Verdes heras circundam uma casa com piso
de cimento velho
E a tessitura da pele não reclama, posto
vertente solar
Onde se deposita um beijo de séculos, a
mais, de não poder...
Encontrar a semântica no significado é
como espelhar letras
Na embarcação enfunada de velas turvas
pelos ventos
Com o leme seguro por mãos de uma seda de
carmim...
O ente amado, a mulher consagrada, seria
tanto de tudo
Que a poesia feneceria muitas vezes a se
pressupor em amar.
Poderiam as sementes do poeta deixar o
ventre da terra
Ter para si as questões de uma existência
de rainha
Quando aquele versa mais uma linha entre
tantas e de todos?
Aí sim, qual não seja, uma poética de não
decifrarmos
O senão de uma proposta mais ética, dentro
desta que não é
Exatamente a que supúnhamos refletir o
silêncio da madrugada...
Pois sim, nós velejamos na superfície do
tempo, dada a guarda,
Por onde silenciosamente abraçamos os
espinhos da rosa rubra
Com um punho regalado de forças e
consonantes com as searas.
Que seja, o amor que sua as letras é um
amor de ferro e malte,
Um amor de azinhavre, de óxido, paradoxal,
de proa e popa
No que a palavra da arte enriqueça o olhar
que se debruça sobre!
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