domingo, 6 de janeiro de 2019

A PERTENCER A QUEM


Não se pertence a outrem quem de pertencido não é, não existe, pois não há
O que de se pertencer quando se é propriedade nula, não inventada jamais
Posto o convencionar-se da propriedade de uma terra, em exemplo cabal,
Seria o dono o próprio mundo de onde vem a parte que resulta em áreas.

Ser esposo é estar esposo, a mulher não é propriedade e, no entanto,
Desde que respeitada a convenção social, um casamento pode ser contrato,
Visto hoje surgirem tantas modalidades de desfechos, a saber: propriedades
Em que um casamento pode estar circunscrito a leis, devidamente respeitadas.

Um homem ou uma mulher, de contratos mil, a saber, que o amor se desgasta
E que a relação vai no crescendo da parceria quando se prediz que o seja
Na alvorada de saber-se acompanhado/a pelo cônjuge em que o perdão
Porventura fosse o máximo contratual que isenta ao outro o erro de alguém…

Não é de lei sobremaneira que se tece o mesmo relacionar-se, posto de muito,
A se ver, a motivação de um casamento possa estar no critério da fidelidade
Quanto na ternura que embala o sonho de se estar no mínimo com um amor
Que transcende gênero, que supõe liberdades e relacionamentos distintos.

Não, o que seria da poesia o querer impetrar algo, posto de leis estarmos
Já quase saciados, e no mínimo que se respeite aquelas que temos já prontas
Dentro de uma liberdade consentida, na valorização do tesouro que se encontra
Quando nem tudo que é libertário possui no conservadorismo certa sombra!

Desse pertencer é que relativizamos o próprio modo em que conseguimos aquisição
Quando de uma empresa ou negócio não escuso, sabe-se que legislações hão de ser
A questão de se aplicar capitais quando encontrados para fundir instituições de ganho
Com prerrogativas de se concluir algo que vai além do proprietário, que ganha por si.

Na vida da verdade, se formos ver com um purismo onde a Lei Suprema é grande,
A realidade convencionada apenas segue fazendo do ser humano o desfrutador,
Mas grande é o Deus que acompanha nossos atos, no esforço que devemos possuir
Para estarmos cônscios que na essência de tudo o Holos é propriedade do Divino.

No entanto, esse purismo de visão algo idealista para um Espírito das Leis, conforma
A que tenhamos em mente que saciar-se da terra nem sempre revela um uso sustentável,
Na própria sustentação de que o Direito serve desde Roma ao ordenamento jurídico
E que, bem aplicado, traduz quiçá uma coerência em caminharmos para uma paz serena!

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