quinta-feira, 29 de junho de 2017
LAYERS DE PREDOMINAÇÃO
Falemos
de uma verdadeira tese sobre o que aflige um estudante, já no
cumprir do eterno estudo, mesmo enquanto velho – ou quase… Uma
tese que não deve se extinguir, já que trata dos níveis ou camadas
de predominação. Há uma catástrofe aparente, há esperanças no
oculto, há os mistérios do Altíssimo, entre tantos outros
mistérios que não se revelam nas limitações da ciência. Há
veredas do espetacular que transcenda nossa realidade cotidiana não
apenas de cunho religioso, mas agora com novas inserções
tecnológicas, todas com o industrialismo do imagético, dos truques,
da maquiagem que profetiza aparentemente sensações mais acuradas.
Medievos períodos em que podemos – se soubermos – olhar de modo
mais distante, mesmo estando no olho da tormenta, nesta em que
verdadeiros navios de aço fundem-se no ocaso de nossos sistemas,
assim, algo integrados. Posto que a roda da história retrocede por
meios em que o fator humano é colocado de modo subjacente, pois o
que refletimos nos embates é apenas a inquietação hipócrita de
não estarmos praticando, dentro de nosso próprio imo, as atitudes
necessárias a que recoloquemos o giro do pião no centro. Nesta ida
e volta, nas conquistas de cada lado, seja na frente, atrás e nos
flancos, há um lance que não nos importaria muito, mas diz da
dificuldade em se amar nos tempos hedonistas de hoje. A luxúria em
sua forma mais nua e crua subsiste, por vezes, com o extremado grau
de promiscuidade, no que faz entender apenas como um escape, um uso,
um fim determinante, uma causa sem pensar no consequente sentimento
de rancor quando nos acomete a ilusão e quando a frustração nesse
campo gera temperamentos iracundos. Em uma equação temos que
discernir quando algo do excesso nos nubla a mente, mesmo quando esta
está em uma consonância, pois certas relações querem o predomínio
sobre o próximo, em sinônimos arraigados de propriedade, extensivos
a um afeto, ou mesmo no que o poder consente a aberrativas formações
de seus pares, no sentido lato de apropriação de objetos de prazer,
na coisificação do amor, quando investido em um jogo cruento com o
sentimento daqueles que urgem por justos sentimentos de amor, de
doação, de uma vida de companheirismo mútuo, não importando
jamais as questões de gênero e sua diversidade.
As
camadas de extratos sociais passam intensivamente pela experiência
dos núcleos familiares essenciais, e a vivência cotidiana ocorre a
partir do exemplo que recebemos dos progenitores… Os laços que nos
atam a uma vida de carestia e da não flexibilização dos
sentimentos por vezes nos fazem de uma relação que supostamente
teríamos em uma natural hierarquia entre mestres e alunos uma
inversão que sucede a conflitos em que sejam apenas um reflexo cabal
de uma profunda situação histórica de uma nação e suas péssimas
administrações. Tudo está integrado nas questões das primeiras
células da cidadania: a família e a escola.
Obviamente,
a saúde é a condição inequívoca que alcança desde o parto até
nossa morte. Portanto, serviço igualmente essencial, como a
educação. Na verdade, os maiores orçamentos de qualquer
administração deveriam ser investidos em ambos os setores,
principalmente pensando em dar acesso público a uma educação de
qualidade, e um serviço de saúde primoroso às populações que não
possuem valores para serem atendidas em instituições de saúde
privadas. Essa é uma questão sine qua nom para se
compreender o que é certo e o que é um erro em qualquer sociedade
civilizada que prime pela sua população trabalhadora e honesta. Há
que se acreditar nas empresas estatais com gestões modernizadas, em
que a população de um país possa usufruir de seus lucros,
igualmente quando sabemos que aquelas que são estratégicas para a
nossa soberania nunca devem passar para investidores estrangeiros, em
um processo de entrega daquilo que se pretende: ao menos o que se
passa com países de primeiro mundo. É absurdo que assumamos o papel
de país de terceiro mundo para agigantar a riqueza de falsos
governantes, que entregam as nossas riquezas a troco de seus
interesses escusos. Assim não se cogita uma governança. Esta deve
funcionar com um Estado libertário, de preferência sem dívidas com grupos que têm
na sua razão de existir expropriar as riquezas de um país. Assim,
sem camadas de predominação, seria mais fácil administrar
verdadeiras riquezas em uma distribuição ao menos mais paritária,
ao menos se a justiça social não fosse um caso de polícia, quase
sempre. Justo, se tivéssemos uma sociedade paritária teríamos
muito menos violência. Essa e outras são verdades para leigos em
assuntos básicos sobre cada situação em cada nação, pois se não
prezarmos pelas instituições que possuímos que exercem um serviço
ao nosso povo estaremos a ver um desmonte catastrófico aos
interesses nacionais. Veremos um achatamento de camadas efetivamente
patriotas, quando sabemos dos bons homens e mulheres de nossa
República Federativa, camadas estas marcadas por padrões de
empoderamento necessários a que se possa ao menos realizar ou
efetivar a visualização de pautas reivindicatórias no país, seus
estados membros e municípios.
A
se chamar de layer como uma figura geométrica planar, onde
desde a base de uma pirâmide vemos outros pontos referentes mais
altos, tornando o plano mais dinâmico, estabelecendo o diálogo nas
injunções entre bases e cúpulas “de base”, tornando mais
dialética a operacionalização na horizontalidade de natureza
simples, dentro de verticalizações necessárias para a conversa que
projete para uma estrutura que não seja estanque. Como proceder?
Procurando os pontos mais altos de acesso a pautas reivindicatórias
na sustentação e apoio à sua posição e erguendo aqueles que
estão em processo de latência com alguma falta de cuidado e zelo,
dentro tudo isso na lógica de mercado, onde cada trabalhador passa a
ser partícipe em um trânsito equilibrado e firme. Por lei e pela
lei, a manutenção e valorização urgente de nossa Constituição
de 88, sem tirar nem por. Representatividade é uma questão
estratégica, e o limbo em que muitos estão metidos não dura muito,
pois acaba não sendo veraz e contundente, ao invés daqueles que
lutam para sermos um país onde o povo participe das questões de
suas comunidades e suas demandas inerentes…
O
importante é triangularmos vértices, fazer com que cada ponto seja
maleável, flexível, mesmo sabendo que sem o movimento nas
coordenadas fixas perde-se – quando não se tem experiência da
geometria espacial – a posição frente ao cenário que se
apresenta, o world: no jargão gráfico. Se dois vértices no
mesmo plano possuem, em cada, três outros, abaixo ou acima, teremos
a espacialidade criada corretamente a um processo de reconhecimento
estrutural de uma hierarquia que, no âmbito desses oito pontos pode
ser igualmente flexibilizada. Duas pirâmides ligadas por uma linha
paralela porém única: uma o inverso da outra, ambas podendo crescer
na dimensão da profundidade ou no volume de suas arestas dinâmicas.
Assim fica mais difícil a outros de achatarem os layers que não emanem
apenas de um fator causal, ou seja, uma única visão do pensamento
que não defina mais nada além de estruturas arcaicas de tempos já
analisados fielmente, com todas as contra propostas já elaboradas
por acadêmicos assaz monitorados por inteligências majoradas e, no
entanto, hoje, sem a flexibilização que não seja na grande ilusão
de uma colcha de retalhos ao redor do planeta.
quarta-feira, 28 de junho de 2017
VERSOS AO PODER
Temor ao poder por si, de um que
não escolhe o mundo em que vive
A outros que buscam a forma da
dominação de uma ideia ou um credo,
Que nos é tanta a vontade de Poder
que apoderamos o que não seja apenas
Uma veia que se ressente, um coração
que claudica, uma perna rota de guerras.
Surgem siglas praticamente
brincando com o horror aprendido em cartilhas
Ou copiados sem fundamentos de
filmes ou das lógicas do caos e anarquias.
Esse apoderar-se do poder sem razão
é um entorpecimento de certos custos
Que significam um pouco mais do
mínimo a que o costume da esperança
Já agora não verte mais a
substância do que seríamos mais justos e honestos
Quanto de saber de uma cidade onde
a saúde se negasse a curto prazo.
É raro um poder justo, mesmo sabendo
que nas esferas judiciais ainda se confia
Naqueles que não comprometem
posses, que não se aviltam no nepotismo próprio...
De se confiar ao que sucede em que
um país pede um Poder autêntico, democrata,
Algo que queremos de tal modo que
ao menos na esfera federal se levantem
Os homens que da União se aproximem
da Verdade e renitentemente lavem
As nossas carestias com a esperança
de não haver a brutalidade de certas ongs.
Siglas surgem, pois sim, surgidas
naquele fruto de terem obtido o poder
De manietar a si mesmos, pois
reunidos açambarcam os grandes fascistas
Em que se tornaram aquelas crianças
de pernas frouxas, acostumadas
Apenas com a cópia repetidora dos
repetidos avisos de alguma ordem inversa.
Dos que aparecem com seus óculos
confortáveis em suas produções sinistras
Que saibam que não amedrontam,
apenas quais não sejam aqueles
Que dão maiores valores ao que
ocorre nas telas quando são absorvidos
Pelos truques gigantistas e maníacos de MBLs ou coisas que os valham.
Haveremos de dizer ao mundo quem
são aqueles que depõem contra um país
Que preza pela participação
democrática, mesmo que o osso seja muito farto
Nas mandíbulas nada verazes
daqueles que possuem a boca mole, com poder
De anunciar de maneira alguma suas
flatulências de bons alvitres repentinos!
