domingo, 27 de agosto de 2017

DO RETORNO QUE NÃO VEIO ETERNO

Saberíamos mais do que todos se porventura nos calçasse a dúvida
De pensarmos ser cíclico algo que não supõe a progressão da vida
Ao que dos humanos falamos de coisas dos ciclos, enquanto da Natura
Vemos claramente coisas que não retornam com a nódoa de óleo no Oceano.

Quiçá uma versão pessimista nos abrace, quiçá tenhamos fé em um display,
Quiçá o sexo nos turve ao otimismo febril do hedonismo, e em sua companhia
Trilhamos a adoração a um sistema que já mostra as ferruginosas engrenagens…

A se dizer, não somos mais tantos em equações que não nos esqueçam
Posto a ciência do sepultamento das culturas tece a antiga trama alicerçada
Nas vestes de um bom samaritano de uma religião do Norte em trajos mexicanos.

Sabemos que a fama é um endereço capitular que assombra aquele que a alcança,
Quanto de forma não se traduz no esforço, porquanto uma vida seja necessária
De estudos frementes a que não nos ditem depois da filosofia que é obra mediúnica!

Não, que tendemos a ver de um modo quase transparente, e o eterno gotejar
De nossos dedos sobre superfícies lógicas nos fazem pensar que os antigos
Talhavam tábuas para uma placa onde a praia ainda era um paraíso em vida!

As mãos nossas que não se transformem em garras, por credulidade aparente
Quando pontificamos sobre a questão transformadora da matéria, que tantas vezes
A transformamos e que agora só nos resta mostrarmos que somos também equivalentes…

Gera a resposta algo de um carro quase inteligente, ao que um poeta assaz satisfeito
O está apenas por saber que o que escreve talvez jamais será um retorno de ciclos
A que premissas algo de mudanças só revelam que o atraso também quer retornar.

Do que seríamos ciência, agora o atraso quiçá seja importante de seu próprio gesto
Quanto de miríades de outros gestos que o comércio impessoal rende ao sistema
De tantos outros que se podem fadar ao fracasso do controle por aí sim
De não se ter permitido um retorno que não deva ser eterno enquanto fonte…  

Nenhum comentário:

Postar um comentário