domingo, 24 de abril de 2016

UMA NARRATIVA DISTANTE...

Seríamos um campo sem semeadura, um homem sem paz
Quando, a despeito de termos uma hora de libertação,
Sabemos do que é distante em nossos consentimentos!

A ver sem lei uma Pátria, então nos encontramos com um rochedo
Que deixa o mar entrar por suas frinchas atônito
De ter como se comunicar com intensos cardumes.

Desses peixes abissais de superfície de rochas, peixes outros
Que não distanciem o próprio abismo em crermos abertamente
Que uma nação não se encontre mais forte em virtude da fraqueza!

Assim sem ver, que tantos veem de outros lados do oceano
O que se processa em um não processo a quem não vem o astro
Quando sequer assumem a sujidade em suas mãos do não merecido.

Por vezes os poetas perdem o fôlego, e a poesia vem – rumorosa –
Como os ventos que sopram de um lado qualquer em que nota-se
Que a vida da arte se denota visível até no perfume da paz.

E vêm as gentes, ignoram outras palavras, entendem um pouco menos
De um cabal entendimento que o “outro” não suprime na mesma lógica
Em que estaríamos talvez no próprio mar a contemplar estrelas...

E há alguma verdade em sabermos que um nó que nos ate
Não ata se não fora outro nó da sapiente certeza que a justa
É sabermos que a Verdade estará sempre em sua indelével posição!

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