Moles são, de muito pouco movimento
fora de seus carrinhos de papais,
Giram pelo país que temos e somos,
chamando-se de brasis, na poesia ausente
Quando ainda se utilizam da palavra
Livre defecando sobre a bandeira da Nação.
Porcos que se chafurdam nos dias em
que muitos procuram seus amiguinhos
Na curtição de praticar o mal
quando entregam as esperanças do povo
Nas mãos da inteligência a que se
submetem para depois serem descartados
Como ovinhos de serpente sem casca
onde um gambá pousou seu focinho.
Não que não se permita, ainda temos
nosso aparato democrático firme,
Mas que a censura impute crime
àqueles que falam sobre perfídias e jogos
Naquilo em que se treinam desde
pequena infância, para depois em desfechos
Se tornarem monstros “evoluídos”
pela sistematização dos sem sistemas...
A própria criação de redes
milenares no nome apenas, mostra que em um segundo
O reflexo de seus atos sai como um
rato através de uma frincha e revela
A intencionalidade de urgirem por
algo que nem mesmo em sua parafernália
Sequer vão entender a que serve a
justiça mais elaborada em construção.
As siglas não nos assustam, pois
sua seara está em seus pórticos embandeirados
Na fusão de um condomínio blindado
e na concepção tardia de seus próprios fardos,
Estes que remontam a pré história
em que uma pedra significava apenas uma arma
Que em um salto quase profético de
Kubrick faz do osso virar tutano de canalhas.
Por Deus que vemos certos astutos
que depuseram a Presidenta Dilma, derrubando
Não apenas uma Presidenta legítima,
mas servindo ao serviço ilegítimo do lesa pátria
Ainda que tenhamos que remontar que
a história mostra que isso era um crime
Passível de punição rigorosa, e que
hoje na prática do desmonte chafurdam na lama.
Esses pretensos asnos de bandeiras
irregulares de bochechas do ninguém não sabem
Que o que os teceu foi o charco em
que o porco é animal sagrado se comparado
Com o menor gesto covarde de
sinistras alianças onde Bolsonaro e Caiado
São espécimes ricos e emplumados
dessa fauna de pedras imóveis do limbo.
Disto não nos ressentiremos, mas
que o fruto desses atos que não se justificam em meio
Ao atravessamento da desordem
embutida e infiltrada naquilo de se manifestar
As violências verbais, o
achincalhe, as ofensas à gente de bem, a preocupação
De cometer perfídias, isso tudo
vira no resultado em que MBL se apresenta.
Feita a apresentação, agora saibam
que efetivamente em nossa nação teremos
Por um lado, a participação
daqueles patriotas que querem a União e democracia,
Por outro os renitentes chauvinistas
antipopulares e reformistas do regresso,
E
por fim um nada movimento algo que se apresenta no não ser, pois é um flato.
sábado, 24 de junho de 2017
A RESERVA NECESSÁRIA
Quantos de nós nos perguntamos sobre
o tempo? Que fator é esse, quando apenas o medimos e acompanhamos sem sequer
sabermos se é uma entidade criada, se é convenção ou fato? O nome foi nossa
criação, certamente, mas que esse conceito que dele temos é eterno, isso é uma
condição inequívoca. O poeta Vinícius falava: que seja infinito enquanto dure.
Mas falava do amor... E o tempo com amor, com amantes, seja lá como empregamos
essa mesma duração, mas parece que a relação do amor com o tempo é um diálogo
em que por vezes nos tornamos apenas atores em cenários que desfazem, em entornos
sutis, em uma cenografia confusa, que pode nos deixar mais ansiosos. Visto a
trilogia: o tempo, o amor, a propriedade. Se formos muito societários nas
nossas relações amorosas acabamos por não nos doarmos por receio de não obter o
retorno, e nos acostumamos com as respostas imediatas, dentro de um
funcionamento mecânico que acaba por durar por vezes muito, em um
arrependimento que acaba faltante no diálogo que não tivemos a coragem de
possuir com o cônjuge, ou a relação qualquer em que nos dispomos, que tantas
são as relações “relativas” nas gôndolas de nossas escolhas.
Uma vida com reservas é
necessária... Reservar nosso tempo. Contemporizarmos a ilusão quando espelhada
com a realidade que com ela se encontra. Tentarmos dissuadi-la no aspecto em
que a ficção não nos mescle com a concretude de uma forte pilastra onde
amarramos nossas existências, como quando em um barco temos que parar um pouco
no cais e sentir a terra firme sob nossos pés. Temos que compreender o certo do
errado, saber que por vezes não estamos apenas em um novo mundo, pois por vezes
podemos contestar aqueles dogmas que os insights aparentemente incontestáveis
possuem rebatimento espiritual necessário, anímico, existencial. Por exemplo,
uma sociedade baseada em imagens, perfis, ícones, palavras curtas, funções de
programação em nossas vidas, acabam por ajudar a diluir a história que deixamos
para trás, por não termos mais um espaço, uma reserva, dentro de nossas mentes
que trabalhe melhor a questão do passado, de nossas civilizações, de modais que
não eram os mesmos antes da realidade virtual, e que podem ser vivenciados se
dermos mais valor àqueles que viveram outras gerações, mais antigas. As coisas
não funcionam sempre do jeito que imaginamos, pois a própria imaginação é um
artifício assoberbado, em que o existencialismo passa a pedir um pouco a
passagem para que nos manifestemos enquanto seres partícipes da Natureza.
Talvez não seja suficiente sabermos
apenas o superficial dos sistemas que vivenciamos, ou que são as ferramentas de
suporte para que possamos ser os cidadãos vinculados à eletrônica tão
fortemente, pois o conhecimento desses sistemas de forma cabal e aprofundada
cria os gêneros humanos controladores, e serviços extremamente específicos que
criam riquezas muito mais facilmente do que o trabalho convencional, de
serviços essenciais e rotineiros ao funcionamento da sociedade, como as tarefas
de manufaturar e vender o pão. Esse modo de só encontrar a vida do consumo na
interligação de processos de informação nos faz serem consumistas sem
experimentarmos as ruas como vivência cotidiana, segregando a cidadania e
mecanizando-a ao extremo. Saber desmembrar certas vivências, ou melhor, certas
engrenagens, acaba por manufaturarmos nosso conhecimento a partir de raízes
que, mesmo que pesquisemos, tornam-se raras enquanto não soubermos os pontos de
partida, o imput da questão.
Entrarmos no Google será menos rápido do que termos uma biblioteca onde podemos
folhear por vezes a esmo certos livros que lembrará ao revés a importância
daquela de Alexandria, posto haver sapiens que creem que estão lendo enquanto
abraçados apenas ao conteúdo digital.
No viés deste nosso sistema que já é
internacional, e que no entanto na pátria latino-americana ainda não é
plenamente funcional – e nunca será, por aqui – vemos lugares onde querem
certos governantes instalar no que chamam de paraísos a disposição de seus
pretensos projetos. Se a máquina vale tanto assim, se os sistemas integrados de
computação são tão valorados, porque não nos utilizarmos deles para começar a
sanear o esgotamento sanitário, a fiscalizar realidades como orçamentos e
obras, ou mesmo humanizar o planeta? Nada disso, nos parece, a rede social é
intensa, sem as reservas de questionarmos se caminhamos ou não, as
universidades recebem poucos livros, a medicina vira privilégio de poucos, as
guerras recrudescem cada vez mais. Dentro do novo funcionamento, muito mais
efetivo e preciso, e as prisões superlotam, a violência torna-se usual,
corriqueira.
Em uma realidade meio ausente,
podemos afirmar que a burguesia mais esclarecida nos termos técnicos açambarca
esse poder para mostrar a sua competência dentro do sistema que exclui aqueles
que não se prepararam. Qualquer adolescente – aliás, geralmente com mais
proficiência do que um adulto – sabe utilizar e fazer funcionar com mais giro
as redes sociais, entende melhor dos aplicativos e games, é da geração da
ponta, nasceu nesse idílio tecnológico. No entanto, é nas melhores escolas que
reside o conhecimento que mais tarde segrega aqueles que não o possuem por não
terem tido a oportunidade de navegar sobre o mesmo sistema enquanto acadêmicos
de ponta. A separação se faz e as elites continuam com essa extremada vantagem,
no viés tecnológico, que vai desde a USP até o Congresso ou o Supremo Tribunal.
As Arcadas de São Francisco formam os melhores advogados. Se formos observar o
índice de negros que se formam nessa universidade veremos melhor o que é a
compatibilidade entre oportunidade e “berço”. Temos que reservar espaço dentro
de nós mesmos para poder contestar aquilo que é fato. A desigualdade, a
ignorância, a segurança, o saneamento, todas as questões que levam a
compreendermos realmente que um país de todos seria um país sem pobreza, mas
efetivamente as casas que foram construídas acabaram por ruir por falta de
competência, no mal uso público-privado, em não se questionar o sistema
financeiro beneficiado pelo protecionismo ou a relevância de se questionar as
concessões de uma mídia que coloca como vítima a criança brasileira, tal a
exposição de sexo e violência. Uma simples questão, que qualquer governante,
seja de “esquerda” ou “direita” deveria perceber o dolo a que todos somos
submetidos por esses gigantes oligopólios de dimensão estreita e parcial. Na
reserva necessária de um questionamento mais amplo devemos torcer para tudo
aquilo que a Globo não deseja... Então, que fique, Temer!!
quinta-feira, 22 de junho de 2017
DIAS FRIOS DO INVERNO
Acordara,
como sempre, com o rescaldo das medicações da noite anterior. Um
período de quase duas horas me servia apenas ao sofrimento que
sentia nas madrugadas do início da jornada diária. Não havia como
reduzir esse necessário sofrimento. As questões de ordem política
só me faziam sofrer mais e, como se não bastasse, eu tinha a leve
impressão de que as pessoas igualmente se perdiam no vale-tudo de
seus interesses egoístas. Não valeria a pena pensar demasiado sobre
os problemas do mundo, e eu gostava por vezes da filosofia como um
escape, até mesmo hoje gosto de pensar sobre os diversos assuntos
das humanidades, da Natureza, etc.
