Hoje
quem sabe seria um dia de alguma realização. Ato reflexo, talvez seja mais e
mais sobre algo, ou mesmo não encontremos muito sentido dentro de carapuças
reinventadas. O que nos aproxima de algo mais realista acaba sendo a arte vista
por um lado proficiente, exato, algo como não ter faces: uma ilusão da
retaguarda dos significados... Hoje será e já é. Contamos no relógio as
concessões que nos dá o tempo, esse mesmo que é invenção do homem, na
linearidade onde vão se acumulando as ilusões, como um contêiner onde o que
está embaixo verte-se na sombra do passado. E o que vai se estocar significará
o futuro do desembarque, em que a retaguarda passa a ser o futuro, posto
espelhar a ilusão para adiante torna-se frente do que esperamos, e vem
alcançando as chamadas metas daqueles que são estritamente técnicos, ou de
outros – já sem metas – que tentam sobreviver no panorama cáustico de nossos
dias. Essa pretensa retaguarda não só é compatível com certos sentimentos que
outrora possuíamos, como com um passado virado futuro no retorno que para nós é
compreendido assim como quando voltamos a um lar. Esse mesmo lar, esse abrigo
que pode ser o colo de uma mulher, mas para alguns isso parece impossível,
quando estes enfrentam os estigmas a que são submetidos nos dias e nas noites,
no tempo que não deciframos, no fator tempo que devora a nossa vida na Terra –
quiçá – preparando ensaios futuros. O ensaiar-se padrões não seria o ideal, mas
que o padrão igualmente dialogue, no mínimo é de bom senso. Assim, quando se
fala em carapuça nos vêm à cachola super-heróis, algo parecido, do mito
infantil, de nossas crenças no passado, e quem nada possui de concreto a
realizar no mais possa acreditar nisso, e aqueles que são bem sucedidos em
alguma empresa tornam-se um pequeno amálgama do poder, que pode crescer a
proporções agigantadas... Não que seja fator negativo, mas o crescimento sem
estrutura sustentável é que assume proporções inusitadas, no contraforte
gigantesco que por vezes pode assustar, ou alarmar, melhor dizendo, a sociedade
em geral com seus vieses de ordem ecológica ou humana.
A
salva guarda no processo de uma civilização bem constituída se dá na
continuidade de um processo estruturante de conjunturas que resultem dele, em
um intercâmbio dado com base no planejamento e em um plano de metas que
sustentem – aí no ditame literal – as conquistas mais humanitárias e justas
socialmente, dentro do painel imenso que uma verdadeira democracia mais
participativa nos oferece em seu painel dinâmico. Não é uma questão de
raciocínio, mas do estabelecimento de um pensamento de vanguarda para
garantirmos não apenas o que vem de uma perspectiva mais sóbria e realista, com
igualmente darmos asas à imaginação e seus processos criativos para
alavancarmos todo um país e seus potenciais. Não precisamos sustentar nossas
assertivas dentro de padrões já superados pela história, pois uma releitura
permanente de nossos próprios caminhos e aqueles trilhados por países com
melhores índices de desenvolvimento humano é que devem pautar, como referências
necessárias e respostas resultantes, como devemos proceder para encontrar
saídas efetivas e concordes com a nossa realidade: passado, presente e futuro,
este dentro de um planejamento cabal e necessário.
Não
devem haver dissenções históricas que não nos resguardem a coerência importante
para alcançarmos nossos objetivos, e não será separando uma sociedade em
classes que deveremos reverenciar projetos fracassados na passagem de muitas
nações, que muitas vezes se tornaram totalitárias em nome da manutenção de
ditaduras, seja de direita ou de esquerda. Qualquer tentativa de justificar uma
luta gera rancores e ódios, e na atual circunstância mundial não há mais espaço
para esse tipo de contenda, aliás, para nenhum outro, especialmente no espaço
físico entre indivíduos, pois que devemos tentar ações que nos aproximem, e não
aquelas que nos façam digladiar, altercar, qualquer ação que gere atritos, pois
isso só permitiria um clima de hostilidade onde o crime organizado consegue
cada vez mais espaço em suas violências desmedidas. Quando obedecemos a uma
Ordem social estaremos mais aptos a sairmos do silêncio de nossas retaguardas
ilusórias, planificarmos melhor nossos sonhos e torná-los mais reais.
Finalmente, credite-se um tempo de reflexão para que pensemos que, se um
Governo não fez algo que deveria ter feito em alguns pares de mandato, não é
agora, enquanto oposição, que queira mudar certas plataformas de conhecimento:
devemos aceitar transições históricas, e o povo que possuímos, pois será
através da democracia que poderemos – enquanto massa, lideranças, ou mesmo
intelectualidade – restaurar os erros cometidos pelas implicações de falsos
representantes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário