quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

O MEIO E A MENSAGEM



            Não é tão importante pensar em algo que nos faça crer na comunicação ensaiada por novas formas da tecnologia, pois em questão de gerações não há como separar muito o sentimento que abarca essa questão. Ela veio como um panorama que vemos de cima e de baixo, um pano de fuga de perspectiva alinhado com o horizonte na ampliação e no encurtamento das distâncias, como algo natural com base no uso, na visão e nas razões existenciais que muitas vezes às quais não nos damos conta. O meio passa a não ser a mensagem, pois uma mensagem toca mais um pouco na profundidade, tornando-se o meio mero meio, já que na mensagem falta aprofundamento, capacidade de dizer, ou a independência de se fazer notar acima do quilate barato e vulgar. O caminho extremamente linear acaba por delimitar em uma linha de tempo o tempo mesmo contado para diluir mensagens anteriores, onde o que se perfaz de controle é sugestão do aplicativo, em tempos onde não guardamos mais o estranho diário que nos compromete até a medula se queremos possuir aceitabilidade, e porventura dependemos desta mesma aceitação quando nos situamos no velhíssimo aparelho de celular, retrocedendo a tempos primatas onde repetimos a comunicação primeira de acertos e erros, ou da dependência de afetos gratuitos na acepção crua de clicar botões e na grandeza de tornar a mensagem um vírus. Pode-se remontar a tecnologia como algo microbiano: a mesmice das bactérias e suas existências gigantescas em número, e com valores profundamente agregados no que se dista, na confluência do postar-se algo distinto em essência e fundamentos.
            É distinto falar-se que o meio é a mensagem, pois tanto o meio não é mais um artifício de se chegar a algum lugar, como a mensagem vem muito mais profunda ainda no papel, com arabescos quaisquer que revelem a velocidade em que a associação com o lápis ou a caneta mereça a atenção de rediscutir o alvo e contestar a linguagem fácil impelida pelo ego, onde a criação retoma seus merecimentos de ser sempre a válvula por onde escapa o vapor da pressão dessa imensa panela. Logicamente, é impossível negar que as contestações que revelam posicionamentos verdadeiros sobre os aspectos dessa ciência onde os homens e mulheres ensaiam seus erros de expressão, sejam a virtude e o cometimento cabal de estarmos passando atualmente por uma espécie de orgia ególatra, onde o próprio ego passa a rediscutir seus valores, e a expressão é filtrada por objetos onde se alcança a massa relativa, mas na suposição mais válida, as massas não alcançam o objeto. O botão torna-se melhor amigo do homem, e que as verdadeira conexões acabam se pronunciando no alvorecer de melhores usos das máquinas. Nessa letargia onde o afeto se pronuncia dormente com respostas corretas de seus próprios andamentos, a ciência perscruta dentro de imensas corporações o que de fato vai gerenciar a corrida ao mercado, e a globalização vira moeda corrente e forte na corrida às riquezas do planeta pelos países de alicerces econômicos sólidos. De fato, são as últimas investidas nas riquezas globais, onde a mensagem passa a ser verdadeiramente não mais tão hipócrita, pois revela a intenção mesma de se sacar a riqueza e o óleo de uma nação, em um tipo de xadrez geopolítico, não importando se houver declarações de governantes, expondo sua própria maldade como fator relevante de entusiasmar seu povo, na declaração evidente de xenofobia e brutalidades semelhantes, onde pensar na esperança vira um espelhamento pífio de retóricas da ingenuidade, consentida apenas pela religiosidade onde igualmente boa parte desta também compactua com modos de brutalidade, em um deus vingativo e cruel. Permite-se dissuadir as riquezas minerais de um solo na vastidão inominável de um esgotamento que gera a plastificação social e na derradeira retomada do óleo mineral como ressalva de um mundo esgotado onde, por mais que se viva regulado, a matéria continuamente revela suas contradições.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

MOVIMENTOS PERPLEXOS


          Mesmo andando de viés, mesmo soçobrando em busca da arte, que se saiba que esta permanece sempre na quadratura de um espaço onde os barcos não soçobram… Nas vidas que temos a viver, contudo, nas de todos os que amamos, será quase certo que não sabemos o que seja suficiente para consentir dentro de nossos maiores sentimentos na espiritualidade, seja lá o que se entenda, no que possa haver suporte. Disto de suportes sabe-se um pouco, mas a questão fica em aberto no que se entenda de compreensão e solidariedade humanas. Esse vasto panorama em que a arte reside como expressão máxima do espírito humano faz com que a beleza natural àquela seja comparada. O belo natural e o belo artístico, faces de um diálogo que pode até certo ponto tornar a humanidade perplexa pela similaridade de um realismo gigantesco, ou burlar a imaginação com fantasias dóceis. São muitos os movimentos da expressão do homem, e seu lavor remonta a uma época de ouro em determinadas frações de tempo durante a história em seus intervalos. Como se em Paris do Impressionismo não se tivesse a noção imediata em nosso tempo do que representou o fantástico quilate da dimensão artística. Vem a foto, com ela o cinema, tecem-se as décadas, e o que mais faz agora a veia do criador é justamente reler o próprio Pós Modernismo com o viés da disponibilização de bibliotecas prontas que oferecem ao criador uma criação já realizada, conforme demandas estruturantes no pensamento que aparentemente, em sua cosmética, se diz de vanguarda. Não há muito de se contestar, pois há muitos que se aproximam da arte por um tipo de osmose, ou seja, vendo trabalhos que até mesmo alguns algoritmos resolvem em termos de design. Haja vista as cores complementares e suas derivações serem equações dentro da ciência computacional, com as combinações possíveis e aleatórias, e as regras de composição aos iniciantes serem de fascínio fácil e imediato. Três, seis ou oito colunas: um jornal – a grosso modo – pode ser resolvido dentro do computador, com as respostas que a máquina dispõe em seus recursos de diagramação na probabilidade. Os recursos contemporâneos são os mais diversos, mas em virtude de grandes empresas, a facilidade em se abrir um negócio em certos ramos de atividade esbarra em megaestruturas, no que acaba facilitando a mera cópia de algumas iniciativas, pois quem investir mais em banco de dados e informações que gerem projetos prontos assume a dianteira, na proporção da capacidade de investimento e de alicerçar uma grande empresa. Esses temas muitas vezes são o contorno visível de dificuldades ainda maiores em seu cerne para que uma empresa decole e se mantenha através da iniciativa de uma ideia apenas, ou da transferência de conhecimento a partir de concepções produtivas externas. Alguns desses movimentos possuem em si a perplexidade que existe quando vemos um pião girar sem sair do ponto, tornando o período em que gira a duração do tempo desse mesmo movimento.
          Quando vemos que um pão possui receitas fixas, e que ademais preparar para uma padaria obedece um critério de qualidade, com mais ou menos fermento, sabemos que o diferencial está no atendimento e no ponto estabelecido no comércio. Assim, se assumirmos que tudo o que temos no mercado a uma disposição imediata já foi inventado, vai-se ao funil de opções que por si, se comparadas a anos atrás, já são soluções que foram encontradas antes, em que uma adequação ao mercado nativo apenas faz por restringir a variedade como a qualidade do serviço ou produto. Essa é a questão de se movimentar esforço em um movimento quase pendular para dentro e para fora, que também exaure, nessa pesquisa por vezes intensa, a energia despendida pelo trabalho, seja de prospecção, análise, etc, igualmente dependente do montante gasto para tais empreitadas. Essa questão – outra – se resume na velha equação de que a melhor investigação é de dentro para fora, onde o critério de isenção inibe e filtra dados e informações que não sejam pertinentes e focais, posto dever-se ir mais profundamente em todos os processos produtivos, e finalmente alicerçar fortes conhecimentos na área em questão, mesmo para se evitar que um algoritmo seja um segredo auto sustentável, posto na sustentabilidade não linear e dinâmica é que se revelam os processos produtivos compatíveis com a evolução e compartilhamento de bons resultados. Portanto, é na esteira do conhecimento – a partir-se de premissa básica – que conheceremos os movimentos mais remotos e isentos da perplexidade do desconhecido, das brumas, nas vertentes de uma educação que forneça o material necessário à compreensão da matéria, seja no ensino básico até as esferas mais desenvolvidas do saber. Do mesmo modo, a arte auxilia, dando ao aspecto frio da tecnicidade a garantia do aspecto subjetivo atinente ao mesmo saber…  

domingo, 27 de janeiro de 2019

REGRAS SIMPLES



            Valeria muito mais à sociedade se revelássemos a quem não saiba o conhecimento. De fato, compartir não é o modal de como funciona a iniciativa do mercado. Se antes de cobrar uma informação que seja, se for democratizada a mesma informação, ao menos podemos – como exemplo cabal – dar o reboot no celular ou no computador para atualizar ou dirimir problemas de ordem técnica. Se algum país tem em seu escopo produtivo alguma máquina avançada e queira compartilhar seu uso no nosso país ao menos deveríamos tentar produzir a mesma máquina, para não termos que pagar toda vez que a utilizarmos: isso é mercado. Mas, se assumirmos que é melhor um mercado onde se paga para se obter um manual de instruções, teremos um país incapaz de ter ao menos a incipiente indústria que agrega valor no dispositivo, conforme reza nos países desenvolvidos. Temos que saber o know how, saber como usar, como fabricar e como desenvolver a indústria brasileira. Se temos um produto avançado como um avião, ou se podemos desenvolver mecanismos de defesa compatíveis com o primeiro mundo, porque a questão que nos envolve sempre de parecer que queremos estar no terceiro? Se o país não ultrapassar certas barreiras, se não investir no conhecimento interno, dos cidadãos trabalhadores e empresários que aqui operam suas atividades produtivas, de que vale contratar estagiários de montes, enquanto um profissional com experiência pode oferecer incluso o treinamento conforme, e alavancar o processo produtivo em escala progressiva? Por vezes se leva um aparelho celular para se verificar as pastas internas, e o cidadão dono da empresa de manutenção se sente confortável ao dizer que cobra por esse serviço. Nisso da falta de uma escola livre, de um balcão gratuito de informações, o usuário pobre fica restrito a um atendimento que não pode pagar, e por vezes seu rendimento na empresa onde se emprega decai pelo motivo de que não há um serviço público que o atenda. Recai na questão da saúde, na educação onde a preocupação passa a ser como restringir, e não como estruturar mais e mais escolas, recai nas tragédias anunciadas que pasmam a população não pelo acontecido, mas pela ausência de se evitar tais ocorrências, A evidência de um fato se traduz como preto no branco. Seja na notícia, no texto, na foto, no vídeo e nas respostas que por vezes não se encontram com a sensatez. Em todos os casos, seja na segurança jurídica, judicial, institucional ou das catástrofes climáticas e de origem humana, há que se propor quase um mutirão nacional, regional ou municipal, na questão dos territórios, no compartilhamento das informações, na efetiva rapidez de tomada de decisão, ou seja, em tese, na construção de um edifício não centralizador e inteligente para sanar os casos mais simples e gerenciar positivamente os mais complexos. Essa urgência põe em xeque a crítica que sempre vem a responder negativamente, como que um corvo que se apresenta perto da carne para comê-la quando fraquejar. A crítica é necessária, mas deve se posicionar no âmbito de se construir soluções, de se irmanar positivamente à uma intenção fecunda, quando esta se dê. As regras são algo que um leigo estranha, mas a extensão da cidadania a uma abertura de que uma opinião possa valer ao menos na intenção, pelo menos aventa a possibilidade de não se estranharem contendores criados pela ilusão do processo ideológico, como se reinventasse o muro de Berlim entre cidadãos do mesmo país. Roga-se que efetivamente se crie a condição para que as informações, os dados, o conhecimento, tudo esteja ao alcance da população, posto a transparência ainda é o que dá acesso ao eleitor aos status de seus representantes.

sábado, 26 de janeiro de 2019

NEXO QUE NÃO FALTE



            Ah, o mundo e seus percalços! A se dizer tanto da tecnologia que precisamos aprender realmente cada vez mais... Do que é técnico, da performance de uma máquina, de novos modais produtivos, pois sim, quem nos ensinará? Não, que não se fale jamais na primeira pessoa, falar-se-á da ciência somente, talvez um pouco da religião, tão consagradora e tão faltante na atitude mais coerente do ser humano, que tal que se preveja, mas não se trata de forma alguma de obrigação. Aquele que opta por ser agnóstico ou irreligioso não tem a obrigação de versar sobre qualquer crença, posto a liberdade de opção religiosa e da expressão há que ser de garantia suprema em qualquer Estado de nosso planeta. No entanto, que se dedique apenas uma menção no que não precise se falar das faltas do homem no quesito ambiental. Sem palavras... Às vezes não há mais nada a se dizer sobre acontecimentos dessa ordem. Apenas que se mude o prumo, que se fale de outras coisas estas mais positivas, como a ordem em si, e a tentativa que a humanidade tenta em sobreviver a certos reveses que estancam por vezes nosso processo civilizatório, ou que obrigam os seres a uma releitura: os seres que somos, não mais que os outros que coabitam o mundo. Se estamos caminhando por uma vereda, atentemos ao fato de que minúsculos insetos compartilham do mesmo solo, e de que um metro quadrado de qualquer bioma é tão sagrado como um pequeno planeta, tanta é a vida que se nos apresenta. Apenas isso, que prestemos mais atenção aos nossos irmãos de outras espécies, pois uma espécie de direito nos dá a oportunidade sinistra de matar a outros, diga-se outros em uma guerra ou em um matadouro para o consumo da carne.
            A comunhão com o Espírito Supremo vai além da certeza de que somos tais ou quais devotos, que teremos tais ou quais respostas, pois a mesma comunhão demanda atos e atitudes certas perante o próximo, daí incluídos todos os seres do planeta. Pois que uma árvore demora tanto para crescer, desenvolver raízes em solo fecundo, e por vezes isso é jogado fora como um descarte de um naipe qualquer, em um jogo em que a maior parte agente desse processo sequer ver a árvore tombar morta. Como diz o Papa Francisco, cada qual carrega uma cruz, mas aqueles que não sentem o seu peso mesmo tendo cometido por negligência atitudes vis, cruentas, só geram a lamentação e inquietude, pois têm que continuar com seus afazeres: destruindo ou matando, na guerra ou na exploração desmedida de riquezas. Em uma sociedade justa, ser cristão é quase uma incerteza, pois o Velho Testamento parece que toma vulto onde contradiz de modo regresso o princípio do perdão. Assim, como comungar da bondade de muitos, se muitos e muitos outros partilham do ódio e da criminalidade, ou da relação quase simbiótica com esta? Parece que se vive em um paradoxo, mas não, a cegueira com relação a não se querer ver em profundidade as questões existenciais mais cabais, acaba permitindo que o descaso aflore como consequência da desigualdade do humor, da desigualdade da humanidade, em termos de competência, solidariedade e justiça. Ver certos desagues desconformes no mínimo deveria fazer de tudo um grande ser atônito que buscasse com todas as forças do bom senso tentar restabelecer a mesma ordem citada, uma ordem de paz, em que por vezes um acidente fatal pode gerar um genocídio com dolo e, no entanto, sem culpabilidade. Não, que não se errasse, mas o erro grassa nos campos de atuação do próprio erro. Fazer do erro um obstáculo transponível passa por uma questão de erradicar a irresponsabilidade das costas do que origina esse erro, mas tratando de se questionar se essa questão irresponsável não apenas não se repita, como se conserte dando o exemplo à altura para que o erro não vire de novo uma grande pedra, por si desse modo quiçá então intransponível. O rancor que as pessoas de sensibilidade humana guardam dentro do peito se traduz por uma tristeza de ver que a esperança consagradora não passa por vezes de farsa, quando um quadro de mudanças muda desfavoravelmente, tornando a vida ausente da ternura, da poesia, da arte, da compreensão e da bondade correspondida.
            Mais do que nunca, sempre será a hora de pensar no bem, não no conflito, não na destruição, pois o que remete à uma maldade está na omissão de não se perceber que tudo não passa de ilusão, como relação à fama, à popularidade, às questões do poder de estar à frente de possíveis soluções, pois a massa encefálica do planeta Terra trabalha em favor de um progresso real, e as medidas não atinentes a isso tendem a ser questionadas continuamente, pois não serve para nada imolar uma boa intenção, um bom debate, para através da esquiva se imiscuir nas crises humanitárias deste mundo.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

SABER PARA ONDE VAMOS



Vamos para onde vai alguém, em quase uma surdina, com passos largos
De uma pressa não tão importante, que corremos como os pingos da chuva
Que encharca as ruas de pedra levando as águas para as vertentes dos rios.

