A vida não se encerra na pirotecnia
de um lençol freático de desavenças
Posto o mesmo não é respeitado na
apropriação indevida da riqueza...
Deveríamos pensar no mundo como
habitat, como um sol que espera
A cada dia sentir em um ombro de
ser verdadeiramente humano
Que ali está uma alfombra delicada
de um sacrifício mítico
No que esquecem de alguém
como o descarte de uma embalagem!
Não há heroísmo em nada,
companheiros da mesma selva de sempre...
Nada é realizado para a mudança nas
estruturas de um Poder quase sempre
Almejado por si e per si e, não
obstante, aquele que queremos é a paixão pela vida
Em que sintamos a aurora despontar
fora das paredes ilusórias de algo de acerto.
Pois bem, supõe a vida aqueles do
antigo discurso, ponteando cláusulas
Em torno de uma lâmpada que a
muitos ofusca a luz de uma fonte
Que incomoda pela presença, pois
revela aos povos o pé da Verdade.
Sinistras arquiteturas de um
surgimento quase apocalíptico vêm a uma tona
De tonalidades mistas em que,
sabemos, que legiões de legionários treinados
Naquele treino compulsoriamente
previsível não percebem mudanças maiores.
A fascinação pela vida, em muitos,
passa pela fé, uma fé de outros mundos
Que vem a dar as frentes de uma
libertação sem as amarras existenciais
Do que se chamaria atrelamento
burocrático nas coisas do Deus ausente.
Estamos fascinados pelos botões,
pela comunicação em displays conformes
Quanto de sabermos que as ruas têm
suas próprias pedras, renitentes,
Em posições – algumas voláteis – e as
do mar eternamente firmes em si!
Parecemos que somos grandes navios
em nossos portos claudicantes
Por uma ordem que cambia a qualquer
preço: evanesce, ensombrada...
Não dista muito o que queríamos
saber de outros processos de alcunha
Quanto de outro suficiente não será
jamais uma situação de sonho em acordar
No pós surrealismo de nossas
frentes em que por vezes nos nomeiam de reais.
Quiséramos atravessar um tormentoso
mar de desditas quase improváveis
Quando o que se nos espera sabe de
um muito quase nada ao pouco
Quanto o ignorar das gentes que se fazem
cultas atravessa uma escola sem nome.
A vanguarda de uma tecnologia
libertária é fascinante, e nosso mundo o é igual
A tantos que já fomos, e ao que
seremos ainda hoje, porquanto saberemos mais
Quando soubermos nos portar a sermos
homens e mulheres não sectários.
Aí passa, mais um pequeno “detalhe”,
que todo ser que porta uma doença mental
Não deva ser assediado por pressões
de qualquer espécie, nem de uma manipulação
Que o mantenha na separação cruenta
dos seus espaços existenciais, pois isso
Nada mais é do que é do que um
preconceito arraigado no abuso de sua boa fé.
Justo que a enfermidade de qualquer
modal deve permitir a um ser que amplie
A fascinação concreta pela vida,
pois um quando se torna curado e retorna
Por vezes sente mais e está mais
sito na realidade do que os puppets
da “libertação”.
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