco sobrepaira no hedonismo cabal, e volta-se
A quem procure alguém, enquanto em uma pedra da rua um homem
Passa negro como a noite sem esperar que o saquem da liberdade da esquina.

Vertem-se papéis trocados, as negociatas se transacionam em estranhos ofícios
Que as serpentes mais venenosas e recalcitrantes comerciam com seus dados
Devidamente viciados nos platôs algo imunes dos faróis que se veem no olhar...

Olhares vítreos, que a faina ensombra de nuvens que não cessam o respiro
De um único ósculo perdidamente vigiado pela proibição de amores sinceros
Quando estes não respeitam o foco algo nevrálgico de se ocultar verdades!

Segue-se o desfile da sanha inquieta, e uma bota meio fora do padrão
Despe a nudez de mais estranhas formas que a natureza não agradeça
Quanto de sua desnuda face revela às estrelas o único voo: de uma gaivota.

E os filmes continuam girando nas opções, que o valham, enquanto adormece
O negro sabe que de um branco ganhou um cigarro e uns trocados a mais
Que lhe deu o gole das ruas às pedras pisadas por um pé cansado na fome da paz!

A FASCINAÇÃO PELA VIDA

A vida não se encerra na pirotecnia de um lençol freático de desavenças
Posto o mesmo não é respeitado na apropriação indevida da riqueza...

Deveríamos pensar no mundo como habitat, como um sol que espera
A cada dia sentir em um ombro de ser verdadeiramente humano
Que ali está uma alfombra delicada de um sacrifício mítico
No que esquecem de alguém como o descarte de uma embalagem!

Não há heroísmo em nada, companheiros da mesma selva de sempre...

Nada é realizado para a mudança nas estruturas de um Poder quase sempre
Almejado por si e per si e, não obstante, aquele que queremos é a paixão pela vida
Em que sintamos a aurora despontar fora das paredes ilusórias de algo de acerto.

Pois bem, supõe a vida aqueles do antigo discurso, ponteando cláusulas
Em torno de uma lâmpada que a muitos ofusca a luz de uma fonte
Que incomoda pela presença, pois revela aos povos o pé da Verdade.

Sinistras arquiteturas de um surgimento quase apocalíptico vêm a uma tona
De tonalidades mistas em que, sabemos, que legiões de legionários treinados
Naquele treino compulsoriamente previsível não percebem mudanças maiores.

A fascinação pela vida, em muitos, passa pela fé, uma fé de outros mundos
Que vem a dar as frentes de uma libertação sem as amarras existenciais
Do que se chamaria atrelamento burocrático nas coisas do Deus ausente.

Estamos fascinados pelos botões, pela comunicação em displays conformes
Quanto de sabermos que as ruas têm suas próprias pedras, renitentes,
Em posições – algumas voláteis – e as do mar eternamente firmes em si!

Parecemos que somos grandes navios em nossos portos claudicantes
Por uma ordem que cambia a qualquer preço: evanesce, ensombrada...

Não dista muito o que queríamos saber de outros processos de alcunha
Quanto de outro suficiente não será jamais uma situação de sonho em acordar
No pós surrealismo de nossas frentes em que por vezes nos nomeiam de reais.

Quiséramos atravessar um tormentoso mar de desditas quase improváveis
Quando o que se nos espera sabe de um muito quase nada ao pouco
Quanto o ignorar das gentes que se fazem cultas atravessa uma escola sem nome.

A vanguarda de uma tecnologia libertária é fascinante, e nosso mundo o é igual
A tantos que já fomos, e ao que seremos ainda hoje, porquanto saberemos mais
Quando soubermos nos portar a sermos homens e mulheres não sectários.

Aí passa, mais um pequeno “detalhe”, que todo ser que porta uma doença mental
Não deva ser assediado por pressões de qualquer espécie, nem de uma manipulação
Que o mantenha na separação cruenta dos seus espaços existenciais, pois isso
Nada mais é do que é do que um preconceito arraigado no abuso de sua boa fé.

Justo que a enfermidade de qualquer modal deve permitir a um ser que amplie
A fascinação concreta pela vida, pois um quando se torna curado e retorna
Por vezes sente mais e está mais sito na realidade do que os puppets da “libertação”.

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

INFELIZMENTE, AQUELE QUE PORTA UMA ARMA TEM SEMPRE QUE ESTAR DISPOSTO A USÁ-LA, POIS ASSIM A PRETENSA SOCIEDADE CIDADÃ PREZA.

A PAZ SÓ SE DARÁ QUANDO NÃO DESPREZARMOS O ORVALHO ONDE PRETENDEMOS PISAR NOSSOS COTURNOS.

O MUNDO DE UMA QUESTÃO ABSOLUTAMENTE SÉRIA COMO A CORRIDA ARMAMENTISTA PASSA A SER UMA BRINCADEIRA DE PUPPETS.

