quinta-feira, 31 de agosto de 2017

TRANSCENDER-SE

As cores do mundo se sucedem como aquelas que não temos sempre
No que não ditemos o painel sufragado de um tempo sem nome
Onde jamais esperamos o que se reporte como único suporte igual.

Havemos de supor que um dia a matéria quase como se dissipa
Em um entendimento de se ignorar, mas que se transmuta em verdades
Nas veredas que aguardam o foco de luz do sol em vertentes cabais!

Havia sim, um pressuposto de ganharmos um dia a nossa vitória
Em sabermo-nos gentes ao ponto de cruzarmos tênues fronteiras
Quanto a vermos que nem sempre se compreende o terreno ilusório.

Uma fachada não nos diz de toda a arquitetura que por ventura
Nem sempre vemos no que, saibamos, uma janela transcende o ver
A partir do momento que se fechem portas e a existência não seja...

A quase um cristal sereno de um longo beijo de carinho, que o seja,
Que esteja presente nos seres, não apenas em nossos caminhos
Mas no florescer de um gato ou um pássaro que encontre seu igual!

Que o trabalho pode fazer-nos transcender a própria substância
Em que uma lavra, uma manufatura, a linha de produção, a obra,
Todas são a dedicação a algo de mais gigante, posto a Natureza fala.

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