No
entanto, algo que pensei logo de manhã, naqueles dias de inverno, é
que teria de mudar um pouco o foco para algo espiritual… Não seria
diminuir a abordagem, mas justamente fazer brotar o amor que
esquecemos por Krsna, em Narayana que reside como Paramatma em nossos
corações. Talvez o passo fosse longo, mas descobri que escrever
sobre isso me trazia mais paz em relação à filosofia mundana e
especulativa: a Ciência Transcendental seria uma vereda inevitável
em minha vida de devoto. Mas, na verdade, um caminho que se trilha
quando o acesso é difícil importa que procuremos outros que nos
facilitem encontrar o mesmo passo na fonte, mesmo que por lados
distintos. É como quando os homens procuram por muito na vida. Cedo
ou tarde se perguntarão: quem somos, de onde viemos e para onde
vamos… Muitos sabem que isso induz a que não nos conformemos com
muita coisa e acabamos por nos refugiar em coisas outras que
igualmente não possuem verdade. De qualquer modo não vem ao caso
supor análise sobre nossa espécie pensante, argumentativa,
racional. Talvez a coisa seja mais gigantesca do que isso, e tal modo
de pensar que nos leve adiante, assim acho. Ainda mais hoje nos dias
contemporâneos, em que a Natureza mostra os sinais de exaustão nas
suas relações com o homem, ditando Ela suas próprias regras em que
aquele já não compreende a extensão do fato. Quando pensamos na
transcendentalidade, não significa que não tenhamos que agir, mas
sim que devemos agir na consciência de Deus, Krsna. Prestar serviço
amoroso a Ele, que é a raiz de tudo o que existe, dentro dos três
mundos, dentro do manifesto e do imanifesto, na origem de tudo o que
foi criado, no respeito sobre todas as criaturas do planeta, um
respeito tão grande que havemos de ter quanto o de sabermos de uma
vez que todos possuem um atma, uma centelha divina e
indivisível, presente até mesmo dentro da menor partícula da
matéria. Nada é superior a Krsna, em suas seis opulências: beleza,
sabedoria, força, fama, riqueza e conhecimento… Ele é o todo
atrativo e se manifesta em inúmeras encarnações, dentro deste e em
outros bilhões de planetas, dos materiais e em Vaikuntha, o céu
espiritual.
Sob
a égide desses conceitos de existência, na abertura do diálogo
necessário sobre a religião, logo cedo eu comecei esse diálogo
interno pensando no que está escrito nos Shastras sagrados, estava
em mãos com o grande livro Srimad Bhagavatam. É árduo um câmbio
tão profundo em nossas idiossincrasias nos alicerçar ao que seja o
mundo espiritual. No entanto, estava com meu tambor indiano –
mrdanga – e entoei um canto devocional. Isso de manhã me
deu força, e parti para arrumar meu quarto, limpar o altar com as
deidades, arrumar a sala onde está uma mesa com papéis de estudo, e
a cozinha. Mas em uma atitude de serviço devocional… Essa é a
prática de ação de consciência e serviço. Essa deve ser a
atitude e, a cada instante de dúvida, voltar os olhos para aquilo
que nos facilite a vida nesse sentido, sejam eles em direção a uma
imagem de Narayana, uma leitura de um verso do Gita, ou mesmo na
própria Natureza, que é mãe e divindade Suprema deste nosso
Universo. Comecei a reler a literatura védica, e tornei-me
“religado” com esse modo de portar-me perante as coisas do mundo,
o diálogo que pratico até hoje, mesmo sabendo que todas as
inquietações dos homens traçam estranhos destinos dentro de um
materialismo e ilusão sem par. Teria tempo como o tenho até hoje,
pois mesmo um operário em uma fábrica pode trabalhar nessa
consciência, sabendo que seu verdadeiro chefe é Krsna,
incontestavelmente.
Aqueles
dias frios lembraram-me de Prabhupada, com sua touca, com sua
serenidade, sua bondade sem par, de onde veio o conhecimento para o
Ocidente em toda a literatura e simplicidade de mahatma
grandioso. Isso me ensinava a ver a realidade com mais transparência,
como se toda a parafernália ilusória me fizesse sentido na sua
confecção, e me tornara muito crítico… Talvez não fosse de
forma pertinente, mas a investigação acurada do que tangencia a
ilusão de uma plataforma concreta me seduzisse extremamente. Mas
sim, naquelas noites geladas preferia falar de Krsna, este como a
força motriz que sempre guia a vida de um devoto, a inexistência da
solidão, pois estar frente a Ele mesmo quando vemos uma simples
pomba ciscando ao nosso lado, com uma fileira de formigas em
trabalho, não nos sentiremos sozinhos, mesmo que a própria
sociedade tangencie a vivência cotidiana de um enfermo no ostracismo
humano, no uso por vezes político que nos fazem, na consecução
sectária que a muitos abate e anula. Isso nos revela a grandeza de
sermos quem somos, companheiros de enfermidade, seja qual for aquela
outra, ou a mesma que muitos pensam que é o mesmo, quando tecem da
covardia de nos estigmatizar.
Contudo,
a felicidade não vem por possuírem, terem algo material, pois
sempre se deseja mais e mais, tantos foram os políticos que roubaram
de nosso país, do planeta, quantas pessoas extremamente ricas
deixaram seus rastros de destruição sobre a Natureza, sobre
populações, sobre famílias inteiras? A questão é que o serviço
continua sempre, a consciência pode estar com uma pessoa e ninguém
saber de seu nível. Em síntese, a felicidade mora ao nosso lado, só
temos que investigar a natureza espiritual adormecida. Procurar,
buscar, pois Krsna reside dentro de nosso peito e nada poderá ser
mais gigante do que Ele, que testemunha nossos atos enquanto
desfruta, pois que é o desfrutador Supremo. O mundo é de Deus,
somos apenas humildes servidores Dele e não possuímos nada, pois
tudo nunca foi de ninguém a não ser desse Ser Supremo! Essa
investigação deve ser continuada, e que abramos nosso coração e
nossa inteligência para uma vida mais austera, procurando não nos
contaminarmos com as ilusões que tão “competentemente” muitos
nos enredam, ou tentam...
quarta-feira, 21 de junho de 2017
COMUNICAÇÃO E ESTEREÓTIPOS
Não
nos furtemos a pensar que uma mística inexplicável atravessa a comunicação e
suas variantes. Nunca houve tanto a ascendência científica para as modalidades
de canais em que a comunicação não esteja com as pessoas, no mano a mano. Em
revistas que comerciam cosméticos já se vê fartamente anúncios que vendem
produtos para se produzir uma foto de perfil, o perfil, o que se quer mostrar,
dentro dos que não sabem a técnica dos softwares que fabricam muito mais
competentemente as fotos que geram nossos perfis, criando um self: literalmente
a identidade. Esta com que nos apresentamos na grande selva do midcult reverso, pois, então cunhado
pelas moedas dos estereótipos, ou, mais facilmente explicado, de uma construção
ególatra. Nas vezes em que queremos algo, a foto nos representa como entrada, e
outras que não nos rebaixem no realismo da vida jamais, reiteram o mesmo “profile”.
A palavra mesma em seu anglicismo lembra, se dissociarmos as sílabas, uma
progenitura do arquivo. Pro + file. Atenhamo-nos no pro. A favor, positivo,
yang, infinito enquanto durar a sociedade que criou tudo isso... Não há
contestação possível na lógica dessa questão enquanto a âncora file – arquivo –
não deixar de se tornar eterno, de uma eternidade em que a variável possa nos
substituir por outra classe de objetos, outro dado, outra estatística, mas
sempre subsiste a lacuna dos registros do profile. Sílabas unidas assumem uma
feição estática, um ponto na web, uma gotícula na nuvem, mesmo que a partir daí
muitos estejam com uma infinidade que podem desandar em chuvas catastróficas
enquanto influência e domínio das informações.
No
entanto, a informação não vem do caráter da produção dos perfis, mas da
permissão oculta em existirmos em rede dentro dos processos intervencionistas
do sistema em que nos encontramos, pois a máquina assume agora seu lugar no
assento de nossa sala de jantar, na comida que comemos sem saber, nos códigos
que, de per si, passam qual corrente em nossas falas e finalmente na intimidade
mais crua e desnuda jamais ocorrida antes. Esse micro gigantismo já nos traça o
perfil sem que o saibamos, e a comunicação vira estereótipo com a facilidade
com que é induzida na mente dos humanos, com a “libertação” de termos insigths
hora a hora, minuto a minuto, que por vezes só cessam depois de um coito interrompido
e religado, oposto, pegado, tracionado, polar. Um comportamento bipolar talvez
não feche o circuito, pois que o surto pode ser ou acontecer por uma carência
de carinho, por uma ausência de conviver com os critérios – por assim dizer
absurdos – das idiossincrasias e competições cruentas no modo com que se
comportam as sociedades mercadológicas desta era de um contemporâneo já tardio,
em meio ao fracasso humano.
