sexta-feira, 29 de abril de 2022
quinta-feira, 28 de abril de 2022
SEJAMOS MAIS PRÓXIMOS
A arte de escrever supera rancores, traduz verbos...
Com significados os
mais diversos,
Por vezes inibimos alguns conceitos
Que
passam desapercebidos no fiel da medalha
Quando não superamos o
suficiente
Naquela missão que guardamos escondida
Dentro
do pétreo peito que se aninha sob o esterno.
Esse
quinhão que guardamos, por vezes com cansaços invencíveis
Que
por hora esse de agora se consolida
Dentro de um instante de
cochilo que lembra uma batida no peito.
E a exaustão bate
no peito, e o sono é cortado e à noite dormimos!
Nas
críticas que recebemos por escrever esquecem daqueles
Que
desfilam solenemente pelos umbrais de suas naftalinas
Onde suas
mentes apenas manietam a definição indefinida…
Que
há de melhor no mundo do que um retorno à poesia,
De termos
gentes trabalhando pela cultura,
Mesmo que o Ministério tenha,
por pressupostos tacanhos,
Que ser anulado por ser considerado
um acessório?
Não há de ser nada, pois a reconstrução
nacional
Se dará independente das escolhas da entrega de nossa
riqueza
Para solos estrangeiros, na dúvida que não há na
cabeça
De alguns que simplesmente temem a alforria de nosso
povo.
Sejamos patriotas, não de um verde-amarelismo
lacaio,
Mas de um saber-se comportar frente a frente aos
óbices
Mesmo que a última argumentação do lacaio seja
nomear
De louco aquele cidadão que apenas cumpre o seu papel de
sensatez!
Devam, aqueles que de ofício de guardiões da
Pátria
Olharem mais sobre a superfície mesma da sensatez
Onde
pensem bem sobre a hierarquia social
Postando em si mesmos os
alvores de mudança no status da vida!
Não estamos em
nosso país para guardar ressentimentos, mas para cumprir
Missões
que não sejam impostas por outros que não os nossos,
Que, o
que se for de si e de um, que seja a parceria de dois e dentro
De
fileiras outras que possam edificar as pilastras do progresso e da
Paz!
A comunhão com os nossos deveres enquanto cidadãos
materiais e espirituais
Respire qual o verbo feliz de estar
convosco onde estareis
Na vossa cordialidade de pensar que um
líder por vezes também enfrenta
Dificuldades oceânicas, mas
que, por ser prócer, cumpre seu papel com positividade!
quarta-feira, 27 de abril de 2022
O SIMBOLISMO DA REALIDADE VIRTUAL
Não emprenharmos a consciência com relação a certas novidades com sua tentativa de sublimar o manufator nos faz redescobrir a importância dos ceramistas, em um exemplo cabal de estarmos um pouco cansados da arte ótica, que encobre de semânticas gabaritadas pela computação, uma mesmice que aponta para um viés em que nem sempre a novidade nos fará sentir as coisas com mais profundidade. Simbolicamente, possuímos a computação como uma espécie de eixo central com seus tentaculares avatares de significados e proposições, onde os mesmos avatares são criações de equipes mais alicerçadas economicamente através de uma cosmética que atrai os viajantes mais organicamente principiantes. No entanto, o ato de ler o que se quer é profundamente revolucionário quando o escolhemos em todo o seu embutido conhecimento, a saber, de precisarmos apenas das velas se nos falta energia, pois as casas inteligentes nem todas possuem sistemas geracionais da mesma. Se a miríade de pequenos satélites não nos respondem, isso ocorre como uma falha de blindagem vítrea de uma câmera ou, mais silenciosa e certamente, na conexão de um mouse e seu cabeamento, quando quisermos nos tornar independentes da bateria, ou qualquer impulso elétrico que, aí sim, vem do atomismo e suas regras de camadas de elétrons, a ciência fática que fica por daqui a sempre. Toda uma energia encontrará ressonância nos átomos e a mesma ciência dá-se conta disso… Essas são plataformas em que o conhecimento também possui origem remota, desde os primeiros pensadores da história até a nanotecnologia bio molecular. Evidentemente, no plano da arte visual, como um exemplo cabal, textos e imagens acabam por se mesclar, em questões de velocidades estonteantes: no seu construir, manipular e comunicar! A magia da ciência, concordemos, faz com que botemos reparos naquilo que é verdadeiramente inusitado, mas muito do que se vê e usufrui é um conteúdo de farsa, mentira e abuso dos meios em que são permitidos os usos indeterminados, gerando fakes que prejudicam o andamento da lei e seus princípios. Espera-se que a inteligência dos países que fabricam tais conteúdos não queiram atravessar suas fronteiras para influenciar ou denegrir ordens alheias às suas nações. Porventura, igualmente falando nacionalmente, a regra deve existir internamente a cada nação para que o crime em toda a sua circunstância e envolvimento em torno da ingenuidade de públicos que às vezes o assiste sem capacitação crítica do que seja certo ou errado no mundo virtual de ordem digital. Essa parecença com uma falta de nexo nada mais é do que a cosmética que gira – repetindo – em torno do “deus” tecnologia e suas representações elementares em se tratando do que se chama novo mundo, à revelia das adicções, das guerras e das destruições naturais ou artificiais, como a violência que há em todo o planeta.
terça-feira, 26 de abril de 2022
UM CHAMAMENTO DE LUZ
Quem sabe sejamos partes de um todo infinito, isso não seja conjectura de premonição, ou vaticínio completo e sem a questão da pretensa certeza. O que se envolve na certeza por vezes passa por questões de pensamentos que recorrem e debatem a si mesmos, na dialética tão crescente em todos os canais em que o mundo percebe o conteúdo do contentamento em sabermos sobriamente o que é bom para um ser e o ser da coletividade. A segurança de um homem da rua percebe que o seu próprio caminhar se torna nublado e silencioso, posto ser sonso quiçá esse modo de auferir valias nessa conjectura. Mas sempre é válida a vereda de luz, onde um homem que passa na rua com um bom carro segue a outra realidade daquele que atravessa a avenida com alpargatas furadas… Que a luz encampe não para iluminar com seu facho perscrutador aqueles que catam no lixo seus niqueis, mas outra luz que verta para esclarecer aos olhos a necessidade que se abram para ao menos vislumbrar um pouco da realidade de muita gente, e as suas diferenças absurdas de vida, de pulsação e de coragem que aqueles que não possuem recursos tem a demonstrar na cepa da existência, na raiz de sua etnia, no marasmo confortável dos bancos repletos de estofamentos luxuosos. Assim, de perto, face a face, os rostos inquietos, uns sobre o que pegar sexualmente na tarde que antecede uma noite de hedonismo, e outro querendo acumular latas nos refugos da sociedade, o que permiti-nos ver de que lado está a moeda, ou qual as dimensões financeiras a sustentar o andamento que move alguns, e outros na periferia soem por perfazer destinos trágicos, posto funcionar assim os equipares sistêmicos em nosso escopo social. Disto não termos dúvidas, incluso a ocorrências trágicas e diárias no vórtice de um furacão que nos encontra dentro, sem uma capacitação de evadirmos da tragédia, assim como em países como no continente africano e outros que estão em situações de extrema miserabilidade, apontando por uma mudança extremamente premente para melhorar suas condições de vida em termos de oportunidade e felicitações decorrentes. É com grande felicidade quando encontramos aquele facho que antes perscrutava transeuntes na rua dando por agora o direcionamento correto para uma colocação em termos de ganhos e ofertas que se residem na esperança de um futuro mais alvissareiro!
