Retraio-me em jejum, tomo um leite
após meia hora e esqueço-me de um medicamento. Não importa tanto, o sono, de
contrito, me salvaguarda para mais um dia, que seja, de um planejamento bem
coerente na conformidade de dias com limites... Não sei muito deste dia, mas as
noites de sono são reconfortantes. Estamos no dia 13 ou 14, pois a esta hora de
madrugada não se denota que estejamos muito cientes quanto aos dias exatos,
apenas a hora é exata: cinco e um. Em um pequeno descuido de folga, já se
passaram 22 minutos. Lembro-me das aulas na Universidade, em que havia uma
disciplina chamada TIP, teoria da informação e percepção, e os computadores
pessoais sequer existiam, em 83. Era um tipo de aula que eu nunca alcançara em
sua plenitude, pois o professor possuía uma bagagem de conhecimento e arguição
muito fértil. Na verdade, aventa-se a hipótese de um computador que pense e –
pasmem – que o faça melhor que o ser humano. Isso é de uma patifaria sem
limites, ou no mínimo um laivo de pretensão. O computador não percebe o seu
entorno com as lentes da percepção humana, pois não há pensamento que seja
apenas o seu lado preciso, ou lógico, ou simulado e, quando o homem e seus
afamados cientista puderem criar um mosquito que seja, orgânico, com vida,
seria realmente uma revolução científica, pois as células tronco são apenas
grandes muletas técnicas a partir de genomas pré fabricados...
Talvez seja perda de tempo pensar
sobre esses assuntos, mas creio que o fundamento vale a partir de uma necessidade
em aprendermos que a mídia constrói seus mitos tecnológicos, e aqueles
responsáveis pelas imensas corporações computacionais prescrevem uma sociedade
governada pela tecnologia, e não é que estejam equivocados, mas o fato é que
predizem o erro em conformar imensas populações que já fazem o uso
indiscriminado dos displays eletrônicos a se conformarem e deglutirem com maior
vulnerabilidade gerada pela dependência da máquina em aceitar essas premissas
mentirosas. Isso vem para atrapalhar e muito o surgimento de rádios
comunitárias, dos velhos no entanto funcionais canais receptivos e suas
importantes frequências, no que igualmente necessário é voltarmos a padrões
mais antigos, sem desmerecer a importância da tecnologia a serviço de nossas
populações mais carentes, na intenção vital de sociabilizar outras alternativas
de comunicação, como a própria caneta e papel, em um grande exemplo de
ferramenta.
Apenas teço essa crítica na intenção
que iniciemos uma vanguarda de crítica na quebra paralela – quando não possuímos
muitos recursos de voz – nessa tentativa de estabelecerem uma espécie de
totalitarismo tecnológico. Vejo apenas um tipo de embate entre Malthus e
Marcuse. Uma, a abordagem biológica das populações, seus embates na ocupação
territorial visto aos olhos da ciência totalitarista, e outro, uma profunda e
principal transcrição pertinente no ramo da psicologia renovadora, no sentido
de revogar que sejamos instrumentos de poderes escusos, mas que versa o
surgimento de dois princípios nas sociedade humanas. Basta tentar comprar o
Eros e Civilização e compreenderão que esse livro não se ensina nas cátedras
tradicionalistas da “nova e behaviorística” psicologia. Pois então, caros
companheiros, viveremos um pouco além de abordagens da engenharia? Talvez sim,
pois há médicos que sabem de sua medicina e supõem o humanismo como palavra
chave para o trato de seus pacientes. A revolução começa por esses prismas e a
compreensão mais abrangente de todas essas equações, não muito complicadas,
pois um certo e aprofundado estudo principia novas frentes, novas vanguardas. A
bombordo e a estibordo, o navio há que estar circulante, para que se possa
chegar sem temores à popa e verificar o motor de centro para que possamos
salvaguardar o rumo nos quadrantes das estrelas.
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