Vamos encontrando caminhos de luz, por vezes tateando no escuro, atônitos
Com tantas as misérias deste mundo de Deus, que em verdades não admitidas
Quiçá não nos permitamos que se for de consertos basta que se seja de boa fé!

Nos planetas que não alcançamos com o olhar, talvez desconhecemos que há
Porventura a faculdade de encontrarmos vida na própria em que aqui temos
Posto que nos olhe o planeta qualquer na vestimenta material que nos requeiram.

Não sabemos para onde vamos em princípio, mas há que sabermos onde estamos
Para que em um propósito lógico tenhamos em mente que a Terra com tudo que há
Pode ser apenas uma transição ou passagem para que as leis do Karma intercedam.

Krsna dá seu exemplo para o devoto, e Prabhupada já mostrou no século passado
Um modo de viver sem sofrimentos, com a bondade pura no peito, um caminho
Em que todos os percalços do mundo sejam resolvidos no simples cantar do mantra!

Com sua vida santificada e imaculada, mostra nas escrituras sagradas dos Sastras
A divindade com muitos nomes de Masudhana, Kesava, Govinda, o mais Atrativo
Dos seres onde sua delimitação não possui similar em todos os Universos criados.

Assim, sob o tópico da vida transcendental, sabemos que temos essa certeza imaculada
Em seguirmos a trajetória da Verdade Absoluta, por onde transitam todos os seres
Incluso os animais que têm os mesmos direitos de viver em qualquer lugar que seja.

Na relação transcendental do devoto com a natureza material
Existe a confluência dos signos que pertencem à espiritualidade
Onde jamais se pense que somos senhores dessa natureza
Pois na medida que tenhamos atos de destruí-la sem perdão
Estaremos fazendo avançar uma era de lamentações sem medida
Posto o que sabemos é que o ser humano possui justa a inteligência
Para não avançar sinais que o corrompam na medida de seus atos
Para acelerar outros de destruição do planeta que acredita crer
Quando não aceita o argumento irrefutável e logicamente exato
De que o juízo a que queira submeter a humanidade em finalizações
Será o mesmo a saber que não se vive, mesmo sendo rico,
Em um lugar desconforme na nulificação da vida espiritual autêntica,
Posto que a era das desavenças e hipocrisia promete ser longa
E Krsna está presente em todo esse processo, com uma espada
Que transcende o mesmo ato que a justiça, cega, acaba por não ver.

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

A VERSÃO DE UMA QUESTÃO ORTODOXA


         Somos de uma ortodoxia sem tamanho quando estamos a prescrever receitas e conselhos, por vezes a respeito de quase tudo. Todos tem suas verdades, mas no entanto é importante quando alguns ainda apostam no debate sobre o que ocorre nas sociedades, como se formam os grupos, e onde o interesse não seja de natureza egoísta, quando conforma a versão de se transformar algo com aquela que se torna árida porquanto falta de sensibilidade com relação a algum problema, seja ele de ordem técnica ou humana. O aspecto da técnica pode proporcionar avanços nas ciências humanas, mas certamente o conhecimento destas vem primeiro quando o quesito da técnica encontra suas barreiras e impedimentos, e há premência em tomar a ação correta. Quando se toma uma ação, por exemplo, de segurança, temos a fazer a contento certo experimento que conduz a um resultado, nem que o seja com a certeza de que fazemos a coisa certa para que o mesmo resultado venha a ser aproveitado com boa aprovação. De seguro que se fala é a segurança, por exemplo, de um enunciado, de uma afirmação que porventura abra espaço para outras, obviamente sem dividir propostas do mesmo ramo. Não necessariamente um ramo que se alongue muito, pois a árvore não sustenta quando não há muito bifurcação e, no entanto, não deve haver bifurcações muito similares, porquanto a seiva se dá em se alimentar os extremos com as distinções dos ramos: uns mais longos e estreitos, outros mais curtos e grossos. Isso porventura sai de uma ortodoxia onde se estabeleça hierarquias sem saber a natureza da planta, metaforicamente, ou melhor, analogamente. Que se deixe a questão de estabelecer uma hierarquia dentro de um pressuposto inevitável, já que em muitos lugares as empresas tendem a escalonar postos de trabalho com o vigor de se manter certas unidades estáticas, onde o resultado pode ser um lucro relativo. Fala-se aqui de empresas onde um rádio pode ser bem aceito como manifestação de trabalho, mas fecha-se em copas erroneamente quando alguém, não importando seja, acreditar que alguma manifestação não possua validade, quando posta em legalidade e civilidade. Nos créditos de se estabelecer padrões de conduta em uma empresa, há de saber-se que, para o bom andamento das modalidades operacionais, o stress ou a adrenalina não estarão jamais dentro de uma normalidade de ganho maior, pois efetivamente se ganha mais quando se age com cautela necessária, sem rompantes ou de gênio ou de coragem induzida como em um mito heroico ou patavinas similares. Para não se romper o elo que não nos atrele à ortodoxia como prática e pensamento, devemos estar a defender como fator de uso a flexibilidade de compreensão, e a não retórica de que de qualquer maneira trabalha a máquina, pois quando menos se saiba o motor falha antes de se cumprir uma meta.
         O montante gasto na parafernália deve observar sempre que quando se recebe um recurso, seu uso deve ser imediatamente aprendido e repassado para outrem, isso na empresa em qualquer modal institucional. Se negarmos proficiência ao sabermos bem menos do que o recurso opera, teremos vago um material que a concorrência passará a dominar melhor, o que desempata desfavoravelmente a concomitância do equilíbrio e competência de empresas que devem sempre ser de ponta porque estão ao serviço de uma população, como a Companhia de Águas, ou qualquer outra instituição a mando do Governo para sanear problemas e servir de maneira coerente as correlações e obrigações para todas as comunidades de um distrito ou cidade.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

UM RAMO DE OLIVEIRA


Desponta um ramo em um bico, de bico de pássaro, pois as gentes
Previnem-se de que o bico sobre quem escreve, nem que seja arte apenas,
Supõe que a poesia não exista sem o crivo algo religioso de premissas…

No entanto as mensagens bíblicas têm beleza ímpar ao orientar de modo
Coerente – assim se tenha que crer – que Javé vingativo não há de ser
Frente ao Filho do Homem, o que perdoa, o que não promete represálias!

É esse o Cristo que fica no coração do poeta, um homem santo Salvador
De uma humanidade perdida, onde nem todos os escribas eram vilões,
E uma Igreja de sacerdócio merece o respeito integral do homem Papa.

Por uma determinação familiar, se crê, que a esperança venha em um ramo
Que as intempéries revelam ser a terra em algum lugar, de ser melhor que tudo
O que passamos a presenciar na tentativa de sermos mais da paz do que da guerra.

Assim prossegue toda uma carestia que um ser com sensibilidade sente em si,
A carestia de séculos e séculos, a ver, que um escriba tente ajudar um Testemunha
De Deus que se apresenta como uma sustentação e orientação sempre válida!

No que refere um lindo site, a comunicação de uma jornada de trabalho no setor
Revela recursos de multimídia incríveis para uma plataforma gigantesca onde
Os textos bíblicos são apresentados na íntegra, sinal de um trabalho laborioso!

Isso tudo faz pensar a um mero pensador: quão farto é o material para se ler,
Que, para o poeta, ter comprado um bom livro de Conan Doyle e seu magistral
Detetive Holmes, prossegue a ler tudo que se apresenta de bom, inclusa o livro da fé!

De um sinal apresentado, são tantos os caminhos em que a mesma vereda se ausenta
Que por vezes não aceitamos alguém que escreva por questão de vida e expressão
Pois na mentalidade de que somos apenas uma espécie de gente reside o preconceito.

Portanto, o que se diz não é tarefa de escriba, nem remontemos histórias do passado
Tão distantes que passam a significar um retorno, ao que o termo eterno prometia,
Mas que a questão espiritual revela que se as religiões se irmanassem seria bom.

E Deus talvez em sua ciência da Criação quiçá gostasse do resultado disso,
Pois veria que os povos não precisam do julgamento, pois se um julga o outro
Tem que estar consciente de que talvez Deus ao menos desejasse a paz naturalmente.