segunda-feira, 25 de abril de 2022
A IMPORTÂNCIA DA EXPRESSÃO
Quando o véu da noite se ensombra de um viés
de obscuridade,
A própria noite se nos revela patrona de um dia
que se foi
Na paz não encoberta, mas na fusão de pensamentos
nada obsoletos
Que falam para a história versões recorrentes
de mais honras
Do que os egos suportam, no viés da recordação
pertinente
Em que o segredo da sobriedade passa a ser questão
de simplicidade!
A versão mais aberta da concepção de
uma vida plena
Por vezes pode ser uma abertura que decresça um
pouco a gramática
Dentro da linearidade atemporal da questão
do significado
Que se pontua com o tempo mesmo esse, sem ser,
que não fora
A vez da recriação solitária de uma lógica
quase inexistente
Que Sanders Peirce já navegara por essas
questões de frentes
Onde o pensamento já faz de um poeta sua
quase dúvida.
Posto a ciência da semiótica talvez
exista somente para iniciados
E, destarte, aquele que é novato
no jogo de xadrez
Não está bem ciente de linhas mais
inteligentes
Posto que em geral, na sua concepção, o amor é
maior do que tudo!
De sentimentos esboçamos por vezes o
alívio de um caminho
Que se abre na mesma simplicidade
semântica
Onde, o que se veja na noção da existência
Seja
ao menos uma estrofe que nos dê mais fôlego para prosseguir…
E
ao andarmos por caminhos por vezes mais árduos em nossas
pernas
Saibamos que sempre poderemos estar em uma
mansarda
Dentro de um quarto por onde vemos a brisa frequentar
seu espaço
Por um nicho que seja de esperança ao menos que o
sono venha belo
Quanto o sonho em que sonhamos igualmente
acordados pelo ideal do mundo!
domingo, 24 de abril de 2022
A VIVÊNCIA DE UMA PLANTA
Roga a pena de um justo
Que não talhe a pena
do pássaro
Em que a planta pousa, e sé é pousada
Em que
pousem tantos, a árvore
Nos galhos trifurcados, nas noites
Em
que as bruxas remexem suas bolsas
E em que cidadãos africanos
despem
A trigueira ordem de suas intenções.
O fato
da planta fenece no fato.
Tanta planta, tanta a
arquitetura da rua
Que a planta é baixa e é de concreto
ensimesmado
No que o poeta apenas é tabagista como o pajé
Que
reside por vezes em umbandismos que nos lecionam
As vírgulas de
Oxalá, ou o olhar de Exu na floresta!
O consentimento das
nossas vias, a tristeza no olhar da mulher
Que sonha ser tantas
ou tanto, que planta sua mirada
Na árvore florescente, no
quinhão do merecer…
E corre a poesia no violão de
Baden Powell
Não fenecendo jamais os ritmos de sua
frequencia
Pois guarda o que se move de mais a mais
Em um
tronco ao troco que de cinza palha não existe
A cor que não seja e um
ébano expatriado
Pois que a planta só é cinza por pintura.
sábado, 23 de abril de 2022
A VIDA NÃO É SEMPRE IGUAL
Quando um simples esboço de sentimentos
Se
torna leve com suas transições serenas
Podemos alicerçar
nossas pilastras
Ao longo de um caminho de ervas e seixos
Qual
vereda em que as esmeraldas brotam
Com rubis pontuando as cores
do espírito!
A mensagem se torna mais bela,
A
esperança vira um tipo vívido de modal
Onde recorremos
vaticinando o ouro
Em que se torna a vestimenta do obreiro…
A
poesia verte em silêncio os dias de nós mesmos
Quando o
sentimento dos acertos suplanta os erros
E, quais horas de um
dia quase imenso
A jornada não possua o teorema quase
inconcluso
Quanto de tarefa quase hercúlea por vezes
Em
mares inacabados de procelas
Ao remanso de quietude em um porto
seguro.
As vantagens de se acertar os ponteiros
O
tempo traça em seus esquadros de marfim
A antiguidade que nos
reservam os metros
No esquadrinhar o verticilo de uma flor!
Uma
calçada desavisada em um termo quase cáustico
Por vezes,
quando estamos tentando inventariar erros,
Revela a passagem das
gentes em uniformes ébrios
Quando sabemos que são seres
notívagos em ruas
Que apontam para uma solidão coletiva, e
aí
Dispomos da sabedoria para discernir o controle
Que
devemos ter para alicerçar a coluna da virtude…
Nada
deveremos a ninguém quando posicionados
Na modalidade da
bondade, na dica de estarmos sempre
Onde sequer saibamos se
estamos pontuando vantagens
Ou simplesmente vivendo a nossa vida
sobriamente!
sexta-feira, 22 de abril de 2022
PRA SE DIZER
Se
tantos forem à mensuração de algo que se fale
O fabricante da
mentira não existe fora do experto
Que sabem o que um hacker
subentende ser seu querer
Quando impõe a si mesmo o poder de se
achar no poder.
Quantos sabem que a vida não se encerra
em uma atitude
Reversa no significado, e resultante no
significante
Quando se aloca um recurso de conhecimento
Na
mentira de uma metáfora que não requer distâncias…
Um
texto pode ser esperado em algumas palavras
Nas vertentes de uma
sobriedade concreta sem esportes
Mas subentendemos que o serviço
passa a ser quase
Uma compulsória recuperação em que se
respeite a unidade!
Quando se pretende
consuetudinariamente um direto de direita
Não se alcança muito
a veia da diuturna esperança de um bom senso
Em uma vereda em
que os diamantes são apenas restolhos
De um carbono catorze em
sua perfeição de olhar trigueiro.