Não
podemos tolerar as guerras que se travam no planeta, pois muitos como nós latino-americanos
estamos distantes dessa realidade, e isso nos faz como que assistir a um jogo
em que muitos jovens já não se sensibilizam com a crueldade pois jogam games de
guerras similares e realistas na parafernália eletrônica e sua indústria que
permite a exposição e atuação sinistra de habilidades para alimentar uma
sociedade extremamente hostil a que nos estamos tornando. Essa pretensa
comunicação sem erros de lazer ou produtiva em relação aos equipamentos de
informática deve sofrer por censura nas exposições de violência a que as
crianças são submetidas, posto a ciência da psicologia não precisar apenas de
costurar remendos em frangalhos em nossas sociedades, e muitos surtos causados
por determinismos sinistros poderem ser evitados. Se existe essa distante e mal
aparente sinapse fluindo nos cérebros do sistema, resta pontuarmos a questão
que nas veias de livros em que se fundam gerações, em que a história dos homens
e mulheres que foram importantes, cada qual, seja compartida com a lucidez que
se espera dos educadores e Governos que os fomentem e apoiem para que a humanidade
não sofra mais com a carestia de por vezes ausentar-se da esperança em dias
melhores.
domingo, 18 de junho de 2017
COMO RESISTIR A UM MUNDO HOSTIL
A
princípio, não há tranquilidade sem a paz... Não adianta ferirmos com o ferro a
quem nos feriu, se toda a forma de violência gera mais e mais violência, e
travestirmo-nos de falsa bondade enquanto estamos coniventes com modos por
vezes inconscientemente brutais de conduta fere o princípio básico de
civilização humana, ou o que entendemos o que isso pode e deve significar. A
resistência pacífica é um meio de aplacarmos algum tipo de energia que
colocamos invadindo o espaço do próximo, por vezes manietando, a troco de obter
vantagens, o bom senso e a mantença do caráter tão necessária naqueles que por
vezes estão em situação de vulnerabilidade. O mundo é hostil porque o homem e
seus processos históricos quer explicar que isso é natural, e obviamente a
vontade de poder leva à hostilidade da competição desmedida, da ganância sem
conta e da hipocrisia que acomete as pessoas de tal modo que não sabemos mais
quem é quem, a onça ou o amigo. Na verdade crua, sentimos que muitas vezes a
hostilidade é inevitável, mas instar para que ela ocorra nos protestos com a
veemência de gostar de enfrentamentos é no mínimo coadjuvar com a demência
coletiva. A não ser em legítima defesa, toda a forma de violência é demente.
Temos que saber nos proteger, isso é válido, mas usar de artifícios para se
prevalecer sobre o outro, mesmo em termos de país, é sabermos que estamos dando
panos demais para mangas incertas.
Por
vezes a hostilidade começa – e isso com recorrência óbvia – com o uso indevido
de informações sobre algo ou alguém, quando submetidas sob a interpretação
equivocada e muitas vezes prejulgada de outro algo ou alguém, subentendendo-se
que estes algos podem ser frutos de
veiculação de massa, postagens, fotos manipuladoras sob contextos variados, superexposição
de fatos de menor relevância, ou mesmo de brutalidades mercadológicas sobre
grupos mais fracos. Essa relação ou o fato de muitos se unirem para executarem
suas escusas propostas de vida, com a informação como crédito por muitas vezes
ilegal, demanda que a sociedade passe a fiscalizar corretamente o uso
indiscriminado da invasão de privacidade, a decorrente difamação, e o uso da ofensa
para tornar aquele, que está já em posição mais fragilizada, vítima da
brutalidade da segregação e do preconceito. Palavras doces por vezes ofendem
sobremaneira pelo modo de hipocrisia brutal quando “sabiamente” proferidas...
Esses paradoxos sociais são frequentes, pois a vida em sociedade deveria ser
positiva, mas a vida em uma sociedade de competição sem medida, leva a que um
queira passar por cima do outro, por vezes em suas carreiras, por vezes por
motivos ideológicos ou políticos, ou muitas vezes meramente por inveja a outros
que levam suas vidas com a autenticidade dos bons seres humanos. Essas
premissas têm que ser levadas em consideração por autoridades que saibam por
experiência profissional as dificuldades sociais por que passam muitos
viventes, e cabem igualmente às empresas humanizarem suas equipes. Claro que o
caminho talvez fosse mais grato através de uma social democracia, em que ao
menos o povo se sentisse partícipe das questões governamentais: legitimamente
representado pelos seus parlamentares e chefes do Executivo.
Em
síntese, obviamente só teremos um país melhor e menos hostil se ao menos o
representante de sua população venha de encontro com a escolha dela, de sua
maioria, pois não há povo satisfeito quando sente que está sendo ludibriado
pelo seu representante, ou é impedido de votar em quem realmente quer que
esteja no Poder.
sábado, 17 de junho de 2017
MADE SELF OUT
Uma
possibilidade de conhecermos um caráter mais autêntico, por incrível que
pareça, reside na humildade de um religioso, um asceta. Desde que seja uma
possibilidade, este coloca em uma divindade o crédito pelas existências
maravilhosas... Por vezes, construímos nosso eu com predominância de
acreditarmos estarmos com consciência majorada, situando-nos como em uma
posição de um tabuleiro, consentindo ao jogo. A razão não abraçaria tanto
quanto de nos observarmos melhor, sabendo-nos signatários de nossas vestes,
enquanto corpo material. O reflexo do que pensamos vem no pórtico imenso que a
mente gera, em que em muitas razões outras vestimos a imagem ou as imagens que
muitos nos colocam, sendo o corpo material – mente incluída – em última
análise, o mesmo self que devemos desconstruir paulatinamente para que sejamos
ao menos autênticos, sem deixar de abraçar pensamento crítico e filosófico,
obviamente. A ciência espiritual é muito mais do que sequer imaginamos. Há um
grande livro da Índia religiosa chamado Bhagavatam, que retrata um conhecimento
milenar da civilização oriental, e para quem segue a religião o processo de re-ligare se dá com naturalidade, em uma
tomada de consciência sobre a vivência de um mundo transcendental, que dê
resguardo para uma perspectiva que vai além do fracasso dos homens sobre este
planeta. Sempre podemos explicar o porquê ou as causas do fracasso humano, mas havemos
muito a questionar sobre coisas que são básicas para que nos aprofundemos em
certas questões, mesmo que estas digam respeito à Natureza Material. Um misto
de matéria e espírito nos une, e a questão é sabermos que essencialmente temos
diversos corpos que vão mudando conforme nossa existência, desde bebês,
adultos, até a nossa velhice. No entanto, o espírito é sempre o mesmo, e a
nossa identidade mais verdadeira é a espiritual, o que nos anima e dá vida ao
nosso corpo. Essa identidade florescerá cada vez mais quando usarmos da
inteligência no comando da nossa mente, e esta no comando de nossos sentidos –
estes quais cavalos inquietos – para trilharmos a vereda que nos coloque em
contato com a realidade mais plena. Sermos inteligentes é termos esse nível de
consciência: que somos atma –
espírito – e não matéria. Obviamente cada qual possui seu próprio processo
existencial, e não é fácil desenredar a ilusão que abarca praticamente toda a
nossa realidade perceptível, e os sentidos nos arrastam para questões materiais
de importância capital, como a carestia, as profissões que nos envolvem
diuturnamente, e a recorrente falta de tempo no mundo contemporâneo para que
possamos parar e pensar um pouco a respeito. No mais das vezes, queremos
esquecer a semana de duro trabalho saindo e nos divertindo para compensar
nossos sacrifícios de jornadas tão exaustivas e pressões diárias a que são
submetidas as populações do planeta. A meta é situarmo-nos na plataforma
material de desapego e austeridades que nos ajudarão a singrar o oceano da
Natureza Material com mais serenidade e competência, fazendo de nossa missão o
cotidiano de nosso caminho nos valores da espiritualidade.
Quando
nos envolvemos nas questões de transformação da matéria, sendo engenheiros,
cientistas, ou mesmo trabalhadores em diversas outras ocupações, temos a
impressão de que somos os controladores, mas na verdade não há sequer uma
máquina que não tenha um controlador que ao menos aperte o botão para que
funcione. Esse controlador pode ser efetivamente um ser humano, mas quem
controla esse ser é algo superior, uma força superior. Efetivamente, por vezes
estamos à mercê de um gerente ou diretor ou chefe que nos diz o que fazer, como
trabalhar, como nos portar, a educação como um todo, mas não é a realidade de
que alguém ou o nosso “superior” tenha controle sobre nós, pois isso é ilusão, já
que em um dia um grande empresário, por exemplo, pode estar comandando milhares
de pessoas, e no outro pode estar na miséria. Como na vida política o poder é
extremamente relativo, e as leis criadas pelos homens acabam virando falácia no
jogo de interesses que ocorre com a frequência do mesmo rotor que devemos
relativizar, pois que realmente manda é a consciência de cada qual: sempre a
primeira, de Deus, e a segunda, da Natureza Material, e por fim como
decorrência – quando justa – a consciência que emana das leis da sociedade.