O ENSAIO E A ORQUESTRA


          Qual ramo do conhecimento, um que seja qualquer, que leve a evidenciar a ciência, esta matéria não dista da verdade. O conhecimento progressivo pelos agentes dessa atividade, qual não seja quaisquer de uma população em um Estado, em um município, em uma vila, rua ou casa, haver-se-á de casar-se com o bom entendimento de quem promove direta ou indiretamente essa iniciativa, essa proposição que permite a oportunidade. Esse conhecer não estanque, progressivo, a prospecção do conhecimento técnico ou não, não deixa de ser um bom ensaio para que tenhamos respeito ao livre arbítrio do acesso ao saber. Um ensaio em que o cenário que se tenha para tal seja o mais particularmente sem a hostilidade ou o desconforto de não se poder estudar algo, porque tal ou qual coisas atrapalhem, como a falta de saneamento, as violências cotidianas em certos lugares, ou mesmo o preconceito quiçá generalizado de que as populações desfavorecidas não podem erguer-se socialmente, ou compartir do mesmo conhecimento de quem possua mais posses. Isso é uma questão de querer que não se democratize a educação, em que escola boa é escola particular, paga. Pois, se os pais de um aluno, trabalhando como operário e diarista, por exemplo, recebendo conforme o mercado, como se pagar uma escola que obedece as leis do mercado para ser igualmente boa quanto às melhores? Isso é pertinente quando falamos de oportunidade, e esta só é real quando existe não para uma ínfima minoria, mas para todo o contexto da coletividade, ou seja, educação de qualidade para todos, uma equação complexa a ser lançada para as correntes neoliberais, pois se for factível que se tomem as rédeas para cumprir essa exigência popular. O mesmo a se dizer do esgotamento sanitário. Em tese um país melhor tem seu saneamento cumprido à risca conforme um temperamento quase familiar, pois quando um filho pequenino tem uma indisposição, os pais tomam as medidas para se sanar o problema: tornar são. Ou impedir que o filho este tome banho em água suja, ou cuidar para que o vaso sanitário esteja correto em seu funcionamento. O que se pode fazer, é como o cuidado que se tem com os filhos, com os parceiros e parceiras, com o irmão, irmã, sogro/a, etc. Se a situação nacional não vai bem, se a falta de saneamento afeta duramente a família brasileira, é mister resolver. Não resta a menor dúvida que diversos problemas estão entrelaçados com aquilo que se crê mais justo socialmente, mas a pauperização de uma sociedade gera muitos problemas, e quem paga o pato é a mesma sociedade, paradoxalmente. É nesse ensaio tramado como um novelo que é preciso consertar para que a música não se perca, e a orquestra toque afinada e com boa harmonia. Nessa pressuposição de que não há porque assumir uma postura malévola com relação aos necessários avanços sociais, pois vindo de como vier, uma iniciativa que cumpra com os anseios do povo só trará melhorias na balança de uma boa gestão. Pois que isso possa sinalizar algo positivo, já que trilhar um caminho de progresso sempre é de bom alvitre, de boa iniciativa. Essa é A iniciativa… Sempre!
          A orquestra passa por ensaios constantes. Possui a sua história, é amiga do maestro, reitera o solista, dueto de piano e violino, as obras que passam e retornam para outras apresentações. Para realizar bons concertos, há que se fiar na experiência e talento dos artistas e no virtuosismo da excelência. Pode passar por dificuldades, mas é no conjunto dos instrumentos que reside a competência técnica de surpreender e realizar um bom espetáculo. Assim é uma nação: uma orquestra, um samba de raiz, um blues, uma arte, um estadista, um povo, seus administradores, suas religiões, suas cores, suas vidas...

domingo, 20 de janeiro de 2019

SAÚDE, EDUCAÇÃO, CULTURA ANDAM JUNTAS COM A INTEGRIDADE FÍSICA E ESPIRITUAL DE UM POVO. OBVIAMENTE, SANEAMENTO BÁSICO ESTA EM SAÚDE, E MAIS INVESTIMENTOS EM ESCOLAS INTEGRAIS E PESQUISAS CIENTÍFICAS ESTÃO EM EDUCAÇÃO. SÃO PREMISSAS QUE ATÉ UM PESCADOR RIBEIRINHO MAIS SIMPLES PODE SABER DESSA QUESTÃO ECONÔMICA.

O PARÂMETRO DO BOM SENSO É SABERMOS TODOS QUE NA MEDIDA EM QUE A REPRESSÃO É NECESSÁRIA PARA COIBIR A CRIMINALIDADE, UM ESTADO FORTE QUE PENSE NAS QUESTÕES SOCIAIS COM TODA A SUA ATENÇÃO SE FAZ PREMENTE PARA COMBATER AS CAUSAS DO SOFRIMENTO E CARESTIA HUMANOS.

O POVO FOI LEVADO A CRER QUE O MELHOR MEIO DE SE DEFENDER É POR CONTA PRÓPRIA. DEEM-SE OS BRINQUEDOS QUE TRUMP VAI ACHAR GRAÇA COMO SE UM FANTOCHE ACHASSE GRAÇA DE ALGO, SENDO ELE MESMO UM PALHAÇO!

O POVO NÃO QUER A ARMA, O POVO QUER MATAR, POIS JUSTAMENTE HÁ MOMENTOS NA VIDA DE UMA NAÇÃO ONDE UM CLIMA DE VINGANÇA PAIRA NO AR COMO QUEM DIZ: A MORTE DE UM INIMIGO É BOA... NO ENTANTO, JAMAIS ESTAREMOS NA GUERRA PRETENDIDA POR GRUPOS DE EXTERMINIO E MILÍCIAS QUE JA AGEM NO NOSSO TERRITÓRIO. VAMOS VER SE A JUSTIÇA PROSSEGUE INVESTIGANDO COM O CALOR NECESSÁRIO E A FRIEZA DE NÃO SE DEIXAR LEVAR PELOS SEUS INTERESSES.

SE A BEBIDA É CAPAZ DE TRANSTORNAR OS RICOS E OS POBRES, SE AS DROGAS SÃO CONSUMIDAS POR RICOS E POBRES, QUAL A DIFERENÇA DA VIOLÊNCIA ENTRE OS RICOS E OS POBRES, POSTO AS CLASSES TENHAM SE MESCLADO TANTO NÃO APENAS DE NÍVEIS DE RENDA COMO INTELECTUAL OU MESMO CULTURAL, OU SEJA, UM RICO PODE DESPREZAR A ÉTICA BOA: AQUELA QUE ATENDA AO RESPEITO E PROTEÇÃO A QUEM É CIVILIZADO...

SE UM HOMEM É CAPAZ DE ASSASSINAR UMA MULHER A FACADAS E DEPOIS TODA A SUA FAMÍLIA, O QUE NÃO FARIA COM UMA PISTOLA DE QUINZE TIROS?

QUANDO SE PEGA O GOSTO DE OFENDER SE PREPARANDO PARA UMA DEFESA DE ALGUÉM EM LEGÍTIMA DEFESA DA HONRA, DEVIDAMENTE ARMADOS OS QUE PASSAM A NÃO EXERCER MAIS A CIDADANIA, POIS UM CIVIL ARMADO NÃO A REPRESENTA, AS COISAS FUGIRÃO DO CONTROLE DE UMA SOCIEDADE EQUILIBRADA E PACÍFICA.

FELIZ CLARISSA


          Clarissa tinha por crédito de sua personalidade o bom humor, a picardia, um caráter íntegro e o respeito que obtinha naturalmente dos que a conheciam. Todos a tinham por uma mulher feliz, realizada e independente. Trabalhava duro como muitos que conhecia, em uma loja de roupas femininas. Trabalhava no caixa, e o movimento sempre era grande.
         Gostava de Tarcísio, mas não tinha tido a oportunidade de conseguir algo… Por enquanto eram apenas bons amigos. Sua vida não era complexa, ou apenas ela deixava se levar por uma simplicidade em ver as coisas e um pensamento elevado em compreender o que se conhece pelos fatos, pelo conhecimento e pela prática diária em se prosseguir com as tarefas do dia a dia. Quando Tarcísio a visitava em seu modesto apartamento, ela conversava bastante com ele, como grandes amigos, e revisitavam bons tempos já idos, pois ambos eram da meia idade: ele com 50, e ela com 47 anos. Tarcísio estava parando de fumar, e Clarissa ainda fumava bastante, e gostava de cigarrilhas e vinho branco, de preferência e de acordo com orçamento, chileno.
          Posto como um diário, ela gostava de escrever, sonhava bastante com a diversa e profunda literatura a todos os gostos, e esse era o dela; era pontual no trabalho e neste abstraía a leitura tão profunda que lhe enriquecia suas experiências, pois jamais deixara de ler, tanto fora o seu primor de escrever, que lhe surgira depois dos quarenta. Especialmente nesta noite, estava exaurida pela jornada dupla de seu turno. Depois do dia completo, foi dormir, que fora longo o dia em que a proposta de escrever sobre o dia não foi tão surpreendente quanto o esperado. Dormiu bem toda a noite, e o outro dia será sempre o outro dia… 

sábado, 19 de janeiro de 2019

ALÉM DO NADA



Seguir-se um caudal de peças que não ausentamos no nosso sentir
Quais sejam peças, as máquinas do sem sentido, no que o nada vão
Nos ressente de que algo a mais signifique um outro e distante sim...

