Saber-se ausente de um processo
significa uma neutralidade que se diria nem ao menos diplomática, pois se é de
mitos que sobrevivem os caudais do entretenimento informativo, é da leniência
desse papel de mármore kitsch de
imitação que alguns homens se negam a participar. A não lógica torna-se outra
questão em que suplantamos o chamado raciocínio com outras vertentes de
pensamento que (pudera!) tornam-se muito mais potentes do que as indústrias do
processamento supramencionado em quaisquer quesitos das maiores academias do
mundo. Esse mundo sincrônico onde o grande display tecnológico faz-se dominar
por uma frente ampla que reage à tentativa franca e abertamente covarde de
dominação, a ponto de drones estarem
matando jornalistas pelo mundo afora, a contarmos de que estes são muitas vezes
do mesmo país dos chamados não tripulados, mas que desejam por um saudável
sacerdócio profissional mostrar a face cruenta das guerras. Basta, mostremos de
fora... Quando a lógica é contrária ao desenvolvimento humano dos povos,
mostremos uma não lógica, neologismos que deveremos usar, não apenas no
desenvolvimento de softwares livres em plataformas independentes, mas
contextualizarmos a questão de que lógica estão ensinando, a que propósito e
com que intenções “puristas”.
A apropriação pura e simples do
conhecimento tecnológico, ou da ferramenta da imaginática fundamentada nesse conhecimento, traz à razão um
desconforme paradoxo da desigualdade latente nas sociedades emergentes em
relação ao chamado “ainda” primeiro mundo, desigualdade esta não apenas no
volume titânico de informações, como na capacidade de processar, filtrar,
manipular e espionar muito maior por parte de países que assumiram já essa
chamada contenda de informações, contenda essa que em sua grande parcela tem o
pano de fundo dos interesses econômicos sobre os territórios ricos de nosso
planeta.
Na verdade, a premissa motivo desse
breve ensaio, é com relação aos aspectos produtivos em que – como o nosso país
ainda não possui know how para a
manufatura de produtos mais elaborados como displays
de alta tecnologia – as mãos como elas são ressurgem com força no chamado trabalho
artesanal, ou quando torna-se o trabalhador mais consciente na própria
indústria convencional, de montagem, etc. Isso vai ao encontro do fazer
consciente, do diálogo entre as classes produtivas e dirigentes, vai da
informação reversa, que no meu entender é aquela onde se conhece como foi
produzida a informação – mesmo em processo mais rudimentar – como é impressa,
ou como utilizar meios de informática no objetivo de desmitificar o processo
produtivo. Por isso dar-se-á paradoxalmente importância cabal ao processo
artesanal dentro das sociedades, pois toma-se maior consciência dentro de
chamadas economias solidárias a como compreender o processo produtivo, e a arte
e o design sem fronteiras tomam a forma desejada com uma velocidade maior do
que aquela já utilizada pela esteira da grande tecnologia mundial, que só faz
segregar economias ainda em expansão, potencialmente mais fortes, como a do
Brasil. A não lógica passa a ser quase um raciocínio, mas este demora pouco
dentro de uma máquina como um processador, e necessariamente passamos a não
precisar inevitavelmente dessa máquina para que possamos existir enquanto
sociedades, ou passemos a uma reversão econômica onde o mínimo de insumo e meio
desse teor seja o suficiente para que engrenemos outras máquinas, ou seja,
azeitemos o pensamento e a consciência produtiva para que galguemos os
patamares necessários – passo a passo – sempre de modo mais horizontal entre a
inteligência e os da obra.
Há sempre um alerta para uma sociedade
de consumo que por vezes satura-se de um viés tecnológico e se perde nos
poderes que empreende coletivamente através de certos mecanismos que passam a
ser mera cosmética em um processo inquestionável em todas as frentes dentro de
mudanças onde somos por vezes meros espectadores – literalmente – de filmes de
realidades forjadas conforme as exposições e o contexto da mídia, e de outro
modo somos agentes geradores de imagens em que por vezes são realizadas dentro
de um tipo de alienação do processo de como acontece essa mágica... Quando os
novos meios de entretenimento sufocam a sociedade gerando dependência quase
afetiva pela máquina, há que se preservar a Natureza, pois é hora de revermos
mais de perto o arcabouço teórico e prático de nossas culturas. Qualquer tipo
de cerca deve ser derrubada, pelo menos em seu conceito na consciência de
alguns milhões de homens, mulheres e crianças... Há que se permitir outros
vôos, pois a intenção não deve ser nunca registrar a imagem de uma praia para
que se possa contabilizar pontos de um game
turístico como aventura de andróides que por vezes quase nos tornamos!
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