Sermos
seres pensantes, críticos, sempre nos ajudam a questionar a natureza do
Universo, das coisas manifestas, do que se manifestará, e do nada em si. Afora
isso, outras inúmeras questões que participam cada qual de uma face do mundo em
que vivemos, as questões ilusórias das fronteiras, as culturas diversas, e a
razão suprema de não podermos exigir que cada qual pense conforme um padrão,
pois a diversidade manda a que cada qual possua o seu próprio nicho
existencial, mas há um pensamento coletivizado e comum a todos que se refere aos
direitos humanos essenciais, que são simplesmente o desejo que a humanidade
esteja melhor situada e, portanto, em uma relação mais próxima e coerente com a
justiça social. Se crermos com uma fé agigantada e de luz que todos tem direito
às suas crenças, à liberdade de gênero, à uma real manifestação da liberdade da
imprensa – e não esta controlada por grandes monopólios –, a uma política
realmente democrática, e não centralizadora e corrupta, e etc, estas são as
veias por que passa um fluxo de uma sociedade em que os homens podem discutir
seus casos. No entanto, para que se compreenda a Natureza Material, há que se
levar em conta a mesma preservação de seus mananciais, dos questionamentos a
respeito de energias limpas, de uma posição consolidada nos países sobre o
cessar da poluição, sobre a contestação a respeito da matança das vacas, porcos
e aves, sobre a despoluição progressiva e tantas questões recorrentes que, se
não forem levadas a termo, assistiremos apenas a consolidação de uma Era de
Ferro já descrita nos Shastras se
revelando ano a ano. A humanidade ainda possui tempo para ter esperança... Pois,
que a tenhamos justamente na construção de uma consciência que nos revele o
nosso estado espiritual adormecido pelas garras da energia ilusória de Maya, e
que sejamos fortes o suficientes para manter em atividade nossos atos no
caminho da bondade e da não violência, pois cada vaso com terra é suficiente
para compreendermos o milagre da vida...
sexta-feira, 16 de junho de 2017
NATUREZA E SIGNIFICADOS
A
uma simples busca em uma praia, que seja, em um mar qualquer, do continente, um
riacho a céu aberto, uma simples chuva, e descobrimos os mistérios das águas.
Por se descobrir não há de tanto, pois os mistérios de Krsna são tantos que a
mais leve gota de orvalho em si é um outro Universo. Essa potência da Criação
verte de sabermos olhar, pois se olharmos a Natureza como mera provedora de
riquezas estamos a colocando em função dos homens, e se passa exatamente o
oposto, e por isso estamos sofrendo por nossos erros imputados pela
criminalidade ambiental, que A destrói e ao homem, a este mais do que àquela...
Nossa percepção é tão diminuta frente à própria Natureza Material que queremos
que ela se disponha a nos servir com nossos olhos míopes á frente da gerada
ignorância em como nos portarmos perante esse fato, aliás, incontestável.
Criamos nossas leis, queremos cada vez mais com a nossa nada humilde ganância,
para termos nosso lugar dentro de nossa riqueza acumulada, talvez em paraísos
restantes, ou em países quiçá – pensamos –
melhores, mas é essa ganância que deveria trazer um escalpelo da
integridade para mostrar o que estamos fazendo dos nervos da humanidade,
apontando caminhos tortos e tenebrosos para esta, quando destruímos os
alicerces sociais, não permitindo que se faça algo ao menos sustentável: o
mínimo, em nossa situação atual.
Absolutamente,
não somos a única espécie de vida no mundo, e os homens não assassinam apenas
os da mesma espécie, mas industrializam a matança de outras, tornando o planeta
uma energia inapropriada, de regresso, pois o fato deste novo mundo que se
avizinha é sabermos da realidade espiritual, de seus contextos e da necessidade
premente e emergencial de lutarmos para ampliar a consciência de todos a que
não cometam guerras por essas questões de religião, e obviamente, por uma paz
em todas as frentes de ação e diplomacia. Há que se propor que ateus e espiritualistas
convivam em harmonia, dentro das idiossincrasias particulares e de ideologias com
seus diálogos mais abertos, pois uma nação se faz com todos, e não com glebas
ou tribos que se matam uns aos outros, pois isso não passa de barbárie, e é
nesse sentido que, se houver um bom império, ou que se imperem ideias, melhor
dizendo, estas devem colocar a questão da democracia plena, com a discussão
premente da Natureza como reserva fundamental para a sobrevivência da espécie.
Por aí vai a discussão de um trabalho mais justo em seus ganhos, de uma saúde
que atenda a todos bem, e de uma educação que ensine não apenas a ciência
material, como a espiritual e as artes como um todo. A não violência tem que se
tornar o ponto chave das conquistas da sociedade, pois não há mais lugar para
que algum vivente queira saciar seu espaço sobre o mesmo do próximo. A questão
é o espaço de respeito, o cavalheirismo, no tanto de se compreender que o
diálogo deva estar presente nas mais difíceis contendas, pois o stress da
sociedade contemporânea, com seus estigmas crônicos e preconceitos arraigados
não está deixando desenvolvermos as faculdades humanas que devem ser inatas, e
não a covardia e a brutalidade entre os homens. O famoso sapiens está obcecado
com as conquistas tecnológicas sem perceber a mesma brutalidade que estas estão
gerando no seu viés de competição inglória, desmedida, na mesma dose em que ser
artista passa a ser subversão existencial, ou melhor dizendo dentro do padrão behaviorístico, comportamental. Nas
vezes em que nos agrupamos parece que criamos coragem para insuflar ódios,
manipular massas, dentro de modais impotentes na relação que deveria existir em
reais conscientizações dos que não possuem muito tempo para tal, mas que por
muitas vezes possuem mais luzes do que pretensas lideranças. O gesto fala, não
há mais como abandonar a práxis do gesto, e o teatro do incauto não manda no
teatro do real, posto tamanha a necessidade de um realismo crítico na estética
de vanguarda hoje em dia, a espelhar um autor como Camus, ou outros,
existencialistas, que ainda hoje podem revigorar os padrões das “inteligências”
obsoletas, que fazem apenas o discurso do método arcaico das antigas máquinas
de tear da suposta revolução industrial de um século de 200 para trás.
O
desmonte de uma pretensa esperança de fazer valer um discurso que se diz
progressista é apenas a constatação de que todos os líderes “capazes” da
esquerda já estão caindo há bom tempo, em se relativizar um ano ou quatro,
desde os primeiros processos, quanto na mesma relação do tempo atual resguarda
muito mais fluxo de informações do que a memória histórica possa suportar, com
as veias silenciosas do “imaginar” preenchendo os vácuos históricos, sobrando
as grandes mídias como antigos microfilmes de registros, e apagando do que nos
tornamos: uma linha de tempo, irrisórios falsetes de protestos. Isso abre um
tremendo espaço para que se agigante uma sociedade cada vez mais totalitária,
sem face, sem nome, plutocrática, a serviço da força maior do que outra, uma
foice contra um canivete emperrado, infelizmente.
Enquanto
não relativizarmos o conhecimento e tivermos medo de uma linguagem mais
aprofundada dessas questões, não encontraremos nem mais a relação de postura
com as referências cabais da existência e acompanharemos diversas éticas
caindo, e recriando-se outras bastante discutíveis, cada qual em sua bolha
integrada, mesmo sabendo que na América Latina nunca a integração se dará, a
não ser no esperado isolamento das fronteiras e as sedes de atuação dentro
deste nosso precário mas “instigante” mercado.
Esperemos
por uma primavera latino-americana, sem os grilhões que apertam cada vez mais
as nossas nações e suas questões de independência efetiva, pois o mundo globalizado
está apenas acentuando a barbárie e trazendo ao Ocidente os erros das agressões
que foram paulatinamente aplicadas contra povos que estavam, por sua vez, em
sua própria primavera e viram o monstro aparecer com os seus canhões... A clara
evidência de que o povo palestino cada vez mais é massacrado por Israel em um
apartheid brutal é uma face de estranhas parcerias público-privadas. É por esse
modal que devemos pensar nos que hoje sofrem como verdadeiros holocaustos nunca vistos e sem tréguas, remontando já várias décadas que esperemos que aqueles povos que
já sofreram as carestias da guerra saibam se portar diante do mundo e não
repetir as sanhas plutocráticas e segregacionistas que o passado do século
vinte tão “bem” nos revelou. O mal está no ato, no primeiro ferro, na primeira
ferida. Na falta do perdão de Cristo que, revelado e aceite, mostrará ao mundo
como ainda podemos resgatar a salvação... Esta tem de vir, senão de todos, da maioria.
quarta-feira, 14 de junho de 2017
O ESFORÇO DO PAPEL
O papel tange o nada, pois é tangido a
ser o que nunca fora
De tantos e tantos quilates que a
humanidade o devora fera
No modo mais ancião do que nunca ela
mesma imaginou...
O papel fera fora, o que veio, veio na
surdina do jamais sabermos
Se o que está fosse papel, mas simples
alimento de um chip no pistão.
Os poetas ensaiam a publicação, os
homens não a publicam nos jornais
E os que são impressos saem a se dizer
escribas dos velhos processos,
Enquanto o que mais não está não se
compreende na cavalar situação.
A forma é veio, é substância, de um
carinho ausente de mulher na vitória
E de um torpor incandescido de outras
nas derrotas de não se ver viva alma!
Negro é o poeta, um poeta branco de medo
de não ser o que deveria
Quanto que à revelia muitos não se
mostram mais na grande e turva salada
Em que nos metemos ao grande banquete
ainda morno das decepções...
O papel se esforça, pois que nele não
seja o vernáculo de toda a gente
Posto não nos entreguemos a sermos meros
papeis de bancos de dados
Que não são lançados, pois estão fixos
nas algibeiras dos falsos profetas.
Do branco do papel que não nos
ressintamos, pois ainda há um lume pleno
De tantas as vozes que se escutam nos
caminhos de uma normalidade aceite
Em que não confundam vozes com o esquizofrênico
sintoma do mundo atual.