Disso tudo, em um além próprio, quem saberia dizer que transpõe
Uma vereda de sentidos os mais variados, em que as percepções
Não se imponham tanto naquilo que a vastidão das sucatas perde!

Na metáfora de uma vida a dois seria melhor que não desfizesse
O mais sagrado de toda a questão que abraça se ultrapassar
Uma barreira do nada que em seu além pertença quase todo o tudo.

Que três linhas a mais fosse uma pepita de ouro do rio Madeira
Naquilo de sabermos muito a profusão do significado de garimpar
Quando em Serra Pelada as formigas humanas viviam do lodo.

Mas a linha da poesia está limpa de seus propósitos, ausente do mais
Ao que hoje a pepita está em outros garimpos, como na rede
Está o próprio garimpar do afeto e atenção de não irmos além do nada.

Instrumento de comunicação, vale ouro a proteção de uma inteligência
Em que o farnel do descontentamento verte um dado na profilaxia
Que se encomenda por ordem da medicina um processo de cura viva!

Saber-se-á fazer uma conta de algo que não seja propriamente nada
Posto um ganho de merecimento pode não ser importante ao neutro
Quanto de importância ao agente de consumo, na comporta do aviso.

Behavior seria a página do portar-se bem, quem sabe em uma esquina
Onde os carros atravessam rápido, a velha situação em que o homem
Fuma um cigarro até que os cavalos da rainha sigam o ele do peão.

No sentir-se quase nulo o significado de existir, perante a parafernália,
Sabe-se que o moto contínuo da perpetuidade do saber superficial
Revela que aqueles que leem mais profundamente vão além desse nada!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

AS COISAS DO SEM SABER


         Tudo aparentemente tem um significado… Pelo menos queremos que seja assim, com a conformidade de acharmos ter certeza sobre a Natureza Material. Essa mesma Natureza que nos embarca para a aventura da existência terrena. Em algumas afirmações, não se dá uma motivação conclusiva a que se venha defender tal ou qual pensamento ou crença. Não, pois o foco está naquilo que não sabemos, como, por exemplo, há gente que não conhece as linguagens de programação, e outros sequer escrever um parágrafo, ou ter ciência da língua portuguesa. Esse fato é o não saber, e suas coisas, ou seja, os obstáculos para tanto, ou as coisas do ensinamento: do conhecer pura e simplesmente. São as coisas que podem nos faltar ou nos permitir conhecer mais sobre a grande aventura de uma escola que porventura realmente ensinasse, independente do que se crê melhor para os alunos, mas em uma contraparte que permitisse o simples acesso ao conhecimento, integralmente, sem vieses ideológicos de quaisquer partes. Noções básicas sobre a liberdade, sobre a história das riquezas, sobre as descobertas marítimas, sobre o que foi a escravidão, as artes e suas motivações e necessidades expressivas, a riqueza de tudo isso e uma abrangência quase infinita a dar-se saltos sobre a ciência da aprendizagem, alcançaria o rico, o velho, o pobre, o moço, a criança, os pais, os mestres, as autoridades… De tal monta que a Universidade do exterior pode ser tão boa como as nossas, se pensarmos que cada nação tem sua própria maneira de conhecer ou exteriorizar seus conhecimentos. Mas se busca, se quer coisas do conhecimento, e não o sem saber.
         O sem saber engloba uma matéria campal, como um tecido que se escolhe por falta de definição, e não sabemos como fazer dele uma roupa. Uma química sem reagentes, uma ligação carbônica definitiva e ignorada. Quando não sabemos ao menos procuremos pelos rudimentos, e cria-se sempre uma boa equipe quando os termos de conduta e de expressão de algum conhecimento ou prática possa ser simplificado. Matéria e espírito, técnico ou humano, individual ou coletivo, política e economia… Não há porque separar muito, pois esmiuçar as dualidades não é o que reflete o sistema globalizado, onde um assunto possui alguma relação com outro, mesmo que opostos, pois o equilíbrio que se deseja é justamente a harmonização entre o positivo e o negativo, sem tensionar um ou outro para que o diálogo entre a crítica e a humildade seja coirmanado. É esse princípio que faz o ódio transformar-se em amor, mas não de sentimento ou atitude impositivos, e sim na transferência de um sentimento a um objeto que não valha a pena a outro que denote ao menos uma equiparação humana e coerente a que um ser humano possa esperar, que não seja de um ou uns, mas de um outro ou outros. Jamais se deve impor uma crença a um ser humano, principalmente se este for já independente em seus princípios, e maior de idade. O que se impõe na realidade é o nada, o que se referencia e deve ser aceito constitucionalmente é a lei, mas esta igualmente não deve ser outorgada (imposta), mas promulgada pelo povo de um país, se condignamente estiver representado. As coisas que levam a alguém não saber desses critérios sociais são apenas obstáculos onde apenas aquele interesse de que o ser coletivo não deva saber sobre como reivindicar ao Poder o mesmo poder investido no voto é o Patrono de uma ignorância que vem a calhar, como se diz toscamente. O não se saber por conveniência da manipulação do Poder vai pelo caminho de um regresso onde nem mesmo o status da posição de um governante venha a ser respeitado quando este determina uma ação no plano econômico. Se ao garantir uma melhora substancial em valores econômicos refletidos nas camadas mais pobres, obviamente a perpetuação de um parlamento favorável trará benefícios à Democracia e aos patriotas que desejam sinceramente que as coisas do sem saber se transformem na informação real sobre um andamento da nação. Não é buscando uma coisa do não saber para que não se saiba um item que seja, pois o valor de uma economia nacional forte é que daria oxigênio e espaço para aqueles que estão na ignorância possam subir pouco a pouco na sapiência de se tornarem mais fortes porquanto experts. Em certas situações é importante ter um raciocínio investigativo crescente para debelar os crimes organizados e a corrupção, mas obviamente não se deve nunca pensar em uma via de mão única, posto a reparação de danos deva ser construída de dentro para fora. Forme um profissional, não importa quem seja, para que no futuro se empreenda melhor. Esse é um desejo sincero que se deve ter para que as coisas que o livre acesso permite serem conhecidas ampliem nosso mirante ao infinito!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

