sexta-feira, 8 de abril de 2016

O SER GIGANTE

Esse ser que é a sociedade,
Arremedo de fruto colhido antes,
Gosto do pão sem a manteiga
Perpassa na pátria que é do continente.

Ser grande e gigante por sentir
Que por sob a alcunha das conquistas
Torna-se nome esquecido por muitos
No tapete sem sombras de nossas terras.

O ser único que o somos todos nele,
Por ler-se que parece que não há livros
Em uma noite silenciosa em seus ruídos
A que os fascistas desfilam em sua maldade covarde.

Um ser que somos todos os que somos
Por o não ser se nos chega de roldão
No grande corpo que queremos
Pousar em algum estúdio que a nossa razão desconhece.

Por se portar bem, talvez aqui estejamos
A um ser que tentamos um lote de existir
A partir do tudo em que nada esperamos
Para ter-se ao menos a ferramenta a se construir.

Talvez o nosso querer existencial
Traje-se com o manto chumbo da soberba:
Tão difícil é suportar no corpo
Que outras vestes serenam no coração de nossa alma.

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