Das veias que nos dizem, posto artistas,
seremos melhores antenas de todas
Àquelas todas que tentam por fazer da
arte matéria enferma, ou quaisquer cios
Que agora demandam primaveras tardias no
coração de muitos que não se amam...
Sentimos a dor no peito de vermos agora
um país que nega os seus poetas,
Que deixam o vermífugo silencioso adular
a própria e molusca mídia alta e baixa
Nos que nos estudamos em baixo e por
cima nos jogam chumbo de cultura inútil
Quando quanto o melhor a fazermos é
prosseguir lutando contra a hostil cidade
Que ponteia seus míseros canais de
pontos às avessas na grande barca ilusória!
A grande luta é a dos massacrados por
tentar sobreviver se expressando
Nas vertentes algo famélicas e
desesperadas por ao menos conseguir 11 mãos
De signos curtidos na salada grega do
que nos tornamos sendo escravos dos dígitos.
Saber que não será neste século que
ganharemos o pão por merecimento de afago
Nos arredios melindres da falsa fama, no
que saibamos torcer para que o mundo
Não esteja caindo mais do que já caiu,
pois se salvam apenas os devotos mais caídos...
segunda-feira, 12 de junho de 2017
UM PERFIL OU OUTRO
Seremos
os mesmos todo o tempo, ou será que o que anunciamos tem em nós mesmos as
regras de mercado? Como uma gôndola em uma loja, havemos de tecer considerações
de que seríamos mais uma embalagem em promoção: produzida, rotulada e colocada
à disposição para enfrentarmos diante da prateleira mais acessível e portanto
mais cara os rivais da concorrência. A situação é tão simples e o estoque nos
multiplica, isso em apenas um supermercado. Sucedam-se perfis, que a ocasião é
farta, mas poucos por vezes querem nos comprar. No entanto, há intenções que
conduzem à venda, mas quiçá isso nos tire o foco do que tratamos, apenas um
perfil. Não sempre que se trate de uma mercadologia, mas a criação de um bom
perfil acaba virando algo científico, calculado, enquanto que há poucos – sem reserva
– sinceros. As fotos são essenciais, no que dizemos da imagem que muitos creem
ser A imagem. Talvez algo de um caráter palpável, condizente, no entanto
formada por pixels e suas resoluções limitantes, como no cinema os antigos
grãos sensíveis à luz definiam muito melhor as películas ampliadas no foco do
projetor, sobre a grande tela.
Temos
um jornal, para citar um exemplo da colocação de outros perfis. Este exibe
sempre os seus anúncios em páginas chave, para que sejam lucrados o que há de
ter lucro; a leitura, como um fluxo em que a diagramação o reveste de um design
apropriado, acentua o entendimento e o funcionamento do comunicar algo a alguém,
mesmo que esse algo não seja parcial, e o alguém na via rara seja sincero. Em
um outro exemplo a televisão também se apresenta com grandes novidades, e os
nossos perfis já começam a entrar em seu modal. Nem sempre com o rebatimento
econômico, mas com um grafismo animado que beira o surreal dentro de uma hiper-realidade.
A imaginação traça roteiros aleatórios, onde o texto passa a ser de outro
nível, mais facilitado, e a exposição de filmes realmente de arte sejam sempre
mais invisíveis, não apenas na frequência, como na percepção e compreensão da
mesma arte, em um desencaixe de perfil que se porta mais passivo com a verdade
que vê, com os games que joga, com a ignorância ao revés. Os recursos em
excesso passam a confundir o que cremos ser Verdade, daquilo que na verdade é
por vezes um grande palco ilusório.
AS CIDADES E O MAR
Segue o ônibus qual barco atônito em uma
ilha de gentes
Em que tanto do que seria o mar, se
transuda em cidade
Na cidade alta, na baixa, o comércio, as
veias, o suor...
Qual não fosse um encontro programado em
uma rede
De se confiar apenas, e que os impulsos
da eletrônica
Mostrassem os dias sobrepostos na grande
linha do tempo!
De se encontrar a um, a que se some a
outro apenas a posição
No arredio transporte de uma leva de
gente que desembarca
De outro navio, quem sabe mais o que,
apenas mais uma escuna.
As cidades que não veem o mar estão
distante dos horizontes
Mas que estes circunscrevem o mistério
das latitudes quanto
De sabermos que não é apenas o abraço
frágil que nos torna chão.
Pisar as passadas longas seria o mesmo
que atravessar um oceano
Por vezes sem dispor de bússolas e
estrelas, mas que o motor
Prossegue frente a outras vagas que nos
estreitam um pouco a fé.
Os dados acabam por virar em um jogo
inexistente ao balanço
Que refaz o próprio tempo de querermos
que este seja mais curto
Quando de curtir não sucede à frente
irrisória do se capitanear.
Na sétima estrofe a poesia sente o navio
em marés mais mansas
Chegando a uma cidade no mesmo ônibus
que passa em um bairro
Em que hereditários reflexos nos vestem por vezes que estamos em terra.
A moeda não se encontra no sorriso largo
de um pescador sem mar
Quanto de seu novo trabalho, de mesmo
sorriso sem sorrir
Ao que se representa que um trabalhador
do comércio esteja feliz.
E a embriaguez noturna nos traz o recado
que há guerreiros dormindo
Ou quase, quando estão em demandas tais,
pelas tantas horas
Em que não soçobrem casas posto o leito
ser território sagrado...
Nada há de uma antiga lógica dentro de
um pensar diamantino
Posto a vida ser muito do mar e seus seres,
igualmente das cidades
Que são igualmente humanas quando
percebem a latitude dos pombos.
Quanto de forja cria o amálgama de um
existência pétrea em nossos braços
No mar que tempera o aço, no barco que
corta pela proa, ou mesmo
Na cidade em que encontramos a ternura
inequívoca de todo um povo...
Seria talvez uma resposta consonante
termos um olhar mais acurado
A que não nos distanciemos igualmente
das montanhas que seguem sós
Na profusão de suas companhias de selva
com sua monumental Natureza!
Bastaria que soubéssemos pontuar um
diálogo algo mais sincero em voz
Altiva a que disséssemos muito da
verdade que encobrimos nos jogos
Em que a ciência não possua a memória
ainda para contar as areias.
O retalho de uma imensidão é olhar de
modo roto, de modo motor
Ao que não se verse que não seja, mas
apenas preservar a autenticidade
Daqueles que olham como querem, assim,
de uma profundidade serena...
domingo, 11 de junho de 2017
UM ENCONTRO COM A VIDA
Nada
era tão suficiente para qualquer vivente, não fosse um tempo incerto, do que apenas
deixar-se viver... As gramáticas da ilusão posto quase evidentes, e suas
estruturas dúbias nos pregam peças, no que éramos antes, tanto ao sermos um pouco
distintos agora. Nesse sentido: as vertentes das palavras que por vezes não
dizíamos em outros tempos, daquilo a que não tecíamos críticas, qual não fossem
as mesmas em outras roupagens, mas que a dimensão do universo das palavras nos
permita outros horizontes. A ponto de deslocarmos nossa compreensão do estofo em
si, por tentarmos sermos menos rotos no significado, mas colocarmos certas
questões de modo mais evidente. Esse encontro tão surpreendente que nos faz
pensarmos mais sobre uma totalidade que não se fecha em nosso parecer mais
essencial, mas que na verdade por vezes se retrai nas vias em que tentamos
fazer sobreviver o nosso pensamento mais autêntico e livre de amarras. A
questão da liberdade será na verdade algo a nos lidarmos com a própria vida, e
um encontro que se faz necessário para que não tomemos o gosto pela farsa com
que nos colocam essa por vezes duvidosa palavra, que abraça um significado, tão
parecido com outra: a independência!
Ao
menos saibamos que certos viventes bem “inteligentes” trabalham em sinistras
entrelinhas, no que dista a classe trabalhadora formal, a que a informal algo
participa, e em que agências no mais das vezes externas atuam dentro do
território nacional. A forma dessa inteligência sem nome, ou assumidas, como as
agências dos países ricos, por exemplo, em se tratando de Brasil, é de uma
plêiade de gabaritados profissionais em diversas áreas, sendo que por aqui
chegam a derrubar presidentes. Como destrinchar seu modo de ação? Efetivamente
é meio complicado, mas pontua na sua vertente em fazer com que países que creem
serem os seus quintais não possuam a educação que merecem historicamente, posto
apenas um direito que deve ser fundamental. Essa questão fundamentada na
experiência de que o desenvolvimento das nações que se tornaram autônomas não
discerne do que seja o tipo de sistema envolvido nessa premissa única e salutar,
pois os países mais ricos completaram seus processos civilizatórios,
encontrando saídas melhores dentro de um pressuposto nacionalista, ou seja, que
protegesse a vida de seus cidadãos, no sentido de promover melhores condições a
toda a coletividade. Surge dessa conformação o fato de sermos quem somos,
enquanto Brasil, e nunca deixaremos de ser patriotas, naquele mesmo sentido em
que devamos pensar na velha questão de que quem ganha com um Governo que atenda
à sua população como um todo. Que erradica a miséria, que fomenta a
participação e a voz ativa daqueles mais vulneráveis, que respeita a vida de
cada qual, que pensa no progresso e nas empresas estatais como proteção
econômica. Este sim seria um bom Governo... As questões do óbvio do óbvio!