UM COMPORTAMENTO REBUSCADO



            Quem dera um comportamento incontrolável não fosse apenas um retrato fiel de um desequilíbrio, mas a culminação de alguns referenciais quebrados, em rompimento da realidade, como se o chão não existisse. Essa velha questão do equilíbrio, de se saber lidar com níveis de stress, pode ser a passagem almejada para um bom andamento em se viver socialmente. Em uma busca qualquer, que se culmine em não pensar muito sobre, a não ser que a simplicidade e um pensamento elevado nos erga para uma via de realização espiritual, do anímico, da religião, da filosofia, da arte, enfim de ser: o ser da questão, que nos abraça tanto a todos, desde um operário, um militar, uma dona de casa, um teórico, um cientista, um arquiteto, o artista, o poeta, a miríade que somos tantos, que a tanto não se conta, vai muito além de estatística ou de informação, posto não haver regras sobre o existencialismo, nem ao se tentar compreender o subjetivo, pois esse ser subjetivo é a consonante veia da sociedade contemporânea, como em outras e como no nosso passado. Há que se haver um controle qualquer, mas levarmos o controle como regra ou pilar fundamental só trava a ideia, a criatividade, só faz por estagnar aquele que empreende ou se expressa na liberdade magister de um tempo em que a história só nos relembra outras conquistas tecnológicas do passado e que, a haver agora, revela que todos têm seus acessos à comunicação, por exemplo, e muitos dão a vivência exemplar de um bom costume quando atravessam a boa postura e civilidade, mesmo que a brutalidade queira imperar. No entanto, a farsa da brutalidade e totalitarismo encobertos já deu mostras em alguns países, com a atenção do processo civilizatório que revela a história mais profunda em suas raízes e origens. Muitas sanções existenciais geram comportamentos mui rebuscados e por vezes formas de pensar que exime-se de culpa o escritor, pois o que fala é apenas de interesse próprio das gentes que abrem-se para novas proposições.
            À vista de espectadores em geral se montam vários espetáculos, ou se adorna o ato ou a atitude em sobrescrever em titulações, coisas que entrarão no xadrez, qual jogo inenarrável, quanto se observe que os games são os mais variados, e gerações de vinte anos atrás são proficientes na ciência do game. Acharmos que abrimos um grande pano sobre a mesa onde só quem joga são os veteranos é subestimar toda uma juventude ou plataformas de três ou mais décadas na demanda em que o próprio mercado desconverse com si mesmo para reler suas próprias doutrinas. Na reinvenção do factível está uma indústria tornada convexa no paradoxo de toda uma rota que emplaca no verso de algumas medalhas o viés do próprio sistema financeiro mundial. Esse mais alto do que tudo – comportamento rebuscado – revelará aos povos que a manutenção apropriada da concentração abissal de bens e riquezas nas mãos de poucos tende a fraquejar na ciência da sociedade humana, assim como as plutocráticas iniciativas do totalitarismo em vários aspectos da nossa história mantém atrelado sob si as invectivas do autoritarismo cego na sua circunspecção da crueldade e da egolatria. A bem de se dizer há uma necessidade de um preparo individual de cada agente que parta a querer saber um pouco de totalidade, ou melhor, de uma questão holística do que vem a ser a preservação não apenas de nosso entorno natural, mas das instituições que devem ser sólidas para a preservação urgente dos mananciais no quesito essencial do saneamento fundamental.
            Não adianta se pensar que quem se dispõe a ajudar no processo de manutenção das nossas riquezas pátrias seja uma erva daninha, pois isso leva à uma segregação do próprio poder, tendo em vista que a preservação de um país como o nosso traz a reboque toda a atenção internacional, e não podemos achar que um comportamento de um pensador que atente para essas questões não passa de embuste. Há perguntas que ficam no ar: por que um arbusto não merece a mesma atenção de um ser humano? Por que um cão não pode ser um objeto de afeto por aqueles que não conseguiram gerar progênie? Por que reiterar que há apenas um texto sagrado que oficializa o que chamam de civilização ocidental? Finalmente, por que crer que os muito ricos devam se permitir ter mais fortunas enquanto muitos se tornam exangues de tanto trabalhar e pouco se alimentar nos continentes que creiamos pobres por determinismo e consecução para não mudar essa realidade? Não são questões ideológicas, pois não existe direita nem esquerda, já que precisamos dos dois braços. E das duas pernas. A princípio devemos perdoar, conforme Cristo sempre ensina, mas quando um ensinamento não é colocado em atos e atitudes, a sociedade fica à mercê do mal, gerando mais maldades para combatê-lo e, como diz uma vítima de um crime que roga por justiça, assim clama-se, por suposto: por uma sociedade mais justa e igualitária, e que Deus perdoe as faltas do contrário...!

domingo, 13 de janeiro de 2019

O PARECER E A FANTASIA



            Sentimos o tempo passar de forma por vezes sem um controle, quando nos apercebemos que tudo o que poderíamos fazer, por nós ou mesmo pela sociedade em geral, fica mais distante, ou seja, quando não fazemos por onde merecer o crédito de nossa própria existência. No mais das vezes não conseguimos acompanhar o grande giro da tecnologia em nossas vidas quando não nos apercebemos de se fazer um bom uso dela, de maneira coerente e consistente. Não cabe a alguém que não possua maiores conhecimentos da técnica e da própria máquina crer que está tendo proficiência nesse mesmo motor em que todos os países do planeta já estão fazendo funcionar, pois muitas vezes podem estar vivendo ou experimentando apenas a fantasia e seu lado hipnoticamente fantástico. Um lado que pode ajustar alguém na modalidade vivencial da mesma tecnologia ou também criar um modo de vida alienado, desconforme com a realidade. Por outro lado, o uso consciente da tecnologia, quando mesclado com a independência dos meios sem ela, pode manter um homem ou uma mulher frente à mesma realidade sem o estupor que nos surpreende quando acontece algo distinto do que tenhamos nos habituados até então. Apenas uma questão de adaptação, como um exemplo do código de barras: presente na sociedade industrial como mecanismo de integração ao sistema de consumo, onde é raro – pelo menos no Brasil e suas cidades – não encontra-lo nas embalagens dos produtos. Essas questões de padrões estabelecidos para o funcionamento e integração de diversos processos de comércio e indústria atrelam-se aos modais de países mais apensos ao desenvolvimento de sua inteligência, mas nem sempre tais nações gostam de compartilhar com outros menos desenvolvidos a velha questão de como fazer algo: como fabricar, como educar, como aceitar que se tenha um comércio forte e pujante no que versa ao interesse nacional. De cada nação, no todo globalizado e nas questões de riquezas de minérios ou óleo e gás que não são eternos. São muito próprias as questões do Poder e, no entanto, há que se tomar cuidado com simbologias nas relações ou diálogos entre diversos interesses, quando um Governo se permita ludibriar, ou navegar por mares de fantasia, pois a sabedoria do leme já está nas cartas de navegação. A simplificação dos processos de navegação exige menos recursos, mas quando se tem pontualmente um recurso maior em alguma área, há da habilidade de se lidar com o menos a possibilidade de extrair o máximo, com aproveitamento perto da excelência. Para isso versa sabermos pensar um pouco melhor todo um país.
            Quando se deduz que a igualdade de oportunidade tem a ver com o desenvolvimento científico, obviamente fica latente e correto pensarmos que, quanto maior for o esforço em democratizar o conhecimento – dispondo da matéria sem distinção qualquer –, se estará pensando em um país em vias de se permitir seu desenvolvimento, na acepção mais cabal da matéria. Trocando em miúdos, se um empreendedor brasileiro inventa algo, mesmo vindo de uma classe pobre, há que se dar a possibilidade de patente com relação ao seu projeto, e proteger esse know how, como desenvolver a técnica aqui dentro, tomando cuidados com relação à espionagem industrial, poupando um talento importante e fomentando a criatividade e democratização dos meios como um todo, na retaguarda necessária e distinta, para que todo um país possa se desenvolver, independente de classe, credo ou etnia. Essa assertiva significa que devemos seguir as receitas de países mais ricos, mas não servindo nossas riquezas na bandeja, e sim valorizando um conhecimento que tais países possam nos oferecer para – tal como eles – possamos construir um trem bala com o nosso aço, e a inteligência passada para nossos engenheiros, que porventura possam estudar no exterior para agregar no Brasil os valores de garantir boa infraestrutura e integração nacional com o transporte ferroviário. Se uma nação qualquer nos oferece essa oportunidade de modalidade produtiva, agregaremos milhares de empregos conscientemente, sabendo que estaremos construindo aqui dentro para brasileiros, repetindo, como faz qualquer nação com alto nível de expertise. Desse modo, não será nomeando e nomeando cargos, esperando aceitabilidade de parlamentos, posto o desenvolvimento só se dará quando urgentemente aplicarmos e aprendermos conhecimento sobre as questões da infraestrutura e da ciência como alavancas poderosas para o progresso. Jamais serão as questões pequenas e cosméticas, como quem está bem na foto, ou a maravilhosa aquisição de um cargo de confiança, não, pois um pragmatismo absolutamente indispensável é o lado da moeda que tem que ser apresentado.
            A questão econômica pode ser compreendida em sua essência como 2 + 2, quando se pensa que o que está em jogo, em um status inicial, é a grande questão comercial com outros países, e jogar uma peça valiosa em um tabuleiro e travar outros movimentos desse xadrez predispõe que percamos ou soframos um xeque, em curto prazo. Se abrirmos as frentes da economia protegendo internamente nossas matrizes, não precisaremos movimentar o rei em vão. E, protegendo esse rei, podemos rematar peças preciosas do comércio exterior, fazendo acordos com a multilateralidade necessária, partindo do pressuposto de que há governos que não aceitam muito uma posição que não dialogue com a determinação de se impor como uma nação que não deve deixar de proteger suas riquezas. De fato, querer o bem de todo o povo é crer que Deus abençoe todas as iniciativas que venham para desenvolver o país, e pensar nisso, com todas as opiniões convergentes ou não haveria de ser um saudável debate para tornar realidade um mundo melhor, a saber, que o Brasil é o coração das Américas!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

A POSSIBILIDADE DO REMOTO



Ausente de qualquer medida, gira um fruto a mais em um prato
Quanto nos apercebemos de tamanha roda que gira, quase inata
Na dimensão única de um Universo perante outros que existem
Na algibeira de Krsna, a um devoto que apareça para uma luz!

