quinta-feira, 14 de abril de 2022

ATALHOS DE HISTÓRIA

 

Gera-se uma conformação de outrem
Quando divagamos sobre um tipo de clareza
Algo difusa no entontecer dos versos
Qual nau que sufraga o permanecer do tempo.

A história se mescla – fatídica – com eras
Que predizemos na paz do Senhor
Na vida que não prescreva a ordem
No arcabouço terminante do viés turvo…

Declara-se história por vezes um pano quente
Que tatua um verbo mais evidente daquilo que há
Em uma realidade por vezes pungentemente dura
Mas que no carinho do real se torna superar.

Esse atalho da vivência cotidiana
Mostra que se valoriza a limpeza
Cotidiana ao que muda a forma da guarda
Quando se estabelece uma norma ou um padrão.

Historicamente nos horizontes se abraçam
Ao mesmo tempo o verso e o contraponto
Como em uma melodia bachiana que se dê
Ao que se chame uma chama de gratidão!

Esse calor que de humano transporte-nos
É um atalho merecedor de um mote singular
Em uma periferia do próprio tempo
Em que, engolfados por vezes, tentamos redimir-nos.

A vertente que jamais seja excludente, por ser luz
Na existência do viés mais verdadeiro
Quando estamos distantes de uma adicção
No chamamento algo forte da bondade justa.

Tudo é a história de cada qual
Quando passamos por criteriosos caminhos
Por onde as veredas de um cristal moreno
Desfila suas virtudes dentro do panorama dos passos.

A grandiosa máquina humana não se alterca
Com a radiosa questão que modifica e altera
Na versão compartida com a mesma ternura
Em que se refaça o tempo da periodicidade humana.


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