Antigas máquinas escrevem sobre
novos pergaminhos o que se é de azeitar a História... As casas respiram em seus
séculos – porventura arquitetura maravilhosa – a perscrutarem seus próprios
natais, na indivisibilidade de mesmos conceitos. O velho ressurge do novo, e o
novo também aplaca os erros dos velhos, pois que caminhemos todos em direção
precisa dentro de nossos próprios consentimentos. À vista parecemos distintos,
mas a igualdade é o único pressuposto do grande ser que somos a compartir da
Natureza. Pelo menos há propostas nada reducionistas que nos levam a esse
prisma, a essa conotação que possa parecer absurda, mas que nos remeta um pouco
desse surreal sentimento. Palavras por vezes parecem fenecer em solos
inglórios, mas a questão é sabermos que outras vêm por avalanches pela
experiência dos homens, suas vidas, o que foi de se sofrer, o que se
acrescentou, e o que se aprendeu nos fatos e na busca da Verdade. Seria essa a
função do jornalismo, igualmente? A cada um, que se reporte algo, por um
noticiário em paralelo, que saibamos em nossos gestos da intelectualidade
pontuar e costurar a realidade do factual nas fronteiras cabais do
desenvolvimento humano, sem fronteiras, dos povos... Há que se escrever de um
pouco suficiente o que se deixou de um século XX em que deitamos rastros da
inconsequência do que se encontra na mesmice de um novo século: o atual! Pois
muito que sejam os paradigmas dos tempos, pois não existem novas eras, já que
estas se entrelaçam e talvez se possam chamar períodos os retratos históricos
que se refletem nas mudanças entrelaçadas entre o passado com novas roupagens
do presente e alguma previsibilidade – humana, apenas – do que vem a ser o
simples e anacrônico e pretensioso conceito de futuro e suas “proféticas”
induções do que ainda se porta como atual.
As relações diplomáticas sempre
foram tênues como o cristal, breves como um sopro, e sua manutenção há que se
tornar mais dura – extremamente – para que possamos mudar esse cambiante da
ausência de propostas concretas na relação entre as nações. Algumas linhas de
pensamento ainda vivem a realidade de décadas passadas, nas suas cartilhas
infantis no joguinho de acharem que estão fazendo parte de quebras de antigas
estruturas, mas só fazem corroborar as atuais, botando mais ferro em suas
veias. Há que se traçar no compasso, pois a literatura não necessariamente há
de ser fantástica, como a pecha de sermos latino-americanos, pois que somo
todas as américas, incluso as que falam francês, como o Canadá e a Guiana. Agora
somos Cuba, e Cuba ampliada, posta afundada a guerra, o conflito, o atentado, e
que uma ponte se una a outros continentes. Talvez por ser negro, tenhamos o
maior presidente dos EUA da história recente, depois da segunda grande guerra.
Vivemos um período extremamente conturbado em nosso mundo, e talvez seja a
coerência de sabermos da importância em que os dois hemisférios nunca entrem em
conflito, pois que não se crie uma secessão mundial... Seria uma certa
pretensão, mas não dizemos mais “vosso presidente”, pois que um afeta o outro
dentro do sem limites de fronteiras, pelo menos nas vias mais conscientes de
telecomunicação. Pontificar cada nicho possível de entendimento se resume em
que – esperando não falhar a metáfora – cada piso e seus rejuntes tem uma forma
diferente, uma idiossincrasia peculiar. Cada grânulo na pintura, cada ônix,
cada pedra, cada homem e sua química, cada átomo, suas moléculas, seu genoma
oculto: melhor, o pé na terra: seu conhecimento e modo de expressá-lo.
Há que se relatar a História, e
reler-se a si mesmo, em paralelo, que o professor ajuda, mas o aluno tem que se
esforçar, no sentido amplo, de beber de água boa, de boa fonte. Mesmo no Google
há que se saber filtrar, por isso o contato imanente e necessário com bons
livros que não custam muito caro e continuam sendo o melhor pacote o melhor e
presente papel de que dispomos. Falam de teoria econômica na Universidade e
Marx continua sendo historicamente o melhor filósofo nesse campo, como Freud o
foi na Psicologia, ou seja, ambos os troncos e a raiz dessas duas grandes e
seculares árvores do entendimento de nossas civilizações, assim como na
Antropologia, no Teatro, no Cinema, na própria Filosofia, em suas diferentes
épocas: todos são igualmente necessários para compreendermos a sociedade e a
nós mesmos. Há que se travar outros contatos do que a mística que envolve a
eletrônica, pois as plataformas antigas são, em regra, nada dos descartes dos
objetos de uma instalação, posto nada instalados e muito menos objetos.
Alguns conceitos da
contemporaneidade já atravessam décadas e tentam derrotar quaisquer movimentos
artísticos que venham a acontecer, como a própria existência da arte. Mesmo na
poesia, esta nulificada pelo concretismo já enferrujado... Pois a tradução de
uma sociedade realmente libertária em suas vertentes expressivas não tem que
ser rotulada por questões impostas de como devamos pensar ou agir no domínio
artístico, filosófico ou existencial, haja vista a atitude coerente dos últimos
anos deste país em que nos encontramos com questionamentos cabais e profundos
gerados mesmo a partir do ser coletivo e espelhado esse mesmo ser consciente no
indivíduo, com o desenvolvimento de artes e expressões que não regridem, pois
acrescentam. Partamos do ponto já dessa questão e sigamos nossas frentes, que a
tomada de consciência de nossas populações já se faz presente, graças a boas
lideranças e didáticas em cada setor de nossa sociedade... Isso vale para
qualquer domínio que seja.
Mais do que o embate, um aprendizado
a crescer-se por vezes passa por um conhecimento duro, pois que a vida dos que
compõem os sacrifícios de carestia melhora quando o aprendizado surge através
das oportunidades estabelecidas por bons governos, como é o exemplo que vivemos
agora no país, com alternativas que vão de encontro aos seios populares de
nossas grandes ou menores nações, dentro do mesmo processo civilizatório em que
a História define os atores e protagonistas que vêm para melhorar. Passa a ser
necessária a ampla aceitação de debates que não brilham apenas nos auditórios,
mas que um debate-diálogo a partir de dois a três já se torna um bom princípio
de retomada da natureza presencial de um encontro mais plausível do que o
ensaio e erro dos displays. A torto e
a direito que se escreva. Escrevam, companheiros, e sempre!
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