Nas contas ensartadas em um cordão vai se residir a Verdade
Em que Govinda sempre em seus Passatempos parte a sorrir
De seu maravilhoso sorriso transcendental, à vista sempre
Daqueles que em sua consciência possam repartir o conhecimento.

Abre-se o leque das possibilidades, de sabermos ser remoto
Um vértice sem direção, mas que o fruto da árvore sagrada
Remonta, na figueira de bengala em reflexo, que se apazigue
Um Brahma que não se revelou ciente da sua própria fraqueza!

Posto ser a Pessoa Suprema a residência em uma latitude exata,
A concisão de uma trama desnovelada, a limpeza do caráter,
A certeza de sermos sedentos da revelação da divindade ou não
Quando não se preste atenção de que tudo na vida é totalidade...

Ao ermo lugar distante de uma cidade onde se respira movimento
Tece-se a compreensão de que a Natureza possa revelar mais critérios
Do que sonharia uma filosofia austera no mesmo quilate em revelar
Às gentes de sobreaviso onde as vertentes do mundo se cruzam no olhar!

Disso de sabermo-nos lúcidos se cruza à coerência de adernar um sono
Quando o cansaço de uma dura jornada em alto mar acalma uma fragata
E distancia ao sabor das ondas a preeminência de que uma grande saudade
Embarca a solidão de um homem para a superfície tácita dos oceanos.

Assim como uma embarcação lunar, que parte a cruzar o oceano do céu
Retém em si a fraqueza daqueles que teimam na hipocrisia a sua visão,
Na retidão de uma fuga da luz em critérios de tentarem acompanhar
A sincopada órbita da mesma lua que tece a semântica de portar caminhos.

Remota seria mesmo a compreensão de uma possibilidade onde nós, os seres,
Soubéssemos ao menos que não estamos sozinhos na jornada da existência
Quanto de parecermos isentos de qualquer ancoradouro que porventura
Deixamos em um lastro aberto de parecer justo quando outro lado se nega.

O ser mesmo que depende da percepção, o ser da consciência de que se há
No mesmo paradoxo do que já se foi a existir no sentimento, que de lembrar
Se dá na ausência de outros significados, quando o poeta mesmo integra
Uma massa anônima que se diz ausente de si quando chega ao seu sono o dia!

Em uma vida de plataformas em que buscamos inquietos a ternura da rosa,
Outras flores ponteiam seus significados brandos, em uma escuma titânica
Do véu encapelado de vagas distantes e próximas, tão urgentes no possível
Quanto no remoto recrudescer do aparecimento de um gigantesco rochedo.

Nas ilhas que se apareça algo a mais do que tudo o que pensáramos sido
No convés de desditas onde um marujo pensa mais do que o necessário
Quando a si reverbera a luz do poente que não gira mais que o próprio mundo
Em esperar-se alguma vantagem em um vento do leste que enquadra as velas.

Assim de se querer que seja um a mesma possibilidade que compõe a vida
De outros que gostariam de cerzir a sobra da retidão que não se comparte,
Uma única verdade não soçobra nos tempos de fúria silenciosa nos mares,
Senão a que une a possibilidade da realização, e o fraterno gesto de se perdoar.

Há que haver a possibilidade de se realizar, e muitas vezes o gesto do perdão
Infelizmente vira gozo para outros cristalizados em sua vária mácula de fel
Quando pressupõem que o que se dita a toda uma questão de forma imperial
Bastaria alguma escotilha reclusa para proteger da nau a inundação ou a foto.

Do que o absurdo sobre nos versos que suam suas flores de plástico e pano
A mais do saber que não havemos, por se estar de mãos cruas sobre joelhos
Onde uma máxima de outro lado nos veria sem o consentimento à altura
Na mesma medida em que se constrói a contra fama de um grande artista!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

O MAR E AS PEDRAS


Avança um caudal de águas, de marinhas atitudes no azul da profundeza
Em que na orla o resultado dos oceanos revela cicatrizes da intempérie.

Batem com furor as ondas nas pedras, há que sejam renitentes, pois onde
Reside um pássaro possa fremir na escuna a vertente da fuga ao penhasco.

Se não houvera um muro altíssimo, os homens do litoral em alguma erma praia
Tentam silenciar o contínuo ataque das marés, fixando pedras para preservar a esmo.

O trabalho é contínuo, e o mar também demonstra suas forças motrizes, no que põe
Em alvoroço uma simples tentativa de impedir desabamentos de muros, de outra pedra!

O mar impõe regras absurdas e incalculáveis, pois sua natureza líquida pressupõe
Que seus tentáculos alcancem os interstícios do que não se canta: marulha intensamente.

E as tentativas prosseguem em tempos inexoráveis, onde belas casas da orla supõem
Que suas existências de fausto tenderão a ser de se cancelar qualquer critério grave.

No que se habita, que outros possuam outras casas, mas de uma única propriedade
Os mares prometem engolfar inclusive a esperança de se ter dele uma boa vista…

Nas metáforas de um possível recuo de toda essa aparente e fortuita atmosfera
Se veria o erro da humanidade em que na outra ponta o gelo se desfaz na sua forma.

E as pedras móveis mudam de lugar, se plasmam em suas posições, mas em curto tempo
Não haverá a mínima possibilidade de rolarem em direção à força que as empurram.

Entretanto, no mesmo refluxo que insiste, os passos atrás são dados, frente a frente,
A saber, que as pedras não tem sua posição referencial como aquelas imóveis do mar.



domingo, 6 de janeiro de 2019

A PERTENCER A QUEM


Não se pertence a outrem quem de pertencido não é, não existe, pois não há
O que de se pertencer quando se é propriedade nula, não inventada jamais
Posto o convencionar-se da propriedade de uma terra, em exemplo cabal,
Seria o dono o próprio mundo de onde vem a parte que resulta em áreas.

Ser esposo é estar esposo, a mulher não é propriedade e, no entanto,
Desde que respeitada a convenção social, um casamento pode ser contrato,
Visto hoje surgirem tantas modalidades de desfechos, a saber: propriedades
Em que um casamento pode estar circunscrito a leis, devidamente respeitadas.

Um homem ou uma mulher, de contratos mil, a saber, que o amor se desgasta
E que a relação vai no crescendo da parceria quando se prediz que o seja
Na alvorada de saber-se acompanhado/a pelo cônjuge em que o perdão
Porventura fosse o máximo contratual que isenta ao outro o erro de alguém…

Não é de lei sobremaneira que se tece o mesmo relacionar-se, posto de muito,
A se ver, a motivação de um casamento possa estar no critério da fidelidade
Quanto na ternura que embala o sonho de se estar no mínimo com um amor
Que transcende gênero, que supõe liberdades e relacionamentos distintos.

Não, o que seria da poesia o querer impetrar algo, posto de leis estarmos
Já quase saciados, e no mínimo que se respeite aquelas que temos já prontas
Dentro de uma liberdade consentida, na valorização do tesouro que se encontra
Quando nem tudo que é libertário possui no conservadorismo certa sombra!

Desse pertencer é que relativizamos o próprio modo em que conseguimos aquisição
Quando de uma empresa ou negócio não escuso, sabe-se que legislações hão de ser
A questão de se aplicar capitais quando encontrados para fundir instituições de ganho
Com prerrogativas de se concluir algo que vai além do proprietário, que ganha por si.

Na vida da verdade, se formos ver com um purismo onde a Lei Suprema é grande,
A realidade convencionada apenas segue fazendo do ser humano o desfrutador,
Mas grande é o Deus que acompanha nossos atos, no esforço que devemos possuir
Para estarmos cônscios que na essência de tudo o Holos é propriedade do Divino.