Assim se vê por vezes
no olhar de esmeralda feminino
No lócus que se encontra em cada
sítio sagrado
Que esboça sempre a compreensão altruísta do
próximo
Quando nós sabemos de lados que não surpreendem a
coragem.
Nessa virtude de estarmos correntemente sugeridos
na presença
É de monta que nos unamos sempre coerentemente
Se
o fator que a vida encerra em si mesma na opinião coerente
No
que recorra um termo que se encaixe no montante da esperança.
A
ver, que no lado que estamos não prosseguimos em latência
No
complexo viés que não relutamos em seguir a proficiência
Quando,
no bem entender se possa
A existência de um justo há que se
passar na justiça!
quinta-feira, 21 de abril de 2022
RAZÕES DE SENTIMENTOS
Na verve quase incólume de uma urna
Onde
reservamos os ressentimentos para o ostracismo
A se dizer, será
melhor que não tenhamos o mesmo tempo
Em que inauguramos as
faces que espelham relativamente
A natureza de bem se estar sem
tirar nem por: a vida.
Em todos os
hemisférios de um profundo criticismo
Não há culpa alguma que
se revela no bem portar-se
Quando, nos dividendos em que não
compreendemos
O aspecto de uma divisão é mais concreto que a
própria paz.
Sendo que aquela por vezes é duvidosa, ao
não sabermos
Que, quando o carro passa velozmente, não
tenhamos dúvida
Naquilo que aparentemente não traduz
perigos
Mas, em decorrência de tudo, podemos estar com
distrações
Onde saibamos caminhar com correção na vivência
cotidiana…
Se você estiver acreditando que tudo é tão
pacífico que nos redima
Por vezes pode se decepcionar com um
panorama em que não encontramos
Um modo mais justo que
correlacione uma vista com uma lateral!
Se tirarmos uma
máscara de vinil em torno de nossas vidas
Os parâmetros se
distanciam quando uma noção lógica se torna
importante
Principalmente quando as coisas se nos apresentam
quase pessimistas.
No entanto, há razões que condizem
com uma aflição recorrente
Nas vezes em que o tempo se
apresenta nublado ou instável
Dentro de nosso espírito
contrito e restaurado por resiliência necessária!
Saibamos
que nem tudo são flores em reinos de nossas vidas
E, destarte,
a simples compreensão sincera em estarmos vivos e lúcidos
Ajeita-nos
a que tenhamos a consciência que porventura reservamos a nós
mesmos.
No tino que sentimos com uma perda, ou uma
história que não seja esperada
Perfazemos o esforço em
superar sempre, mesmo que as dificuldades sejam titânicas.
quarta-feira, 20 de abril de 2022
A VESTIMENTA DO CARÁTER
A necessária compreensão dos lados de um
objeto, qual não seja uma mera moeda, sua cara e sua coroa, merece
relevância cabal sobre a questão de existência concreta da medida
do mesmo objeto. Falaremos melhor do espaço-tempo como condição de
não prosseguirmos isolando qualquer peça, pois perderemos seus
apoios, e a versão científica cederá espaço para a versão
religiosa, e isso requer treinamento pertinaz com relação ao que se
pensa e ao que se comporta… Em uma relação simbiótica com o
animismo e suas vertentes, a peça isolada por vezes se revela mais
eficaz em sua proficiência do que um agrupamento onde a vertente do
pensamento claudica e fenece como uma flor sem a planta, apenas na
água que alimenta sua sobrevida. Assim manda o destino das gentes,
e mesmo solitariamente por decisões de poderes cáusticos, pode sim,
se a fé é concreta, daquele ser subsistir isolado por um caráter
falho que por vezes não reside só em sua essência existencial. A
mão que é dada por alguém manietado com cartilhas anacrônicas não
reveste da experiência naqueles que já sofreram o suficiente,
mantendo o seu corpo incólume, e seu caráter ilibado. Essa
evidência já – em si mesma – reduz o vértice de uma conexão
que se prestaria correta, não fora a soberba que inflama de ego
falso algumas organizações de cunho parcial.
A releitura da
história nos mostra erros capitais, e suas repetições recorrentes
em si mesmas rompem as suas colunas de gesso: mal edificadas, ou
reformadas em suas laterais apenas. É redundante e inconcebível
estarmos viciados em algo que nos altere o humor, principalmente
quando ativos em nossos afazeres diários, servindo essa questão em
qualquer esfera profissional. Se um homem há de beber para
funcionar, supostamente sua ordem de caráter deva passar
compulsoriamente por uma releitura, posto o mesmo caráter nos redima
desses erros de atitude, por vezes perversos correntemente. No
entanto, se formos reformar uma casa, por vezes damos sorte que
alguma fundação ainda sirva, nessa presteza hábil de recuperar uma
estrutura, mas quase sempre a reforma é um pouco paliativa,
sistemicamente, o que se torna impossível verificar longas jornadas
em uma fundação já comprometida pelos entornos das décadas que já
passaram e ainda estão por vir. Não adianta edificar outro edifício
sobre pilastras comprometidas por anos e anos, sem sapatas fortes e
sem o estudo geológico do sítio onde plantamos a obra. Uma casa boa
depende do caráter profissional do construtor, e essa é a questão
primeira, onde a arquitetura e seu projeto guarda especial atenção
naqueles responsáveis pela construção: o empreiteiro e os
operários. Se a areia do cimento for proveniente da praia, como um
improviso de realocação de recursos, aquele não cria muito tempo
de habilitação, ou funcionalidade no engenho da tarefa principal,
que é erguer, subir e assentar os tijolos. Isso ocorre
recorrentemente com as soluções meio que improvisadas, em um
terreno onde cientificamente temos de estar conscientes das mínimas
questões: as ferragens, o cimento, a brita e a areia, e onde um
improviso pode comprometer a própria habitabilidade nesse exercício
proprietário. A partir dessa premissa básica veste-se o caráter na
obra que nos propomos a realizar: agora e sempre!
terça-feira, 19 de abril de 2022
O REFORÇO DA IDEIA
Apenas se faça um desejo de se manter
Em uma
posição salutar de via de luzes
Quando, em condição
inequívoca
Saímos de uma conotação que se torna
distinta…
Na esfera de um tempo equinocial
Remontamos
faróis ao leste
De nossos próprios pressupostos
Que por
vezes deixam o sono adiante dos pés!
Quando nos tornamos
mais fiéis a Deus
A vida parece mais simples do que
chegarmos
No montante de um dia a mais que seja
No nada de
não podermos reverter um quadro.