QUANDO PENSAMOS NO HOMEM, PENSEMOS NOS ANIMAIS, POSTO QUANDO DE SELVA DE MERCADO OS HOMENS PASSAM A SER INUMANOS.

DAS LÁPIDES DO REGRESSO HÁ MÚMIAS QUE REGRESSAM AFIM DE CEIFAR O VERDADEIRO PROGRESSO NA LATITUDE HUMANA.

HÁ ERROS DE CONCORDÂNCIA EM MUITAS FRASES, ASSIM COMO HÁ ERROS IGUAIS EM MUITAS EXISTÊNCIAS...

RELEMBREMO-NOS DO CUBISMO DE PICASSO, QUE DEPENDIA DO TEMPO E SEUS MOVIMENTOS PARA A FORMA ANALÍTICA DA PRÓPRIA COMPOSIÇÃO.

UM CENA BEM ENSAIADA DEMANDA UM TEMPO ONDE UM ATOR COMPETENTE E NÃO NECESSARIAMENTE PADRÃO REVELA O TEXTO COM O ESPÍRITO DA DRAMATURGIA DE UM IMPROVISO, QUIÇÁ.

AS TOMADAS DE CENA DEPENDEM TANTO DAS LUZES QUE É NA FRAÇÃO INDIVISÍVEL DE UMA LUA ONDE NEM O LONGA METRAGEM DE 3 HORAS SERÁ O SUFICIENTE PARA TERMOS EFETIVAMENTE UMA PRODUÇÃO DA ARTE CINEMATOGRÁFICA.

NÃO ADIANTA GIRAR-SE A CÂMERA APENAS, QUANTO DE SABERMOS QUE GOSTARÍAMOS GRANDEMENTE DE POSSUÍ-LAS PARA CONCRETIZAR A CULTURA DO BOM CINEMA.

O PENSAMENTO DE VIGÍLIA DO ALTO DE UM EDIFÍCIO EM DIREÇÃO A UMA IMAGEM REGISTRADA POSSUI LIMITAÇÕES TÃO DÍSPARES QUANTO O QUE OCORRE FORA DO SEU FOCO.

POESIA DO VALOR

Quem sabe a moeda cunhada seja a pátria de muitos que não o digam
No valor de quem sabe o que, mas que não fora muito de se alongar
O pressuposto de que o próprio valor da moeda é mar turbulento…

No que se diz de uma Pátria monetária muitos se refiram ao dólar
Como algo que faz de coceira no bolso o modo de se refletir ao menos
Que esse valor segue muitos lesa pátrias de um lesado entendimento.

Quem viu uma página do tempo escalavrada no sorriso ausente da palavra
Quanto de se proferir a sílaba do tempo estaríamos mais conformes
Do que aquilo que se chama alcunha do senão a que seremos mais pechados.

Esse economês tardio não se dita ao padrão que se consubstancia aos bocados
Em uma sociedade que da plutocracia já revela suas horas do sem tempo
Em que muitos valores nulos surgem prontos de uma pátria sem valores!

Não deva nunca ser o sentimento de ódio o que se une a muitos homens
Quanto o de soubermos que o tempo dita o valor quando revelara
A repetição histórica de tentativas ao se repetir algo que nunca será igual.

Ao fim de um nada começaremos sempre do início da única Verdade
A que todos saibam que na história escrita nas entrelinhas de outros valores
Saberemos por fim discernir qual será o monstro que teima em emergir da lagoa!

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

A VIDA EM UM CANTO MERECE MAIS EM QUE CANTEMOS A PRÓPRIA VIDA QUE NÃO SE RESSENTE DE EXISTIR E CONTINUAR A SER A ESSÊNCIA DO PLANETA.

DEVÍAMOS REINVENTAR OS MÍSSEIS, EM QUE UM DELES FOSSE UMA EXPLOSÃO DE AMOR E PÉTALAS DE FLORES CHOVENDO PELOS RINCÕES DOS OPRIMIDOS DO PLANETA...

NENHUM AMOR ENTRE DOIS SERES PODE SER COMPARADO AO DE RADHA-KRISHNA.

GITA, GITA, GITA, ESSE BAGHAVATA É O LIVRO!!!

KRSNA ESPERA PARA SI QUE O TENHAMOS EM SEU NOME...

NÃO HÁ COMO UM DEVOTO COMO UM POETA, QUE É O MAIS CAÍDO, CAIA ALÉM DA ALFOMBRA DE SUAS LETRAS!

A TÍTULO DE AMOSTRAGEM, TODO O JORNAL QUE TRANSUDE UMA FREQUENCIA VERDADEIRA, MESMO QUE A MENTIRA O ESCONDA DA EMENDA DE ALGUM DEPUTADO QUE PROCRASTINE O BEM SENSO, VEM À TONA COMO BERÇO DA VERACIDADE.

