domingo, 27 de agosto de 2017

CARTA A QUALQUER UM

          Quem sabe um dia falaremos sobre a paz, em um banco de praça, em um assento coletivo, de um modo mais verdadeiro, quem sabe um dia, meu amigo que ao menos se pretenda mais humano… Diria alguém que não se contestasse nada, diria com os olhos investigativos o prazer de mórbidas curiosidades, mas que essas pessoas não precisam necessariamente estar presentes dentro de litigantes moradas de seu ser intrínseco, pois a paz tende a ser simples quando estamos mais afeitos a ela, com um modo nada odiento, já que essa questão iracunda atrapalha até mesmo os nossos mais íntimos entendimentos. Não há apostolados maiores quais não sejam os desejos de trilharmos uma vereda de luz nada candente, progressiva, de sol à lua, de estrelas, qual sabermos que dentro de cada sofrimento que alguém imputa talvez haja motivo sobre, e que as feras que nos assombram podem ser carapuças sinistras que nos calcaram até o pescoço. O odiento é o preconceito, justo que não é justo, não se dá entre os bichos, e que faz da humanidade, quando os mata, trilhar caminhos inversos, pois um boi é mais lindo do que uma flor em seus sentimentos, e o leite de uma vaca é maior do que o humano, pois distribui-se além da preferência do animal.
          A carta pode ser de quem a leia, e sobremodo não estaremos em braçadas ao bom senso se não escrutinarmos a ciência do que pode vir a ser uma realização mais espiritualizada. Pois que esse é o termo: o espírito dos seres que habitam o planeta, no que não versa ao conhecimento da mesma realização e consequente consciência do fato quando impomos fardos a quem quer que seja, a que espécie for, na lógica que não pertence à Natureza em sua essência de Vida. As fontes desta se destacarão sempre como a verdadeira questão que não nos separe – de preferência – de seus conteúdos, pois a Paz Mundial depende de aplicarmos essas assertivas, na atitude de tolerância e na não violência como manifesto urgente de nossos predicativos. Quando Pedro ergue a Igreja, o Ocidente cristaliza e se move a partir do princípio com a Palavra, e é desse modo que devemos seguir, e assim sendo, com um amor que se destaque pela compreensão do próximo teremos um mundo mais habitável e coerente à uma espiritualidade que inunde o mundo material em um encontro com o Ser maior, que demanda sabermos que seja sempre toda a Natureza: as suas águas, o céu, os oceanos, o clima, a casa comum e seus seres, destes que somos o Homem e a Mulher, que por vezes padecem ou fazem outros padecerem pela questão tão complexa do livre arbítrio, que deveria ser concedido apenas àqueles que lutam para melhorar a vida de todos, em uma casa, em uma rua, um bairro, um país e ao mundo!

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