A credulidade de uma
vertente de progressos
Passa imediatamente ao lado de
caminhos
Onde pisar uma terra calcinada pode revelar
O que
na pressuposição do imediato claudica.
O que não se
torne uma última palavra da linha
Não retenha a razão de uma
propriedade
Que não se esgote em suas qualidades,
Mas
enalteça a tipográfica moda de ser um ser!
Se
enaltecemos a bravura verdadeira de alguém
A fala própria
denota estarmos em comunhão com o tempo
Este que se torna
inumerável dentro de seu próprio acento
Quanto de
pronunciarmos uma fé de primeiro grau.
Estarmos em
recuperação continuada
Só nos alerta sempre a condição sine
qua non
Que reverbera em uma sincera oratória
Nas ocasiões
raras em que isso acontece deveras.
Posto a idade da razão
endereçar bibliotecas
Vertemos contra a ilusão a natureza
clara
De nossas ideias, consubstanciada na voz
Em que
pronunciamos a palavra bom senso.
Uma bravura indômita
nos perfaz a permanência
De nossas posições nada incômodas
Ao
pertencimento de trincheiras inexistentes
Que cercam fronteiras
de modo relativo.
Assim como a existência confabulada
revela o não sabor
Quando o verborrágico proceder nos encerra
questões
Assim igualmente estaremos mais próximos dos
erros
Quando a especulação gratuita nos enfeixa o colo de
feras!
segunda-feira, 18 de abril de 2022
domingo, 17 de abril de 2022
TRIGO E SEMEADURA
O pão
que enobrece, por Deus
Que evita pouco trigo
E refaz a
vida
Tenta,
Meio no ponto,
Tonteando o artífice
Do
grão maduro
E da espiga sonante
À mão que há semeado
Na
feição do trabalho,
Na lida do chão
Que perfaz
caminhos:
Refaz a esperança…
Esse pão
ignorado
Por muitos que acusam
E outros de vida
confortável
Que por vezes não se dão conta
Da métrica
supostamente inteligível
Que por tudo, há que se dar certa
conta!
Na vertente do campo semeado
Porventura do
alimentando
As vértebras de nenhum ocaso
Miríades de
pró-forma
Não fora isso
A nau caminha qual colibri
Quando
pousa em uma flor de alabastro…
Conta-se uma
anedota
Rege-se mais uma vez o conforto
De estar-se livre,
apontando casas,
Na primavera da ressurreição
Naqueles
que esperam ainda
Outro Messias distinto
De crenças
confabulares
E verte-se o caminho do perdão
Posto jamais
existir outro
Que João Batista batizou
No Jordão sagrado
da Terra!
sábado, 16 de abril de 2022
A RESPOSTA CUMULATIVA
Refazer a onda que se renova por vezes
cruenta
É como compactuar indiretamente com questões
Que
dizem respeito apenas a quem está com panos quentes
Quando
cogita que o combate deste mundo
Passa pelas regiões de
tenebrosas vertentes
Onde por vezes um cidadão totalitarista
desfila
Como um verme renitente em esclarecer sua matéria
decomposta.
Essa predisposição do ser nefasto em seu
séquito de ordem afim
Revela apenas que o outro ser que se
ignora
Pode ser aquele cidadão de rua onde se evita a
presença
Quando se reserva a crueldade em uma algibeira sem
fundo
No furo onde caem os niqueis do ressentimento…
Na
vida, brothers, haverá mais mossa do que a aparência
Daquelas
bocas com botox, daquela verve da não inocência,
Ou de
uma poesia que verte pelas sombras o que não se diz
Ou como uma
linha de comando em que a primavera se anuncie
Em uma plataforma
onde outros se condenam por existir!
Não, nada será
assim, de forma tão caudalosa, posto do bom combate
Existiremos
a mais de se prosseguir em datas, em meios, em ferramentas
Quando
estas por vezes nos faltam, mas que se nos baste passar em uma loja
E
verificar que a vida nos fornece aquelas que se nos abrace o
espírito
Para que nossa sobriedade seja maior do que tudo
aquilo que já vencemos
Quando o soldado construtor em nosso
mais profundo imo nos dá a chance.
E aí vencemos, de
palavra, de fé, de pensamento, de poesia e sem amarras
Que nos
ate a uma reserva que não cumpre com os objetivos cabais da
justa
Naquilo do crime que o colarinho alvo e algo grená se
invente a cada dia
Com paráfrases infundadas na relação que
temos a partir do momento
Em que, a cada dia remontemos que o
sono é um refúgio tão seguro
Quando nos apercebemos que,
apesar de contra propostas, sempre venceremos!
Nisto,
de sabermos que a poesia não fenece com as dificuldades, mas, sem
pressa,
A velocidade da lucidez nos açambarca de ao menos
lermos mais um pouco
As linhas da ignomínia que perpassam as
ondas de que jamais teremos dúvida
Quando outras linhas se
vestem de um rigor inaudito
A que seja, mais uma vereda, mais um
trigo moreno,
Mais um pão que se nos baste, e não aquela
cifra
Que denota dentro de uma base não tão sólida
A
mesma construção de suas vigas e o aprofundamento colunar.
Somos
tantos que de mais merecemos mais um pouco em nossas lutas
Quando
na aparência cabal da veste corporal
Remontamos a experiência
pessoal no coletivo
Aquilo que se reitera sermos sempre mais
fortes
Não por apenas por vezes carregar nossos fardos
Mas
por sermos a própria envergadura da sensatez!
sexta-feira, 15 de abril de 2022
quinta-feira, 14 de abril de 2022
ATALHOS DE HISTÓRIA
Gera-se uma conformação de outrem
Quando
divagamos sobre um tipo de clareza
Algo difusa no entontecer dos
versos
Qual nau que sufraga
o permanecer do tempo.
A história se mescla – fatídica
– com eras
Que predizemos na paz do Senhor
Na vida que
não prescreva a ordem
No arcabouço terminante do viés
turvo…
Declara-se história por vezes um pano quente
Que
tatua um verbo mais evidente daquilo que há
Em uma realidade
por vezes pungentemente dura
Mas que no carinho do real se torna
superar.
Esse atalho da vivência cotidiana
Mostra
que se valoriza a limpeza
Cotidiana ao que muda a forma da
guarda
Quando se estabelece uma norma ou um
padrão.
Historicamente nos horizontes se abraçam
Ao
mesmo tempo o verso e o contraponto
Como em uma melodia bachiana
que se dê
Ao que se chame uma chama de gratidão!