POR VEZES VEMOS UM MONSTRO, E POR VEZES OS MONSTROS SÃO APENAS CÃES ADESTRADOS NOS FERROS E NAS PALAVRAS CONTÍNUAS DE UM COITO INTERRUPTUS.

NÃO ADIANTA MOLESTARMOS ALGUÉM PELA FORÇA FÍSICA OU DE RELAÇÃO DE PODER PARA ALCANÇARMOS O QUE PENSAMOS SER PRAZER, POIS ESSA É UMA AÇÃO DE FATO EQUIVOCADA E BASEADA NO REGRESSO DE NATUREZA HUMANA.

A NATUREZA ABRAÇA O TÍTULO DE UMA NOBREZA DE CARÁTER DE UM SER QUE NÃO FAÇA APARENTEMENTE PARTE DELA, OU QUE DELA SE TORNE PARTE A PARTIR DO SEU RESPEITO.

A VIDA DE UMA ÁRVORE DEVE VALER O MESMO QUE A VIDA DE QUEM A CORTA POR GANÂNCIA E INCONSCIENTE IGNORÂNCIA, IGUALMENTE AO GRILEIRO.

ENQUANTO NÃO HUMANIZARMOS O FATOR FRIO DA QUESTÃO DA PARCIALIDADE EM FUNÇÃO DA ESTRATÉGIA DO GELO NÃO HAVERÁ GOVERNO CAPAZ DE MELHORAR SUA GOVERNABILIDADE.

A ALOCAÇÃO DE RECURSOS NOS SETORES DE TREINAMENTO DE PESSOAS NAS INDÚSTRIAS MODERNAS É TÃO SIMPLES COMO A TAREFA DO ADESTRAMENTO BÁSICO DE RATOS DE LABORATÓRIO...

UMA FÁBULA ATEMPORAL

          Diz-se de alguém justo quando se pauta por lei justa… Diz-se de um honesto quando se pauta pela honestidade. São valores do caráter social, humano, indivisível. Pode ser que no comércio de modo assaz cruento, em que os grandes devoram capitais mais reduzidos, que se possa coabitar com um processo mais ou menos paritário ao funcionamento das Leis do Mercado que, na nossa atual economia Neo Liberal, não perdoa por vezes a um cidadão que prime pela honestidade, ou um grau de pureza de retórica de um idealismo pela justiça social. Isso é um fato incontestável. A diáspora que se seguiu aos diversos pensamentos do que seria o Estado fora desse padrão é algo que merece uma observação crítica dos processos que se revelaram inóspitos na questão das desavenças e caminhos pelos quais trilharam certos países com crises de belicismo, armas, relações de poder e fatores ideológicos altamente contestáveis pelo bem comum: comum às diferenças, e comuns às igualdades proscritas por muitos, em ordens inversas. As nossas dúvidas residem em um fator existencial que pode trasladar-se à coletividade como semente semeada que nem sempre frutifica, pois o uso de uma tomada de Poder pelo caráter da Força reza que a sua manutenção por vezes assuma papéis distorcidos, manipulações que podem gerar a um indivíduo a dificuldade no isolamento e sua inserção social baseada pura e simplesmente na validação de sua pretensa utilidade nesses caracteres. Que o valha Orwell e Huxley, duas literaturas ficcionais que nos revelam a profética onda do totalitarismo no mundo, agora cada vez mais presente, nas relações humanas “filtradas” pelo neotecnicismo – grande ismo surgido, e a onda do poder que se instala simples e cartesiana pelo modal previsivelmente tecnocrata, como uma grande burocracia com perfil de meios universalizantes, e no entanto incapaz de reverter o vácuo existencial de caráter polar, em que o positivo e negativo não são mais forças correlatas e harmônicas, pois passamos a viver o erro ou o desacerto, o bom e o mau, o coerente e o contraditório: uma sociedade maquiavélica e maniqueísta. Onde o ser vira máquina-objeto, e a máquina vira ser, quase pensamento bruto ou simplificado no seu aspecto “funcional”. Contextos como capitalista ou socialista, esquerda ou direita, branco ou negro, rico ou pobre, religioso ou ateu, acabam por sepultar cada vez mais a possibilidade de diálogo, com farta orientação pedagógica retroalimentadora dos veículos da mass media e da indústria cultural, impondo ao planeta um estado de tensão e vigilância permanentes, como em um ciclo onde todos os mais poderosos sepultam as esperanças nas relações verticais de um dia a dia sectário, aberto a um preconceito atávico e a volta de modais de servilismos nas relações de trabalho. A luta passa a ser conteúdo de filmes reais, porém sempre inócua porquanto previsível e a justiça não apenas tarda como falha.
         Sobrante: in vino veritas, that’s the status quo!