Não
se pode datar o realismo, mas que fosse um pouco necessário, convenhamos, para
elucidar algo da cultura, mostrar um sonho possível. A crítica de um real
imaginário não dispõe de consonância lógica, posto a imaginação está sendo a
palavra de ordem e, baseando-se na realidade para espelharmos o nosso próprio
mundo, esse estranho fazer a arte está na ausência atualmente em nossas artes.
O indigenista quase não aparece mais no cenário brasileiro, e homens como Darci
Ribeiro e Leonel de Moura Brizola fazem uma tremenda falta. Estamos emperrando
o processo de nossa própria aculturação, quando pensamos que agimos melhor na
colcha de retalhos das redes sociais, trabalhando na superficialidade linear,
sem a sinceridade de errarmos no conteúdo para acertarmos mais adiante, pois a
dialética do costume tece a mesma indústria cultural, quando não vemos a quem
servimos. Essa diluição se processa no fato daqueles que não estão inseridos na
rede não possam participar das ruas em consubstancial, quando sofrem a pressão
rebarbativa de outros rivais, quais não sejam os agentes externos que combatem
a inteligência nossa, brasileira, quando, convenhamos, temos mais os pés
fincados no que realmente ocorre no cenário nacional. Essa assertiva não chega
a ser de protesta, mas o fato em si, para aqueles que estão meio que perdidos,
quando não se sentem obrigados de participar sistemicamente desse falso
encantamento coletivizado, muito aquém de uma coletivização em progresso: a
partir disto, pensarmos apenas em um
país melhor, sem pobreza. Uma rede social pode ser um passeio em uma rua, uma
caminhada longa não necessariamente em trilha, uma conversa informal mano a
mano, a compreensão desassossegada de uma realidade que se nos apresente.
Apenas isso. A rede social é algo mais do que a NET. Dentro da semeadura do bom
livro de papel está a fase necessária, a aproximação com os caracteres de
impressão, a necessária compreensão que quando escrevemos estamos em um meio,
mas seria melhor que o fizéssemos vivenciando melhor o que nos querem fazer
crer que seja a hostilidade, as ruas, o entorno, saber ver a nossa arquitetura,
os nossos parques, a faculdade de uma vida pedestre, em suma, se achamos
hostil, que preferiremos um Governo que torne o povo satisfeito com suas
oportunidades e conquistas, com a diversidade de seu caráter, a fim de sempre
nos encontrarmos com a vida, uma que temos por aqui, amigos e amigas de
sacrifício, pois sim, não é sempre fácil encontrarmos justiça, quando sabemos
que na ética esta mesma está em dificuldades de se igualar com o bom senso da
balança. Será possível que aquela esteja conseguindo ver quais são os pesos e
as medidas? Apenas isso, não silenciem as esperanças...
sexta-feira, 9 de junho de 2017
UMA ESCALA
O modo seria o mesmo do Frígio ou Jônico
No que quiséssemos aparentar algo
parecido...
Seríamos melhores ao sabermos o Latim, o
Grego,
A filosofia de tantos e tantos, a
culminar no Sânscrito!
A escala cresce com o vento, suas folhas
brilham ao sol
Em esperança de vermos o tempo na proa
de um barco imenso...
Mas não, os agudos retraem a vibração
baixa
E ressona o gato mais um ronco de
pequena fera.
Assim, livre, que o sejamos, no verso
nono da outra escala
Em que voamos por sobre uma rocha que
não vê o por do sol jamais!
OS RETRATOS DE PAPÉIS TROCADOS
Começar
uma história parece representar um teatro com palavras, um episódio que poderia
ser infinito, como é a semântica da criação ao nos aproximarmos, através da
arte, da vertente e manufatura dos conhecimentos humanos, sem esquecer que não
estamos sozinhos na empreitada... A cada ofício esquecido, possuímos a memória
ancestral – quando de raízes – ou mesmo as técnicas que muitos creem obsoletas
e que originaram outras: contemporâneas e do que ainda há por vir. Se muitos
preferem viver em meio à sombra de fontes que acreditam prosaicas, ignoram que
é dessa força de relermos os nossos erros e acertos diante da História que virá
o processo de mudanças realmente urgentes nas humanidades, e não através da
técnica pela técnica, vertical, aplicada quando muito em poucos arremedos
criativos, mas que seja, sejamos um século de luzes, ou ao menos tentemos.
Obviamente o Brasil é o grande país do planeta, com suas riquezas inesgotáveis,
ao menos por enquanto. Mas a frase quebra, perde-se, encontra outro
significado, um embate, em que as classes da burguesia ainda se encontram com
mais conforto, mas com igual sensibilidade de caráter, no que este infelizmente
nunca é sempre bom, vai da escolha pessoal, e muitos há que se metem em apuros.
Os papéis não se trocaram, são os mesmos retratos quiçá, mas não se entendem
muitos, em todas as frentes, e tornar a luta algo muito desigual é manter a
renitente separação entre os servidores e o serviço. Não devemos jogar a vida
entre naipes que se escondem em mãos que nem conhecemos, pois no blefe não está
o montante, o valor. Este se encontra em superfícies e nas profundezas de
nossos solos, e não adianta invertermos os papéis e ficarmos admirando nossos
retratos como um selfie produzido a
cada dia, como um ego construído e mal costurado com os anteriores a cada hora,
a cada minuto, em que a validade dos nossos afetos se alicerça cada vez mais no
serviço, e tornamo-nos servidores encaixados cada qual em sua geração e
memória, desconstruindo a relação que deveria ser inequívoca com as outras.
A
vida pede passagem, e portanto gostaríamos de vê-la desfilar incólume dentro de
nossas existências para que se veja o que fomos e o que somos. Aí sim, com
essas duas prerrogativas seremos algo, sem semear muito, com carinho, pois a
terra necessita desse afeto desgastado. A busca insana a degrada, e nós com
ela. Falta espaço em uma imagem digital, e nossas mãos digitando tornam-se
garrinhas quando não ouvimos nossos dedos, ou ao menos queiramos que nosso
esforço valha a pena, esta, que imputamos a nós mesmos e ao consorte máximo até
mesmo de nossas crianças: o gadget, o display, a conformidade dos impulsos,
estímulos, respostas, feedback, insight, ou seja lá o que descobrem na mesma
plataforma que varia em intensidade a cada ano, a cada mês ou dia. Quisera
falarmos de papéis genuínos, de obras primas do cinema, ou melhor, a que a
população em geral tivesse amplo acesso à arte. Quem dera, mas nos fechamos em
copas e deixamos rolar a gravidade insana dos tijolos culturais que nos causam
apenas acréscimos de uma indústria rota. Esse mesmo perfil que deixamos ao
relento de nossos propósitos, fazendo com que a cultura de escol seja aquela em
que deixamos aos grandes estúdios a produção internacional, em que a nossa
literatura, artes, cinema, intelectualidade tornem-se ostracismo... E a fama,
uma mesmice sem caráter de produção autêntica, esta em que pudesse verter a realidade
de nossos países e nossos berços, em que o povo possa participar dos meios
dessa produção, em que se democratizem esses meios, em que os papéis não fossem
trocados, pois a maioria da população urge por se expressar, jamais deve ficar
apenas no trabalho, ou a serviço de uma hierarquia patronal, ausente de sua
participação nos anseios da comunidade a que pertença. Essa função já seria
algo mais próximo, quando da participação ativa, mas que esta seja debatida em
sociedade e, em termos de cidades, que se crie o fomento a que cresça essa
participação em todos os planos: urbanismo, segurança, arte, trabalho, lazer,
saneamento, entre inúmeros pontos necessários à mesma participação popular
autêntica.
Fazermos
deste país um lugar melhor é termos uma educação de qualidade, democrática,
participativa, crítica, com arte, com literatura, história, matemática, etc,
sem nunca nos esquecermos que um país parte de sua mesma e pontuada história, e
é essa mesma história que mostra aos alunos a vontade de mudar as coisas, de
revolucionar a vida, pois não é apenas a tecnologia a mãe desses processos de
civilização, mas justamente as lutas necessárias e inevitáveis quanto de
mudança a se propor forem, nos esteios e estruturas já arcaicas e regressivas
que teimam em trazer mais e mais atrasos para o solo pátrio. Essas questões
devem ser discutidas e viralizadas,
para citar um neologismo referente na participação ainda que incipiente dos
meios digitais, para criarmos uma massa crítica e vencermos o padrão de sermos
manobrados por outros, estranhos a todo esse processo.
quinta-feira, 8 de junho de 2017
FRAUDE E PARADOXO
Parece
que ninguém escapa, caro amigo do sem nome. Mas a questão do nome há, sempre
há. Começamos bem o nosso diálogo, pois saiba que estranho paradoxo eu me vejo
em seus troncos quando percebo que nossas vidas de algum jeito estão unidas,
coesas, paradoxalmente harmônicas. Aí você me diz: - que eu possa ser ladrão,
mas você é louco! Respondo visceralmente para o nada que foram 30 belos anos
acompanhados de uma musa muito louca realmente, que me pôs a ferros e fogos,
tantos dissabores, meu neném do sem nome, que até certo ponto cresci o
suficiente. Pois que me diga que a loucura não tem retorno, e redigo que tem,
mas que não seja o teu eterno. Parei, meu caro amigo sem nome, e não citarei
mais o paradoxo como esteio de minha razão... Talvez não conheça Sartre, mas o
homem não brincava com as palavras, brincando com o verbo, quiçá, apenas. Não
digo que não me aparvalhe a consciência, mas passo a te chamar de fraude, um
nome no entanto que lhe retiro, pois senão continue sendo o sem nome. O nome de
muitos já é a fraude, se encerram dentro de letras circunstanciais que nada
significam, apenas imputam a si mesmos a pecha do que não está bem correto.