Esse
calor que de humano transporte-nos
É um atalho merecedor de um
mote singular
Em uma periferia do próprio tempo
Em que,
engolfados por vezes, tentamos redimir-nos.
A vertente que
jamais seja excludente, por ser luz
Na existência do viés mais
verdadeiro
Quando estamos distantes de uma adicção
No
chamamento algo forte da bondade justa.
Tudo é a história
de cada qual
Quando passamos por criteriosos caminhos
Por
onde as veredas de um cristal moreno
Desfila suas virtudes
dentro do panorama dos passos.
A grandiosa máquina humana
não se alterca
Com a radiosa questão que modifica e altera
Na
versão compartida com a mesma ternura
Em que se refaça o tempo
da periodicidade humana.
O CAMINHO DO RETORNO
Quando caminhamos para determinado lugar, porventura temos na algibeira nossa bússola maior, que é o nosso documento, um cartão ou dinheiro, chaves quando moramos algo solitários, e quiçá uma boa sacola com livros que amamos ler nas horas em que descansamos da caminhada para meditar em diversos assuntos. Isso é uma vida de civilidade e, na verdade, encontramos o viés do desencontro quando não nos encontramos a nós mesmos, por vezes… Há que se caminhar observando bem os pedregulhos, os postes e as pistas onde os carros nem sempre são muito cautelosos. Afora isso, não há perigos maiores, visto estar me referindo à luz do dia, pois à noite não tergiversamos muito com o espectro das luzes e dificuldades, como encontrar bêbados no meio do caminho e similares. Não há de sabermos muito se quisermos jogar com a sorte e, destarte, a via que dobra em alguns lugares sempre será interessante, pois nunca encontramos as mesmas pessoas, os mesmos bichos, as mesmas coisas em cada passada que damos, e que por vezes pensamos na anterior, imediatamente antes, ou temporal e relativamente em horas ou dias. Não há porque ensaiar caminhos, pois a cada passo dado vencemos um metro ou mais ou menos, e nada disso importa, pois se estamos de muletas também podemos vencer distâncias… Se estamos acamados a vida se nos brota em outros campos de atuação, de vida e de esperança, quanto de familiares ou no indivíduo que continua amando seus meios e suas formas de viver. A condição sine qua non da nossa experiência com o próximo não deve ser letárgica ou de afetações agressivas, mas da esfera de compreensão com o mesmo próximo, com a igualdade de direitos em ser, em relacionar-se, em interatividade e compartilhamentos. Desse cunho, desse quase inventário do bem portar-se é que nos remetemos ao conselho que administra nossos atos. Quando se fala de uma vida independente a equação se nos revela mais complexa na aparência e, no entanto, se consolida na simplicidade. Outro estar-se comprovadamente mais eficaz na proficiente forma de viver se revela nas atitudes, na sinergia em se atuar mesmo em óbices desafortunados da existência e enfrentá-los com coragem e proficiência. Saber evitar substâncias ou atos que não são bons para nós e nosso entorno mais imediatamente próximo é a questão fundamental para que retiremos de nós mesmos alguns ruídos dissonantes não importantes à harmonia propositada em nosso terreno existencial. Essa veracidade remonta alguns passos, e a cada passo que damos remontamos mais e mais conquistas, posto o tempo ser algo passante e em um segundo o próximo já se anuncia, mas na questão milésima o vetor não claudica se o cronômetro zerar cada proximidade que temos com o próximo movimento. Mais a mais caminhamos… O que antes era passado é e sempre será a história, e qualquer projeção nos relega a incertezas em que mal duvidamos que demos um e mais um passo, pois destes últimos dois saímos do foco em redondilhas ocultas no nosso quase irrefreável pensar! Pois que se possa parar para voltarmos à prática da recordação, justo que relacionemos cada passo a mais uma conquista, a ponto de observarmos uma pequena aranha tecendo ao redor de um arbusto, ou uma formiga lépida e forte que vez a vez, para certos poetas, solidificam o arrimo existencial. Esse é um pilar maravilhoso da vida, e é a partir dele que erigimos infatigavelmente, em cada qual conforme sua questão da experiência particular a necessária compreensão que não somos nós – humanos – os únicos seres do planeta, pois um pilar de gesso não é igual a um de concreto e a substância das vigas fazem parte intrínseca e paralela aos passos adiante, seja cambando o acesso a uma rua, seja perfilarmos uma ponta de orgulho saudável ao observar mais adiante com os olhos diamantinos de nossa consciência…!
terça-feira, 12 de abril de 2022
DUO E FLEXÍVEL
Duplo e veraz é o cantar das paredes
flexíveis
No ruminar das vozes, no canto primeiro de um vate
Ou
em uma profecia de um livro antigo que rege
A canção
suficiente para um momento,
O ferro que verga,
O esperar
silencioso,
A matéria incomposta,
O estofo de um
alambrado
E, seguindo na mesma ordem:
A previsão simples
de um predicado!
No montante de ossos multifários
Vem
certo ressarcimento dos danos
A pontuar esqueceres
distantes
Daquilo que se nos espera no diletantismo…
Esquecemos
secretamente dos nossos lados
Enquanto exercemos uma patifaria
normal
Na vértebra causal dos inocentes de alma
Quando o
que se segue é uma música afônica!
Do se rogar que
compreendamos a língua pétrea
De nações em frangalhos,
esfrangalhando a bússola
Que não nos leve compulsoriamente ao
Norte
Quando de si para vós esperemos a noite chegar.
O
dito pelo não dito, a história que não se apedreja,
O fato
quase consumado, o monstro do lago,
As vertentes silenciosas do
rumo,
O pátrio verso da alcova
Que diz que se remonta
Na
estirpe caudalosa da inocência
Quando
o que se quer não é propriamente ganhar…
Mostra-se o
anúncio na soberba de sua vez e voz
Propriamente disseminando a
filosofia do sexo
Quando o que se quer seja ao menos o
gesto
Primoroso da continuidade sábia da sutileza!