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

ALTO DESENCONTRO

          Haveremos um dia de nos pactuarmos com o bem situar-se. Uma vida que nos resguarde para que mais adiante tenhamos uma esperança construída em uníssono servirá para que efetivamente sejamos mais coerentes. Na contenda que se arma com a linguagem quase neuronal de nossa espécie saberíamos mais se houvesse a tradução dessa ciência, se todos os recursos de investigação cerebral estivessem trabalhando conjuntamente, e se possuíssemos maiores cientistas, que dessem ao alento de fazer conhecer ao mais inculto as mudanças nessa vária e necessária ciência. O que vemos de materialização da inteligência artificial são os robôs, e nosso desencontro com essa realidade, principalmente em países mais pobres, ou tornados mais pobres como o nosso, é algo que alcança alturas diversas. Mas algo seria mais do que apenas isso. O nosso próprio pensamento: como estamos alcançando algo, se a arte está mais rara do que supúnhamos que outras modalidades a reinventariam de forma dinâmica, outros processos fabris surgiriam, outros artesanatos, se na verdade a ausência da matéria-prima para a arte – principalmente artesanato – está cada vez mais – e silenciosamente – evidenciada. E há razões para que toda a ciência da computação, agora como acessório quase compulsório, nos revele que o input da questão deva ser através de se premir botões. Os livros passam a reinventar as classes de objetos que possuem de qualquer modo um “selo” histórico, e reler esse processo intercambiando com as populações mais jovens é o que fará de um país atrasado culturalmente como nosso em um encontro com um processo cultural mais viável: histórico e com significado mais saudável, porquanto a independência de termos um apêndice eletrônico se refaça no livro, onde temos mais controle sobre como foi gerado, tornando-nos mais aptos a compreender a editoração e a história das produções de conteúdo.
          Uma sociedade se faz com a apropriação de uma consciência através de uma força pessoal, imanente, de um relembrar-se da história, de contarmos com os nossos próprios processos pois, na corrida em busca do Poder muitos equívocos são gerados, quando um dos Poderes da República já esteja contaminado por frutificações de sementes venais que já sofreram processo de crescimento em uma história paralela em que na maioria das escolas já não se conhece, ou não é mais motivo de interesse, gerando alienação desde o início mesmo do encontro da criança com realidades que busca entender, mas que a família em muitas situações não possui esteio intelectual mínimo, ou ignora essas relações já que estão tão “distantes” de seu status. Devemos repetir sempre a máxima de que temos que construir um país com educação em todos os seus modais, de modo permanente. Esse encontro com a educação deve existir com os processos de tecnologia atuais, bem entendido, mas igualmente com a compreensão e vivência dos processos artesanais, dos antigos suportes da arte, das origens do pensamento, do que são as religiões e sua importância ou não, do que são sectarismos e preconceitos, enfim, do que são os Direitos Humanos Fundamentais e o que realmente significam suas subtrações e o desrespeito com relação a leis que deveriam reger as sociedades para o bem coletivo e individual. Isso permitiria darmos uma alavancada em um processo que enriqueceria toda uma população que hoje apenas é refém do “aculturamento industrial”, que vai desde o mal uso da eletrônica, ou da ignorância cabal em relação aos meios, à exposição de conteúdos violentos ou torpes nas TVs abertas ou fechadas. Quando se dá um crédito às superproduções e ao gigantismo de certos veículos, acabamos por acreditar em falas e notícias que não primam pela verdade, e sim pela parcialidade ideológica, o que é igualmente sofrível. Haveremos de estabelecer certa renúncia aos gozos de sentidos que alimentem essa engrenagem, e encaminharmos o erotismo libertador no sentido de pautar pelas mudanças corretas no seio de nossos contextos sociais. Melhor seria dizer conceitos, pois a contextualização parece-nos que justifica ações que passam pelo crivo dos “significados relativizados”, e por vezes a demanda daqueles que carecem desse conceito em estar mais consciente perde pela manipulação de lideranças que deveriam estar proscritas pelos seus erros e utilização das massas para se perpetuarem em impróprios ossos do ofício.
          A postura de um cidadão/ã que se possa guardar como alguém que se preocupe com o lado mais social, com uma democracia representativa de fato, há que se ter na sua atitude a ingerência de saber que uma democracia deve funcionar com a participação popular e, mais especificamente em um município, com as virtudes de um orçamento participativo, onde as comunidades resolvem seus problemas com muito mais participação em suas lideranças, em um movimento dinâmico onde a cúpula delibera para a maioria ou, mais propriamente, de acordo não com o capital recebido por alguns poucos para a eleição, mas com os votos recebidos da grande massa… Procurar fazer campanhas limpas é um começo de termos uma democracia mais correta e humana, quando se vale a proposta, e não contando-se faróis em promessas absurdas que acabam não se cumprindo com a justificativa de que não há verbas o suficiente, ou que não houve repasse federal. Quando acontece de caírem os pilares emergenciais como o da saúde e da segurança, passa a haver um desencontro muito crítico entre o governante e seu povo. Passamos a ter uma situação-limite onde o próprio governo acredita que deva mostrar suas faces impopulares, pois acredita piamente que o que o levou a um status de poder permitirá que ele seja mais graduado em outro. Estas situações fazem com que toda uma massa de extremada ignorância por vezes flerte – mesmo na pobreza – com o fascismo, sem ao menos saber o que isso significa. E o extremo mais inóspito dessa pobreza de caráter é ver esse flerte ser utilizado por grupos de pretensa vanguarda popular fazendo o mesmo para arregimentar forças e chegar ao tão esperado empoderamento de seus quadros: a temática das concessões é motivo concreto de tristezas...