No entanto, esse purismo de visão algo idealista para um Espírito das Leis, conforma
A que tenhamos em mente que saciar-se da terra nem sempre revela um uso sustentável,
Na própria sustentação de que o Direito serve desde Roma ao ordenamento jurídico
E que, bem aplicado, traduz quiçá uma coerência em caminharmos para uma paz serena!

sábado, 5 de janeiro de 2019

GERALDO E SUAS PREOCUPAÇÕES


          Tomara café cedo, por umas cinco e quinze. Haveria muito o que fazer, a começar por uma pilha de louças. Acordara com um humor sobressaltado… Havia visto notícias na véspera, um tipo de puritanismo geral o abateu, como uma ortodoxia religiosa. Mas depois de acordar, lembrara-se que os governos se sucediam e a liberação dos costumes era algo cultural, apesar de ser esse puritano que tantos desprezavam. Mas que não fosse por isso, seu lado puritano fazia parte de uma fé fervorosa que, vista por outro ângulo, talvez fosse até algo transformador na existência que não se simplifica, de tal subjetividade que o espírito impõe no modo de ser de cada qual. A louça era o fato concreto, depois a sua roupa, teria que lavá-la, teria que comprar alguns lençóis, sim, os lençóis! Na verdade, o dia, independente das circunstâncias, começara antes de uma previsibilidade de maiores descansos, pois dormira às onze…
          Não haveria como exemplificar muito a diversidade de sua vida, pois Geraldo havia optado por simplificações existenciais, e no entanto Clarissa já o advertia que viver conforme tempos idos, no viés da civilização não era bom. E, no entanto, ele advertia a si mesmo sobre idiossincrasias em que, para um consentimento de se viver em paz, seguiria a modalidade do conservadorismo, mesmo porque, em virtude de um status não conservador, seria considerado puritano, e no status conservador, quiçá bem ajustado. Mas amava Clarissa, que amava a outro. E a outra que amasse, já houvera, do seu desamor desaprendera Geraldo a se entregar. Esse negar-se dos inocentes, essa falta de malícia que pressupunha que ele não pudesse amar como os mortais, pois quando amava, se entregava demais ao ser amado. Talvez por isso gostasse tanto dos bichos: um afeto a uma borboleta, uma atenção a um gatinho, as refeições de seus cãezinhos. Clarissa gostava de Geraldo, mas o via como um amigo, e nisso chegaram a um tipo de acordo: ele, casto, ela, liberal.
          Geraldo era muito inteligente e criativo, criava estranhos laços com a ciência e a literatura, sempre pesquisando, sempre inquieto com as suas perguntas, e quanto a essa questão era um homem do seu tempo. Aprendia os idiomas com facilidade e estivera em uma casa de cultura sino-brasileira para aprender o mandarim, coisa que em questão de um ano e meio já conseguia rabiscar ideogramas e a cultura chinesa lhe era extravagante, em toda a sua história de milênios, assim como gostava de uma religião chamada vaishnavismo, da Índia, uma religião que adorava a Krishna como mantenedor de uma ordem que a profusão dos livros e ensinamentos como que enriquecia a vida de Geraldo: os incensos, o arati, as deidades, o próprio idioma sânscrito, tudo o embevecia. A própria questão da Inglaterra, dos EUA, para ele eram nações com fascínio, ou seja, era pudico no tratar-se, no resguardo da intimidade, mas abria-se ao mundo para o estudo e as descobertas a ele tão fascinantes… Sua identidade era como um leque que se abria com todo o conhecimento e gostava sobremaneira de ler as novelas de suspense como de Agatha Christie e Georges Simenon. Também gostava de literatura latino americana, especialmente de literatura brasileira, argentina, chilena, entre outras. Era aberto ao mundo mas, como sempre, com dificuldades para se relacionar afetivamente. Os animais não o cansavam, e estranhamente via um voo de pássaro como algo tão encantador como o quebrar das ondas do mar, a serenidade ou furor dos ventos e a sensualidade natural de uma mulher. Por isso diluía seu amor a tudo da criação: ao ser criado, à possibilidade da ciência em construir, à intenção bela de uma pincelada, ou ao significado de um ideograma oriental, e suas distinções.
         Quando perguntado sobre algo ou alguém, não sabia direito o que responder, pois a relativização do conhecimento, sua dinâmica e realmente a possibilidade de conhecer bem algo, impossibilitava de ter certeza sobre certas questões, e estas eram preocupações sobre como ser sucinto com relação a algo ou a alguém. Não tinha preocupações de ordem política, pois para ele um homem não necessariamente deveria ser uma entidade política, um ser político. Preocupava-se mais com os andamentos da economia, e era estrito nesses termos.
         No mais, Geraldo não se preocupava muito, apenas com relação ao afeto que sabia ser muito além do que ele mesmo previa… Então, que preferisse andar de bem com a vida, naqueles tempos onde o calor intenso nos diz para procurar a sombra e reservar o tempo a algo de boa monta.

O MIRANTE INVISÍVEL


No que olha-se por cima, toda uma panorâmica, o olhar consonante,
A bem dizer, que se olhe por uma galáxia, das estrelas a mais ser
Do que fora sol que olha distante nada do que não perceber-se
Mas que de um mirante altíssimo pudera olharmos um dedo de Deus!

Olhemos o Espírito Supremo, a voz que se olha de frente, alterna,
Rompante do que acha-se invisível, mas que é fato, na justiça eterna
Que vem em um galope clássico, roupas de qualquer tamanho,
Corpos que temos a garantir uma questão que fosse de ordem e paz...

Que se não marque culpas impostas, por se ter crenças ou ser de arte,
Pois a fivela apertada de um cinto pode não ser a calça que outro veste!

Não, que não se verta carestias no que supõe a forma da fome
Quando encontramos uma senhora negra em um sinal de trânsito
Na luta de sobreviver com papéis em uma honestidade dura e cruenta.

Que não exasperem as multidões, aqueles que impingem o ódio
Na sua conduta de fazer ao enfermo as vezes das ofensas quase veladas
Quando do pressuposto vai-se a olhar que enfermidades são várias.

A festa e o regozijo dos inquietos, postados em mirantes visíveis
Em suas altas esferas a demandar postagens ou atitudes vis e inóspitas
Não nos cabe ressaltar o que manda, mas que não se verta a ignomínia;

Calce um processo kafkiano em que alguém sobe a um pináculo
No ermo distante a ver que uma flor pode residir nas alturas, qual parijata
Que não se encontra com facilidade, visto a pureza de um ser: ser maior.

Esse processo de ouvir de uma consciência infinita, mostra uma vereda
Em que Krsna se acrescenta a si mesmo no paramatma localizado
Em que qualquer átomo que porventura exista no Universo de tantos
Abriga esse espírito que se torna sempre a centelha divina de um mirante.

É nisso de saber-se a atma que outro ser, o Supremo observa seus atos
Que depende toda a circunscrição de quaisquer atitudes que tenhamos
Posto nem os átomos possuem total independência frente ao mirar-se...

Quando enfrentamos um espelho que reflete a ilusão de termos um corpo
Que na verdade assume inúmeras formas em nossa parca existência,
Saibamos que espiritualmente somos superiores porquanto vida eterna.

No entanto passa pelo crivo do Criador fazermos nossas vezes do bom senso
Em sermos da sensatez matéria nua, e carregarmos sempre o respeito gigante
Àquele que é o Deus de todos, o Todo Atrativo chamado Krsna, o Senhor
Que demanda a nós todos o juízo julgado de um mirante invisível!

É nessa prerrogativa silenciosa, onde não se agradece por ser mais rico
Posto quem sofre mais pertença ao reino de Deus, ao Deus cristão
Verte-se a palavra, que seja, da Igreja de Todos, da comunhão ao respeito.

E a Deus, que se queira chamar de qualquer nome, será um tanto Dele
Como de nós mesmos quando soubermos respeitar qualquer credo,
Etnia, cultura e expressão humana sobre a nesga de vida que se chama Terra.

Nesta Gaya de todos nós que também é a Natureza, de uma Deusa mulher
Que do altíssimo mirante de todos, a se repetir, busca a consonância
A se resistir que nenhuma espécie de juízo venha a romper Sua integridade...