E
seguem os promontórios das virtudes
Anunciadas por quem possui
seus quantos
Da maravilhosa redenção do seu multiplicar-se
A
saber, que nunca se ganha o suficiente
Quando o que se quer é
ao menos participar do jogo.
segunda-feira, 11 de abril de 2022
DIVERSIDADE E OBSERVAÇÃO
As
partes de um espaço, construído ou não, se equivalem, pois
justamente os objetos da Natureza complementam as construções
humanas. Justamente onde a observação mais acurada busca a relação
desses dois parâmetros: onde a lavra humana alcança a Natureza e
vice e versa. As diferenças entre observar uma rocha marinha se dão
quando o barco se aproxima, exatamente no contexto de se saber pela
carta náutica se parte dessa rocha está por baixo da água, e que,
portanto não se torna apenas observável pela questão superficial
de sua aparência, mas de um substrato anterior de conhecimento,
fruto do estudo da própria carta que embasa a navegabilidade em
mares mapeáveis. Queiramos crer que os navegadores antigos que aqui
pousaram eram mais ousados, certamente! As rochas são as mais
diversas e talvez possam ser representadas por primitivas geométricas
dentro de uma simulação em um software de 3D. Dentro desses
softwares pode-se aplicar a física e suas leis, e a boa notícia é
que alguns nada custam, sendo livres para o uso. Como em uma pintura:
pode-se chegar a uma abstração para se fazer a releitura dos
próprios materiais, sua expressão e seus diálogos com o suporte e
as tintas... As pinturas inacabadas de Leonardo da Vinci mostram a
velocidade em procrastinar as finalizações de suas obras pela
estranha mutabilidade de seus conhecimentos a respeito das leis da
Natureza em suas relações intrínsecas com as recentes
manifestações do Humanismo nascente do Renascimento. A Igreja
Católica na Europa permitiu o florescimento de grande parte do
acervo sacro internacional, podendo ser vistos até hoje em museus ou
na arquitetura sacra. Isso une o mundo cristão até hoje com
maravilhas como a Capela Sistina ou mesmo as obras de Fra Angelico,
Donatelo, Bernini, entre tantos outros que não são tão conhecidos
no mundo atual. Tão diversa é a mostra do engenho humano que,
depois do advento da imprensa industrial e da sociedade de
informações, demos um salto tecnológico gigantesco para ficarmos
com nossa memória cultural erudita ou popular anestesiada pelos
novos meios de comunicação, onde o fato de existir a diversidade se
mostra superficial e gigantescamente veloz, e a observação sofre um
treinar de modalidades únicas de teor funcionalista, sem a
contemplativa vantagem existencial quando paramos para ler um livro:
conexo e linear, dentro de uma boa psicomotricidade de nossa
imaginação, se é que o termo possa ter validade nesse contexto.
Nada
se repete ao correr dos segundos, onde uma superprodução de
qualquer área pode ser enviada ao outro lado do mundo nesse átimo
de tempo, bastando ter o recurso suficiente, quando se é de um meio
altamente profissional com performances quase ilimitadas nesse campo
informacional. Talvez um retorno da produtividade industrial com o
antigo homo faber
em um continente como a África possa vir a surgir, dentro da
infraestrutura desejada, uma escalada de desenvolvimento sem
precedentes, mesmo com a história de todo o desvario imperial a que
os países ricos do Ocidente fizeram submeter essa região do
planeta. Com uma boa observação talvez contemplemos o mundo e suas
diversidades dentro de processos civilizatórios onde conceitos como
liberdade assumem igualmente diversos significados, posto se um
milhão de pessoas não a possuem enquanto um par emerge através de
oportunidades excludentes, a relativização do ser social enquanto
livre depende exclusivamente da hora em que não estiver exaurido –
quando empregado – e ganhando uma miséria. Isso faz com que
aprendamos a utilizar uma mão de obra com o objetivo de pagar melhor
o trabalho, pois não é excluindo que se vai relativizar o problema,
conforme constatação lógica, apenas no viés da imagem que
possuímos de ante mão do povo mais sacrificado de um planeta que
começa a assumir um perfil ilógico.
Criar
oportunidades para a população global não será o viés do
fechamento das fronteiras, posto delas dependamos para fazer jus ao
nosso comércio. Todos os países possuem a sua integridade
territorial, mas em uma economia global não seria um bom negócio
passarmos a escolher nossos parceiros comerciais, pois essa é uma
questão que fere o próprio cunho nacionalista de nossos governos.
Temos mãos para isso, e a infraestrutura de uma nação não se
resume apenas ao que se pode tirar da terra para riquezas minerais,
mas sim o que fazer dentro do próprio país com a riqueza que
invariavelmente se está prospectando. Há que se observar mui
detalhadamente o que podemos fazer para alavancar uma economia para
muitos, e não para poucos signatários de pífias contribuições.
Só quem nada no dinheiro é o Tio Patinhas, posto a caixa forte deve
ser melhor equalizada e, desse modo, continuarmos com as contas e os
compromissos em dia.
domingo, 10 de abril de 2022
RETIRADA OU RECUO
Nas modalidades de algum enfrentamento
Não se
diz ao certo as cartas que deixamos oclusas
Quando se toca ao
menos o verticilo do estofo
Nas franjas de uma vestimenta ou
outra
Que por um obséquio não nos rotule
Quando o que
queremos é apenas ser autênticos.
Se nos toque o condão
da esperança,
Se nos dite o quinhão das regras
Não nos
avente a possibilidade da ilegal
Maneira de ser quando evitamos
as carapuças!
Nos mantras que sabemos serem reais
Não
serão os megafones da vida
Que nos retratam o que não
somos
Qual se nos enquadrassem em uma esteira
Onde a
fábrica nos esquece incompletos
Nas peças que necessitamos
para funcionar…
A vida das letras, para um poeta, é
ímpar
Na qualidade de sermos quem somos
E não nos termos
inexatos de um viés
Em que não sabemos ou supomos sermos
A
própria existência que nos reduza o quinhão da vida.
Sabermos
mais significa apenas o significante
De outros significados
compartidos suficientemente
Quando a auréola de nossos lados
deferentes
Nos remonta aquela versão da vida em que não somos
jamais.
A garrafa que somos sofre de uma rotulagem
Que
se nos emplacam quais fantoches
Na opinião alheia sobre o nosso
próprio opinar
Nas veredas em que
se reduz o vaticínio
Daquilo que jamais quisemos ser!
sábado, 9 de abril de 2022
EM QUE RECUPEREMOS A VIDA
Podemos estar no hospital, em uma cirurgia, latentes
de alguma dor
Quando esperamos por uma medicina que se torna
emblemática
Em sua grande ciência da cura, independente,
fortalecida,
Seja aqui ou em outras fronteiras que não se
entendem muito
Mas que, por uma suposição fática, não nos
surpreendem
Pela competência em que nos traz o refresco do
alívio…
Nessas salas, nestes espaços, tergiversamos
pelo tempo quando
- A se parecer possamos – nos venham os
tipos de uma letra
Que não possui intenção de remendos, mas
de uma clara evidência
Nos farnéis do bom senso, que seja, a
recuperação que nos leva adiante!
