domingo, 17 de abril de 2022

TRIGO E SEMEADURA

 

O pão que enobrece, por Deus
Que evita pouco trigo
E refaz a vida
Tenta,
Meio no ponto,
Tonteando o artífice
Do grão maduro
E da espiga sonante
À mão que há semeado
Na feição do trabalho,
Na lida do chão
Que perfaz caminhos:
Refaz a esperança…

Esse pão ignorado
Por muitos que acusam
E outros de vida confortável
Que por vezes não se dão conta
Da métrica supostamente inteligível
Que por tudo, há que se dar certa conta!

Na vertente do campo semeado
Porventura do alimentando
As vértebras de nenhum ocaso
Miríades de pró-forma
Não fora isso
A nau caminha qual colibri
Quando pousa em uma flor de alabastro…

Conta-se uma anedota
Rege-se mais uma vez o conforto
De estar-se livre, apontando casas,
Na primavera da ressurreição
Naqueles que esperam ainda
Outro Messias distinto
De crenças confabulares
E verte-se o caminho do perdão
Posto jamais existir outro
Que João Batista batizou
No Jordão sagrado da Terra!


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