sexta-feira, 15 de abril de 2016

O CANAL DIRECIONAL

Tanto de ser que o canal desce, como um rio com seus significados
Que entortam o conhecimento de algo mais que saberíamos se não fosse
Apenas uma direção de um canal, ou a válvula de escape que se nos escapa.

Há que pensar, caros, há que se pensar como nunca, pois no fragor
Que impingem desde Maquiavel até Smith há uma lógica de sistemas
Que faria a interpretação de Eco uma salada de legumes podres...

Procede que hoje a informação é o quesito das batalhas que se travam
Nos painéis toscos de ruas onde a coação se torna apenas o resultado
De uma miríade de bancos de dados entrelaçados com a força de um gatilho!

Não se trata de comparar o poeta, este apenas relata, e não será como
Uma menina suicida no manicômio, posto crer ser salutar o embate
Em que porventura e por necessidade temos que mostrar que somos lúcidos.

A inteligência de nossos consortes de segurança e direito tem que vir independente
Das tentativas crônicas de afirmarem que nosso Brasil não se pode caminhar solo
Sem o solo que o querem arrancar com canais de programação por trás dos panos.

A questão midiática é algo que atinge milhões, mas as questões da linguística
E suas interpretações que ajudam a ofuscar todos os manifestos culturais
Reza que é no mano a mano do cotidiano com o outro lado é que procede.

O embate é duro para alguns, mas a pintura de Goya de Luciendes não acontece
Tanto no sólido trauma que tenha sido a vivência cotidiana de nossas frentes
Ao que se germina sabermos que nada cai quando um não deixou levantar arriba.

O que se processa na monolítica frente da capacidade técnica das estruturas
Que passam a dominar outras fatias do bolo das massas é a engenharia
Do dois mais dois é alavanca, e do tendão rompido que o monstro almeja!

Ao trabalho estamos todos, e o diálogo se faz necessário não no organizar de tenda,
Não no solo patibular da repetição sistêmica de histórias que não acontecem,
Mas na riqueza de sabermos exatamente qual será a luta laboral e intelectiva.

Saibamos que o poeta ri com satisfação quando sabe que não cairá a cidadania
Quando de um se percebe o olhar da bravura, e a resistência do que não era antes
Virá de meio a meio a outro a meio mais, que o meio se atrevesse na calmaria...

É a partir do nada do neo algo que se perceberá que outras frentes virão,
Com a fortaleza que anima o arco do guerreiro quando de suas letras
E de outras renitentemente luminares convergirá o panorama ético da revolução.

Portanto, de brevidade se diz que um canal que rege sua falsa regulamentação
No princípio barbaresco do status quo, que desce de seu platô para arregimentar
Não sabe que o faz com a energia eólica de algumas manivelas sem o vento bom.

Tenham a certeza de que certos alardes pisam nos mesmos solos em que pisaram
Por vezes em vão nossos ancestrais, posto que a vereda depois de dois mil
É diversa de tudo o que se pensava, já que estamos lidando com dígitos e sapatos.

Que se cesse por vezes alguma caminhada, pois os que sabem do eletrônico
Passam a não saber que o que é de Natureza não é vencido jamais, visto
Ser imantado no pressuposto de que o gesto mesmo da matéria nos dirá...

Rolam-se as brocas, os meios são outros, e as doutrinas da coação e subtração
Não sabem das nódoas traumáticas e seu dolo, quando, por incrível paradoxo,
Passarão a exercer o poder do dolo retirando uma Presidenta isenta daquele.

Esses meios enfrentarão o Poder de seus erros quando se derem conta de que
O paradigma de seus rudimentares critérios de embevecer todo um povo
Não passará da diluição cultural alienada que merece a todo o tempo a crítica.

Portanto, companheiros, se o golpe for da mesma facção que se tornou histórica
No regresso da anti história, saiba-se que a revisão de que não pode haver bis
Nos deva remeter  a que pensemos a repensar a atuação dos meios: a Natureza.

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