A vida que passamos a
outro, que esta vida seja a mesma de todos
Quanto de sabermos
que a solução para muitos problemas
Revista de compreensão da
dimensão humana, sem freios.
Nesta senda sem segredos
maiores, que revelemos o nosso sentimento
A todos que
compartilhem com outros todos, na totalidade do mesmo sentir…
A
letra que nos receba com a percepção acurada de um tempo maior
Em
que a fortaleza nos receba sempre – segura e linda – para que
tenhamos
Uma vida para que reservemos, com cautela necessária,
outras forças
Para que as tenhamos nas horas em que o solo é
mais íngreme!
Estranhamos por vezes a nós mesmos, sendo
o que a vida em que a tenhamos
Seja além de outros princípios
que se completam, como a veia que salta por vezes
Nas questões
de uma recuperação saudável e fremente como o mesmo principiar
Dos
dotes espirituais que nos construam deveras o poder do amor!
sexta-feira, 8 de abril de 2022
A RESPOSTA CUMULATIVA
Cedo é o tempo de se deixar cigarros no
maço
Quando lembramos de que a tragada se aloja mais tarde…
A
letargia de prosseguir caminhando com pés cáusticos
Pode nos
presentear com estranhos troféus que deixamos
Para um inglês
ver que saímos bem de uma situação
No adentrar-se a outra que
nem temos sua noção exata!
As respostas que não hão de
haver não nos negam quase nada
Quando a repetir se queira, no
pressuposto de negações cerebrais.
Não que se não
queira, mas o querer por vezes é tão profundo
Quanto um gesto
que não se ensaia, mas que brota – inconsciente –
Naqueles
dias a mais em que não temos a referência das padronagens.
E
aí beber-se a si mesmo não importa, na metonímia comparativa
De
uma ordem advinda de Deus, assaz importante, nos casos
Em que –
de perdidos – estamos em naus de envergadura oceânica.
A
propor, que se nos propusemos, queiramos ser a mais do diferente
Que
não diste de um pressuposto de reparação, a ver, que mais
adiante
Podemos prosseguir juntos, sem o temor de frases curtas
e inacabadas
Aos lauréis de uma infâmia que pode parecer
natural àqueles
Que carregam máculas e vertigens em seus
flancos sutis da normalidade.
A bela assertiva possa ser
conosco voz viva, voz sonante, voz trivial
Na sua simplicidade
de apenas aceitarmos aquilo que nos parece um ruído
E que, no
entanto, por vezes não dista tanto assim da sensatez celebrada.
A
dizer, por dizer, assim mesmo, que seja, entre outras expressões
inusitadas,
A poesia sempre vai comer, onde estiver, o alimento
que não existe propriamente
Mas que se revela apenas em um
único grão de areia para saciar a sua fome!
Muitas são
as musas do poeta, muitas são as veredas,
Assim como não
muitas palavras constroem
Um outro significante não esperado
pelos comuns,
Mas vivificado em – quem sabe – afirmativos
contextos…
Far-se-á esperança mesmo em terra
calcinada,
Mesmo em rocha de concreto cru e cinza,
Mesmo em
residência que não exista como concebemos,
Mesmo que tenhamos
óbices inescrupulosos como a vespa.
Na mordida que damos
no pão, no sorver de uma amora,
Na mendicância dos inocentes,
na vida que vibra em si,
No falar ruidoso de uma matraca,
convenhamos, temos a nós mesmos
Os requisitos pungentes de uma
senda a caminho da espiritualidade:
Mesmo que esta faltara, como
tantos são os impulsos da maldade
Que evanescem em métodos tão
ineficazes quanto seus atos
Em uma realidade que tergiversamos
apenas para mais uma revelação.
quinta-feira, 7 de abril de 2022
O FRAGMENTO SENSORIAL
Todos somos abertos para canais perceptivos,
como os olhos, os ouvidos, o tato, etc. Cinco são os sentidos na
forma humana e, apesar de sermos racionais, não possuímos por vezes
o acurado sentido de um outro ser, como o olfato nos gatos e
cachorros, ou, em se tratando de força, proporcionalmente, bem
entendido, a tração de uma formiga ou a amplitude sônica de uma
cigarra. Somos todos criações de Deus, e Este está presente em
tudo, até nos átomos. Essa – a onipresença – é um de seus
atributos incompreensíveis, dentre bilhões deles, que nossa
capacidade de comunicar e compreender torna-se extremamente limitada
ao alcance da infinitude do Criador! Alguns pássaros predadores como
o falcão alcançam uma velocidade de mergulho de mais de trezentos
quilômetros por hora, com suas asas que fazem parte de seu corpo, o
próprio mergulho típico de sua Natureza, para comer quando possui
fome, sem acumular. Animais como a formiga acumulam por uma questão
de fragilização de sua dimensão, o que leva a serem mais
coletivizadas e possuírem formigueiros ou tocas onde se reproduzem e
comem do alimento, dentro de labirintos que desafiam a arquitetura
gigantesca humana, na sua capacitação de erigirem seus espaços de
forma célere e avançada, em túneis e espaços na terra conformes
com a sua própria lógica, tão antiga quanto o nosso planeta Terra.
Similarmente, temos um exemplo de força, que é a capacidade de
impulso das patas de um gafanhoto, de um grilo ou quaisquer,
aproximados. Quando pertencemos a um diálogo e compreensão perene e
cotidiana com os elementos físicos da Natureza, haveremos de
perceber que a nossa espécie não é superior às outras em muitos
quesitos, o que nos faz refletir sobre a expropriação do lócus
vivendi dos seres em geral, e obrigatoriamente passamos
compulsoriamente a fazer uma revisão de nossos atos perante a mesma
Natureza citada. Os pássaros pequenos, por exemplo, a um custo de um
nascituro simples denotam a maravilha da existência, o que nos faz
projetar um jato, mas a custo estratosférico. Não existiriam as
máquinas de voar se não existisse o pássaro, nossa referência
como se estudou o empuxo das asas, ou como funcionam as hélices, com
o seu empuxo motor: catando-se o ar na frente e mandando para trás,
o que igualmente funciona com outro fluido, outro meio, como na água.
Ou em uma pedra, quando imensos tatus de aço furam quais brocas
geniais as muralhas, na prospecção ou abertura de túneis.
Inegavelmente nosso engenho percebe e realiza muitos objetos,
máquinas, displays, em um universo de gadgets quase
intraduzível e, no entanto, por vezes até meio confusionista para
quem não possua muita ingerência intelectiva para a compreensão
correta do uso das ferramentas e outros utensílios.