sábado, 5 de agosto de 2017

OLÍVIO E SUA ALCUNHA

            Pois bem que Olívio recebesse a alcunha, o apelido, de um nome pechado. Uma pecha, um qualquer que o dissesse, a ele não importava. Sua existência, ao seu modo, era mais ampla do que nomes, mesmo que os rótulos das garrafas importassem aos conteúdos, mas logicamente haveria de se retificar o processo de fabricação, pois de muito grassava a burla. Imensos tonéis eram e gratificação, quase com processos inversos, e muito do que se bebe não se sabe seja o que. Sua alcunha, a de Olívio, poderia ser da honestidade, mas a farsa parecia ser comum a todos... Afora o mundinho dos celulares, todos ausentavam a posse, pois que a eletrônica tornava-se o ganho afetivo. No mais tardar, em um clique por fora do que se pensasse. Quem sabe houvesse algum clique controlador, ou quem sabe os cliques negociassem notícias ou casos. A pesquisa tornava-se uma palavra quase obsoleta, pois a que durava enquanto se processava estava nos bancos de dados e nos estudos gerenciais, de tal modo – a se dizer com franqueza – alcunhas a Olívio não interessavam muito, pois ele se concentrava naquilo de solidez que apanhava nas rebarbas dos cimentos, das calçadas, de seus estudos, seus apontamentos. Parecia que o mundo fazia um eterno e dialético sentido, e era sim, o fato. O mundo é um eterno diálogo, e encontrarmos as contradições de certas coisas fazem dúvidas se estabelecerem em que, se depender de nós, torna-se um ritmo saudável, nem que o seja em um debate conosco mesmos, uma literatura onde se possa pontuar o mesmo diálogo que nos atravessa o intelecto qual força incandescente de luzes. Podemos nos arrebatar por estas e compreendermos algo como em um repouso em uma rocha de um pássaro marinho já muito de se voar. Basta que queiramos, se é de favorecimento portarmos um livro que nos dê o respaldo, e tornamo-nos objetos de curiosidade, quiçá, quando folhearmos o livro em um painel do futurismo em que Marinetti, por exemplo, tão bem encontraria seu regaço, principalmente na velocidade de um elétron sem núcleo no átomo, ou muito distante realmente do evento! Quem dera, não que se o diga o tempo do Futurismo, os movimentos, a cinestesia, os planos do Cubismo, o Cinema, a invenção. O tempo retratado não importa, mas quiçá algum selvagem ainda goste de Gauguin. Pois erremos pelas veredas, sejamos selvagens no asfalto, por dentro, intelectualmente, bem dito, pois de vandalizar-se a sociedade o próprio sistema incentiva com a violência e a exposição de filmes de conteúdo brutal.
            Quem dera que corrêssemos erraticamente à busca de um bom senso comum, a se espelhar no que acham os líderes do que se tenha que fazer, e que comecemos a fazer com que os mesmos compreendam que estamos em uma consciência avançada e lúcida: esse é o papel do povo brasileiro. Um papel civilizatório em que não se pense que obteremos as receitas de papel passado, mas que passemos a ler mais, a refletir mais e melhor, a gerar verdadeiro afeto, não nos imiscuirmos nas questões de interesses negociais apenas, posto o trabalho per si peculiarmente é mais nobre quando empresta a sua força, sempre, e a contraparte é que está errando, obviamente, quando aceita uma reforma que subtrai do trabalhador os seus consagrados direitos e impõe taxas territoriais mais caras. Creiamos que o processo civilizatório só ocorre quando há progresso social e interrompe na escala do tempo quando o cidadão perde por motivos dos lucros desmedidos, da concentração desigual, mesmo que isso esteja acontecendo em um século onde já deveríamos dispor das ferramentas em prol do trabalho e dos homens de fé. Os que se irmanam pelo progresso, aqueles que não recusam a ciência, mas que são capazes de plasmar sentido e forma aos seus objetivos, ou mesmo aquela empresa que sabe gerir o conhecimento de seus trabalhadores, coletivizando o bem comum. Assertiva válida em qualquer domínio – o conhecimento – pois enquanto estamos na escola, o cultivo de se conhecer algo gera melhores frutos quando compartilhado, ou seja, aprendemos mais quando somos solidários, e não escondendo o jogo para que outros estejam mais fracos na selva que se torna o atraso econômico onde criamos rivalidades onde não deve haver.
