Cedo é o tempo de se deixar cigarros no
maço
Quando lembramos de que a tragada se aloja mais tarde…
A
letargia de prosseguir caminhando com pés cáusticos
Pode nos
presentear com estranhos troféus que deixamos
Para um inglês
ver que saímos bem de uma situação
No adentrar-se a outra que
nem temos sua noção exata!
As respostas que não hão de
haver não nos negam quase nada
Quando a repetir se queira, no
pressuposto de negações cerebrais.
Não que se não
queira, mas o querer por vezes é tão profundo
Quanto um gesto
que não se ensaia, mas que brota – inconsciente –
Naqueles
dias a mais em que não temos a referência das padronagens.
E
aí beber-se a si mesmo não importa, na metonímia comparativa
De
uma ordem advinda de Deus, assaz importante, nos casos
Em que –
de perdidos – estamos em naus de envergadura oceânica.
A
propor, que se nos propusemos, queiramos ser a mais do diferente
Que
não diste de um pressuposto de reparação, a ver, que mais
adiante
Podemos prosseguir juntos, sem o temor de frases curtas
e inacabadas
Aos lauréis de uma infâmia que pode parecer
natural àqueles
Que carregam máculas e vertigens em seus
flancos sutis da normalidade.
A bela assertiva possa ser
conosco voz viva, voz sonante, voz trivial
Na sua simplicidade
de apenas aceitarmos aquilo que nos parece um ruído
E que, no
entanto, por vezes não dista tanto assim da sensatez celebrada.
A
dizer, por dizer, assim mesmo, que seja, entre outras expressões
inusitadas,
A poesia sempre vai comer, onde estiver, o alimento
que não existe propriamente
Mas que se revela apenas em um
único grão de areia para saciar a sua fome!
Muitas são
as musas do poeta, muitas são as veredas,
Assim como não
muitas palavras constroem
Um outro significante não esperado
pelos comuns,
Mas vivificado em – quem sabe – afirmativos
contextos…
Far-se-á esperança mesmo em terra
calcinada,
Mesmo em rocha de concreto cru e cinza,
Mesmo em
residência que não exista como concebemos,
Mesmo que tenhamos
óbices inescrupulosos como a vespa.
Na mordida que damos
no pão, no sorver de uma amora,
Na mendicância dos inocentes,
na vida que vibra em si,
No falar ruidoso de uma matraca,
convenhamos, temos a nós mesmos
Os requisitos pungentes de uma
senda a caminho da espiritualidade:
Mesmo que esta faltara, como
tantos são os impulsos da maldade
Que evanescem em métodos tão
ineficazes quanto seus atos
Em uma realidade que tergiversamos
apenas para mais uma revelação.
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