A razão
nos encaminha para que teçamos as nossas falhas sensoriais, dentro
do escopo do conhecimento, do saber como – know how –
dentro de uma capacidade produtiva, ou seja, seria inimaginável
conceber um mundo sem a ciência, tanto material quanto espiritual.
Posto que, nessa última esfera, concebemos forças e o anímico pode
também ser mola propulsora em nossas existências. A cada um seja
dado o direito de credo a cada qual suposto, incluso o não credo.
Não importa nada o que move existencialmente um ser humano, desde
que este não incorra em erros crassos na vida em sociedade.
Pertencemos a um universo em que fragmentariamente montamos nossos
sonhos que resultam de percepções sensoriais diversas e
fragmentárias. O Todo é uma razão do hólos, ou seja, sejamos
complacentes no sentido de saber que a física newtoniana não é a
última palavra, pois os questionamentos pertinentes ao tempo e ao
espaço já possuem prerrogativas avançadas. Presume-se que não
conheceremos melhor o cérebro se não transcendermos o mero
mapeamento dos estímulos e repostas. Somos fragmentados
sensorialmente e a escala de interface entre o que sentimos e
percebemos da realidade ou da fantasia tão recorrente na nossa era
dialoga rapidamente com o cérebro, mas por vezes não se traduz em
respostas cabalmente verdadeiras, como ocorre por vezes em um
algoritmo implantado. Só se rompe esse fragmentar-se se tivermos
referências repetidas com relação ao entorno imediato, seus prós
e seus contras. Esse reencontrar-se com o senso de realidade
remete-nos ao encontro mesmo com a atitude em que finalmente
incrementamos nossos veios perceptivos a uma abordagem mais ampla e
mais salutar mentalmente.
quarta-feira, 6 de abril de 2022
terça-feira, 5 de abril de 2022
CADA DIA É UM OUTRO QUANDO TERMINA
Na tessitura do
tempo estaremos cunhando moedas
Que ao menos retornem ao quase
termo comum
Quando temos um mapa que nos ausculte
O favor
de sermos ao menos mais humanos no caminho!
Desse caminhar
sereno nos transportamos ao relento
Por vezes mesmas na
preocupação em que reinamos
Como traquinas que somos no ano e
no mês e no dia…
Prosseguindo apenas, uma veia de razão
nos cubra
Da renitência e latência que se suplanta de
chão
Quando a aparência se torna a estética de não haver
A
motivação de um bem sem querer o retorno!
Posto
esse querer-se que não haja
Na conformidade de submissão a
desejos crus
Quando, na verdade, recebamos a conjunção
De
mensagens que nos levem a um ato simples
De estarmos mais
solidários ao menos
Que transporte-nos mais do que a
aparência.
A verve da remissão de nossos erros
Vem
da mesma praticidade simples de ocasião
Que vogue, ao menor
gesto de um ébrio
Essa mão encontre uma outra do retorno
Que
seja, seja o retorno em que o merecimento do amor
Caminha ao
lado do sentimento da paz
Tão conturbado e eivado de
preocupações grandes
Na latitude de um sentimento de ofício
gigante
Como reside a arte em um verso de Cervantes!
ENGENHO
A
cana-de-açúcar
O mote sem pé
Vida escorrida
Coisas
que vertem
Poesia que vem
Ou que vai na onda
Do que
não existira
Do fiel da navalha.
Coração
solitário
Em geração noviça
Que remonte um astro
Que
verta mais um dia
Em que tentamos ser
O outro lado do
mundo
No que se verta das vias
Quando se revista
No
parecer oposto
Daquilo sequer pensado…
O título
qualquer,
A metáfora de uma terça
O viés oculto
Será
o mesmo que não ser!
Apaniguados retornos
Ensombram estranhas estratégias
No lote de palavra
Que seja mais
longa
Na parecença sem nexo
Quando faltamos com o
dever.
Véus da
tormenta
Nave na tempestade,
Solo calcinando
corpos,
Guerras quentes,
Escopos invisíveis
No melaço
da cana-de-açúcar.
Olhar de mulher cobiçada
A
outro que é neutro
No parâmetro duro
E na sede pelo
poder
Ensimesmada no inglório
Procedimento
cabal
Irrisoriamente atual…
Cabeça
pensativa
Tronco da primavera
Reunião da saúde
Ou a
vestimenta da prece.
Que saibamos o total
Para não
perecer em detalhe
E que a força descreva
Com um relatório
sucinto
Aquilo que esperamos
No dia que não retrai
Do
subjetivo modo
Aquilo que devemos
Por ensinar em palavras
A
vida que esquecemos
No regaço da esperança!
domingo, 3 de abril de 2022
PERSCRUTANDO SONS
Na turba da tarde, os faróis de um carro na
chuva
Falam tanto da noite passada que um sinal plúmbeo
Haja,
que sinaliza tanto que um paralelepípedo-boneco
Se
movimenta em sua letargia de quase pedra…
Posto que se
não há uma prova maestra
Que tanto sejam os sons na poeira das
ruas.
As ruas virando poeira, os homens a inalar
O
inalatório de todos os dias, a que venham por reclames!
O
falsário lava suas notas falsas na primeira loja
Que encontra
no templo que não existe
Ou que, não se falhando memórias,
vejamos,
Haja igualmente faltas no segredo das pistas…
Pois
estas revelam não revelando, passando
Quiçá por um corregedor
sincero
Quando veste a lã que não existe
No tapete
encontrado em um magazine triste!
No de se alfombra que
seja, um tapete
De um grená azulado que lembra azinhavres
Na
ponta de uma pequena foice de arranhar olhos
Com sua ponta de
falta de corte, a que não seja,
Apenas a imagem que jamais
houvesse intérpretes…
No ruminar dos tempos vemos casas
e sacadas
E seus sons no ritmo de fachadas nuas
E um
saber-se mais do que discreto
De postarmos um silencioso não
No
colo de uma cigarra eletrônica de verão.
Não há a
possibilidade mais remota da neurose
Virar neuro, de um neurônio
que esta origina
Se ressinta de não encontrar um
dendrito
Quando o axônio sequer remonte o som
Que se ergue
patibular no um do zero.
Que o um se encaixa no zero,
gritando o espaço,
Que o zero escapa e se conjuga com mais um
zero
E depois que venha o um, pois esta é basicamente
A
ferramenta que a máquina entende por conseguinte
E que nos
refresca em seus sons de retalhos azuis!
E o céu dá
lugar ao grasnar dos pássaros, ao crocitar
De corvos que tem
por missão confundir alho
Com o cheiro típico acebolado de um
gás de cozinha
Já com o ágio tão pretendido, sem cor e sem
som.