            A alcunha de um ser sobre um tipo de proposta qualquer por vezes parte de premissas tão absurdas quanto afirmar que um salário alto a um trabalhador que possa progredir de vida é socialismo ou coisa que o valha. Por vezes não há luzes nos sobrecenhos de certos senhores e senhoras. Como se dissesse, por exemplo, que um prefeito que fizesse um saneamento básico realmente válido em regiões pauperizadas, em um claro melhorar a qualidade de suas águas seria alcunhado de comunista ou algo similar, por estar retirando parte do orçamento de grupos reduzidos na proposta de envidar esforços para resolver áreas críticas de uma cidade. Melhorar a qualidade de vida de uma cidade é melhorar a todos, e essa será a condição que um povo e seus governantes tem a obrigação de cumprir para que sejam considerados progressistas. Nem que se permitisse o mutirão, o sacrifício de trabalho conjunto, mas que se desse o material e as ferramentas, o planejamento, que se respeitasse um plano justo para as cidades como um todo: em cada rua, cada casa, cada bairro, em uma consonância com o desenvolvimento como panorama de uma sociedade mais livre de carestias impostas pelas garras de monopólios e corporações gigantescas e nocivas ao andamento do pequeno, micro e médio empresários.
            Se quinhão fosse alcunha de Olívio, certamente ele ajudaria a repartir... Repartir o que falta à Nação Brasileira. Volumes de dinheiro expatriados, verbas astronômicas, concentração de riquezas desmesurada e astronômica. Um verdadeiro país se faz com a justiça social. Por isso uma boa alcunha para um cidadão é: socialdemocrata. Alguém que prime por uma democracia representativa, genuína, integral, aliada ao interesse de nossos governantes por uma paridade social, por uma justiça desse cunho, que priorize e engrandeça o trabalhador. A repartição dos lucros, sua participação àqueles que emprestam sua força, a redução da jornada desumana, a ampliação de caráter cultural dos povos, a preservação e consciência das diferentes etnias e preferências existenciais, a equanimidade que busque uma paz duradoura entre as nações, e o aprofundamento diplomático com relação a contendas seriam razões de sustentabilidade de uma vida majorada perante um mundo tão conturbado em que vivemos. O mundo é um: em que estamos agora... Esse é o mundo em que o homem é apêndice, mas não seu dono. Estamos passando por aqui por muito menos tempo do que os dinossauros, e podemos estar construindo nosso próprio cometa. Estamos errando, muito errados estamos sendo. Não será através dos mecanismos de “pesquisa”, manipulação, treinamentos de guerra e respostas rápidas que estaremos aptos para girarmos a roda em outra direção, enquanto ainda é tempo. Se todos nós não tomarmos consciência de que cada prazer pessoal reside por vezes em hedonismos sectários, estaremos nos aproximando de uma Era cavalarmente dura, procedural, fria, ausente, técnica ao extremo, com fartos índices de enfermidades de origem nervosa, violenta, crítica. Enfim, temos muito a aprender conosco mesmos: a revisão de nossa história como civilização já revelou o que era injusto,  e o que era o progresso social. Se nos colocamos como definitivamente egoístas com relação a uma sociedade mais justa, dando aval à hipocrisia e à desavença, dando importância demasiada para uma materialização de nossos desejos apenas, pessoais, egocêntricos, veremos finalmente que o antropocentrismo não será jamais válido, pois a Natureza já está mostrando o oposto disso.