Tirante meus trinta anos de luta comigo mesmo para me manter de pé, saiba que
minhas pernas te ouvem com a profusão do nenhum significado, que não seja saber
que estejas numa outra achando que está dentro de algo, de algo, de ego. Aí
algum semântico deveria me conduzir a abrir ao menos outro parágrafo, mas
prossigo nesta vênia com um sentido meio europeu de exercitar um caminho bem
mais longo e, no entanto agora, mais preciso. Não precisaria que uma mulher me
encontrasse meio morto e embriagado em minha casa, pois a mesma casa onde moro
é ampla como uma ideia, e portar-se nela jamais me colocaria por isso em um
hospital, posto a psiquiatria foi o maior ancoradouro para barcos agora mais
diurnos, e os faróis nas outras escalas existenciais.
Quando
se fala na fraude pensa-se em sua aceitação por alguém, e não precisamos superlativar,
posto falarmos suficientemente do indivíduo. Mas, meu amigo, surge aquela nas
melhores famílias, quiçá talvez até mesmo por básicos instintos, e o paradoxo
surge como fera esfaimada na boca de quem soletra nomes que não existem, ou
fatos que não pertençam, ou forças que são covardes. Nesse estranho leito com
dossel franjado de cetim imundo e perfumado vê-se que de manhã bem cedinho há
estranhas visitas, e, no entanto, justas. As fraudes continuam a dispor da
riqueza como entende que deva a sistemática frente do ocaso que teima em nublar
a mesma justa. Pois é de saber que a fraude possui um nome, meu caro, já citado
há onze palavras atrás, e que por diante, o atrás fica paradoxalmente na
frente. Isso é resultado de loucura? Existe algo de demência no ar? Sabe você
do que pensa um enfermo, ou um cidadão que tece jornada de 24 horas para uma
hemodiálise, e ainda não fica louco quando sabe que uns curam o resfriado no
Albert Einstein? No heliporto a passagem garantida. Triste, fiquemos um pouco
tristes, pois a tristeza é um sentimento nobre, triste por muitos, porque
muitos estão tristes. Mas que a tristeza passa, é ordem de um destino, e quem
sabe da questão das fraudes sabe igualmente que enfrentar um paradoxo é algo
inexistente, já que a vida, meu caro senhor sem nome, é vida vivida, não se
treina, não se joga, apenas dela vivemos no bom senso, mesmo dentro de uma
carestia imposta pelos canalhas e, portanto, fria como um látego de lata.
quarta-feira, 7 de junho de 2017
MISSÕES INDISCRETAS
Por
mais que sejamos perscrutadores de nossas condições, por mais que
estejamos em um planejamento sobre o que faremos nos dias que se
seguem, as mesmas condições nos fazem rolar a grande pedra de todos
os dias para que saiamos incólumes de nossas dúvidas. Mas estas são
recriadas, reeditadas, e aquilo que vemos na grande mídia, ou mesmo
as notícias do exterior ao nosso país passam a nos trazer a
incerteza. Muitos derivam para o álcool e outras substâncias, há
aqueles que se acham inseridos no contexto dessa economia competitiva
aos extremos da brutalidade, há inclusive os que se assumem egoístas
por convicção… E apenas um tipo de tolerância passa a existir: a
comportamental, em sua maior parte das vezes, pois que nos pegamos
tendo que usar barbas com desenhos, ou a moda da falsa rebeldia,
posto sermos de esquerda ou direita vira uma questão de guerra e não
mais o debate social, ou um combate saudável pontuado pelo diálogo.
Nas vertentes que segregam o diálogo, que nos colocam no silêncio
algo imposto pelas ruas, a intolerância recrudesce, e os extremismos
seguem para as suas pontas de afastamento, e a desunião de uma nação
e seu povo faz com que a vulnerabilidade de nossas instituições
cada vez mais permitam a interveniência estrangeira em seus piores
modais invasivos. Tornamo-nos um país com a falta crescente de
identidade cultural para nos inserirmos pela porta serviçal no mundo
globalizado, efetivamente assumindo a postura do terceiro mundo. É
com esse panorama que nunca devemos negar que as agências
internacionais passem a agir no Brasil com muito mais liberdade do
que se tivéramos uma nação mais nacionalista, que ao menos
restringisse ao nosso território as questões cruciais ao nosso
desenvolvimento pátrio. Justo, passamos a não ser nossa pátria,
passamos a entregar nossas riquezas, a dilapidar nosso patrimônio em
estranhas e calculadas jurisprudências de outras ordens, no escuso
operar-se. Fomenta-se como capital intelectual as organizações
criminosas, em todos os setores, em todas as camadas, nas empresas,
nas instituições, na sabotagem de mercadorias.
Devemos
sempre ter em conta que aqueles que primam por uma democracia sólida
já sabem o que isso significa, e que nosso país já está em uma
grande falta com relação a isso, e não será nenhum processo
investigativo que mostra o fato, pois as vértebras dessa realidade
já estão expostas. Os fatos sejam contados, outras investigações
procedem, mas estamos já à margem de nosso construir histórico.
Faltamos com a própria realidade de se portar bem perante a lei de
fato, e a urgência em remediarmos nossas faltas é o que nos moveria
em tese a um país mais progressista, mais nacionalista, que
protegesse nossos patrimônios e que mantivesse suas estruturas
produtivas estatais intactas para reverter a riqueza de seu modo
operacional para o povo brasileiro. Isso apenas seria a grande tese
para conseguirmos sair do paradoxo enquanto nação, cada vez com sua
identidade nacional mais destroçada, onde um cidadão não é mais
patriota, sentindo atração cada vez maior por atos fora da ordem,
ilícitos. Essa é a grande questão da maturidade que deve montar
guarda em nosso país, pois não somos crianças brincando de
travessuras para comprar coleções de carro ou iates, ou para as
offshores
que foram tão frequentes no que se chamou – com provas
contundentes – de privataria tucana. A história se apaga, o viés
da balança pende viciado pelos dados do acaso da imposição, de um
lado apenas. Lideranças são excluídas, arquivos são engavetados,
e a memória dos fatos passa a construir-se sob a moeda de uma face.
Tão
logo se saiba como sanear uma cidade, que é necessário fazê-lo com
TODAS as residências, e que TODOS tem direito a uma propriedade,
mesmo porque é necessário construir todo o sistema hidráulico de
esgotamento e fornecimento de água, e será simples sabermos que
sanear as finanças de um país não pode passar pelo paraíso fiscal
de seus bancos e corporações multinacionais, sem que o Brasil ganhe
muito mais do que perca. Não podemos deixar vazando um rio de águas
estagnadas a céu aberto em uma favela, mesmo porque não podemos
permitir que se avancem áreas de extrema pobreza, em todo um sistema
trabalhista posto em xeque em virtude dos caprichos de um governo
interino por imposição. A crítica deve ser vista como algo não
necessariamente extremo, mas que não deve relutar em que a questão
do nosso guarnecimento enquanto país passa pelo socialismo. Não se
vive mais em castelos e os sistemas de segurança já não podem mais
com as pressões por que passa, inclusive, aquele que possui um pouco
mais. Se não houver ainda a possibilidade de chegarmos a um
socialismo conforme, que ao menos se distribua melhor a riqueza, que
não se tire dos movimentos sociais a grande missão a que se
pretendem. Que não venham aqueles com missões outras e indiscretas
de quererem vendem a intenção dos que almejam um país melhor.
Esses estranhos seres com seus propósitos de entregar o país ao
oposto do que deva se pretender para que nos desenvolvamos. Se é de
máquinas, que as tenhamos as nossas, próprias, pois o brasileiro já
é inteligente o suficiente para saber o que é melhor para si, em se
tratando do que possuímos, e esse engrandecimento da nação vem a
ser a prerrogativa básica de termos condições plenas para isso.
Toda
uma questão, companheiros de luta, toda ela é sanearmos no que há
de se propor ao país. As forças que nos devem levar adiante devem
estar consonantes com uma democracia participativa, onde as
comunidades de base permaneçam juntas como uma diretriz única e
conforme, arregimentando novas fronteiras do conhecimento, sem
estagnar-se em quaisquer doutrinas, em um movimento ascendente nas
propostas e na prática. Essa luta deve ser constante e árdua, com
muita disciplina, método e ousadia, em um processo de criação sem
fronteiras nas vertentes do pensamento de nossas frentes de atuação.
Se uma das peças fraquejar, deve ser azeitada no sentido de fazer
girar todo o motor, pois não seremos nada sem harmonia, sem a
frequência e sem o trabalho conjunto e continuado. À medida que
sentimos na régua que passamos além do negativo, se construímos um
ponto ou dois, que seja, já possuímos resultado que não deve
fenecer e deve ser regado com boa água, como quando sabemos que a
temos para beber em circunstâncias de seca.
Se
outros não mostram suas missões, se se imiscuem em seus propósitos
arredios de farsas e traições, por outro lado devemos ser algo
discretos nas nossas missões fundeadas na verdade e no conhecimento,
no diálogo com quem nos permitir – mesmo com alguma dificuldade –
e naqueles casos onde basta ignorarmos um contato mais caloroso. Por
vezes – e nisto manda a maturidade da prática – não nos é
possível avançar muito, ou temos que recuar um lote razoável. Mas
essa mescla de saber ciência, arte e Natureza, esta como pivô
central, nos ditará, igualmente com o conhecimento da experiência
histórica, como procedermos nas nossas veredas...
Assinar:
Postagens (Atom)