domingo, 13 de janeiro de 2019

O PARECER E A FANTASIA



            Sentimos o tempo passar de forma por vezes sem um controle, quando nos apercebemos que tudo o que poderíamos fazer, por nós ou mesmo pela sociedade em geral, fica mais distante, ou seja, quando não fazemos por onde merecer o crédito de nossa própria existência. No mais das vezes não conseguimos acompanhar o grande giro da tecnologia em nossas vidas quando não nos apercebemos de se fazer um bom uso dela, de maneira coerente e consistente. Não cabe a alguém que não possua maiores conhecimentos da técnica e da própria máquina crer que está tendo proficiência nesse mesmo motor em que todos os países do planeta já estão fazendo funcionar, pois muitas vezes podem estar vivendo ou experimentando apenas a fantasia e seu lado hipnoticamente fantástico. Um lado que pode ajustar alguém na modalidade vivencial da mesma tecnologia ou também criar um modo de vida alienado, desconforme com a realidade. Por outro lado, o uso consciente da tecnologia, quando mesclado com a independência dos meios sem ela, pode manter um homem ou uma mulher frente à mesma realidade sem o estupor que nos surpreende quando acontece algo distinto do que tenhamos nos habituados até então. Apenas uma questão de adaptação, como um exemplo do código de barras: presente na sociedade industrial como mecanismo de integração ao sistema de consumo, onde é raro – pelo menos no Brasil e suas cidades – não encontra-lo nas embalagens dos produtos. Essas questões de padrões estabelecidos para o funcionamento e integração de diversos processos de comércio e indústria atrelam-se aos modais de países mais apensos ao desenvolvimento de sua inteligência, mas nem sempre tais nações gostam de compartilhar com outros menos desenvolvidos a velha questão de como fazer algo: como fabricar, como educar, como aceitar que se tenha um comércio forte e pujante no que versa ao interesse nacional. De cada nação, no todo globalizado e nas questões de riquezas de minérios ou óleo e gás que não são eternos. São muito próprias as questões do Poder e, no entanto, há que se tomar cuidado com simbologias nas relações ou diálogos entre diversos interesses, quando um Governo se permita ludibriar, ou navegar por mares de fantasia, pois a sabedoria do leme já está nas cartas de navegação. A simplificação dos processos de navegação exige menos recursos, mas quando se tem pontualmente um recurso maior em alguma área, há da habilidade de se lidar com o menos a possibilidade de extrair o máximo, com aproveitamento perto da excelência. Para isso versa sabermos pensar um pouco melhor todo um país.
            Quando se deduz que a igualdade de oportunidade tem a ver com o desenvolvimento científico, obviamente fica latente e correto pensarmos que, quanto maior for o esforço em democratizar o conhecimento – dispondo da matéria sem distinção qualquer –, se estará pensando em um país em vias de se permitir seu desenvolvimento, na acepção mais cabal da matéria. Trocando em miúdos, se um empreendedor brasileiro inventa algo, mesmo vindo de uma classe pobre, há que se dar a possibilidade de patente com relação ao seu projeto, e proteger esse know how, como desenvolver a técnica aqui dentro, tomando cuidados com relação à espionagem industrial, poupando um talento importante e fomentando a criatividade e democratização dos meios como um todo, na retaguarda necessária e distinta, para que todo um país possa se desenvolver, independente de classe, credo ou etnia. Essa assertiva significa que devemos seguir as receitas de países mais ricos, mas não servindo nossas riquezas na bandeja, e sim valorizando um conhecimento que tais países possam nos oferecer para – tal como eles – possamos construir um trem bala com o nosso aço, e a inteligência passada para nossos engenheiros, que porventura possam estudar no exterior para agregar no Brasil os valores de garantir boa infraestrutura e integração nacional com o transporte ferroviário. Se uma nação qualquer nos oferece essa oportunidade de modalidade produtiva, agregaremos milhares de empregos conscientemente, sabendo que estaremos construindo aqui dentro para brasileiros, repetindo, como faz qualquer nação com alto nível de expertise. Desse modo, não será nomeando e nomeando cargos, esperando aceitabilidade de parlamentos, posto o desenvolvimento só se dará quando urgentemente aplicarmos e aprendermos conhecimento sobre as questões da infraestrutura e da ciência como alavancas poderosas para o progresso. Jamais serão as questões pequenas e cosméticas, como quem está bem na foto, ou a maravilhosa aquisição de um cargo de confiança, não, pois um pragmatismo absolutamente indispensável é o lado da moeda que tem que ser apresentado.
            A questão econômica pode ser compreendida em sua essência como 2 + 2, quando se pensa que o que está em jogo, em um status inicial, é a grande questão comercial com outros países, e jogar uma peça valiosa em um tabuleiro e travar outros movimentos desse xadrez predispõe que percamos ou soframos um xeque, em curto prazo. Se abrirmos as frentes da economia protegendo internamente nossas matrizes, não precisaremos movimentar o rei em vão. E, protegendo esse rei, podemos rematar peças preciosas do comércio exterior, fazendo acordos com a multilateralidade necessária, partindo do pressuposto de que há governos que não aceitam muito uma posição que não dialogue com a determinação de se impor como uma nação que não deve deixar de proteger suas riquezas. De fato, querer o bem de todo o povo é crer que Deus abençoe todas as iniciativas que venham para desenvolver o país, e pensar nisso, com todas as opiniões convergentes ou não haveria de ser um saudável debate para tornar realidade um mundo melhor, a saber, que o Brasil é o coração das Américas!

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