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

O DESFAVOR INCONSISTENTE

            Das vias em que estamos acostumados a trilhar, como uma rua, uma calçada, uma trilha, ou mesmo – se não for caminhando – por meio de um motor, a impressão que se tem é do espaço... Teremos igualmente o espaço de uma caminhada intelectiva, de nossas impressões, algo subjetivas, a educação que porventura nos tenha alcançado por meio de distintos rumos. Podemos chegar a um ponto algo investigativo de queremos informação, mas isso pode assustar um leigo que quer o conhecimento, de um leigo, bem dito, mais culto, pois aquele conhecimento geralmente é maior e mais extenso do que a informação. O conhecimento mais veraz dá sustentação ao mundo das informações, e a retórica do que muitos fazem com estas pode variar incluso em aplicações desmesuradas, porquanto ações que simplesmente sirvam a interesses os mais variados, mesmo aqueles que pecam pelo injusto da parcialidade, como temos visto em quase tudo no nosso mundo. Sobre estas linhas de cima desabam olhares que perscrutam sem saber por que, sem ao menos terem a predisposição de tentarem ver com o mesmo entusiasmo em conhecer, quem diria, o que vem como algum aprofundamento necessário, em que linhas entrantes nos reservem a cada dia, nesse diálogo interno que possuímos conosco mesmos em uma rotina que deciframos como algo de sempiternas faces.
            A face da Verdade reside em não servirmos a escusos interesses... Em um exemplo evidente, a contestação contra a corrupção tem sua validade quase sagrada. Mas as rochas por vezes se irmanam e falamos de um mesmo mar já embaçado em uma baía que poderia ser a tradução de um país, uma nação, se bem a entendermos, e o modal de outros não seja aplicado, mas que os outros revisitem seus processos, posto a continuidade caracteriza a farsa de filtrar-se culpas. Eis que os cartórios já tenham carimbado suas missivas, mas estas deveriam ser extensivas a que um pretenso “representado” por um voto popular não esqueça que está traindo, quando sabe de sua eterna motivação em subtrair daqueles que os colocaram no Poder. Vorazes são os sentimentos dos lesa-pátria... Estes mesmos que pressupõem de um país ou um estado ou um município o seu território de ataque, com suas máfias e organizações que retomam algo que gira incólume sobre a superfície de asfalto-retórico. Retórico posto premissa de escoar sua indústria gestando a desigualdade orçamentária, asfalto posto indústria argumentativa, em tapar-se buracos de promessas feitas em grandes maquilagens processadas na contravenção.
Quando um cidadão reside em uma casa, jamais deixará que lhe falte a intenção decente de mantê-la com víveres, com água, com luz, com gás, limpa, arejada, com ou sem seus bichos, que fazem parte da cidadania como ele. Bem dito, os bichos cidadãos! O direito inalienável da propriedade, enquanto leis que nos rejam. Afora isso, é conjectura, a realidade transpassada, um sonho quiçá, uma transformação que surge, uma mudança de paradigma... Mas não a realidade que vivemos em um país que ainda possui sua Carta Maior na Constituição de 88, que deve ser revista e ampliada nos aspectos dos direitos fundamentais. Muito trabalho foi empreendido para termos essa democracia, e a sociedade como um todo não deve aceitar outras leis que lhes sacam os direitos e botam em xeque conquistas consagradas, como ela. Deve-se sim punir não apenas o dolo no crime como o dolo no justo parcial e de interesse escuso. Se o asfalto que tapa buracos acaba por calafetar os poros das calçadas através de corrupções judiciárias, estaremos com os Poderes sumariamente infectados: cronicamente doentes. Deve haver um esforço sobre humano para resguardarmos um aspecto de justiça imanente para o qual devemos reservar os direitos do cidadão para uma plataforma que permita maior resguardo social, melhoria trabalhista, garantias na realidade de uma Ordem soberana a ele, justeza no aspecto sanitário, melhor distribuição de rendas, salário mais justo, etc, a que possamos pensar em termos um país melhor. Se esse fator faz de inimigos do povo recusarem os andamentos dos processos que elucidem o que se passa, o mesmo povo passa a ter que votar naqueles representantes que sejam realmente justos com relação a ele, com uma tomada de consciência que demande ao país mais solidariedade e menos casuísmos. No sistema em que vivemos, enquanto a classe empresarial não compreender que deve haver cada vez menos carestia no mundo, que todos devem ter oportunidade para empreender, o que seja a expressão algo usada, ou mesmo que os salários sejam compatíveis com uma vida digna para o trabalhador, não avançaremos enquanto sistema, pois basta acompanhar o que acontece com o país padrão para muitos brasileiros: os EUA, que já enfrentam graves crises sistêmicas, em um andamento que já assusta pelo rol de um fracasso praticamente inevitável, e uma concentração de renda já há muito totalmente desigual...
Falamos até aqui de um platô reservado a uma realidade, a um tempo em que estamos sitos, aos parâmetros que temos por recursos, a uma grande massa trabalhadora que deseja justiça – sempre – e da ignorância monolítica daqueles que estão aninhados no conforto do Poder Legislativo Brasileiro, para citar a condição inequívoca de uma Nação em que o conservador tende a ser provecto, ou talvez tão ignorante que se torna um cavalo de viseiras que olha apenas para o viés do que não deva existir na política. Pois sim, a ignorância está francamente sediada no país, e enquanto não olharmos para todos os lados veremos um grande desfavor tomar conta não apenas da grande casta empresarial brasileira, como dos pequenos e médios, que alcançam em seus meios a última tábua de salvação da economia nacional. Justo, enquanto não houver um panorama patriota com relação à massa trabalhadora, não haverá justeza econômica nem produtiva. Saudades temos de uma era em que a socialdemocracia era o esteio de muitas nações no planeta, em que agora temos uma categoria econômica que ausenta de esperança a caminhada que temos pela frente, unidos, a tentarmos um alvorecer soberano ao mundo como um todo, em que nosso país desperte renovado por um espírito de mudanças reais no presente, de uma releitura saudável da História, e de esperança em um futuro melhor, nem que para isso tenhamos que fazer certos sacrifícios em saber olhar com mais foco, ou estudar mais para termos estrutura intelectual e liderança concreta com relação a nós mesmos, pois aquele que não sabe se gerir, não pode gerenciar. 

terça-feira, 1 de agosto de 2017

UM NADA QUASE PAIRA

            Seria muito dizer de um algo quase... Sim, no suposto quase, um nada, um reflexo de um mar de chumbo em sua própria água, espelhando a si mesmo como quem embandeira um xeque quase mate. No dos outros, obviamente, mas a questão é tão imprópria como conteúdo inclusivo que nada parece fazer sentido do que a equação mais pura de contendas previsíveis e datiloscópicas, revelando ao tempo e apenas a ele o que é de manifesto e o que é de manifesto oposto, em um quase teorema resolvido por agendas enferrujadas por casuísmos, compras, vendas, ou o oportunismo do saudoso mundo repleto de sonhos de farsas. Como uma grande alfombra tecida em urdiduras quase incompletas, que se sucedem a construir e desfazer os fios de tramas eternas, pairam por cima paquidermes da história que só ausentam o cerzimento, obrigando a costuras e remendos, um por cima do outro, no que resulta apenas o fato do mesmo elefante não querer se levantar, mas apenas pressionar o confortável calor que não o deixa na posição de sentir a terra de uma vivenda mais “sóbria”. E continua o arremedo de algo nada que fora quase, e que paira até mesmo na grande nação! De um Norte, bem entendido: de muros, de racismos, de contendas de classe, de um anátema matricial na espoleta não deflagrada nos corredores de um hospital, entre tantos no mundo, em que uma criança aparece com a pálpebra fechada por um disparo, em uma imagem que se torna lugar comum na brutalidade cotidiana em que não paramos – quando em nosso egoísmos em direção ao poder – para observarmos que o mundo é extenso, e a fronteira do click está em se clicar. A medicina precisa de próteses urgentes, as minas invadem solos sagrados, os ateus passam com suas certezas dogmáticas, revolucionários de carimbos não acreditam no efeito estufa, e passamos desagregados na imensa falácia do companheirismo de covardia, de sentarmos no chão perante forças que estão ali para nos proteger, e ao patrimônio comum. A falácia está à solta, e um jornal reza por merecer nome, e aquele nome que o jornal não possui de crédito se torna um nome estigmatizado por algo que alguém poderia alcunhar de inteligência, mas que o vernáculo de sensaborias toma as dores que são reflexos do que jamais houve, de uma relação “inequívoca” com o atraso...
            Não, que não se dessem nomes aos bois, que a manada é grande, e quem cantou nunca leu Huxley, apesar de apenas conhecer Ramalho. Pois que a arte seria popular, do nosso chão, como bem disse Beth Carvalho, mas quantos estão dispostos às piras do sacrifício, de carregar as cruzes de trabalhos insalubres de outros vulneráveis a que não saibam, mas que do não vulgo representar, do espelho líder... De algo que seja o que? A predisposição confortável de negaceio de um enfermo aos olhos perscrutadores de quaisquer agremiações políticas? O que pensam de manadas, pois que somos todos o mesmo: viramos espécie insalubre, meus amigos. Se alguém não possui uma cabeça de parafuso que não espana, como vai encaixá-lo, se não cooptar ao menos a ferramenta, ou simplesmente comprar novos furos? Pois disso que se diz, a cada buraco seu nada. Milhões de orifícios estão à disposição, e há parafusos para vários tamanhos, mas as cabeças estão espanadas. Metem rasgando, de qualquer maneira, em qualquer direção, e vão minando superfícies, estragando propostas, isolando luzes, empenando a casa. A casa é comum, a casa é um universo, não importa a teoria das cordas, nem os fractais de uma limalha e seu ímã. A ciência não dita a regra, pois a balança já pende para as guerras, e, enquanto um ser olha de modo feroz para outro por qualquer motivação, já se vê que não está no solo, porquanto ainda possa se revelar o mais lúcido dos mortais, revela apenas um nada que paira como um ruído etéreo em seu sentimento, uma poeira que tenha deixado acumular em seu caráter, uma raspa de um tacho feito palavra ou frase que lhe sopraram em surdina, uma desconstrução a respeito do outro ou, finalmente, a técnica persuasiva de quaisquer lados experta na ciência manipuladora do indivíduo e da coletividade. Qualquer modal que resolva a equação na construção de uma paz consagradora entre os povos já é uma saída de cavalheiros ao menos que resguarde – assim falando em fronteiras – as fases difíceis de uma grande nação, quando justamente se pensar que a paz se faz com a justiça social nas sociedades, e suas reformas verdadeiramente favoráveis ao seu desenvolvimento: humano enquanto preservacionista e menos carnal e materialista.